quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Contra o Instinto

"[Sócrates], enquanto nas suas deambulações críticas por Atenas, entabulando conversações com grandes estadistas, oradores, poetas e artistas, encontrava por toda a parte a presunção da sabedoria. Com espanto, reconheceu que todas aquelas celebridades nem possuíam sequer acerca da sua profissão uma perspiciência justa e segura, exercendo a mesma só por instinto. «Só por instinto»: com esta expressão tocamos o coração e o cerne da tendência socrática. Com ela, o socratismo condena tanto a arte como a ética vigentes: para onde quer que se dirija o seu olhar judicativo, ele vê a falta de perspiciência e o poder da ilusão, concluindo a partir dessa falta o carácter interiormente perverso e desprezível do que existe. Deste ponto de vista, Sócrates julgou-se na obrigatoriedade de corrigir a realidade existente: ele, o ser isolado, entra com uma fisionomia de desprezo e arrogância, como sendo o precursor de uma cultura, arte e moral de índole totalmente diferente, num mundo cujo rasto poderíamos considerar-nos supremamente felizes de captar com reverência."

Friedrich Nietzsche (O Nascimento da Tragédia)

Exclamemos como Nietzsche: «Só por instinto!» - eis a culpa cuja expiação não procuram grande parte dos jogadores e treinadores de futebol. Só por instinto é que, muitos deles, desempenham o seu papel. Fazem-no, portanto, sem a consciência daquilo que fazem, sem saberem se o fazem correcta ou incorrectamente. Um instinto aguçado pode, no máximo, disfarçar as deficiências intelectuais de quem o possui; não pode, contudo, substituir o intelecto. Agir sem pensar, cumprindo as ordens que a intuição irracional dá, pode até conduzir a resultados positivos, mas será sempre mais seguro e aconselhável perpetrar acções sob a batuta do raciocínio. Os jogadores de futebol que não pensam no que fazem não podem adequar-se, com facilidade, a novas adversidades. Como estão habituados a ultrapassar os problemas de uma determinada maneira e têm o instinto domesticado para agir segundo essa maneira, não conseguem, por não serem capazes de agir de outra forma que não instintivamente, adaptar-se.

O instinto, ainda que um atributo bom, não é portanto um atributo indispensável a um jogador. Como o não é a um treinador. Sem o raciocínio, sem a inteligência, o instinto tem pouca margem de manobra. Só pela inteligência se pode ser grande. Um jogador que tenha crescido a jogar na rua, que não tenha experiência de futebol federado, que não tenha o amadurecimento da formação, vive apenas do seu instinto, o que é - convenhamos - muito pouco. O mesmo acontece com treinadores que tenham apenas a experiência de jogador e o contacto com os métodos de outros treinadores. Sem pensar, sem raciocinar, sem tentar perceber o porquê das coisas, ninguém, em actividade alguma, exerce essa actividade de forma consciente. Pelo contrário, sem o intelecto, atravessam a estrada pelo braço do instinto, que mais não é que a reacção àquilo que aprenderam sem questionar. É contra jogadores e treinadores desta estirpe que a convicção socrática destas linhas pretende erigir o punho, dizendo: "Basta!" Basta de insolência! Basta de presunções patetas; basta de acharem que podem aquilo que não podem. Se não pensam, se agem segundo os ditames prepotentes e animalescos do instinto, como querem ser levados a sério?

26 comentários:

filipe disse...

No caso dos treinadores é diferente, mas no que respeita a jogar, o futebol é, numa percentagem muito alta, instinto.

O que se pode e se deve fazer é tornar o instinto inteligente. Ou seja, orientar as acções num determinado sentido, esse sim, pensado e reflectido. Depois é preciso moldar o instinto na direcção que queremos para que, quando ele for de novo solicitado em competição, ele se se apresente mais inteligente e racional. Para isto é preciso treino. Não só treino, mas muito treino e treino inteligente.

