domingo, 20 de abril de 2008

O que é um passe?

Foi aqui dito, há tempos, que o Entre 10 ensinaria a Pelé, o jovem internacional sub-21 português, em que consiste um passe. Chegou, pois, a altura de tão adiada tarefa. Ao contrário do que a generalidade das pessoas pensa, o passe é tudo menos um gesto técnico simples. Aliás, é até precipitado defini-lo como um gesto técnico, pois o que é mais relevante, para a obtenção de um bom passe, não tem rigorosamente nada a ver com condições técnicas. Assim sendo, enquanto a opinião do vulgo defende que um passe é um gesto técnico, eu defenderei, nestas linhas, que um passe é, isso sim, um gesto intelectual, ao qual a técnica serve apenas de intermediário. Ademais, defenderei que um passe, embora seja executado por um indivíduo, não é um gesto individual, mas sim um gesto colectivo, pois é resultado de diferentes dinamismos e só tem aproveitamento enquanto beneficiar uma acção colectiva.

Muito mais que saber colocar a bola num local preciso, do que ter a capacidade de executar com perfeição um passe, é importante, para o jogador que tem a bola e a quer endossar a um colega, perceber como, quando e por que razão o deve ou não fazer. Num passe, a técnica cumpre um papel meramente secundário: mais importante que conseguir colocar a bola onde se quer é querer colocar a bola no sítio correcto. A um passe preside uma intenção e é essa intenção e não o passe em si que concorre para a qualidade do mesmo. Por mais certeiro que um passe seja, são as condições em que o colega vai receber a bola, assim como aquilo que a equipa pode extrair desse passe, que verdadeiramente interessa. Se um jogador consegue colocar a bola a cinquenta metros no pé de um colega, mas este não tem qualquer espécie de apoios e está rodeado de adversários, o passe efectuado pelo primeiro, ainda que tecnicamente perfeito, não produz consequências positivas. É por isso que, num passe, a componente técnica é completamente independente da componente intelectual. Aquilo que defendo é que, para que um passe seja considerado bom, a segunda componente é muito mais decisiva que a primeira.

Assim, poder-se-ia dividir um passe, à partida, em ideia e execução. Em termos de ideia, contudo, há várias sub-divisões a fazer. Um jogador, ao pensar em fazer um passe, deve ter em conta várias coisas: condições de recepção do colega; apoios que o colega tem ou vai receber; ganhos colectivos; situação e necessidades presentes do jogo (se a equipa está a ganhar ou a perder); etc. Por exemplo, um bom passe a nível técnico não é necessariamente um bom passe se o jogador que receber a bola não tiver condições suficientemente boas para tal. Pelé, por exemplo, é um jogador, a nível do passe, de grande qualidade técnica: os seus passes, por norma, encontram o colega a que se destinam. A sua qualidade técnica não é, porém, condizente com a opção de passe. Não raro, o jogador do Inter, embora executando com qualidade, não tem em conta tudo aquilo que deve ter. Um passe seu é, do ponto de vista estético, de boa qualidade, mas, não pensando Pelé se o mesmo representa a melhor opção para a equipa e se o colega vai poder dar seguimento à jogada, o mesmo passe é, muitas vezes, inconsequente. Não são poucas as vezes que alonga o jogo sem necessidade nem poucas as vezes que faz o passe pelo ar quando pode fazê-lo pelo chão. Pelé não se preocupa com o que vai acontecer a seguir ao seu passe, mas apenas com o passe em si, o que é errado. Aquilo que define um bom passe é muito mais tudo o que vem depois do passe do que o próprio passe.

