O Euro 2016, um dos piores dos últimos 20 anos (pior só mesmo o de 2004), terminou com a consagração da selecção nacional. O momento é, sem dúvida alguma, histórico, mas não consigo deixar de ficar surpreendido por haver tanta gente a afastar esse sucesso do modo como ele foi obtido. Portugal passou em terceiro (uma novidade, no desenho da prova, que favoreceu claramente a mediocridade) num grupo composto pela Islândia, pela Hungria e pela Áustria. Passou em terceiro, e não em segundo (o que colocaria a equipa no lado forte do sorteio) porque um islandês marcou um golo à Áustria mesmo a acabar, no último jogo da fase de grupos. Portugal passou os oitavos de final num lance de contra-ataque, a pouco minutos do fim do prolongamento, que se sucede de imediato a um lance de muito perigo na sua própria baliza, e num jogo em que a Croácia justificava claramente outro resultado. Depois, eliminou a Polónia apenas nas grandes penalidades. Nas meias-finais, eliminou um País de Gales sem Ramsey (a cumprir castigo), a principal arma ofensiva dos galeses, principalmente pela forma como combinava com Gareth Bale e Joe Allen. E, na final, foi dominado do princípio ao fim por uma selecção gaulesa sem outro argumento que não a força bruta, acabando por marcar num lance de inspiração de Éder, o mais vilipendiado dos jogadores nacionais, e quando ninguém o esperava. Não associar a conquista deste europeu à sorte, para mim, é deturpar desde logo a conversa. As pessoas acham que a sorte se conquista e que, no limite, não é possível vencer uma competição destas sem competência. Como é sabido, não penso assim. O futebol é um desporto especial, e é possível que a sorte desempenhe um papel decisivo. É improvável, mas é possível. Com as devidas diferenças, Portugal venceu um europeu como aquele que a Grécia vencera em 2004: teve a sorte do sorteio, viu os principais favoritos a ficar pelo caminho sem ter de jogar contra eles e superou os adversários que teve de enfrentar invariavelmente por ser mais afortunado nos detalhes. É uma vitória, e será tão saborosa, para os vencedores, como outra vitória qualquer. Mas não deixa de ser uma vitória, em larga medida, fortuita. Os menos conformados com a ideia de que a sorte, em futebol, desempenha um papel importante acham que Portugal venceu esta competição, e não algumas competições anteriores em que até apresentou bom futebol, porque foi pragmático, porque acreditou até ao fim e porque o grupo estava unido. O que eu gostava de saber é o que é que esse pragmatismo, essa crença e essa união têm a ver com o golo islandês aos 90 minutos, com a ocasião de golo croata que precede o contra-ataque que dá o golo de Quaresma, com a passagem na lotaria dos penáltis contra a Polónia, com o acaso de Ramsey ter visto um amarelo contra a Bélgica ou com a bola ao poste de Gignac, a segundos de terminar o tempo regulamentar na final. Não, o sucesso de Portugal não esteve no pragmatismo, na crença e na união do grupo. A posteriori, aliás, é sempre fácil justificar o sucesso com esse tipo de coisas. O sucesso de Portugal dependeu (muito mais do que é vulgar depender) dos factores imponderáveis a que este jogo está sujeito, e não deve ser explicado de modo mais lisonjeiro do que isso.
