terça-feira, 27 de março de 2012

O Coice de Ronaldo

Tinha pensado escrever sobre o assunto na altura, há coisa de um mês, mas a falta de tempo acabou por impedir que o fizesse. Acontece que o próprio Cristiano Ronaldo escolheu recentemente o golo que resultou desse mesmo lance como o mais bonito que marcou ao serviço do Real Madrid. Não podendo deixar passar esta segunda oportunidade, serve este texto para distinguir um grande golo de um golo fortuito, uma genialidade de um coice. Falo, claro está, do golo de Cristiano Ronaldo no terreno do Rayo Vallecano, que na altura garantiu mais três pontos à equipa de José Mourinho.

O espanto com a definição do lance tem sobretudo a ver com a imprevisibilidade do seu desfecho. E é por aqui que começo. De facto, ninguém esperava que Ronaldo, de costas, sem se virar, tentasse alvejar a baliza. Por si só, a imprevisibilidade é, obviamente, uma grande arma. Na minha opinião, no entanto, essa imprevisibilidade só deve ser alvo de admiração se de facto lhe corresponder algo genial, algo que surpreendesse o adversário fosse qual fosse o desfecho. O que estou a tentar dizer é que não é a imprevisibilidade do desfecho que merece reconhecimento, mas a imprevisibilidade da acção em si. E, honestamente, o golo de Ronaldo só gerou admiração porque a bola, realmente, entrou na baliza. Se não tivesse entrado, como seria o mais provável, a tentativa não seria senão um disparate de todo o tamanho.



Disse Ronaldo que "foi o que deu para fazer no momento e felizmente deu tudo certo". Para ser honesto, sim, há que reconhecer a parte da felicidade. É que, em 100 lances iguais, dificilmente o resultado seria o mesmo. Além de que não era bem tudo o que dava para fazer no momento. Após um canto, a bola acaba por sobrar para Ronaldo que, de costas para a baliza, e com meia-equipa do Rayo Vallecano atrás de si, se lembra de tentar, ainda assim, fazer golo. Ao seu lado, bem melhores colocados, tinha Pepe e outro colega. Mesmo achando que um passe naquela zona encontraria oposição, poderia sempre conservar a bola, esperar por um apoio mais sólido, por um colega em melhores condições. Ronaldo não pensou assim. Pensou que teria mais sucesso dando um coice na bola e entregando o lance aos caprichos dos deuses; pensou que, mesmo com cinco ou seis jogadores no enfiamento do lance, um coice tinha boas probabilidades de levar a bola a entrar na baliza. É óbvio que não tinha. É óbvio que tomou uma má decisão. E é óbvio que a bola só entrou porque teve toda a sorte do mundo. Às vezes acontece. O que não dá é para eleger um golo de coice, totalmente fortuito, como "um golo muito bonito".

Isto das más decisões tem obviamente muito que se lhe diga. Para aqueles que não lhes dão importância, o que interessa é que a bola entrou, o que interessa é que o resultado dessa decisão, por imprevisível, foi bonito. O problema dessas pessoas é a importância excessiva que dão ao resultado das acções, e não às acções em si. A probabilidade de aquele coice dar golo era baixíssima. Diria até que a probabilidade de aquele coice dar golo era mais baixa do que se Ronaldo tivesse dado um pontapé na direcção de Casillas, de modo a iniciar nova jogada de ataque do Real. No entanto, deu golo. Será isso motivo de aplauso? A meu ver, não. Da mesma forma que um autogolo não é festejado como um grande golo, um golo fortuito também o não deveria ser. Mas como foi de calcanhar, como ninguém esperava aquilo, transformou-se uma banalidade num lance de génio. Ronaldo não foi genial; foi disparatado. Acontece que em futebol, por vezes, um disparate é facilmente confundido com uma genialidade.