A capacidade de uma equipa fazer posse de bola advém muito mais da capacidade que os jogadores têm para entender o que vai acontecer a seguir a cada passe do que da capacidade e da qualidade de passe de cada um deles. Para que a equipa permaneça com a posse de bola, um jogador, ao passar, deve perceber que opções de passe terá o jogador que receber a bola, no momento em que a receber. Muito mais do que perceber se há uma linha de passe aberta, um jogador que tem a bola e a vai passar tem de conseguir perceber se, assim que receber a bola, o seu colega terá forma de dar continuidade à jogada. Se não tiver esta capacidade, o jogador que passa só poderá fazer bons passes por acaso: todos os passes que permitirem a continuidade da posse de bola ou que permitirem progressão acontecem então por acidente, porque o jogador que recebe, felizmente, soube encontrar uma solução, ou porque o adversário não tinha capacidade para inviabilizar a continuidade da jogada. O acto de passar, em futebol, é um pouco como cada jogada de xadrez: se não se tiver em conta as próximas jogadas, se não se imaginarem possibilidades futuras, uma jogada por si só é facilmente contrariada. Uma equipa cujos jogadores não tenham capacidade para imaginar aquilo que o colega vai ser capaz de fazer assim que receber a bola jogará muito em função da sorte e da capacidade individual dos jogadores. Os melhores jogadores, ao nível do passe, são aqueles que, ao entregarem a bola, percebem imediatamente quais as soluções que o colega vai ter. Pelé não é um destes casos. Os seu passes não são ponderados e, embora encontrem com regularidade o destinatário, colocam invariavelmente dificuldades ao mesmo, ou à equipa. Abusa dos passes longos em ocasiões em que, além de uma recepção difícil, o jogador que recebe não tem apoios para dar continuidade à jogada, o que torna um passe, já por si arriscado, numa jogada completamente ineficaz. Não se preocupa com as condições de recepção dos colegas e, muitas vezes, quando pode jogar curto e seguro, prefere arriscar e dificultar a acção dos mesmos. Além de tudo isto, não é capaz de perceber que uma equipa que ataca deve fazê-lo progressivamente e que, sem apoios, um passe só funciona como último passe. Apesar de revelar algum critério no descongestionamento dos flancos, ou demora a fazer o passe quando deveria apressá-lo, ou fá-lo rápido quando deveria contemporizar. É com alguma facilidade que vemos a equipa onde joga não ser capaz de progredir ou perder tempo relevante após um passe seu.

O passe é, na minha opinião, o elemento mais importante no processo ofensivo de uma equipa. Mas o passe em si, isto é, o gesto técnico, é uma parte muito irrelevante do mesmo. O passe engloba coisas como a visão de jogo, a imaginação, a capacidade de perceber movimentações colectivas, a velocidade de raciocínio, etc. E é a competência em todos estes processos que define um jogador com uma boa capacidade de passe. Por isso, porque são aspectos intelectuais e não técnicos que definem um bom passe, dificilmente um jogador pouco inteligente será bom nesse capítulo. Sem o auxílio do intelecto, um jogador não poderá compreender mais que o trivial e nunca fará bons passes para além daqueles mais fáceis do ponto de vista do raciocínio. É também por isso que me fascinam certos jogadores que, para a grande generalidade do público, são banais, jogadores esses que são capazes de pensar, a cada momento, o que é melhor para a equipa e de que forma uma acção aparentemente simples como um passe pode ser aproveitada nos momentos seguintes ao mesmo. Para a grande generalidade do público, o passe é uma coisa simples e qualquer um é capaz de fazê-lo. Por isso, um jogador que se destaque apenas neste capítulo não é, para esses, suficientemente bom. Para mim, como o passe é praticamente tudo no futebol, um jogador capaz de fazer bons passes com frequência (e por bons passes entende-se, por tudo o que foi dito, passes consequentes) deveria reunir maior apoio que qualquer outro tipo de jogador.

O passe é, pois, para a maior parte das pessoas, um gesto técnico individual. Para mim, não é nem um gesto técnico nem um gesto individual. É um gesto intelectual, porque o intelecto tem muito mais peso que a técnica na definição do mesmo, e é um gesto colectivo (engloba passe do jogador, recepção do colega, movimentação de toda a equipa, preocupação com posicionamento do adversário, preocupação com as eventualidades seguintes, etc.) porque só naquilo de bom que a equipa pode usufruir de um passe é que se pode medir a qualidade do mesmo.