É também por isso que não aceito a ideia de que todos os portugueses devam sentir orgulho por tal vitória. Sentir orgulho pela pátria parece-me, desde logo, uma coisa um bocado provinciana. Mas sentir orgulho porque um conjunto de 23 jogadores (e respectiva equipa técnica) que, alegadamente, representa a nossa pátria, venceu outros conjuntos que alegadamente representam outras pátrias parece-me ainda mais bizarro. De facto, ninguém sentiu orgulho e exultou por Portugal ter sido recentemente campeão internacional de columbofilia, nem ninguém vai pedir autógrafos aos pombos vitoriosos. O orgulho que advém da vitória da selecção portuguesa no Euro 2016 tem, por isso, menos a ver com a pátria, e com o que quer que nos leve a sentir apego a ela, do que com o futebol. Tem, no entanto, menos a ver com o futebol enquanto jogo do que com o futebol enquanto fenómeno agregador. Como o futebol é um fenómeno de massas, e ninguém à nossa volta estava indiferente ao que se passava em França, não lhe conseguimos ficar indiferentes. Na verdade, sentimos um contentamento (o qual nos apressamos a julgar que é orgulho), mas não por Portugal, enquanto pátria à qual pertencemos e à qual nos julgamos ligados, ter vencido o campeonato europeu. Sentimos o que sentimos por o nosso vizinho, os vizinhos dele e os vizinhos desses vizinhos, por contaminação, fazerem muito barulho, e nos imaginarmos parte da razão que os leva a sair à rua para gritar. Aquilo a que chamamos orgulho, e que fez com que todos os portugueses, nos dias seguintes, andassem de cabeça erguida e peito feito, não é bem orgulho; é febre. Enfebrecidos pela atmosfera febril que nos rodeia, deitamos a gritar como todos à nossa volta apenas e só porque todos à nossa volta fazem o mesmo. Este tipo de comportamento febril, aliás, não se manifesta apenas a respeito de uma vitória desportiva: todos os fenómenos de massa (desde as modas às intenções de voto) tendem a enfebrecer cada um dos indivíduos de que essa massa informe se compõe. Quase tudo o que fazemos, as opiniões que temos e aquilo que sentimos é resultado do meio em que vivemos, pois foi nesse meio que aprendemos a fazer o que fazemos, que aprendemos a pensar e que aprendemos a sentir. Cada um dos portugueses que ficou contente com a vitória de Portugal não ficou contente por ela de algum modo lhe activar um orgulho pátrio qualquer; cada um deles ficou contente porque, vendo que todos à sua volta também se encontravam contentes, não tinha razões para duvidar de que fosse assim que devia sentir-se. Para mim, as pessoas podem ficar contentes com o que quiserem. Quando o clube do coração ganha, as pessoas comportam-se da mesma maneira. Só acho absurdo é que justifiquem o contentamento com o amor que devem à pátria ou com o amor que devem ao clube. Não é disso que se trata. Em ambos os casos, o contentamento é público: resulta do contentamento alheio que reconhecemos naqueles que julgamos que têm o mesmo género de afeições que nós, sejam as afeições pátrias ou as afeições clubísticas.
O orgulho é um sentimento especial, pois depende sempre de uma proeza qualquer, própria ou alheia. Ninguém sente orgulho por ter dois braços, por exemplo. E o orgulho associado às minorias (o orgulho gay, o orgulho de ser negro, o orgulho de ser mulher) só existe pelo menosprezo a que as minorias, historicamente, foram votadas. Nesses casos específicos, é uma forma de combate: ao orgulharem-se de ser como são, as pessoas orgulham-se da proeza que há em assumirem sem receios, e contra um determinado status quo, quem são. O orgulho depende sempre, portanto, do reconhecimento de uma qualquer superação. É por isso que me faz alguma confusão que as pessoas se confessem orgulhosas com uma determinada vitória desportiva e que reconheçam em simultâneo que essa vitória foi fortuita ou injusta. Como é que se pode ter orgulho por acertar nos números do Euromilhões? Pode-se ficar contente, claro. Mas orgulhoso? De quê? Orgulhoso de ser português? É como ter orgulho por ser homem, e não urso polar. Numa guerra, podemos ficar orgulhosos pela bravura com que os nosso soldados defendem a pátria. Mas será que podemos ficar orgulhosos por vencer a guerra? É certo que ficaremos felizes, pois ninguém gosta de perder nada, sobretudo uma guerra. Mas será que ficamos orgulhosos? Orgulhosos de quê? De superarmos as forças do inimigo? Em que medida é que a derrota alheia pode ser uma proeza própria? Apenas e só na forma como essa derrota acontece. É possível que nos orgulhemos da estratégia de D. Nuno Álvares Pereira em Aljubarrota. Mesmo que ela não tivesse contribuído para a vitória em Aljubarrota, poderíamos reconhecer-lhe mérito e orgulharmo-nos disso. Da vitória sobre os castelhanos, propriamente dita, não vejo como é possível haver orgulho. Numa