O golo de Ronaldo garantiu a vitória do Real Madrid, em mais um jogo francamente mau do Real Madrid. Como em muitos outros jogos desta época, o Real voltou a vencer sem fazer o suficiente para isso. O próprio Mourinho reconheceu que o resultado mais justo, nessa partida, teria sido o empate. Aliás, já nos descontos, o Rayo Vallecano desperdiçou um lance óptimo para empatar a partida, com um avançado a falhar a emenda a menos de um metro da linha de golo, sem ninguém pela frente. O coice de Ronaldo é pois a melhor imagem possível de muito do que tem sido a época do Real Madrid. É verdade que, em muitos jogos, o Real jogou bem e mereceu vencer. Ainda no passado fim-de-semana, frente à Real Sociedad, mereceu amplamente o resultado obtido. Mas as exibições da equipa não foram minimamente regulares, ao contrário do que o ciclo de vitórias consecutivas sugeria. Em muitas ocasiões, o Real venceu apenas porque sim, porque os adversários falharam em momentos chave, porque os árbitros ajudaram, porque as vicissitudes do acaso estiveram do seu lado, porque, substituindo-se à inspiração, um coice qualquer fez entrar uma bola que não entraria de outro modo.

Já o disse várias vezes, e volto a dizê-lo: acho difícil que uma equipa, sobretudo num campeonato como o espanhol e com um adversário como o Barcelona, consiga ser campeã dependendo tanto e tantas vezes de factores como estes, mas a verdade é que, quando o Real venceu esse jogo (na altura, mantendo a distância de dez pontos), pensei que talvez aquele coice fosse o sinal de que, esta época, tudo os protegeria. Como é evidente, há sempre excepções à regra, e se, depois de ganhar vários jogos que não merecia, até com um coice o Real evitava perder dois pontos, talvez fosse prudente reconhecer que, este ano, mesmo não o merecendo, o ceptro iria para Madrid. Algumas semanas depois, porém, o Real começou a perder os pontos que deveria ter começado a perder há muito mais tempo. Em mais dois jogos em que não fez absolutamente nada para sair vencedor, eis que viu a vantagem emagrecer para 6 pontos (sabendo ainda que tem de ir a Camp Nou). Se, na altura, aquele coice me fez pensar que este ano nada os faria cair, agora já não tenho tantas certezas. Sendo verdade que o Barcelona tem no próximo fim-de-semana, entre dois jogos europeus difíceis com o Milan em 6 dias, a recepção sempre perigosa ao Athletic de Bilbao, o calendário do Real Madrid até à deslocação à Catalunha é muito mais complicado: deslocação a Pamplona para defrontar o Osasuna, actual sexto classificado (onde o Barça, por exemplo, perdeu), recepção ao Valência, e deslocação ao Vicente Calderón, três dias apenas depois do jogo com o Valência, para enfrentar um Atlético de Madrid muitíssimo agressivo, desde que Diego Simeone tomou o comando da equipa. A menos que mantenha a vantagem actual de 6 pontos até ir a Camp Nou, o que implicaria passar com distinção em qualquer um dos jogos acima referidos, o campeonato está agora longe de estar decidido. Mais do que nunca, até porque o Real terá ainda de ir a Bilbao, a equipa de Mourinho precisa de coices como o do jogo com o Rayo Vallecano para continuar a ser o principal favorito à vitória final. O mês de Abril será, para essas contas, certamente decisivo.

27 comentários:

Joao disse...

Nuno estou completamente em desacordo contigo sobre o lance do Ronaldo.
Esse coice foi uma obra não consciente, quero eu dizer que o Ronaldo conscientemente não sabe muito bem porque é que ele fez isso nesse momento. Agora no seu inconsciente, o cérebro faz uma serie de analises em micro segundos que o consciente nao tem noção (o exemplo perfeito é de qdo andamos o nosso cérebro faz um numero sem fim de cálculos sem que nos próprios nos apercebemos), e aí é que esta o génio do rapaz.


Nuno se leres textos sobre o génio, e relatos de artistas geniais, apercebemos, que a criatividade é quase qualquer coisa de instantânea, um estado segundo, não verbal, não explicado pelos mesmos, e está muito associada ao hemisfério direito do cérebro.


Houve uns testes que foram feitos no Ronaldo, que alias nao tinham praticamente nenhum interesse, menos um que mostrava onde olhar do Cristiano se fixava qdo ele estava tentado fintar um adversário, e aí via se a multitude de informações que o olhar do Cristiano tirava da posição do adversário (coxa, pés, corpo) e adivinhava, ou pelo menos tentava prever as movimentações futuras do seu adversário para poder melhor o contornar. Qdo pediram ao Cristiano o que ele estava a olhar, nao soube responder. Como nao soube responder ou dar uma explicação lógica ao golo de coice.