15 comentários:

Mister Fred disse...

Boas,
Passam todo o texto, a dizer basicamente o mesmo de várias maneiras. Faz-me lembrar, o meu livro de Filosofia, do ensino secundário, em que 50 frases se resumiam facilmente em uma.
Contudo, entendo completamente a mensagem, e não posso deixar de concordar. O adepto comum, nunca vai entender a importância de tal, e explicações para isso serão apenas conversa fiada, mas a capacidade de definir um passe, é um atributo fulcral na determinação da qualidade de um jogador, não definindo a capacidade deste por si só como é óbvio.
Como jogadores normalmente esquecidos, mas evoluídos, segundo a vossa concepção de passe, destaco por exemplo Paulo Assunção ou Pereirinha, dois atletas bastante diferentes, mas que são fortes ao nível deste gesto técnico-intelectual.
Cumprimentos,

Paulo Santos disse...

Pertinente esta tua reflexão. Mas no caso de Pelé, há a atenuante de ser um jovem com muita margem de progressão, que só agora no Inter começou a realizar os seus primeiros jogos ao mais alto nível.

Para mim, um caso muito mais paradigmático, é Nélson do Benfica.

Paulo Santos disse...

Pertinente esta tua reflexão. Mas no caso de Pelé, há a atenuante de ser um jovem com muita margem de progressão, que só agora no Inter começou a realizar os seus primeiros jogos ao mais alto nível.

Para mim, um caso muito mais paradigmático, é Nélson do Benfica.

Anónimo disse...

Mais um post longo a dizer basicamente nada!! Habitual.

Nuno disse...

Mister Fred diz: "O adepto comum, nunca vai entender a importância de tal, e explicações para isso serão apenas conversa fiada."

Claro, olha só o trigo...

Paulo, como é óbvio, o Pelé, sendo novo, vai melhorar alguns aspectos do seu jogo. Não creio, contudo, que o desenvolvimento intelectual seja, nesse sentido, privilegiado. Acredito que, ao contrário de outros atributos, a inteligência, aquilo que define a capacidade de os jogadores tomarem boas ou más opções, evolui muito pouco a partir desta idade. Ao contrário de outras coisas, a capacidade de decisão é algo que tem de ser incutida muito cedo e, como tal, não acredito que um jogador de 20 anos seja capaz de melhorar significativamente nesse aspecto. É também por isso que não acredito na dita "formação de rua", pois, a não ser em casos excepcionais, os jogadores assim formados vão ter pouca inteligência. As grandes deficiências do Pelé são a nível intelectual e, como disse, não acredito que melhore. Aliás, a nível intelectual, são poucos os casos de jogadores que, numa idade tão tardia, se conseguem modificar. Pode acontecer, mas é raro. Normalmente, só por auto-iniciativa e se forem capazes de perceber o que está mal no seu jogo, ou se trabalharem com alguém que lhes consiga demonstrar isso. Lembro-me de muito poucos casos de jogadores que evoluiram intelectualmente ao longo da sua carreira. Lembro-me de 2 que trabalharam com o Mourinho e que se modificaram extraordinariamente nesse aspecto: Maniche e Derlei. Mas Mourinho há só um. E tirando este, poucos ou nenhuns têm a capacidade de modificar o intelecto dos jogadores. Acho, por isso, que os vícios do Pelé serão muito difíceis de mudar.

Quanto ao Nélson, 100% de acordo. Tem e sempre teve muito pouco critério no passe. Acontece, porém, que, qaundo chegou ao Benfica, os seus níveis de confiança eram muito altos e a sua capacidade técnica era o que bastava para ser o melhor defesa-direito do campeonato. Perdendo esses níveis de confiança e não sendo um jogador inteligente, capaz de perceber o que vai mal no seu jogo, perdeu-se. Mas há mais exemplos: o Miguel Veloso dos últimos meses, embora mantenha a qualidade técnica de passe invejável, perdeu critério na definição do mesmo. Liedson é horrível nisso, Bynia idem.

