sábado, 24 de novembro de 2007

25 Curtas da Semana

Selecção Sub-21

1. A selecção empatou com a congénere inglesa. O futebol medíocre da equipa de Rui Caçador dá que pensar. Continuam a existir opções incompreensíveis, como os dois centrais. Aquilo não é nada.

2. A Pelé, o Entre Dez promete para breve um texto a explicar o que é um passe.

3. Paulo Machado - é legítimo dizê-lo - não tem qualidade para mais do que um Leixões; Vieirinha, talvez, mas jamais para um grande.

4. Targino faz lembrar o diabo da Tazmania: mexe-se para todos os lados, vai a todas, rodopia sobre si próprio, é trapalhão; só não é jogador de futebol.

5. Celestino deveria ter mais oportunidades porque tem algo que nem Paulo Machado nem Pelé têm: pode-se chamar-lhe "escola".

6. Pereirinha jogou dez minutos, mas foi, de longe, o melhor em campo: durante esse tempo, a selecção jogou finalmente futebol, e muito graças à inteligência dele; é impressionante como toma sempre a melhor opção.

7. É inacreditável que um jogador da qualidade de Saleiro tenha sido chamado pela primeira vez a esta selecção apenas agora. Anda tudo a dormir, só pode.

8. Nesta selecção, quem bate os livres é o tipo que pedinchar mais. Até o cepo do central Nuno André Coelho bate mais bolas do que Moutinho ou Antunes: ridículo!

9. Repito: onde andam Rui Patrício, André Nogueira, Tiago Pinto, Daniel Carriço, Bura, Rui Gomes, Ivan Santos, Hélder Barbosa e Diogo Tavares? Não contem a ninguém, mas também ajudava que os treinadores das selecções jovens não fossem fantoches de empresários...

10. Quanto aos comentários de Luís Freitas Lobo, é digno de nota não ter percebido que, desta vez, Pelé não jogou sozinho como médio-defensivo, mas que jogou ao lado de Paulo Machado, ficando apenas Moutinho mais à frente. Também é de enaltecer os brilhantes elogios que dedicou a João Moreira, classificando-o como um jogador - e cito - de "contenção".

Selecção A

11. Acabou-se o apuramento. Scolari terá dito: "Foda-se! Que alívio!"

12. Três médios-defensivos? Quando vi que Portugal ia jogar com Meira, Veloso e Maniche, pensei: "Ia jurar que hoje o jogo era contra a Finlândia". Jogar assim é uma asneira de todo o tamanho. Primeiro, é confiar que os três tipos da frente vão resolver individualmente o desafio. Segundo, é revelar medo aos seus jogadores e encorajar o adversário. Terceiro, é gozar com quem pagou bilhete para ir ver um espectáculo e ignorar que o factor mais importante do futebol, ao contrário do que se pensa, não são os resultados desse espectáculo mas a qualidade do mesmo.

13. Desta vez, nem sequer disfarçou: para Scolari, o seu orgulho foi sempre mais importante que a selecção portuguesa. Tinha dito, antes de começar este apuramento, que só precisava de 28 pontos e que, fora de casa, lhe bastava empatar os jogos. Foi criticado por não ser ambicioso e por fazer contas prematuras. Vendo-se capaz de provar a todos os seus delatores que tinha razão, que afinal até se conseguia apurar com 27 pontos, preferiu empatar o jogo, com todos os riscos que isso trazia, a vencê-lo tranquilamente. Na minha opinião, fê-lo, em primeiro lugar, porque é conservador, mas também porque não queria perder a oportunidade de mostrar que tinha razão. Quando Scolari coloca o amor-próprio à frente do profissionalismo, não pode querer que lhe admirem as competências.

14. Diz-se isto e aquilo sobre esta selecção: quem acha que Scolari tem feito um bom trabalho, defende-se com os resultados e com argumentos como o facto de Portugal não ter uma selecção assim tão boa; quem acha que ele tem feito um mau trabalho, considera que Portugal tem selecção para fazer mais do que fez. Só quero dizer que, não tendo um super-selecção, não se pode negar que, entre Portugal e Polónia/Sérvia/Finlândia, há um fosso descomunal. Scolari não tem a melhor selecção do mundo e não tem por isso que ganhar tudo. Mas, com o material humano ao seu dispor, teria de fazer muito, muito mais.