Mas tirando isto, percebo perfeitamente o teu texto que no fundo é uma explicação do futebol ultra-racionalista do Barcelona.
Agora, nao vais criticar o Messi qdo ele finta 4 adversarios e marca um golo : vamos falar de probabilidades de successo e de taxas de percentagem qdo falamos de dois dos maiores futebolistas dos últimos 20 anos ?

MC disse...

Nuno, por acaso - e isto até é raro - também não concordo com a tua análise. quando tens um 2x1 e o gajo que leva a bola decide fintar o defesa em vez de passá-la, epá, aí sim, tens uma péssima decisão - que depois também pode ter sucesso como não. agora neste caso específico não creio que possamos ver as coisas assim... não gosto nada do ronaldo, mas é certo que a definição de criatividade no futebol pressupõe encontrar soluções onde os outros vêem problemas. esta foi uma solução inesperada como o caraças e, sim, com uma probabilidade ínfima de sucesso, mas naquele segundo foi a criatividade dele que veio ao de cima e a decisão foi a que foi. se calhar, num treino, eu incentivaria os meus jogadores a passar para trás, e 99% dos jogadores teriam de facto passado para trás... e depois a jogada não tinha dado nada.

Pedro disse...

Partes do princípio que o Barça não perde mais pontos...tendo em conta a irregularidade q tem evidenciado este ano, é possível que os perca tb.

Mas, sim, o campeonato está longe de estar ganho.

Blogger disse...

Não gostei muito da expressão "coice". Também acho que foi uma casualidade.

Mas também sei que vocês são pró-Barcelona (como eu sou Pró-Real Madrid) e, neste caso, até parece que só colocaram este "post" porque o Barcelona reentrou na corrida depois destes 2 últimos empates :)

Bruno Pinto disse...

O Ronaldo é o jogador mais rápido da história da Liga Espanhola a atingir os 100 golos, tendo precisado de 92 jogos (na verdade são 101 golos). Efectivamente, a tua aposta está correcta. Ele tem tido imensos problemas de finalização. Confirma-se que tem marcado menos golos que em Inglaterra.

Nuno disse...

João diz: "Houve uns testes que foram feitos no Ronaldo, que alias nao tinham praticamente nenhum interesse, menos um que mostrava onde olhar do Cristiano se fixava qdo ele estava tentado fintar um adversário, e aí via se a multitude de informações que o olhar do Cristiano tirava da posição do adversário (coxa, pés, corpo) e adivinhava, ou pelo menos tentava prever as movimentações futuras do seu adversário para poder melhor o contornar."

João, eu aposto o que quiseres que, se me fizessem esse teste a mim, dava o mesmo resultado. Aliás, aposto o que quiseres que dava o mesmo resultado em qualquer pessoa que tenha uma boa relação com a bola, e que saiba fintar. Não me parece que o teste seja útil de maneira nenhuma.

De resto, há uma diferença enorme entre avaliar rapidamente probabilidades de êxito e em dar um coice na bola, de costas para a baliza, com 6 adversários no enfiamento. Quando o Messi finta 4 tipos, não o faz em situações em que percebe que não tem grandes probabilidades de sucesso. Fá-lo como recurso, e porque percebe que tem capacidade para o fazer no momento em questão. Quando falo em más decisões, geralmente, a objecção é sempre essa, a de alguém que decide pelo lance individual. Mas a verdade é que o lance individual pode ser a melhor decisão em determinado momento. Mais ainda se quem tem a bola se chama Messi, e mais ainda se há condições ideais para que o lance individual resulte. Do mesmo modo, um golo de calcanhar não é necessariamente uma má decisão. O golo do Xandão, por exemplo, é uma boa decisão. O que aconteceu neste lance, porém, é que o Ronaldo não tinha praticamente hipóteses de sucesso, tinha várias soluções bem melhores, e nem sequer estava em condições de interpretar as probabilidades de sucesso que tinha. A acção do Ronaldo é tudo menos resultado da sua criatividade. Aquilo foi um acto de fé.

E quanto aos maiores futebolistas dos últimos 20 anos, tenho muitas dificuldades em colocar o Ronaldo acima do outro Ronaldo, ou acima do Ronaldinho. E muitas dúvidas sequer em compará-lo com o Zidane. Portanto, parece-me forçado.