É essa a diferença entre um jovem talento e um jogador experiente. Ambos agem sobretudo por instinto mas o do segundo é um instinto mais inteligente do que o do primeiro.

É curioso, Nietzsche a mim lembra-me Jim Morrison e não tanto a paixão da bola!

Nuno disse...

Sim, Filipe, o instinto é treinável. Sem dúvida, mas por si só, mesmo treinável, não é o suficiente. Sem dúvida que a diferença entre um jogador experiente e um mais novo pode, em grande parte, ser explicado pela evolução do instinto. Mas o instinto, a acção rotinada, mecanizada, por si só, não é capaz de fazer face a novas adversidades. Isto acontece em qualquer área. Sem o raciocínio, muitos casos podem não conseguir ser resolvidos instintivamente.

Quanto aos treinadores, há aqueles que aprendem as coisas e as aplicam. Se tiverem tido melhores professores, ou se forem capazes de captar melhor as coisas, vão ser melhores que os demais. Mas, ainda assim, vão repetir os erros de quem os ensinou, porque não pensam se o que aprenderam é ou não correcto. Isto é o que, para Sócrates, significa exercer uma actividade instintivamente.

Pedro disse...

Não confundir instinto com talento.

Instinto é isso mesmo, instinto. Nenhum jogador joga por instinto sempre. Instinto é reacção, no imediato, decidir naquele segundo.

Nas artes marciais, num combate a sério, muito do q se faz é por instinto, um instinto aliado a muito treino, a muita concentração, mas muito instinto. É frequente encontrar cintos negros, pessoas altamente qualificadas nas artes marciais, com dotes fisicos e técnicos soberbos e depois, no ringue, serem fulminados por elementos com muito menos técnica e conhecimento. É preciso aliar toda essa técnica ao instinto.

No futebol um jogador como Pirlo ao ser tão inteligente acaba por agir por instinto. As coisas saiem-lhe dos pés de uma forma natural.

Gonçalo disse...

Pedro nao concordo com o que dizes do pirlo, acho que ele pensa mais rapido do que uma gd parte dos jogadores que lhe permite executar de forma segura e consciente.

filipe disse...

A questão fundamental parece-me ser o tempo. No futebol, como em outros desportos, há situações em que o tempo é demasiado curto para haver raciocinio lógico. No processo ler-analisar-agir, não há por vezes tempo para a análise. É por isso que a inteligência do treino se torna importante. Os jogadores mais inteligentes não se distinguem só pelo seu raciocinio em campo, mas pela capacidade que têm para identificar e melhorar os seus aspectos menos positivos (e os seus instintos) através do treino.

Quanto aos treinadores é diferente. Há mais tempo para decidir e para poder pesar as decisões. De todo o modo, mesmo no caso destes é importante o "trabalho de casa" que levam para o jogo. Outro aspecto fundamental é a inteligência para "moldar" o treino às necessidades, quer individuais dos jogadores, quer colectivas da equipa. É aqui que o treino específico pode ser realmente uma mais valia, caso seja inteligentemente orientado...

Gonçalo disse...

Sim filipe é verdade, e nao quis dizer o contrario qd disse que o o facto de o pirlo executar com naturalidade é por ele ser mt mais rapido no pensamento aliada a uma excelente execução. Admito até que me percipitei na critica que o perdo faz. Neste caso concordo em parte com ele. Não sei se concordo com o que ele diz qd se refere as artes marciais. Porque para mim instinto é uma coisa que adquires, treinando, e jogando. Nao sei se é o caso para as artes marciais. Pois realmente um tipo pode ter andado uma vida inteira a andar a pera e realmente tera mais algum instinto que um tipo que apenas domina a parte técnica. Mas isto sou eu supor pq não percebo mt de artes marciais. No futebol, contundo o instinto deve ser treinado, e não falo apenas de questões individuais. Por isso acredito que a periodização táctica é o melhor método para treinar.

