Rúben Micael é tido, nos dias que correm, como um extraordinário médio-ofensivo. Cobiçado por equipas estrangeiras e por alguns dos grandes portugueses, e anunciada a sua chegada à selecção, o seu futuro parece prometedor. Não querendo esperar mais, o Porto abriu os cordões à bolsa e contratou o madeirense. Ao contrário da maioria da opinião pública, tenho algumas reservas quanto a Rúben Micael. Que é bom jogador, está fora de questão. Que é aquilo que todos dizem que ele é, já tenho mais dúvidas. Do que tenho a certeza é que Rúben Micael não tinha lugar nem no Sporting nem no Benfica e que não vem trazer ao Porto aquilo de que mais necessita a equipa de Jesualdo Ferreira.
Vamos por partes. Rúben Micael tem as características ideais para o modelo de Jesualdo. É um jogador que pensa e executa rápido e que, sem bola, é fortíssimo a procurar os espaços entre os defesas. Os seus movimentos verticais, a aparecer em zonas de finalização, fazem dele um médio-ofensivo bastante concretizador. Ao mesmo tempo, a bola nos seus pés não queima e o madeirense consegue encontrar com facilidade o seu próximo destino. Em termos de execução, é também suficientemente criterioso. Além disso, percebe com facilidade qual a melhor solução de passe. Depois de tantos elogios, parece quase absurdo voltar à ideia inicial de que Rúben Micael não vem trazer ao Porto aquilo de que a equipa mais precisa. Mas é exactamente isso que pretendo fazer. Apesar de todas as valências, Rúben Micael não é um jogador criativo, não tem imaginação assaz relevante e, constrangido, isto é, quando tem poucas soluções de passe, raramente descobre ou inventa algo de diferente. Não é, também, tecnicamente extraordinário, pelo que é pouco capaz de se desembaraçar sozinho em situações complicadas. O seu futebol é simples, geométrico, veloz. É uma mais-valia em transição, porque há espaço e várias soluções de passe, mas não é um jogador capaz de conferir ao Porto aquilo de que mais necessita o seu sistema, ou seja, de imaginação, criatividade, invenção. É um jogador inteligente, é certo, correcto e criterioso no passe, mas pouco espontâneo, pouco capaz de executar com perfeição em espaços curtos. É um jogador que precisa de espaço e, sobretudo, que precisa que haja espaço para onde endereçar a bola. No Nacional, que actuava preferencialmente em transição, tinha o seu habitat predilecto. O Porto de Jesualdo também potencia as situações de transição e Rúben Micael pode ser influente nesse tipo de jogo. Mas aquilo de que a equipa de Jesualdo Ferreira mais necessita é de jogadores capazes de pensar de maneira diferente, irreverentes em termos de raciocínio, jogadores que fabriquem espaços e não apenas os que sabem aproveitá-los. Rúben Micael é dos médios-ofensivos portugueses que melhor aproveita os espaços existentes, mas não os fabrica. Em espaços curtos, não é um jogador para inventar soluções de passe, para imaginar coisas extravagantes. Contra equipas que optem por baixar o bloco, Rúben Micael não é especialmente útil. Contra essas equipas, seria bem mais interessante um jogador que, além de tecnicamente mais evoluído, soubesse explorar melhor as tabelas e que soubesse interpretar melhor os poucos espaços que há.
Há um jogador no actual plantel do Porto que o sabe: Belluschi. O argentino é o único jogador verdadeiramente criativo ao dispor de Jesualdo e não goza de muito apreço. Aliás, com Rúben Micael, desconfio que o argentino passará bastante mais tempo no banco. Isto apesar de ser francamente superior ao jogador madeirense. O problema é que Belluschi é essencialmente forte em espaços curtos e o que tem de melhor para oferecer à equipa é precisamente aquilo que esta, assente num modelo específico, mais negligencia. O Porto de Jesualdo sente-se melhor em transição ou em ataques rápidos e raramente procura circular a bola de forma lateralizada. O excesso de verticalidade do próprio modelo faz com que a equipa passe menos tempo com a posse de bola contra um adversário arrumado defensivamente. Como tal, jogadores que se podem distinguir precisamente quando os espaços são mais curtos e quando é necessário ser mais veloz a pensar e ser capaz de imaginar coisas diferentes têm menos preponderância. O modelo de Jesualdo privilegia o músculo, a velocidade de execução e a verticalidade. Belluschi, nessas condições, é um jogador banal. Se o Porto fosse uma equipa mais competente com bola, uma equipa em que fosse requerida maior elaboração ofensiva, Belluschi não teria rival à sua altura.