Mister Fred, concordo com Paulo Assunção e Pereirinha. Aliás, em relação ao 25 do Sporting, sempre o defendi nesse sentido. Mas, para mim, aquele que está mesmo esquecido neste capítulo é o Farnerud.

trigo, não digo basicamente nada? Pois o que digo, e que tu não percebes, é exactamente o porquê das pessoas não perceberem a qualidade do Farnerud. É também por acharem que o que está neste post é trivial que não percebem que a borrada no lance do Benfica-Setúbal que deu origem à confusão entre Katso e Luisão foi do Petit e não do grego, pois, sendo o passe um movimento colectivo, quem não funcionou ali em termos colectivos foi o internacional português. Como vês, há neste texto implicações pouco básicas. Ou talvez não...

Paulo Santos disse...

Antes de mais, um pequeno parêntesis. Considerar que este teu texto não diz nada, revela uma outra insuficiência de ordem intelectual, insuficiências essas que abundam em quem observa e analisa o futebol. Situação que não é muito grave no caso do comum adepto, mas extraordinariamente lamentável no caso de quem ganha a vida com essa actividade. É cansativo o desfiar de chavões, frases feitas e outras banalidades que pululam no nosso jornalsmo desportivo...

Voltando ao Pelé, considero que há um aspecto fundamental que me parece que estás a negligenciar e que é a dimensão colectiva do jogo, aliás, tu falas nisso.
Numa equipa que possua uma forma própria de jogar, uma identidade colectiva forte, com regularidades a nível de movimentações,em suma um modelo e princípios de jogo consolidados, acredito que um jogador com esse handicap possa melhorar até ao ponto dessas melhorias se reflectirem nas suas acções individuais. No fundo é o axiomático primado do colectivo no futebol.

Tal como dizes: "Uma equipa cujos jogadores não tenham capacidade para imaginar aquilo que o colega vai ser capaz de fazer assim que receber a bola jogará muito em função da sorte e da capacidade individual dos jogadores."

Ora, numa equipa que jogue como tal, com essas regularidades de movimentos bem rotinadas e interiorizadas, os jogadores, mesmo aqueles menos dotados e treinados do ponto de vista intelectual, acabam por saber o que o colega vai fazer aquando da recepção de bola.

Confirmando-se a ida de Mourinho para o Inter, poderemos confirmar ou não esta ideia no caso de Pelé. Eu acredito que sim.

Anónimo disse...

"É também por acharem que o que está neste post é trivial que não percebem que a borrada no lance do Benfica-Setúbal que deu origem à confusão entre Katso e Luisão foi do Petit e não do grego, pois, sendo o passe um movimento colectivo, quem não funcionou ali em termos colectivos foi o internacional português."

não sei como é possível ainda insistires neste disparate. aliás muitos dos argumentos que apresentas no teu texto dizem exactamente o contrário! mas não quero alimentar polémicas já enterradas.

cumprimentos

Nuno disse...

pedro silva, pelo contrário. O que digo do passe é exactamente a razão pela qual a única opção válida do grego, naquele lance, era fazer o passe naquela altura. Porque era naquela altura e não depois que a equipa ganhava em que a bola saísse dali. Perder tempo a ver se o Petit tinha respeitado o apoio seria perder a única forma de progredir no terreno. Mas pronto, como dizes, isto é assunto enterrado...

Anónimo disse...

"são as condições em que o colega vai receber a bola"

"condições de recepção do colega; apoios que o colega tem ou vai receber"

"Para que a equipa permaneça com a posse de bola, um jogador, ao passar, deve perceber que opções de passe terá o jogador que receber a bola, no momento em que a receber."

"assim que receber a bola, o seu colega terá forma de dar continuidade à jogada"

alguns exemplos apenas.

Agora explica-me como é que um jogador pode fazer isto sem olhar!

Anónimo disse...

Ainda bem que há gente como vocês para ensinar um jogador que joga no campeão Italiano o que é um passe.