Anónimo disse...

"Sim, Filipe, o instinto é treinável."

A língua portuguesa, admitamos, é maleável. Mas esta frase é um atentado à dita...

Nulinho, o instinto é "treinável"? Só se for o dos cães... talvez "controlável", as in, por recurso à vontade???

Porra, já se viu que não percebes pevides de futebol. idem de cognição. Nem de português...

Vai fazer uma reciclagem a um lugar distante... Katmandu, Kabul... talvez vejas lá um jogador de topo, género Farnerud ou Laudrup...

Gonçalo disse...

Define instinto anonimo, só para saber se realmente sabes do que falas. Como é que achas que o instinto é formado ja agora?

Anónimo disse...

"Define instinto anónimo, só para saber..."
gonçalinho, aprende português antes de tentares dar lições a alguém.
O que querias escrever era "Define instinto, anónimo, só para saber...".
A virgula antes do anónimo faz falta. Presumo que o gonçalinho não queira que eu defina "instinto anónimo"...

Já agora, não defino porque: não aceito instruções/ordens de tontos; daqui para a frente, só escrevo sobre futebol.
Futebol são onze de cada lado, uma bola e duas balizas (mais uns bois de preto, que se chamam árbitros). Tudo o resto são fantasias...

Gonçalo disse...

Boa! Então, pelo que percebi, tens a instrução necessária para escrever correctamente, mas não tens o poder de, através do raciocínio, conseguir enquadrar e relacionar este factor com o futebol. Acho que estás apresentado. Mas és bem bem-vindo na mesma. Viste como sou mt inteligente? De repente aprendi a utilizar as virgulas.

Gonçalo disse...

O factor, anónimo, como é óbvio, é o instinto. Com qulaquer outro individuo, não me preocuparia em esclarecer isto, mas como tu não és propriamente um tipo mt perspicaz... Ah! Só mais uma coisa, também faltava uma virgula antes do " já agora"...
Mas como tu apenas precisavas de uma desculpa para não fazer má figura, presumiste que não era necessário referir este lapso.

Nuno disse...

Hoje, no metro, sentou-se perto de mim uma mulher. Passado alguns segundos, começou a dizer palavrões aos gritos. Não eram dirigidos a ninguém; eram somente obscenidades. Pensei em duas coisas, uma de cada vez. A primeira foi que a dita senhora sofria, certamente, de uma condição que, mais tarde, em casa, depois de pesquisar, descobri que se chamava Coprolalia. Fica aqui o que diz sobre isto na Wikipedia.

"Coprolalia é a tendência involuntária de proferir palavras obscenas ou fazer comentários geralmente considerados socialmente depreciativos e, portanto, inadequados. Coprolalia pode fazer referência a excremento, genitais ou atos sexuais.
Coprolalia é uma característica rara de pessoas afetadas pela síndrome de Tourette e pela síndrome de Lesch-Nyhan."

Imaginei, portanto, que a senhora tinha uma doença. A segunda coisa em que pensei foi que aqui o amigo anónimo, além de sofrer de múltipla personalidade, uma vez que muda de nome a toda a hora, deveria sofrer também desta doença. Assim sendo, todas as invectivas que compõe são reflexo de uma condição específica. A um aleijadinho deve, pois, dar-se o desconto, pelo que peço que ninguém se ofenda com as parvoíces que o dito senhor diz.

Vamos, contudo, ao que interessa. Dizes o seguinte:

"A língua portuguesa, admitamos, é maleável. Mas esta frase é um atentado à dita..."