15. Há quem comece já a dizer, para calar os críticos de Scolari, que a selecção pós-Scolari será pautada pelo fracasso. Como resposta a isto, tenho a dizer o seguinte: se colocarem no lugar dele uma pessoa competente, só por milagre é que a selecção descerá mais baixo do que aquilo em que se encontra agora.

16. Os melhores do jogo frente à Finlândia foram Pepe, Bosingwa e Nuno Gomes. O primeiro esteve concentradíssimo e ganhou, por isso, inúmeras bolas em antecipação. Bosingwa andou sempre endiabrado e teve arrancadas estonteantes, quase sempre concluídas com a melhor opção. Nuno Gomes, embora desapoiado e, por ter tido poucas bolas, discreto, teve sempre a melhor opção. Tabelou sempre bem com os colegas, apareceu sempre bem em zonas de finalização, prendeu sempre os centrais adversários. Quaresma, a espaços, também esteve a um bom nível. Nota negativa para Cristiano Ronaldo, uma vez mais: não se lhe pedem sempre jogos geniais, mas, se é dos melhores do mundo, tem que dar muito mais à selecção do que uma ou duas arrancadas fulgurantes por jogo.

Super Liga

17. Quem é que deixou entrar no recinto de jogo o tipo que se fez passar por guarda-redes da Académica? Que anedota!

18. Gosto da mentalidade de Camacho. Contra a Académica, começa com dois médios defensivos e, mesmo a precisar de marcar para ganhar o jogo, não abdica de nenhum deles. Quem ganha um jogo como ele ganhou, sem ter feito nada para o ganhar, nem que fosse apenas teoricamente, não merece que o aplaudam. Tem tido sorte, muita sorte, o espanhol, desde que chegou a Portugal.

19. Contra um grande, deixar Hélder Barbosa no banco é indecente. É verdade que o Benfica não fez nada para vencer, mas a derrota acaba por assentar bem a quem não quis aproveitar o talento deste miúdo.

20. O Porto fez, talvez, a melhor exibição da época, frente a um Setúbal sem ideias. Nota de destaque para Carlos Carvalhal, ainda assim, com um início de época notável, mesmo com um plantel para ambições curtas.

21. Quaresma voltou às grandes noites. Coitado do Adalto!

22. Lisandro não pára.

23. Jesualdo, se ficar sem dois ou três titulares ao mesmo tempo, telefona a Mourinho a perguntar o que fazer? Aquelas duas substituições no momento imediatamente a seguir ao segundo golo, quando o jogo já estava ganho, revelam sobretudo que confia apenas em onze ou doze jogadores. Sem esses, dá ideia que não sabe muito bem o que fazer.

24. Liedson perdeu 15 bolas durante todo o encontro frente ao Leixões. Não interessa: marcou um golo e evitou a derrota. Ah, não! Foi o Purovic? Então o que é que o Liedson fez de bom? Hmmm... Aconselhou um restaurante à beira-mar onde se come marisco do bom? Também não? Ah, já sei! Evitou que Abel ficasse isolado perante o guarda-redes do Leixões, intervindo na jogada quando estava claramente fora-de-jogo? Não? Isso não é bom? Hmmm... Então se calhar foi mais uma vez um jogador a menos, não? Pois, talvez tenha sido...

25. Em Portugal, é moda ter um Mateus no plantel?

4 comentários:

Anónimo disse...

ADORO QUANDO FAZES A RÚBRICA "CERTEZAS" ACHO QUE PODIAS APOSTAR MUITO NESSE TIPO DE ARTIGOS POIS SÃO OS MAIS INTERESSANTES NA MINHA OPINIÃO E OS MAIS BEM CONSTRUIDOS. ACHO MUITO INTERESSANTE SÓ REVELARES QUAL É O JOGADOR NO FIM. TAMBÉM GOSTO MUITO QUANDO FAZES AS "CURTAS DA SEMANA". OBRIGADO E BOA-SORTE

Gonçalo disse...

Obrigado " O prodígio" mas temos de limitar essa rubrica ao nosso contacto que temos com estes jogadores. Mas descansa que as rubricas mencionadas são para manter. Um abraço

Anónimo disse...

nem falaram na birra do scolari... lol

Nuno disse...

Tens razão. Mas também já toda a gente tinha falado nisso...