segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cumprir Estratégias

Não é uma coisa recente (nem são poucos o que assim pensam) avaliar qual das duas equipas esteve melhor num determinado desafio consoante aquilo a que se vulgarizou chamar a "estratégia" com que entram na partida. Não é raro, por exemplo, que o treinador de uma equipa pequena que entra para defender durante 90 minutos e tentar um ou dois contra-ataques, e que perde por 1-0, no único lance em que o adversário conseguiu criar, afirme que a sua equipa merecia outro resultado. Tal afirmação faz sentido se se considerar que o jogo, à excepção desse lance, correu exactamente de acordo com a estratégia delineada. O que não faz sentido é que o mérito de uma vitória dependa de qualquer estratégia, seja ela qual for. O Barcelona de Guardiola, pela capacidade inigualável de empurrar os adversários para a sua defesa, fomentou, como nenhuma outra equipa, estratégias adversárias desse tipo, e não foram poucas as vezes que se defendeu que os adversários do Barcelona, mesmo concedendo 6 ou 7 situações de golo, e não fazendo senão 1 ou 2 contra-ataques no jogo inteiro, mereciam vencer. O erro, obviamente, está em acreditar que uma equipa merece vencer se conseguir cumprir a estratégia com a qual se comprometera no início da partida, qualquer que seja essa estratégia.

Num jogo em que uma equipa assume as despesas do jogo, procurando construir desde a sua defesa, em futebol apoiado, e a outra joga em reacção, procurando forçar o erro do adversário para depois, com poucos passes, chegar à área adversária, é natural que pareça que a segunda consegue cumprir a sua estratégia e a primeira não. Isto porque a estratégia da segunda é de muito mais fácil cumprimento. Para que ela se cumpra, basta que consiga pressionar bem, roubar duas ou três bolas, fazer dois ou três passes, e atacar sempre com o adversário desposicionado. Se a equipa que assume o jogo encontra alguns problemas em materializar o seu futebol em oportunidades de golo, se consegue manobrar a bola nos dois primeiros terços do terreno, mas encontra algumas dificuldades (naturais, pois o espaço é francamente menor) no último terço do terreno, é fácil para quem está de fora conjecturar que essa equipa, ao contrário da equipa adversária, não está a ser capaz de cumprir a estratégia com que partiu para o jogo. Num jogo com estas características, é quase consensual dizer-se que está a jogar melhor quem está a defender, porque o adversário não está a conseguir penetrar na sua defesa, e porque até já se conseguiram ligar uns quantos contra-ataques. E, no entanto, raramente se fala do que a equipa que ataca está a fazer bem, apesar das dificuldades que está a encontrar no último terço do terreno.

Vem isto a propósito do derby desta noite e dos disparates dos responsáveis do Sporting, embora possa e deva ter uma aplicação mais geral, até porque a partida de hoje não foi desta falácia o melhor exemplo. Em primeiro lugar, o Benfica não fez um jogo extraordinário (o que não é nada de novo) e errou muitos passes, sobretudo antes do primeiro golo. Não está, por isso, em causa, a desinspiração dos encarnados. Mas acreditar que o Sporting, que jogou (como as equipas de Jesualdo, diga-se) em reacção, merecia vencer parece-me absurdo. A estratégia de Jesualdo foi cumprida na perfeição, é verdade, mas para que o Sporting tivesse jogado melhor do que o Benfica era preciso que cumprimentos de estratégias fossem coisas mais eficazes do que as estratégias em si. O Benfica trabalhou mais o seu jogo e, mesmo não tendo jogado bem, procurou construir as suas situações de golo o melhor que sabe. Mesmo estando a falhar naquilo a que se propunha, estava a fazer o que tinha a fazer. E nas duas vezes, em todo o jogo, que a coisa correu bem, ou seja, nas duas jogadas, em todo o desafio, com cabeça, tronco e membros, fez dois golos. Poder-se-á dizer que duas jogadas em 90 minutos é pouco, ainda assim. Com certeza que o é. Mas são duas jogadas a mais do que aquilo que fez o adversário. E o Sporting até teve lances de perigo. O que não conseguiu foi construir uma jogada decente. A estratégia que tão bem cumprida foi, aliás, inviabilizava à partida que a equipa conseguisse construir jogadas decentes. Jogadas decentes, de resto, são coisas que estratégias como a que Jesualdo apresentou, e que tão bem cumpridinha foi, não permitem.