Presumo que consideras que a palavra "treinável" não existe na língua portuguesa. Não faço ideia se vem ou não nos dicionários, mas nem todas as palavras da língua vêm nos dicionários. Mesmo que a palavra não seja ainda aceite, não significa que não se possa utilizar, sobretudo se faz falta. Em inglês, os substantivos podem facilmente formar adjectivos com o sufixo "able". Isto permite um enriquecimento lexical que não é de ignorar. Como não há outra forma de dizer "aquilo que é possível treinar", assumo que faça falta a construção "treinável". Aliás, o sufixo "-vel" indica "susceptível de", "que tem a possibilidade de". Nesse sentido, "treinável" significa "susceptível de ser treinado" ou "que tem a possibilidade de se treinar". Sobre a formação de novas palavras, considero necessárias aquelas para as quais não há outro termo e desnecessárias aquelas que correspondem exactamente a outras, como é o caso de "empenhamento", que não é mais que "empenho" com mais duas sílabas. Por isso, se consideras um atentado utilizar um termo que permite simplificar a frase (uma vez que a alternativa seria a perífrase "o instinto é susceptível de ser treinado") e que é construído correctamente e de acordo com as regras de formação de palavras, não podes aceitar a evolução linguística. Isto, além de conservadorismo radical, redunda numa perfeita idiotice, pois a língua evoluiu ao longo do tempo, não surgiu assim. Mas, sendo tu um purista e achando-te capaz de dar lições de português, devias ter um bocadinho mais de cuidado. É que, perante tantas asneiras que cometes, é preciso muita lata para dizeres que eu não percebo nada de português. Todos cometemos erros, amigo, mas, para quem aponta erros aos outros, não tens moral nenhuma. Dizes o seguinte:

"O analfabetismo do autor deste post é gritante:"

Pá, não aceitas a palavra "treinável", construída de acordo com as regras do português e que faz, obviamente, falta ao léxico da língua, mas aceitas "post"? Que coerência!

As palavras "futebolistico", "cientifico", "hemofilicas" e "critico" (substantivo) levam acento. E dá-me ideia que é uma coisa que faz falta.

"LFL refere Pelé e Maradona, no comentário o analfabeto fala de Maradona, e refere que foi "o melhor de todos os tempos"."

A seguir ao primeiro "Maradona" deverias ter posto um ponto final ou um ponto e vírgula.

"O melhor o quê?"

Querias dizer "o melhor quê".

"Entre estes dois momentos, foram mais de mil golos, e um futebol de outro tempo."

Não, não foram. Foram mais de mil golos e um futebol de outro tempo. Sem vírgula, espantalho.

"Quem se der ao trabalho de ver imagens de época, vê uma coisa - enquanto Pelé se mexe, os outros parecem todos parados."

Isto, além de explicar por que é que o Pelé parecia bom, está mal dito. Usas o travessão quando deverias usar os dois pontos.

"partilham todos da mesma opinião - Pelé foi o maior, o resto é fantasia!!!!"

Outra vez o mesmo erro. Tens uma tara com travessões, não tens? Será da forma fálica?

"Este Nuno é a maior anedota da história"

De que história? Da história da carochinha? História, neste sentido, é com "H" grande, pá...

"Vou-te dar uns nomes"

Não, não vais. Quando muito, vais dar-me nomes. Em construções com verbos auxiliares, o pronome deve vir sempre agregado ao verbo principal e não ao auxiliar.

"um gigante com 1,70, chamado... Pelé..."

Não. Um gigante com 1,70 chamado Pelé. Tira a vírgula.

"Garinhcha" "Nietzche"

Quem? Conheço o Garrincha e o Nietzsche. Esses não conheço.

"a melhor equipa de clube de todos os tempos"

De clube ou de clubes? Faz diferença. Ou no Brasil não?

"augo do despautério é atingido com esta tirada"

Augo? Ou auge? Talvez seja auge, talvez.

"Presumo que não tenhas apanhado - o gol de placa, que o Pelé meteu no Maracanã..."

Gosto mesmo muito de malta que diz que os jogadores "metem" golos. Pessoalmente, prefiro os jogadores que "marcam" golos.