MC, como disse no texto, acho que o Real tinha maiores probabilidades de sucesso se o Ronaldo passasse a bola ao Casillas e começasse o lance de novo. E como disse agora em resposta ao João, de criativo aquilo não teve nada, na minha opinião. Criatividade é ser capaz de encontrar soluções equacionando rapidamente probabilidades de êxito. O Ronaldo não equacionou nada. Estava de costas, sabia que tinha meia-equipa entre ele e a baliza, e mesmo assim negligenciou tudo isso. Foi precisamente o contrário de criatividade. Foi fé.

Pedro, o que disse é que o calendário até ao clássico favorece o Barcelona. Falei do jogo com o Bilbao, em que o Barça pode deixar pontos. Até ao clássico, porém, parece-me que há mais condições para o Real perder pontos do que o Barça. Quanto à regularidade, para te ser sincero, o Barça tem sido mais regular do que o Real. O Real tanto pode fazer um jogo óptimo, como um jogo medíocre. O que tem acontecido é que tem ganho mesmo os jogos medíocres.

Blogger, mas é mesmo de um coice que se trata. É que eu nem consigo dizer que aquilo é um toque de calcanhar, que é artisticamente notável. Aquilo foi uma pedrada com a parte de trás do pé. É um coice, não é outra coisa.

Bruno Pinto, a tua mãe gostava mesmo era que o aborto fosse legal em Portugal nos anos oitenta, não era? Olha, afinal também consigo dizer coisas que não têm nada a ver com o assunto!

Bruno Pinto disse...

Mas tu ainda achas que eu leio o que escreves?? Foi só mesmo para te lembrar o quão ridículo és.

Anónimo da Silva disse...

Concordo em absoluto e ainda relembro a cotovelada brutal (dentro da área) do Sérgio Ramos ao Diego Costa que passou em claro!
A única razão para o Real estar em 1º esta época, além da enorme sorte que os tem acompanhado (o Rayo teve ocasiões para golear e perdeu) têm sido as arbitragens que já alteraram a classificação no mínimo em 10 pontos. Ainda agora se viu com a ridícula despenalização do Ramos e os 2 jogos ao Pepe considerando que "filho da puta" não é um insulto.

Quanto ao Ronaldo, basta ver as assistências que tem para ver como a sua tomada de decisão é péssima.

Nuno disse...

Isso mesmo, Bruno. Tenho a certeza que tens coisas muitíssimo mais interessantes para fazer com a tua extraordinária vida do que ler textos meus, como seja andares há 5 anos "dorido" com um gajo na blogosfera por causa das sovas monumentais que levaste, e tentares aproveitar a toda a hora para passar por esperto diante dessa pessoa. Ou isso ou todas as responsabilidades que implicam o trabalho de sonho de qualquer mortal à frente do departamento de charcutaria do LIDL.

Anónimo da Silva, eu até acho que o Ronaldo desenvolveu relativamente bem a sua tomada de decisão, nos últimos anos, e está longe de ser dos piores a esse nível. Não é o seu forte, nem nunca será, mas hoje em dia percebe relativamente bem as suas limitações, coisa que é de louvar em alguém como ele. O que quis demonstrar foi sobretudo que este golo qualquer um o podia marcar, e que é fruto basicamente do acaso, e de um acto de fé.

Bruno Pinto disse...

Nuno,

Se queres falar de experiências profissionais, terei todo o gosto em sovar-te monumentalmente como sempre fiz, mas isso terá de ser em privado.

A mim parece-me que sofres de uma tremenda frustração profissional. Pelos comentários que proferes, parece-me claramente que, na área que escolheste, é profundamente infeliz. É só um palpite, sendo certo que de palpites percebes tu como se tem visto.

Quanto ao resto, continuas a ser o mesmo patetinha prepotente que sempre foste. A prepotência nem me costuma chocar demasiado, mas isso só se não vier acompanhada de uma ignorância que até mete medo. Continua assim que vais longe. Ainda vamos ouvir falar de ti no futuro...

Unknown disse...