Não está em causa a seriedade com que o Sporting jogou, nem algumas das coisas que alguns dos seus jogadores conseguiram fazer, em termos estritamente individuais. Está em causa, sim, a estratégia colectiva e a relação entre essa estratégia e o resultado final. Colectivamente, o Sporting fez pouquíssimo para que merecesse mais. Defendeu-se razoavelmente bem, soube pressionar em algumas zonas, mas, ofensivamente, a estratégia era simplesmente apanhar o Benfica desposicionado, após a perda da bola. Tudo o que fez fê-lo, por isso, em esforço, envolvendo poucas unidades e sempre de acordo com o espaço que o Benfica concedeu. Não criou uma única ocasião de golo em condições favoráveis, e pouco mais fez do que adiar o golo adversário. Jogar futebol é mais do que definir e cumprir estratégias. E não basta a uma equipa, para merecer a vitória, que defina e cumpra uma estratégia, qualquer que seja essa estratégia. Se, pura e simplesmente, essa estratégia não for grande coisa, que importa que a consiga cumprir? Por outro lado, mesmo sem cumprir estratégias, mesmo que pareça que não esteja a ser capaz de realizar tudo aquilo a que se propõe, mesmo que, aparentemente, o seu futebol pareça inconsequente e o adversário pareça estar a levar a melhor, de acordo com a contra-estratégia que definiu, uma equipa pode estar a jogar bem melhor do que o seu adversário. Ter cumprido ou não ter cumprido estratégias é, pois, um critério falacioso para definir quem jogou melhor, e alegar que a equipa cumpriu exactamente o que tinha em mente é pouco relevante para aferir a qualidade do seu jogo.

33 comentários:

Mike Portugal disse...

"Não criou uma única ocasião de golo em condições favoráveis..."

Criou 3, que foram paradas com faltas merecedoras de penalty, que não foi marcado pelo árbitro. Mas se as faltas não tivessem existido essas 3 situações eram boas situações de golo, especialmente a 3ª aos 87m após boa jogada colectiva entre a equipa do SCP.

Blessing disse...

Acho é que se ficou com a ideia que o Sporting merecia mais porque o Benfica não foi tão dominante quanto o expectável.
Mas acho que o Sporting condicionou bem o que o Benfica podia apresentar e tendo em conta tudo que já se passou esta temporada até fez um bom jogo.
Não sendo isso suficiente para que merecesse ganhar.

Abraço

Anónimo disse...

Nuno, desculpa que te diga, mas levando a tua teoria ao extremo qualquer equipa que ganhe merece ganhar, pois marcou mais que o adversário, ponto final.

Não importa se foi mais dominador, se jogou mais bonito, se teve mais remates, se existiram erros de arbitragem críticos etc., etc., pois tudo isso não quer dizer nada, não é?

Não valerá a pena então transformar o futebol numa espécie de UFC, de Vale Tudo, reduzindo as regras ao mínimo, e em que, simplesmente, quem marcar mais ganha?

Se calhar é.

Nuno disse...

Mike, há uma diferença entre ter oportunidades e criá-las. A do Wolfswinkel foi uma oportunidade clara de golo. Mas não foi criada. De resto, com razões de queixa do árbitro ou não, a minha análise não muda. O Sporting até podia ter ganho o jogo. O que não implica que tivesse jogado bem, porque não jogou.

Blessing, sim, é verdade, também. Estive para falar também de expectativas, mas depois gerava-se alguma confusão. O argumento é simples: não há relação entre cumprir na perfeição uma estratégia de jogo e jogar bem ou jogar melhor do que o adversário.

Adolfo Sapinho, não me parece que tenhas lido o texto com atenção, e não me parece que conheças este blogue. Se há coisa pela qual se tem pugnado aqui é pela teoria de que os resultados não espelham o que se passou em campo. O argumento que defendo neste texto, aliás, não tem nada a ver com resultados. Tem a ver com a ideia de que, se uma equipa cumprir à risca a sua estratégia, e a cumprir, joga bem e merece vencer. Para aferir a qualidade de jogo de uma equipa, não importa apenas o resultado, como pareces acreditar que eu defendo, mas também não importa apenas o cumprimento de uma estratégia. Importa muitas outras coisas. E é natural que uma equipa cuja estratégia é conceder a iniciativa ao adversário e tentar contra-atacar nas poucas vezes que recupera a bola cumpra mais facilmente a sua estratégia do que uma equipa que procura jogar apoiado e entrar em posse nas linhas adversárias. O ponto, aqui, é que o Sporting, embora tenha conseguido aquilo a que se propusera no início do jogo, que era constranger o jogo do Benfica, pressionar em determinadas zonas, e lançar ataques rápidos para aproveitar o desposicionamento do Benfica, não jogou bem.