"Até me parece que Argentina não perdeu só com a Itália nesse mundial."

Então Itália merece determinante e Argentina não? Começo a achar que é discriminação contra o povo das pampas.

Depois dizes ao Gonçalo que "a virgula antes do anónimo faz falta." De facto, faz. Mas sabes o que mais faz falta? O acento na palavra "vírgula" e as aspas em "anónimo", uma vez que estás a mencionar uma palavra e não a usá-la. Olha, os amigos filósofos de quem tu não gostas explicam a diferença fundamental entre "uso" e "menção". Talvez não cometesses um erro tão básico, se ligasses um pouco mais ao que esses patetas dizem. Mas foi giro cometeres dois erros na frase em que criticas os erros alheios.

Quando te confrontam com aquilo que achas do instinto, respondes dizendo: "daqui para a frente, só escrevo sobre futebol." Ainda bem que, quando tu queres, falas de língua portuguesa e de tudo o resto, mas quando não te dá jeito já não falas. Assim é fácil ser o maior do teu bairro.

Dizes ainda o seguinte disparate:

"Já agora, e para preparar uma redacção adequada, espero que leias livros sobre futebol, de preferência escritos por pessoas com mais de 20 anos, em vez de citações do Nietzche (ainda por cima traduzido... e de forma pouco legível... Talvez percebas quem foi Pelé, e não tentes matar Deus (percebeste esta, ou foi demais para ti???)"

Livros sobre futebol? Sim, obrigado pelo conselho. Mas por que é que não posso usar outras áreas do saber para falar de futebol. Por que é que tenho que me cingir estritamente ao futebol. Tu, para falar de futebol, precisas usar a língua portuguesa e a matemática, entre outras coisas. Por que é que te faz tanta confusão que use ideias filosóficas? Será por não perceberes nada disso? Pá, se queres ler só sobre o que entendes, relê as coisas que já leste e não tentes aprender nada. Se te incomoda que este blogue fale de futebol de uma forma diferente da generalidade dos blogues, vai a blogues que falam de futebol como tu pretendes. E o que tem citar Nietzsche traduzido? Não será a forma mais fácil de todos entenderem? E o que é que entendes por “pouco legível”? É, provavelmente, a melhor tradução que existe desta obra de Nietzsche. É pouco legível? Só se for para ti, que não és muito inteligente. Mas, em relação a isso, vai-te queixar ao Nietzsche, uma vez que ele deveria ter escrito de outra maneira para gajos sem escolaridade suficiente entenderem.

P.S. Gosto de malta que sabe uma única coisa sobre um autor e que tenta passar a ideia de que, por saber isso, sabe tudo o que há para saber sobre esse autor. Tenho duas perguntas para ti. Não vale ir pesquisar. Em que obra de Nietzsche é que ele fala, pela primeira vez, na morte de Deus? E como é que Nietzsche argumenta essa sua ideia?

Anónimo disse...

Relativamente aos jogadores, partilho da opinião de, como já foi dito, o instinto é importante, no entanto este assume tanto mais importancia quanto menos inteligente for o jogador.

No entanto será muito mais facil trabalhar o instinto que a inteligencia, isto considerando jogadores adultos.

Relativamente aos treinadores, penso que já o instinto perde toda a importancia, penso que há treinares inteligentes e treinadores burros, os burros assemelham-se à descrição feita pelo Nuno no primeiro comentario, onde só sabem o que aprenderam, que não é necessariamente o mesmo que lhes ensinaram, geralmente é menos e pior. Os treinadores inteligentes, sabem aprender e evoluir, ficando sempre com a sua propria prespectiva do que aprenderam, não porque aprenderam mal, mas porque souberam aprender e juntar conhecimento previamente adquirido, que não tem que necessáriamente ser de futebol.