Não gostei muito de ver o Atlético em Saragoça, jogaram muito desligados sempre a apostar em longos passes para o Falcão, Salvio e outro tipo na esquerda que não me lembro o nome, mas pode ter sido consequência do elevado número de jogos que o atlético está a disputar, talvez mude com a entrada do diego

Nuno disse...

Monsieur Homais diz: "A mim parece-me que sofres de uma tremenda frustração profissional. Pelos comentários que proferes, parece-me claramente que, na área que escolheste, é profundamente infeliz. É só um palpite, sendo certo que de palpites percebes tu como se tem visto."

Parece-te claramente que, na área que escolhi, claramente, sou profundamente e claramente infeliz? Parece-te claramente e é só um palpite? Ena, coerência!

Sim, sou frustrado por não ter um emprego no LIDL, que é o emprego de sonho de qualquer um. É isso mesmo.

Bcool973, eu não acho que o Atlético de Madrid esteja a jogar bem. Dos jogos que vi com o Simeone também não gostei. Mas uma coisa é certa: estão muito mais agressivos, qual equipa sul-americana, e isso pode causar problemas. Frente ao Barça, sem jogarem bem, criaram problemas apenas pela agressividade que puseram na partida.

Unknown disse...

Se Maradona não tivesse fintado aqueles gajos todos...se Zidane não tivesse rematado de primeira contra o leverkusen...se Van Basten não tivesse rematado de primeira de um ângulo "impossível"....se....se...se e podia continuar.Pegar num lance de calcanhar de C.Ronaldo no seguimento de um canto e fazer essa demagogia toda é uma anedota de todo o tamanho.

O golo de CR tem comparação com os que eu mencionei.NÃO

Acho um lance de génio.NÃO

Se o homem quer escolher esse golo como o melhor está no direito dele.Não acho que tenha sido um golo espectacular mas foi um bom golo de calcanhar que vale pela imprevisibilidade e correu bem como muitos que podiam correr mal e correram bem.
Já vi Messi rematar quando podia passar e já vi Messi fazer chapéus quando podia passar e já vi Messi fintar quando podia tabelar ou passar......
Concluindo acho que são muitos "se" para criticar uma opção/opinião de CR num bom golo de calcanhar!!

Joao disse...

Nuno,

Claro, nos testes que falei é obvio que o teu olhar tb tentara analisar a posição do adversário, agora a diference entre tu e o Ronaldo, é o numero de nformações recolhidas, a rapidez de analise, e a rapidez de execução.
Eu penso sinceramente que ele teve esse instinto dentro dele que era possível marcar. Nao vejo Ronaldo a tentar marcar de calcanhar 10 vezes por jogo (é de notar que o Cristiano utiliza com grande frequência o calcanhar numa forma de futebol espectáculo, mas que tb por vezes se revela tremendamente eficaz, ver por exemplo o jogo de ontem, onde ademais de ter iniciado a jogada do golo com o calcanhar, houve outra jogada onde brilhantemente isolou Benzema ou Coentrao com o mesmo tipo de toque).

O défice do Cristiano está/va (penso que estes anos com o Mourinho estão a fazer crescer o menino) na compreensão do jogo, e dos diferentes momentos.
Coisa que o Messi, pelo menos desde os seus 14 anos (nao sei exactamente com que idade o rapaz chegou ao Barcelona) tem uma lição sabida quase de cor e salteado (quando o modelo de jogo muda, por exemplo na Argentina, o Messi sente dificuldades visto que os colegas dele nao falam o mesmo futebol que ele).



Eu nao disse que eram os unicos, para mim Zidane foi o maior dentre eles todos, mas é porque é um poeta e um poeta nao se mede pelos numeros (golos assistencias).
Agora Messi e Ronaldo ainda teem muita carreira, e muitos desafios pela frente. Mas penso que qdo acabarem a carreira, sera o fim do maior duelo no futebol mundial. Sem duvida.
(Ronaldinho foi uma estrela filante, sem duvida uns dos jogadores mais talentosos, mais que nao tinha higiene ou forca de vontade para ser futebolista profissional de altíssimo nivel)

Bruno Pinto disse...
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Bruno Pinto disse...
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João D. disse...

resumindo isto a uma pergunta: terá sido esta a melhor decisão que o ronaldo podia ter tido? a resposta é simples: não.

a partir daqui são pontos de vista. um remate de longe normalmente também não é a melhor opção num jogo. às vezes dá em golo. mas o nível probabilístico é muito inferior, se o pontapé for desferido dentro da área por exemplo.

o ronaldo sabia que estava enquadrado com a baliza, e arriscou. não foi a melhor decisão que ele podia ter tomado, mas foi golo. a questão é que em 99% das vezes não seria.