Anónimo disse...

Nuno, tu tens uma determinada concepção do futebol e podes achar que ela é a melhor do mundo, mas a verdade é que futebol é tudo aquilo que cumpra as regras do próprio jogo.

O que aconteceu ontem é que as regras não foram cumpridas e isso penalizou uma das equipas mais do que outra.

A partir daqui podes criar toda a argumentação que quiseres para justificar a vitória do slb, pois se ignoras o cumprimentos das regras do jogo, ignoras a essência do próprio jogo, pois tudo o resto, incluindo os conceitos subjectivos de beleza e domínio de jogo, se processam sobre as regras e não o contrário.

Nuno disse...

Adolfo, eu até aceito que o Sporting tenha algumas razões de queixa da arbitragem. Não sei é escrever coisas interessantes sobre erros de arbitragem. Não sei, nem vejo que seja possível escrever coisas interessantes sobre isso. E acho que, apesar disso, o jogo de ontem teve coisas interessantes, como aquela sobre a qual escrevi.

De resto, acho sempre muito hipócrita uma equipa queixar-se da arbitragem quando não joga o suficiente.

Anónimo disse...

na minha humilde opinião, de adepto amador da bola, o jogo de ontem resume-se a dois nomes: gaitan e andré martins.

falar de arbitragens, estratégias e sei lá mais o quê, não me interessa.

mas, já agora, também me parece que o benfica jogou mal. e que o sporting não jogou assim tanto. mas no caso do sporting os padrões têm estado de tal forma baixos que se percebe o entusiasmo.

jo man disse...

"Não sei é escrever coisas interessantes sobre erros de arbitragem."
.
quem não sabe que no futebol há 3 equipas pode perceber de estratégia - seja lá isso o que for - mas não percebe de futebol.

venis disse...

O Benfica pouco jogou, mas o Sporting apenas foi certinho lá atrás, sempre à espera que o Matic ou o Enzo não recuperassem e contra ataque... aliás, como ele bem disse, o scp não criou nenhuma ocasião de golo, o lance do van basten por exemplo, penso que acontece num canto do Benfica em que alguém do scp dá um charuto prá frente e apanha o Garay mal posicionado (onde é que eu já vi isto? Real-Barça?). Volto a frisar que o Benfica não fez muito mais, mas tentou e mesmo se naquelas duas vezes que conseguiu CRIAR duas boas ocasiões de golo, não marcasse, teria sido sempre a equipa que esteve mais próxima de chegar ao golo e de vencer!

Agora, que erros de arbitragem? estes gajos que falam, alguma vez jogáram futebol? Não tou a falar de jogar à bola na rua... Nem vou comentar nesses supostos erros, pq seria ridículo de mais, qd não há razão pra tal.

Metralha disse...

Nuno, vai para o CARALHO!

jo man disse...

O ex-árbitro Pedro Henriques está convicto que o trabalho de João Capela, que considera ter tido várias falhas, no dérbi terá consequências.

"O próprio Vítor Pereira se calhar agora vai fazer descansar o João Capela, até na perspetiva de defesa do próprio árbitro, não o colocando já num próximo jogo", disse à Rádio Renascença.

Pedro Henriques apontou várias falhas a Capela nomeadamente no lance em que "Maxi Pereira faz falta sobre Capel para grande penalidade" e a falta de "Maxi sobre o Viola, quando este é impedido de o fazer ao entrar na área".

O ex-árbitro acrescenta que esta situação vai tornar Capela "mais forte".

jo man disse...

O Tribunal do diário O Jogo é unânime: o Sporting foi ontem roubado na Luz pelo senhor João Capela.
Segue o veredicto, em discurso directo.