Quanto a mim a situação de instinto em treinadores é praticamente, ou até totalmente, exclusiva dos burros, que estes diversas vezes se verão em situações novas onde não terão capacidade para as resolver atraves de raciocinio, onde deveriam reflectir sobre elas e considerar todo o seu conhecimento que têm e tentar uma solução, em vez disso "mandam moeda ao ar" e fazem qualquer coisa a ver o que dá, sem saberem bem porque estão a fazer aquilo.

Gonçalo disse...

Sim é verdade, mas por exemplo eu não sei até que ponto consigo dissociar o instinto da inteligência. Dai ter reconsiderado o que tinha respondido ao pedro.

Ps- So mais uma coisa, vai uma petiçao para o Rui voltar a selecção? Nem que seja so para fazer 15 minutos e duas cuecas?

Anónimo disse...

Nulinho, tanto ódio...
Olha, deves estar com fome, portanto come umas bostitas.
Sim, porque tu não passas de um reles coprofágico... faltou-te esta, não???

Resumindo, uma resposta quilométrica que fala de tudo, menos do que interessa - futebol!!!!

Olha, nulinho, eu não tenho nada contra o Maradona. Acho que foi o terceiro melhor de todos os tempos (a seguir ao Pelé, e ao Garrincha. No caso do Garrincha, admito alguma discussão, mas é um acquired taste... gosto do futebol dele, mas admito que alguém não lhe conceda o segundo lugar).

O teu problema é a fixação patogénica em "ódios de estimação". Nenhuma pessoa que saiba alguma coisa de futebol (ou mesmo aquelas que nada percebem... este é para os lampiões) desconhece que o Pelé foi um génio.
Pode-se discutir se melhor ou pior que o Maradona (essa é um pouco como a velha querela Beethoven-Mozart), mas o que realmente interessa é:
a)Foram génios (ainda são, porque felizmente estão vivos e bem vivos);
b) São a imagem da alegria e do que há de melhor no futebol - a arte, o gesto que empolga e a beleza do golo (sim, o futebol também é - eu diria que é sobretudo - o golo. Quem não gosta de golos, e de quem os marca, não gosta nada de futebol).

Quem tenta comparar um jogador bom, mas sem mais, como Laudrup, com Pelé, deveria talvez começar a deslocar-se com mais regularidade ao Júlio de Matos (isto na esperança de por lá ficar, e deixar de escrever dislates...).

Ps: Deve haver por aqui algumas gralhas, mas não tenho pachorra para rever estas coisas. O local não merece tanta atenção da minha parte...

Nuno disse...

"uma resposta quilométrica que fala de tudo, menos do que interessa - futebol!!!!"

Gosto desta tua renovada preocupação com o futebol. Apareceste aqui a falar de homossexualidade e tentaste mostrar que sabias escrever, mesmo depois de mandares 23482 calinadas, e que eras o maior a português, mas agora já só te interessa o futebol. Está coerente, sim senhor...

"O teu problema é a fixação patogénica em "ódios de estimação"."

O teu é estupidez. Ter ódios de estimação é o mesmo que endeusar figuras. O facto de os teus jogadores preferidos serem o Pelé e o Garrincha explica muito do que vai nessa cabeça. A diferença entre nós é que temos gostos diferentes. Além disso, eu justifico os meus gostos. Tu gostas e pronto. A diferença é que eu sou objectivo. Mas, como já te disse, escreverei sobre isso.

Quanto às gralhas, acho engraçado que agora não tenhas "pachorra", quando estavas tão preocupado em corrigir-nos. Pareces um puto danado para a porrada, mas que, quando percebe que os outros são maiores e ele não tem argumentos para ganhar, foge a sete pés. Não queres experimentar agora desafiar os meus conhecimentos de matemática? É que, além de ser triste utilizar a língua portuguesa para tentar humilhar outra pessoa, não escolheste propriamente bem e levaste baile. Da próxima tenta outros truques, pá... Ou então experimenta partilhar aquela cena... como é que aquilo se chama?... isso, ideias...