guerra, só nos podemos orgulhar do modo como essa guerra é conduzida, porque só no modo como ela é conduzida pode haver superação. Orgulharmo-nos do desfecho dela é absurdo. Com a vitória em si, podemos ficar felizes ou aliviados, mas não orgulhosos. O orgulho não é um sentimento que decorra de um determinado desfecho, como a felicidade ou o alívio; é um sentimento que se associa à forma como esse desfecho é obtido. Em futebol acontece mais ou menos o mesmo que numa guerra. Como nem sempre os vencedores cometem grandes proezas, nem sempre se justifica o orgulho daqueles que torcem por eles. Quando a equipa por que torcem ou a selecção nacional do país ao qual julgam dever o patriotismo ganha alguma coisa, as pessoas não ficam contentes por se sentirem orgulhosas, ainda que possam pensar que sim. Ficam contentes porque são macaquinhos de imitação. Só poderiam orgulhar-se, de facto, se reconhecessem no futebol praticado por essa equipa ou por essa selecção qualquer identidade própria na qual de algum modo se revissem. A maioria das pessoas, no entanto, não se revê no futebol do clube do coração ou da selecção do seu país; revê-se, isso sim, no emblema e na bandeira. Quando a equipa que apoia vence, a maioria das pessoas não se regozija pela superação futebolística, mas por ter ganho uma aposta. O investimento emotivo em que consiste o desejo de que o clube do nosso coração ou a selecção do nosso país acabem vitoriosos funciona exactamente como uma aposta. É, aliás, uma aposta tão irracional como aquelas que geralmente se fazem em casinos ou casa de apostas. E é um bocado ridículo orgulharmo-nos das nossas apostas. Quando um apostador vê o cavalo em que apostou cruzar a linha de meta em primeiro lugar, não sente orgulho do cavalo cuja vitória o anima. A vitória de Portugal no europeu de França não encheu 10 milhões de pessoas de orgulho. Essa vitória deixou os portugueses extasiados, claro, mas porque a aposta inadvertida que fizeram no país em que, por um acaso geográfico, aconteceu terem nascido se confirmou finalmente. Toda a gente tem direito a ficar contente por ter ganho um aposta. O que não faz sentido é justificarem a euforia de a ganharem com o orgulho nacional.
Achar que gostamos que a selecção nacional de futebol vença porque isso nos enche de orgulho não passa, portanto, de um preconceito. Não há, de resto, melhor exemplo desse preconceito do que o golo marcado por Éder na final. De que modo é que os milhões de pessoas que acreditavam, dias antes, que o Éder era tão tosco como um elefante marinho de meia-idade se podem orgulhar do que o Éder fez? Como é que se pode ter orgulho de alguém que se considera inepto? Aliás, as considerações acerca da qualidade do Éder mostram bem aquilo que sugeri acima, acerca de fenómenos de massa. A opinião pública acerca do avançado português é como é essencialmente porque umas pessoas ouviram dizer que ele era só um avançado tosco, porque outros, ouvindo aqueles que antes tinham ouvido dizer que era tosco e achando que todos tinham razão, desataram a fazer piadas acerca do seu valor, e porque, em suma, a generalidade das pessoas não tem opiniões próprias. Na verdade, o Éder não é tão fraco como se diz. Pode não ser extraordinário do ponto de vista técnico, e não ser propriamente o mais inteligente dos pontas-de-lança, mas tem algumas qualidades e, a meu ver, justifica plenamente a presença numa selecção nacional portuguesa, neste momento. Fisicamente é muito forte, e é muito competente a proteger a bola e a aguentar a chegada dos companheiros, podendo ser usado como referência ofensiva em determinados contextos. Não é um ponta-de-lança para entrar em tabelas, para usar como apoio vertical em ataque organizado ou para jogadas elaboradas. Mas, como referência ofensiva, pode ser útil para segurar a bola enquanto a equipa sobe, para fixar a defesa adversária e atrair marcações. Nesse capítulo, de resto, sempre me pareceu um jogador interessante. Desde os tempos da Académica que o aprecio e lhe reconheço alguma qualidade. A opinião pública acerca de Éder não é, aliás, muito diferente da opinião pública acerca de Hélder Postiga. Ainda que sejam jogadores diferentes, e que a opinião pública acerca deles seja muito mais injusta no segundo caso, foram vítimas do mesmo género de preconceito. Ora, a mesma causa subjaz quer a este género de preconceito, quer àquele que, assinalado acima, decorre de confundir contentamento com orgulho: o que acontece, em ambos os casos, é que se sente e se forma opiniões por contaminação dos sentimentos e das opiniões vizinhas, tomando-se por privado, próprio e único o que afinal é público e de muita gente. Achar que nos orgulhamos da vitória da selecção não é por isso menos estúpido do que achar que o Éder nem para pino serve.