Sobre a carga de Maxi Robocop Pereira a Capel aos 8 minutos que o árbitro decidiu não sancionar:
Pedro Henriques - "Capel ganha a frente a Maxi Pereira, que, ao falhar a intersecção da bola, acaba por empurrar o adversário com o braço direito. Simultaneamente, com a perna direita tocou e rasteirou o pé direito do jogador leonino. Grande penalidade e cartão vermelho por impedir uma clara ocasião de golo."
José Leirós - "Ficou por assinalar uma grande penalidade para o Sporting, pois Maxi, perdendo o controlo da jogada, atinge a perna de Capel, derrubando-o. O cartão poderia ser amarelo, pois Capel ainda não tinha a bola controlada nem havia uma clara oportunidade de golo."
Jorge Coroado - "Maxi Pereira derrubou Capel de modo inadvertido, numa situação passível de grande penalidade, mas não de cartão vermelho."

Sobre o derrube de Viola, aos 88 minutos, novamente por acção do Robocop e outra vez com o árbitro a fazer vista grossa:
Jorge Coroado - "Maxi, com o braço esquerdo colocado no ventre de Viola, impediu-o de prosseguir, segurando-o e contribuindo para a sua queda. O gesto foi rápido e, por isso, o árbitro não terá assinalado a grande penalidade."
José Leirós - "Não há grandes penalidades forçadas. Maxi desinteressa-se da bola, procura o contacto com Viola, desequilibrando-o. Grande penalidade por assinalar."
Pedro Henriques - "Lance apenas possível de analisar com acesso a repetição e onde fica a ideia de que Maxi Pereira impede a progressão de Viola. Era, portanto, passível de grande penalidade."

Anónimo disse...

Nuno,

hipocrisia é ignorar que existem leis do jogo só porque é mais bonito escrever sobre tudo o resto.

os enredos à volta de muitos crimes também são muito interessantes. isso transforma os crimes em meros pormenores?

João D. disse...

adolfo sapinho. por acaso é importante. os homicídios têm graus diferentes podem ser voluntários ou não, e a partir daí se moldam as respectivas penas. os crimes são diferentes uns dos outros precisamente porque os seus "enredos" é que os fazem acontecer.

no caso, com homicídio ou não, acho que a questão do nuno não é essa. a pergunta é: uma equipa que consiga cumprir com a sua estratégia merece sempre ganhar? mesmo se os tais 3 penalties tivessem sido marcados o sporting teria merecido ganhar o jogo? acredito que o nuno diga que não. e eu pelo menos presumo que é isso que o texto quer transmitir.

venis disse...

My bom pá, mt bom! Hilariante! Quer dizer, o Capel que deixa passar a bola ía marcar golo eh? Se a bola já tava quase na bandeirola de canto qd o rapaz cai, ele ainda era capaz de a ir buscar e meter lá dentro!! Oi oi, manda vir mais uma! E eu pergunto, qd é que o capel teve a bola em seu poder pra tal? dividida? Ora, manda vir outra LOL Tu e o aziado do henriques é que não viram tb uma cabeçada do Maxi ahaha

"pois Capel ainda não tinha a bola controlada nem havia uma clara oportunidade de golo."

olha olha, o tal de leirós a dar-me razão, olha que cómico eheh

"Lance apenas possível de analisar com acesso a repetição"

ah pois, repetição e de 2837283572 ângulos diferentes, é por isso que este henriques tá na reforma e ao que parece, ainda não deixou a pinga LOL

Olha, vai lá perguntar aos árbitros ingleses, se algum destes mergulhos é penalty e depois volta aqui eheh

vão masé festejar o futsal ou o tiro ao arco deitados pá!

venis disse...

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=P9sP3YhjPY8

PENALTY PÁ, PENALTY!!

Nuno disse...

jo man diz: "quem não sabe que no futebol há 3 equipas pode perceber de estratégia - seja lá isso o que for - mas não percebe de futebol."

Jo Man, eu posso saber que uma coisa existe e não a achar interessante, ou não? Eu sei que existem outras modalidades, para além do futebol, mas não acho interessante falar delas. Tu achas que eu não posso falar do jogo sem falar da arbitragem. Eu acho que posso. Como posso falar do jogo sem falar do resultado. Agora, eu podia falar de arbitragem, claro. E, pela amostra, havia muita gente que ia gostar. Mas não escrevi um único texto neste blogue que fosse exclusivamente sobre uma arbitragem, e nunca justifiquei resultados recorrendo a arbitragens. Para isso há as caixas de comentários das páginas dos jornais desportivos e muitos outros blogues. Neste faz-se e fez-se sempre outra coisa. Só isso.