Gonçalo disse...

Só mais uma coisa: a utilização de obras que, à partida, não estão relacionadas com o futebol não é algo inédito. Mourinho foi o própio a admitir que O erro de Descartes foi fundamental para a definição que ele tem do futebol enquanto colectivo.
Ps- Continuo a achar interessante a maneira como o Anónimo continua a evitar questões que pressupõe algum raciocínio. Apenas postas de pescada... daquelas que a ASAE gosta de encontrar...

TAG disse...

Não ha assim uma maneira delicada de não deixar estes anonimos postar? ou então nem se darem ao trabalho de lhes responderem...?

Anónimo disse...

Tens razão bad.

Anónimo disse...

Continuamos ansiosamente à espera do post que irá provar que o Pelé é um bluff...
Está a apetecer-me rir um bocado. Ainda demora???

PS: É perfeitamente razoável que o Mourinho tenha dito tal coisa sobre o famoso livro do Damásio. É sinal que o próprio, conjuntamente com 97,5% das restantes dezenas de milhares de pessoas que comprou o referido livro, não o leu...
É que a coisa era tão ilegivel que o próprio autor jurou que, de futuro, iria passar a traduzir pessoalmente os seus livros (o original foi escrito em inglês).
Eu sei do que estou a falar, porque li o livro. Infelizmente, em português... custou muito...
By the way, ò Gonçalinho, isto "Mourinho foi o própio a admitir que O erro de Descartes foi fundamental para a definição que ele tem do futebol enquanto colectivo." quer dizer exactamente o quê?
Já lá vão muitos anos, mas julgo que o livrito em causa se debruçava sobre o pensamento individual. O "colectivo" entra aonde???

PS2: E o futebol, tem lugar no meio de tanta conversa da treta???

Anónimo disse...

Ó nuninho, estás a perder qualidades.
Então agora "O facto de os teus jogadores preferidos serem o Pelé e o Garrincha explica muito do que vai nessa cabeça."????
No outro post, quando indicaste tantos jogadores melhores que o Pelé, lá estava - o Garrincha!!!!
Agora já não presta??? Deus sabe que o rapaz era mulato, atarracado e tinha a perna torta, não era um jovem louro, alto, forte e espadaúdo como o Laudrup, mas às vezes é bom, e agora já é mau???

Isso já são mesmo ódios de estimação...

Anónimo disse...

"Já lá vão muitos anos, mas julgo que o livrito em causa se debruçava sobre o pensamento individual. O "colectivo" entra aonde???"

Lol:) ja me dava a ideia que não eras mt esperto, mas agora passas a ideia que és completamente BURRO!!!:)
NO maximo poderias dizer que o livro apenas queria explicar a importancia das emoções no processo lógico.

Ps Bad, desculpa, mas eu tive mesmo que responder a este, juro que não ligo mais nenhuma ao gajo, mas dp desta gaffe!!! lol tinha mesmo de ser.

Anónimo disse...

Gonçalito,
Agora que já te vieste (porra, ele há cada figurinha. Este tem orgasmos a ler comentários a blogues manhosos...), podias explicar qual a parte do meu texto que não alcançaste?
Eu limitei-me a referir que não vejo o que é que o livro em questão (que li há muito tempo, logo que foi traduzido, e que não me deixou boa impressão) terá a ver com "a definição que ele tem do futebol enquanto colectivo." (admito, aliás, que nem sei o que isto quer dizer...).
Dai extrapolei, ironicamente, que mourinho seria um dos muitos milhares de portugueses que compraram o referido livro (sim, teve mais de 10 edições, salvo erro), e que não o leram.
Esse é, note-se, um hábito português - alguém acredita que mais de 100.000 leram o "Nome da Rosa" (aqui penitencio-me, porque o li...)? Ou os livros do Saramago? E o "Equador"??? Give me a break!!!