12 Apontamentos sobre o Euro 2016:
1. A selecção francesa chegou à final sem mostrar grande coisa para além de algumas individualidades muito inspiradas: Lloris, Payet, Griezmann e Giroud, principalmente, estiveram a um bom nível, e isso chegou, muitas vezes, para que os problemas colectivos não fossem relevantes.
2. A evolução do futebol suíço, nos últimos anos, tem sido notável, e a selecção suíça é hoje muito mais respeitada do que era há uma década. Além do trabalho federativo, que permitiu aos suíços uma quantidade de jogadores de algum talento, há a salientar na selecção A a mudança de paradigma: ao contrário da selecção de Hitzfeld, que apostava tudo na organização defensiva, a selecção de Petkovic é uma equipa que procura ter a iniciativa do jogo. Falta-lhe criatividade no miolo do terreno, é verdade, mas assume esse jogo e procura fazer mais do que aproveitar os erros dos adversários.
3. Ao contrário da generalidade das opiniões que fui lendo, gostei do que a selecção do País de Gales fez. Não é tacticamente extraordinária, e procurou acima de tudo povoar a sua defesa com muita gente. Soube, no entanto, tirar o melhor partido dos seus três melhores jogadores (Ramsey, Bale e Allen, que mostrou que nunca lhe deram o devido valor em Liverpool), os quais procuraram sempre combinar uns com os outros. A liberdade que estes três jogadores tiveram para se procurarem constantemente, e que lhes foi possibilitada pela estratégia colectiva, foi a grande arma desta selecção. E só quando um deles, exactamente aquele que melhor se ligava aos outros dois, não pôde jogar é que foram vencidos.
4. Enquanto em terras de Sua Majestade se continuar a pensar como há 50 anos, o futebol inglês andará longe das vitórias. Não sou contra a ideia de Rooney jogar no meio-campo, e até gostei de ver, talvez pela primeira vez na história do futebol inglês, um médio-defensivo com critério com bola. Mas a aposta nas qualidades atléticas é inequívoca. Em Inglaterra, continuam a achar que o cérebro, em futebol, não serve para nada. Enquanto pensarem assim, vai ser difícil.
5. Sobre a Eslováquia, apraz-me dizer que se confirma aquilo que há muito penso: que o melhor jogador desta geração não é Marek Hamsik, como se faz crer, mas Vladimir Weiss. Hamsik é um médio expedito, muito rápido a ler o jogo e tecnicamente evoluído. Mas não é um médio criativo. É competente a ligar o meio-campo ao ataque, e garante fluidez ao futebol ofensivo da sua equipa, mas raramente é capaz de encontrar uma solução inesperada. Não é inventivo nem imaginativo como Weiss, que a partir da ala procura constantemente o apoio interior. Hamsik pode ser um jogador muito competitivo, mas sem aquilo que distingue Weiss, a criatividade, não passa de um médio relativamente banal.
6. A Rússia teve o que mereceu. Quando se fala tanto em pragmatismo, e quando se pensa que a abordagem pragmática é aquela que, nos dias que correm, tem tido mais sucesso, olhe-se, por exemplo, para a Rússia. O pragmatismo tanto pode dar para ter sucesso como para ser sovado. Os russos não podiam ter sido mais pragmáticos, e foram para casa mais cedo precisamente por causa desse pragmatismo.