As necessidades do Porto, ao contrário do que se pensará, são necessidades inerentes ao modelo. O que está mal não são os intérpretes do modelo, mas o próprio modelo; as carências da equipa são colectivas e não individuais. Rúben Micael, por isso, não vem trazer nada de novo. É só mais um intérprete, capaz de corresponder às necessidades que o modelo de Jesualdo exige, mas incapaz de corresponder às verdadeiras necessidades da equipa. O que Lucho e Lisandro davam ao modelo de Jesualdo não era uma melhor interpretação; a sua contribuição ia para lá do modelo. A presença dos argentinos mascarava, isso sim, as carências do modelo. Com Lucho e Lisandro, o Porto não era apenas uma equipa rectilínea, capaz de responder a cada momento do jogo de uma forma mecânica. Com eles, o Porto possuía alguma criatividade, alguma invenção, alguma diferença. Belluschi é o único que pode contribuir com esse tipo de coisas. Penso, portanto, que a aquisição de Rúben Micael não vem trazer nada de novo e que a monotonia do futebol dos campeões nacionais tem tendência a perpetuar-se até final da temporada.
Há, para além disto, apenas uma outra coisa importante a reter: a possibilidade do 442 losango. Jesualdo experimentou essa hipótese nos minutos finais do desafio frente ao Nacional, com Mariano e Belluschi a posicionarem-se como médios interiores e Rúben Micael como médio-ofensivo. É uma hipótese interessante e a única, em meu entender, que poderá facilitar a coabitação de Belluschi e Rúben Micael. Com Raúl Meireles de regresso ao meio-campo, só neste sistema acredito que Jesualdo possa usar estes dois jogadores em simultâneo. Será, talvez, uma boa solução para o seu Porto, mantendo a criatividade de Belluschi e os movimentos verticais e a simplicidade de Rúben Micael. Mas não creio que Jesualdo recorra a este esquema senão de modo esporádico. Primeiro, porque não corresponde àquilo que idealiza; depois porque isso implicaria que os extremos ao dispor de Jesualdo teriam um papel pouco significativo neste desenho. Com a eventual chegada de Kléber, o 442 losango poderá até servir para fazer coabitar no ataque o brasileiro e Falcao. Mas Hulk, Varela e Rodriguez teriam certamente menos destaque. E não me parece, tendo em conta aquilo que, para Jesualdo, significam este tipo de jogadores, que isso venha a acontecer. O teste do 442 losango não terá passado, por isso mesmo, de um teste. E a hipótese de Belluschi e Rúben Micael jogarem juntos será, certamente, apenas uma hipótese remota.