Voltando à vaca fria, onde está o post sobre o Pelé?

Anónimo disse...

Vou perder 5 minutos do meu precisoso tempo e elucidar-te.
O erro de descartes, nã se centra sobre o pensamento individual, mas sobre a importancia das emoções, e do corpo na definição da mente. Tudo, mas tudo, está relacionado. Explica-se que todos os sistemas que regulam o cerebro e o corpo se afectuam mutuamente. Isso é tão claro, que não me posso deixar de perguntar até que ponto tens legitimidade para reclamar o que quer que seja da parte dos autores deste blog. porque não me parace que tenhas a compreensão necessária para entender o que se diz aqui. O que quer que seja. Poderias ate discordar, mas nem me parece que tu possas discordar, de forma consciente, pois não se pode discordar daquilo que não se compreende.
Não digo que todos tenham que ler o erro de descartes, mas os que leram senão conseguem tirar ilações tão simples como esta, não podem ser dotados de grande entendimento.
Percebeste agora o que queria dizer? "terá a ver com "a definição que ele tem do futebol enquanto colectivo."
Epah... por favor.. tá na cara... Sinceramente espero que tu apenas pertenças a esse grupo que nunca leu o livro, informou-se sobre ele, e ficou com uma ideia errada, sobre o mesmo. Agora se o leste, e não percebes onde é que se pode tirar ilações para definir um colectivo... Eu já te chamei um nome "feio" e não quero ser responsável por nenhuma depressão...! E eu tenho muita pena que um vistante deste blog seja assim, mas bolas! algum dia havia de acontecer...
Mas olha podes continuar a aparecer e a comentar... és sempre bem vindo. sério não te posso tirar isso... porque é natal, e temos de ser solidários com os mais necessitados. Um santo natal, anónimo...

Nuno disse...

"Ó nuninho, estás a perder qualidades.
Então agora "O facto de os teus jogadores preferidos serem o Pelé e o Garrincha explica muito do que vai nessa cabeça."????
No outro post, quando indicaste tantos jogadores melhores que o Pelé, lá estava - o Garrincha!!!!"

E então? O facto de o Garrincha estar nos meus dez melhores jogadores implica o quê? Implica que o acho melhor que o Pelé, que foi o que defendi nessa altura. Mas nunca me viste dizer que ele era o melhor desses dez. Portanto, este comentário era escusado e foi um acto desesperado de tentares salvar a tua honra. Não salvaste. Continuas a passar por idiota...

"Eu sei do que estou a falar, porque li o livro. Infelizmente, em português... custou muito..."

Também te custou a ler a citação de Nietzsche que usei, por isso dá-me ideia que não és muito dotado. Aliás, um gajo que acha que a neurologia e a filosofia não têm nada a oferecer ao mundo do futebol, não pode mesmo ser muito dotado. Das duas uma: ou tens apenas um neurónio e, mesmo esse, vai muitas vezes dar uma volta, ou és o Jaime Pacheco. Mas, sabes uma coisa? Em relação à discussão sobre a inteligência ser genética, és um bom exemplo. Não desenvolveste, ao longo da vida, a capacidade de raciocinar. És capaz de memorizar coisas e dizer, sem ler Nietzsche, que ele é o tal filósofo que disse que Deus morreu, mas não és capaz de raciocinar, de interpretar e, muito menos, de saber em que contexto o gajo disse isso ou com que finalidade. Tens capacidade para decorar ensinamentos, mas inteligência propriamente dita não existe. Resumindo, fazes tudo por instinto. Se nunca te tiverem ensinado a saltar as poças de água, no Inverno chegas a casa com os pés sempre molhados.

Quanto ao texto sobre o Pelé, tem calminha. Espero escrevê-lo antes do final do ano. Até lá, aguenta os cavalinhos...

Anónimo disse...

Continuem com a conversa da treta, que eu cá continuo à espera do post sobre o Pelé...