7. A selecção croata foi das que mais gostei, neste europeu. Tive pena de não ver Coric, ou de ter visto tão pouco de Pjaca. Mas a qualidade individual dos croatas já não é uma novidade. O que me parece que está a melhorar, no futebol croata, são as ideias colectivas. É possível que, num futuro próximo, consigam bater o pé às melhores selecções. Têm qualidade individual para isso, tê-la-ão nesse futuro próximo, e parecem-me interessados em trabalhar colectivamente para que essas individualidades possam finalmente sobressair.
8. A Alemanha foi a melhor selecção do torneio. Não se pode ganhar sempre, e um pequeno detalhe (penalty de Schweinsteiger), num jogo que estava a dominar, deitou tudo a perder. Mas o futebol jogado foi, no cômputo geral, muito bom. Contra a Eslováquia, por exemplo, roçou a perfeição. Pode não ter dado seguimento ao título mundial conquistado há 2 anos, mas fez tudo bem feito, e é isso que lhes garante que vão continuar a ser favoritos, nos próximos torneios.
9. A Espanha começou bem o campeonato. Sem os erros do mundial de 2014 (titularidade de Koke e Diego Costa), Vicente del Bosque soube escolher um bom onze, mérito que já lho reconhecera anteriormente. Mas não soube estar à altura dos acontecimentos, quando era preciso que estivesse. Primeiro, não soube evitar que a sobranceria se apoderasse dos seus jogadores, depois das duas primeiras vitórias, e não soube convencê-los da importância de vencer o último jogo do grupo. E depois, perante uma selecção italiana a pressionar alto e a esconder a bola dos espanhóis, não soube reagir à adversidade. Já devia ter saído há muito tempo.
10. Zlatan Ibrahimovic terminou o seu percurso na selecção. Deixou de haver razões para ver a Suécia a jogar.
11. A qualidade individual da Bélgica está hoje ao nível das melhores da Europa. Para ser sincero, só vejo melhor conjunto de jogadores na Alemanha, na Espanha e, talvez, na França. Ainda assim, a selecção belga continua sem conseguir impor-se a nível europeu. Colectivamente, o futebol belga continua a ser pobre, e é isso que falta agora mudar.
12. A selecção italiana que se apresentou no Euro 2016 foi uma das mais fracas, em termos individuais, de que me lembro. E sem Marchisio e Verratti, os dois melhores médios italianos (se excluirmos Andrea Pirlo), mais fraca ainda ficou. O futebol italiano precisa urgentemente de uma revolução, e esta geração de jogadores é o sinal claro disso. Ainda assim, Antonio Conte conseguiu construir uma selecção muito competitiva. A forma como eliminou a Espanha foi notável.
Melhor Onze:
Guarda-Redes: Hugo Lloris
Defesa Direito: Joshua Kimmich
Defesa Esquerdo: Raphael Guerreiro
Defesas Centrais: Leonardo Bonucci e Matts Hummels
Médio Defensivo: Eric Dier
Médios Ofensivos: Aaron Ramsey e Andrés Iniesta
Extremos: Gareth Bale e Dimitri Payet
Avançados: Antoine Griezmann
Treinador: Joachim Löw
Suplentes:
Guarda-Redes: Gianluigi Buffon
Defesa Direito: Alessandro Florenzi
Defesa Esquerdo: Jan Vertonghen
Defesas Centrais: Giorgio Chiellini e Ricardo Carvalho
Médio Defensivo: Joe Allen
Médios Interiores: Luka Modric e Toni Kroos
Extremos: Julian Draxler e Nani
Avançado: Cristiano Ronaldo
Treinador: Antonio Conte
Avançados: Antoine Griezmann
Treinador: Joachim Löw
Suplentes:
Guarda-Redes: Gianluigi Buffon
Defesa Direito: Alessandro Florenzi
Defesa Esquerdo: Jan Vertonghen
Defesas Centrais: Giorgio Chiellini e Ricardo Carvalho
Médio Defensivo: Joe Allen
Médios Interiores: Luka Modric e Toni Kroos
Extremos: Julian Draxler e Nani
Avançado: Cristiano Ronaldo
Treinador: Antonio Conte