Vamos por partes. Rúben Micael tem as características ideais para o modelo de Jesualdo. É um jogador que pensa e executa rápido e que, sem bola, é fortíssimo a procurar os espaços entre os defesas. Os seus movimentos verticais, a aparecer em zonas de finalização, fazem dele um médio-ofensivo bastante concretizador. Ao mesmo tempo, a bola nos seus pés não queima e o madeirense consegue encontrar com facilidade o seu próximo destino. Em termos de execução, é também suficientemente criterioso. Além disso, percebe com facilidade qual a melhor solução de passe. Depois de tantos elogios, parece quase absurdo voltar à ideia inicial de que Rúben Micael não vem trazer ao Porto aquilo de que a equipa mais precisa. Mas é exactamente isso que pretendo fazer. Apesar de todas as valências, Rúben Micael não é um jogador criativo, não tem imaginação assaz relevante e, constrangido, isto é, quando tem poucas soluções de passe, raramente descobre ou inventa algo de diferente. Não é, também, tecnicamente extraordinário, pelo que é pouco capaz de se desembaraçar sozinho em situações complicadas. O seu futebol é simples, geométrico, veloz. É uma mais-valia em transição, porque há espaço e várias soluções de passe, mas não é um jogador capaz de conferir ao Porto aquilo de que mais necessita o seu sistema, ou seja, de imaginação, criatividade, invenção. É um jogador inteligente, é certo, correcto e criterioso no passe, mas pouco espontâneo, pouco capaz de executar com perfeição em espaços curtos. É um jogador que precisa de espaço e, sobretudo, que precisa que haja espaço para onde endereçar a bola. No Nacional, que actuava preferencialmente em transição, tinha o seu habitat predilecto. O Porto de Jesualdo também potencia as situações de transição e Rúben Micael pode ser influente nesse tipo de jogo. Mas aquilo de que a equipa de Jesualdo Ferreira mais necessita é de jogadores capazes de pensar de maneira diferente, irreverentes em termos de raciocínio, jogadores que fabriquem espaços e não apenas os que sabem aproveitá-los. Rúben Micael é dos médios-ofensivos portugueses que melhor aproveita os espaços existentes, mas não os fabrica. Em espaços curtos, não é um jogador para inventar soluções de passe, para imaginar coisas extravagantes. Contra equipas que optem por baixar o bloco, Rúben Micael não é especialmente útil. Contra essas equipas, seria bem mais interessante um jogador que, além de tecnicamente mais evoluído, soubesse explorar melhor as tabelas e que soubesse interpretar melhor os poucos espaços que há.
Há um jogador no actual plantel do Porto que o sabe: Belluschi. O argentino é o único jogador verdadeiramente criativo ao dispor de Jesualdo e não goza de muito apreço. Aliás, com Rúben Micael, desconfio que o argentino passará bastante mais tempo no banco. Isto apesar de ser francamente superior ao jogador madeirense. O problema é que Belluschi é essencialmente forte em espaços curtos e o que tem de melhor para oferecer à equipa é precisamente aquilo que esta, assente num modelo específico, mais negligencia. O Porto de Jesualdo sente-se melhor em transição ou em ataques rápidos e raramente procura circular a bola de forma lateralizada. O excesso de verticalidade do próprio modelo faz com que a equipa passe menos tempo com a posse de bola contra um adversário arrumado defensivamente. Como tal, jogadores que se podem distinguir precisamente quando os espaços são mais curtos e quando é necessário ser mais veloz a pensar e ser capaz de imaginar coisas diferentes têm menos preponderância. O modelo de Jesualdo privilegia o músculo, a velocidade de execução e a verticalidade. Belluschi, nessas condições, é um jogador banal. Se o Porto fosse uma equipa mais competente com bola, uma equipa em que fosse requerida maior elaboração ofensiva, Belluschi não teria rival à sua altura.
As necessidades do Porto, ao contrário do que se pensará, são necessidades inerentes ao modelo. O que está mal não são os intérpretes do modelo, mas o próprio modelo; as carências da equipa são colectivas e não individuais. Rúben Micael, por isso, não vem trazer nada de novo. É só mais um intérprete, capaz de corresponder às necessidades que o modelo de Jesualdo exige, mas incapaz de corresponder às verdadeiras necessidades da equipa. O que Lucho e Lisandro davam ao modelo de Jesualdo não era uma melhor interpretação; a sua contribuição ia para lá do modelo. A presença dos argentinos mascarava, isso sim, as carências do modelo. Com Lucho e Lisandro, o Porto não era apenas uma equipa rectilínea, capaz de responder a cada momento do jogo de uma forma mecânica. Com eles, o Porto possuía alguma criatividade, alguma invenção, alguma diferença. Belluschi é o único que pode contribuir com esse tipo de coisas. Penso, portanto, que a aquisição de Rúben Micael não vem trazer nada de novo e que a monotonia do futebol dos campeões nacionais tem tendência a perpetuar-se até final da temporada.