Serviço público no seu melhor.

Nuno disse...

Messi, por essa ordem de ideias, ninguém que não tenha um curso de treinador percebe mais de bola que o Mário Reis, assim como ninguém que não tenha publicado um livro é melhor a escrever que a Margarida Rebelo Pinto. Vivemos claramente no melhor dos mundos possíveis, como diria o Leibniz, e todos estão numa situação correspondente às suas competências. Aliás, quando o Pelé estava no Guimarães, um gajo que jogasse na Roma tinha moral para criticá-lo, mas agora que está no Inter, já não. Gosto bastante da tua linha de raciocínio.

pedro silva, estás a ser um bocado desonesto, não? Criticas o que eu digo com base em algo que não aconteceu. O Katsouranis olhou, logo todas as citações que referes perdem o efeito que pretendes. É ridículo afirmar sequer que o Katsouranis passou a bola ao Petit, se não tivesse olhado e visto o Petit. Se não tivesse olhado, nunca passaria a bola ao Petit, pois o Petit poderia ter ficado recuado, ou podia ter ficado em casa a jogar Playstation. O Katsouranis sabia que o Petit estava naquela zona, porque o tinha visto. O Katsouranis só não olhou no momento do passe, mas isso é não é não olhar. O Katsouranis tinha visto o Petit naquela zona instantes antes, sabia que a zona estava despovoada de adversários, sabia que tinha um jogador à ilharga, a tapar uma linha de passe mais à frente, portanto, só poderia presumir que o Petit se tivesse aproveitado daquele espaço para oferecer uma linha de passe. A decisão do passe, naquele lance, e é disso que se trata aqui, tinha de ter em conta, como referi, a posição da própria equipa, do colega a quem se vai passar a bola e dos adversários. Katsouranis recebe uma bola que não pode devolver; não tem linhas de passe para a frente, nem para trás; sabe que tem Petit nas costas, assim como um adversário, que lhe tapa a linha de passe lateralizado, logo, a única opção de passe que tem é aquela, para uma zona onde não estava nenhum adversário. Não fazer aquele passe implicava segurar a bola no meio de dois adversários, que o obrigariam a recuar, tendo o lateral daquele lado subido e ficado, portanto, sem apoios recuados. Iria complicar a sua situação, bem como inviabilizar a progressão do ataque. Pensou rápido e sabia que o Petit estava naquela zona e que, sem muito esforço, conseguiria ocupar aquele espaço (o espaço correcto a ocupar, tendo em conta a situação da jogada). Logo, fez o passe, contado com a inteligência do colega. Se o outro não a teve, a culpa já não é dele. Podem criticá-lo por ter presumido que o Petit seria inteligente, mas acho que não era obrigação dele pensar que poderia não sê-lo.

Anónimo disse...

Bem, a minha linha de raciocínio é tão válida como a tua..e já que falas nisso, segundo a tua linha de raciocínio eu posso discordar do que tu dizes, embora pareça que tenhas ficado um pouco chateado..


De qualquer maneira, não há dúvida de que o Pelé precisa de facto de mais inteligência em campo, mas isso é uma coisa que não é só do futebol, e se bem me lembro ele na escola também não era nada brilhante LOL

E por muito que o passe precise de inteligência, dizer que não é um gesto técnico não será exagerado? Quer dizer, não me digas que a diferença entre os passes do Xabi Alonso e os do Makélélé é que um é um Einstein e o outro é um burro...(repara como escolhi duas equipas ao mesmo nível, porque no entanto concordo que o passe é de facto algo que é influenciado pela equipa toda).

Cumps

Anónimo disse...

como já tinha dito, assunto enterrado.

Mister Fred disse...

exacto.
o passe será um gesto técnico-intelectual

Catenaccio disse...

Olá Nuno,

Venho retribuir a visita e dizer que já respondi, no Catenaccio ao assunto sobre o 4x4x2 clássico.

Parabéns pelo blogue Entre Dez. Fiquei adepto.

Abraço.