Metralha diz:

"Nuno, vai para o CARALHO!"

Está bem. Queres que traga alguma coisa?

Adolfo Sapinho diz:

"hipocrisia é ignorar que existem leis do jogo só porque é mais bonito escrever sobre tudo o resto."

Adolfo, eu não ignoro leis de jogo nenhuma. Já disse que concedo que o Sporting tenha razões de queixa. O meu argumento é que esses lances podiam mudar o resultado, mas não mudavam a qualidade do jogo do Sporting. É só isso que está aqui em causa. Eu estou a falar da qualidade de jogo demonstrada, não do resultado final, que pode ser justificado de muitas maneiras.

João D., é exactamente isso.

Petinga disse...

Eu acho que o q a blogosfera agora aguarda com a respiracao suspensa é a tua análise à demolicao do Barcelona em Munique (bem sei, bem sei, foi apenas um resultado. E que resultado).

Espero que nesse caso nao fales (também) de arbitragens. Por uma questao de coerencia.

Bruno Pinto disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Nuno disse...

Petinga, a blogosfera não está preparada para o argumento de que uma equipa que perde 4-0 poder ser a melhor em campo. Mas, como o Jorge Jesus a seu tempo o disse, pode ser esse o caso. Não o foi o tempo todo, é certo, mas foi-o até ao 2-0. Claramente. Depois, desnorteouu-se. E o Tito devia ter mexido na equipa e não o fez. A imagem que fica é a última e as pessoas vão-se lembrar do desnorte dos últimos 20 minutos, como só se lembram do desnorte dos últimos minutos no jogo com o Real Madrid. Infelizmente.

Quanto à arbitragem, podia falar dela sem ser incoerente. É que, ao contrário do Sporting, o Barça fez um bom jogo. Ou seja, fez o suficiente para não depender da arbitragem. Portanto, tem algumas razões de queixa. Porque, sem os erros de arbitragem, o resultado não se teria desnivelado, e a equipa continuaria cómodo na partida.

Antonio disse...

Nuno, obrugado por este comentario ao jogo do Barcelona. Pensava que só eu é que tinha visto o jogo dessa forma.
Só não percebi a aposta no Messi dedde o inicio. Penso que condicionou em muito o jogo de ataque do Barcelona. Era jogo para o Tello.

daniel duarte disse...

Blasfémia!!!...É a Troika!!!É a Merkel!!!o Bayern não joga um caracol...Não sabem fazer o tiki-taka...só o toma-toma...o barça desconcentra-se mta vez ultimamente...

Nuno disse...

O Bayern é a melhor equipa da Europa, a seguir ao Barça. E fez um bom jogo, como aliás o PSG já tinha feito 2 bons jogos contra o Barça. Daí até merecer golear, ou sequer vencer...

António, é verdade. Se o Messi não estava em condições, jogava o Fabregas ou o Villa. Eu não gosto do Tello, mas até podia ter jogado. Mas era no lugar do Alexis, que fez mais um jogo miserável.

DC disse...

É um bocado triste ter que levar com estes frustrados todos que não querem saber de futebol mas sim de derrotas do Barcelona apenas...

Enfim, quanto ao jogo, concordo com o Nuno, gostei bastante dos primeiros 25 minutos do Barcelona. Depois o árbitro descontrolou o jogo, deixando passar faltas claras em praticamente todas as bolas paradas. Os alemães já são grandes mas hoje podiam agarrar, encavalitar-se, fazer bloqueios, etc.

Depois, quando o Barcelona até parecia ter entrado bem na 2ª parte, acontece o 2º golo, o Barcelona quebra completamente, desequilibra-se e os outros golos acontecem (embora mais um irregular claro).
Também, para mim, uma coisa é fazer marcação ao Messi, outra é fazer o que o Schweinsteiger fez que é passar o jogo a tentar lesioná-lo.

Mas este Barça continuará, a ganhar a maior parte das vezes, a perder algumas para os frustrados saírem todos da toca ao mesmo tempo.

Blessing disse...

Jogar com 10 o jogo todo é grave, agora jogar sem treinador... Por favor... Corram com esse lixo daí

daniel duarte disse...

O árbitro que descontrolou o jogo não foi o mesmo que não viu as mãos na bola do alexis e piqué na área do barça?...ou foi substituído ao intervalo...o barça continua a ser melhor mas tem que o provar e hj de todo não provou...este jogo não foi como o que perderam o ano passado para o Chelsea...