Há, para além disto, apenas uma outra coisa importante a reter: a possibilidade do 442 losango. Jesualdo experimentou essa hipótese nos minutos finais do desafio frente ao Nacional, com Mariano e Belluschi a posicionarem-se como médios interiores e Rúben Micael como médio-ofensivo. É uma hipótese interessante e a única, em meu entender, que poderá facilitar a coabitação de Belluschi e Rúben Micael. Com Raúl Meireles de regresso ao meio-campo, só neste sistema acredito que Jesualdo possa usar estes dois jogadores em simultâneo. Será, talvez, uma boa solução para o seu Porto, mantendo a criatividade de Belluschi e os movimentos verticais e a simplicidade de Rúben Micael. Mas não creio que Jesualdo recorra a este esquema senão de modo esporádico. Primeiro, porque não corresponde àquilo que idealiza; depois porque isso implicaria que os extremos ao dispor de Jesualdo teriam um papel pouco significativo neste desenho. Com a eventual chegada de Kléber, o 442 losango poderá até servir para fazer coabitar no ataque o brasileiro e Falcao. Mas Hulk, Varela e Rodriguez teriam certamente menos destaque. E não me parece, tendo em conta aquilo que, para Jesualdo, significam este tipo de jogadores, que isso venha a acontecer. O teste do 442 losango não terá passado, por isso mesmo, de um teste. E a hipótese de Belluschi e Rúben Micael jogarem juntos será, certamente, apenas uma hipótese remota.
18 comentários:
Nuno,
Off topic... o que é que achaste da decisão do Guti deste f-d-s, quando dá a bola de calcanhar para trás para o Benzema em vez de rematar?
Brilhante.
Brilhante?! Devo entender ironia daí?
Qual ironia? Foi mesmo brilhante. Transformou uma situação de 1 para 1 com o guarda-redes numa situação de 1 para 0 em que o Benzema fica de baliza aberta. Não percebo qual é a dúvida.
Esse momento do Guti foi genial, quase sureal.
Quanto ao post: estou mais ou menos dacordo com o que tu escreves.
Nao percebo a necessidade duma equipa contratar o Ruben quando se tem o Veloso, Moutinho, Adrien, Matias, Pereirinha, e agora o Mendes. O meio campo e de longe a sua componente mais rica e mais forte do Sporting. Quando vejo aquela defesa (tirando o Carriço.. e o Joao Pereira que e razoavel).
Pergunta : o Valeri nao entra nas tuas escolhas?
J-B52, o Valeri não me parece que entre nas escolhas do Jesualdo. E como eu pouco o conheço, até porque não tem jogado, não posso falar muito dele.
Não o considerei brilhante, de todo. Achei até estúpido.
Uma situação de 1 para 1 de golo eminente é transformada num passe para trás sem sequer olhar, confiando na direcção que o seu companheiro estava a tomar 3 segundos antes. Tivesse o passe saído meio metro mais à esquerda e seria um desperdício absurdo. Admiro muito a criatividade mas não me parece ter sido a melhor decisão. Correu bem desta vez, é um facto indesmentível. Mas quantas vezes já não li críticas ao Liedson neste blogue por ter rasgos criativos em vez de optar pela decisão melhor.
Quanto ao tema principal, concordo com a maior parte. Também não me parece que o alarido à volta do Rubén Michael tenha, ainda, razão de ser, mas consigo reconhecer-lhe alguma criatividade. E acho que é uma boa solução para o modelo do Jesualdo. Como ainda vi pouco, não me alongo mais.
Cumprimentos.
Fernando, em primeiro lugar, o Guti não é o Liedson. Em segundo lugar, o Liedson nunca tem rasgos criativos. Criatividade não é tentar fazer coisas diferentes, pura e simplesmente. É tentar fazer coisas diferentes que façam sentido. Tentar fintar quando as probabilidades de êxito são diminutas ou tentar rematar estando desapoiado e com melhores opções de passe não são rasgos criativos, são burrices. O que faz do lance do Guti algo genial é o risco que correu; é o ter conseguido transformar um lance de 1 para 1, que já é algo vantajoso, em algo ainda mais vantajoso, o que não era fácil. Só alguém muito criativo e com uma qualidade acima da média se podia dar ao luxo de fazer aquilo. Não tem nada de estúpido. Pelo contrário. Tem tudo de genial. Ele sabe que não tem adversários nas costas e que o Benzema está ali. E sabe-o porque o viu, mas também porque o seu cérebro o fez perceber que a movimentação lógica dele seria aquela. Tudo aquilo é inteligência. Não foi apenas um risco, um "vamos lá ver se isto resulta". Foi algo verdadeiramente notável do ponto de vista intelectual. Foi o perceber perfeitamente várias coisas ao mesmo tempo. Não resultou por acaso. Resultou porque o Guti foi inteligente.