Ministro disse...

O q é q este caralho do burro pinto vem aqui fazer, caralho! Apaga os comentários do carroceiro. Ele que vá cortar carne no Lidl!

Ministro disse...

A sério, Pinto, ultrapassa lá isso. Levaste umas enormes sovas, deu para a malta se rir com a tua tamanha estupidez, mas isso já foi há 5 anos. Esquece! Já lá vai!

Bruno Pinto disse...
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Ministro disse...

olha o carroceiro desmascarou-se...ahahahahah

a sério, get over it. Levaste umas sovas, a malta riu-se de seres tão burro e tacanho, mas já lá vão 5 ou 6 anos. Ultrapassa isso, até te faz mal! Em q LIDL mm é q trabalhas?

Nuno disse...

Eish há que tempos que não via este cromo... Tanta letra mandava há dois anos, desapareceu em batalha depois dos 5-0 no Dragão!
Não sei qual é o problema de trabalhar no Lidl, há quem tenha tirado Medicina e esteja no Minipreço. Ao menos não anda a roubar.

Ministro disse...

também é verdade, Pinto.

Pq será q os tripas são todos Pintos? Filhos todos do mm pai... só pode...

Mas, dizia eu, q tens razão. E pelas sovas que o Burro Pinto levou, percebeu-se o seu elevado q.i. Trabalhar no LIDL já é bastante bom para ele. Sempre pensei que tivesse de roubar para comer...

Nuno disse...

O nosso querido Monsieur Homais decidiu apagar alguns dos seus comentários, privando-nos assim da sua eloquência. Como não queria nada que as pessoas ficassem sem a possibilidade de lê-lo, decido, a bem do serviço público que este blogue pretende prestar, disponibilizar os comentários apagados. Salva-se assim a poesia dos mesmos.

A 28 de Março de 2012, às 23:11, Bruno Pinto disse:

"É isso Nuninho, é isso... Já cá não vinha há uns meses, pensei que estivesses mais adulto, mais inteligente, sei lá, mais qualquer coisa.. Mas pelo que vejo, parece-me claramente que continuas o mesmo postal de há uns tempos atrás. Ah, mas isto é só um palpite!"

A 28 de Março de 2012, às 23:13, Bruno Pinto disse:

"Ah, e se sabes onde trabalho, só há uma hipótese. Através do meu email, foste espreitar o meu facebook!!! Não és nada paranóico, não senhor..."

A 29 de Março de 2012 15:30, Bruno Pinto diz:

"Ministro, meu filho da grande puta, caladinho, que se fôr preciso também chega para ti. No lidl não se corta carne, boi, já vem embalada. E eu não trabalho, mando trabalhar! Tu é que parece que trabalhas para o Estado. É por causa de otários como tu que o país está como está."


Poesia da melhor, como se pode ver! Chamo especial atenção para a suavidade do vocabulário, e para o formidável paradoxo de alguém que se queixa de que são os trabalhadores do Estado que, por não fazerem nada, deixam o país na penúria, mas que depois se regozija de não trabalhar, mas sim de mandar trabalhar. É ou não é espectacular, o Monsieur Homais? Um emprego no LIDL dá mesmo a volta à cabeça de qualquer um.

Ministro disse...

AHAHAHAHAHAHA

O gajo vai ficar furioso!!!! Aahahahah

Tu também não perdoas a estupidez alheia. O gajo daqui a outros 5 anos ainda vai estar com esta entalada e ainda aqui vai aparecer a dizer merda, para depois apagar, outra vez. Tipo uma saga ahahahahahah

Opa, que riso...


Tou ansioso pelo regresso do desterrado ahahah

Ciclista disse...

Anonimo da Silva, o Ronaldo só tem 10 assistencias para golo, as mesmas 10 que o Messi tem por exemplo.

Pedro disse...

Essa do "mandar trabalhar" é bastante reveladora.

Enfim...