PTM disse...

e a batota da relva molhada? aldrabões dos bávaros! 1 remate fez o mighty mighty barcelona mas jogou incomensuravelmente melhor que o sporting porque a posse estéril da bola é a melhor invenção no futebol desde as substituições...

igreja universal da posse da bola

a única coisa que rivalizou com o futebol do barcelona (que foi bom mas estamos na meia final da champions...) foram os comentários do freitas lobo. "parece que os jogadores do Bayern estão todos de botas da tropa"

Anónimo disse...

Sublime Nuno, sublime. A tua perseguição ao péssimo jogo que o Sporting fez no domingo em contraste com o sublime jogo do benfas atingiu hoje o seu auge com esta frase:

"É que, ao contrário do Sporting, o Barça fez um bom jogo. Ou seja, fez o suficiente para não depender da arbitragem. Portanto, tem algumas razões de queixa."

Quantas oportunidades de golo teve o Barça mesmo?

Mas o mais bonito é o "portanto" - ou seja, afinal só há lugar a queixa se se fizer o suficiente - as regras afinal são uma questão de mérito relativo, não é Nuno?

Já agora o que foi esse "suficiente"? Os sessenta e tais por cento de posse de bola?

Ou será que o Barça criou mais oportunidades de golo neste jogo que o Sporting no domingo? Ou será que o Bayern criou menos oportunidades de golo que o benfas no domingo?

Pois... é a posse... eh pá... mas o sporting não teve mais posse que o benfas?

é a qualidade do passe pá!

é diferente... claro. afinal, é o barça, não é? pois, que estúpido sou. é o barça! não é futebol, é o barça! mas estavamos a falar de quê mesmo?

Nuno disse...

Sapinho, ou não sabes ler, ou és parvo. Sempre o disse: se uma equipa jogar bem, está menos dependente de más arbitragens.

Estás mesmo a comparar a qualidade de jogo do Sporting no domingo com a do Barça? E não queres ser gozado? Enfim...

Anónimo disse...

Nuno, semi-deus da bola, então tu, o génio da lâmpada, estavas a gozar-me e não percebes uma simples comparação?

a questão não está na qualidade do jogo do sporting vs barça nem do bayern vs benfas (porque não referiste esta comparação também?), mas sim a comparação relativa entre um benfas-sporting e um bayern-barça, com todas as incomensuráveis diferenças de qualidade que até um ser tão parvo como eu consegue perceber, mas também com todas as coincidências que alguém minimamente honesto consegue detectar.

e porque felizmente a parvoíce não é tão ruim como a burrice, acontece que até consegui aprender a ler e como tal posso relembrar o ilustre poeta da bola que não disse apenas o que alega que disse e que, "portanto", uns são mais giros do que outros, porque sim, e porque as chaves do paraíso é para quem o poeta acha que merece, ponto final e pouca treta.

evangelizar é uma arte, não há dúvida. parabéns. continuação de um bom trabalho.

Fenómeno disse...

Nuno, deixando para trás o bayern - real, e voltando ao jogo do benfica, quando referes que o "Benfica não fez um jogo extraordinário (o que não é nada de novo)", porque dizes que tem sido assim ao longo da época?

Nuno disse...

Fenómeno, salvo casos pontuais, o futebol do Benfica tem sido muito sofrido. Falta imaginação, e a equipa tem vivido da boa organização colectiva, do facto de ter um modelo há muito consolidado, e das capacidades individuais dos seus jogadores.

Signori disse...

Não concordo com o Sporting ter tido poucas oportunidades. OS erros da equipa da arbitragem impediram ainda a criação de mais oportunidades flagrantes. Vamos imaginar que tanto no golo do SÁLVIO como no do Lima quando a bola lhes chegasse aos pés, levavam uma cara ilegal e não conseguiam rematar. Dirias que o Benfica não foi capaz de ter oportunidades? É que o mesmo passou-se com o Sporting várias vezes, como já foi amplamente discutido. De resto, cada um joga com as armas que tem. O Benfica é superior e a forma mais eficaz para trazer pontos da luz, par auma quipa como o Sporting, é jogando mais coisa menos coisa, desta forma. Tal como a Grécia no Euro 2004, que se fosse jogar olhos nos olhos com os adversários, nem saía da fase de grupos