O que é indesmentível é que o Guti transformou um lance com boas probabilidades de sucesso num lance com ainda maiores probabilidades de sucesso. E ao fazê-lo, porque ninguém o esperava, deixou fora do lance um guarda-redes e um defesa. É preciso genialidade para isso. Aquilo que ele fez, no fundo, não é muito diferente de um lance de 2 para 1 com um guarda-redes. Em lances desse tipo, faz-se quase sempre o mesmo: assiste-se o colega, que fica com a baliza escancarada. A diferença é que, nesses lances, o risco da execução é menor. Mas é em tudo idêntico. É transformar uma finalização de 1 avançado contra 1 guarda-redes numa finalização de 1 avançado com a baliza aberta. O que o Guti fez foi o descobrir onde estava o avançado que ficava com a baliza aberta e enganar todos os que pensavam que ele ia optar pela solução mais fácil.
O que não me parece que estás a perceber é que a melhor solução não é sempre a mais fácil. Numa situação de 1x1 com o Guarda-redes, a melhor solução é sempre transformar isso numa situação de 1x0. O problema é que, muitas vezes, para que isso aconteça, é preciso correr riscos excessivos e acaba por não compensar. Não é o caso. O Guti mediu as consequências e os riscos da sua acção e percebeu que era possível transformar aquele lance num lance ainda mais vantajoso. Isso nunca pode ser considerado estúpido. Foi genial.
Nuno, eu nunca escrevi em lado algum que Guti é Liedson! Mas mesmo o Liedson tem rasgos criativos, embora, como dizes, quase sempre com uma probabilidade muito baixa de sucesso. E o Guti, se, como me parece no vídeo, não vê o Benzema a partir do momento em que entra na área, é sem dúvida um "vamos lá ver se isto resulta".
Entretanto, estive a ler umas declarações dele e, antes do passe, diz que viu o Benzema atrás dele. Se isto é verdade, não tenho dúvida que foi a melhor decisão e também a mais fácil. A minha crítica vai só para o caso de em situação de golo iminente, confiar numa movimentação de um colega vindo de trás, sem perceber o que se passa nas costas dele.
Cumprimentos.
A questão é q o passe podia ter corrido mal, podia ter sido mal executado, o Benzema podia não ter tido a movimentação lógica, etc. A decisão de Gutti seria à mesma a mais correcta pq tentou o 1x0 mas o final da jogada seria sem o sucesso desejado.
Gutti tomou a melhor opção.Podia não ter resultado. Mas não deixa de ser a melhor opção. Isso serve para uma série de outras situações, quer ofensivas, quer defensivas.
Fernando
O Liedson não tem ''rasgos de genialidade'' simplesmente.
E um jogador banalissimo.
E individualista, raramente participa positivamente no jogo da sua equipa, e que só aparece na zona de finalização.
O gesto de Guti, meu deus como comparar estes dois,deve ter sido uma das melhores jogadas produzidas pelo Real este ano. Simplesmente genial.
Nao acredito que nem nos seus sonhos mais malucos o pobre Liedson imaginou a possibilidade de realizar aquele toque.
Eu continuo na dúvida.
já me tiraram de campo por causa de uma situação parecida e que resultou igualmente bem. Na altura concordei com o meu treinador, muito embora o tenha repetido posteriormente por ser mais forte que eu!
Agora, naquela posição a probabilidade de um bom rematador não marcar é pequena. Claro que a probabilidade de se marcar num 1x1 é inferior a marcar-se num 1x0, mas para quê correr um risco tão grande?
Bastava um buraco na relva, ou o Benzema dar o remate por adquirido e reduzir a velocidade para a coisa correr mal. Um jogador inteligente como o Guti deve ter cabeça suficiente para não sobrestimar o colega, ou não?
Já vimos demasiadas vezes jogadores mais inteligentes e criativos a falharem grandes passes por causa de um movimento errado de um colega.
A grande quesão é essa: ser-se superiormente inteligente no campo não engloba conhecer as limitações dos colegas, não correr riscos desnecessários, etc?
Pedro,
A tentativa de forçar um 1 para 0 pode nem sempre ser a mais correcta, que é o que pareces insinuar no teu comentário. Uma situação de 1 para 1 contra o guarda-redes é quase sempre uma excelente oportunidade e esta não fugia à regra. Se o único momento em que o Guti vê a movimentação do Benzema foi quando passou por ele a meio do meio-campo do adversário, a decisão, na minha opinião, é má! É estar a desperdiçar uma excelente oportunidade baseando-se bastante na fé. Afinal, segundo o próprio, ele viu o Benzema mesmo antes do passe, o que, aí sim, torna a decisão boa. Não estou a basear a minha opinião no resultado da acção.
J-B52,
Pela última vez, eu não comparei os dois. São jogadores muito diferentes em termos de características e qualidade. Isso é claro. Mas não é por isso que o Liedson não tenha alguns momentos espectaculares. Até um jogador da 3ª divisão os pode ter. O problema do Liedson é que tem pouco mais que isso e muitas vezes toma más opções.
Cumprimentos.
Acho que o FCP pode jogar em 4-3-3 com fernando como 6 micael como 8 e bellusci como 10
http://outra--visao.blogspot.com/
Nao ! Que estupidez deixar um rapaz como o Meireles no banco. Um excelente jogador com vontade de jogar sempre pra frente, no sentido do jogo e que descobre linhas de passe ate la desconhecidas.
Eu estou ansioso de ver a dupla portuguesa Meireles - Micael a jogar no Dragao.
Fernando compreendo perfeitamente o q dizes e até sou capaz de concordar ctg. Eu qd disse q era a melhor opção estava a referir-me a algo q pode ser a melhor opção e não resultar.
Não me expressei da melhor forma. Não estou a dizer q foi a melhor opção (vendo o video fico mesmo com muitas dúvidas q o seja) estava sim a pegar na ideia q o Nuno tem de q foi a melhor opção e reforçar q a mesma seria à mesma a melhor opção caso o resultado final não fosse o melhor. E extrapolar para outras situações já criticadas pelo blog.
"Aliás, com Rúben Micael, desconfio que o argentino passará bastante mais tempo no banco. Isto apesar de ser francamente superior ao jogador madeirense."
Tenho visto muitos jogos do FC Porto este ano, e vi quase todos que o Belluschi fez. Gosto bastante dele, não só pelos atributos técnicos mas também pela raça e pelo espírito de sacrifício. Agora, dizer que ele é melhor do que Micael não me parece lá muito objectivo.
Ruben Micael veio trazer mais critério no passe, e uma capacidade de acelerar ou diminuir o ritmo de jogo que com o Belluschi em campo não se tinha visto esta época. Quanto à imprevisibilidade, é ela por ela: tanto um como outro não são jogadores com drible desconcertante, e que consigam "comer" metros, como consegue Aimar, por exemplo.
Não concordo quando se diz que Belluschi é melhor quando joga em espaços mais curtos. Uma das coisas que mais me surpreende nele é a capacidade para conseguir fazer passes de 30, 40 metros de forma quase perfeita e errar passes de 5 ou 10 metros. Quando o Jesualdo se referia a perdas de bola que o deixavam doido, concerteza que pensava nele e em Fernando, que este ano está bastante abaixo da época passada.
No que Belluschi é melhor que Micael? Poder de fogo e bom jogo sem bola, que lhe permite aparecer bem em zonas de finalização. Tirando isso, nos outros capítulos de jogo, pelo que vi no Nacional e pela amostra que tem dado no FC Porto, revela-se mais completo o madeirense do que Belluschi.
Eu tambem discordo deste post em varias coisas...
Primeiro nao acho que o que o Porto precise seja de um criativo... o que precisa e de um treinador que nao jogue so em contra-ataque, que consiga melhorar os jogadores que lhe sao dados e que saiba operar mais que um modelo de jogo (com isto ja estou a dizer que o Paulo Bento tambem nao acrescentaria nada...)
Depois nao concordo que o Ruben Micael jogue da maneira que e descrita... ele pausa o jogo muito mais que o Meireles, exactamente porque pensa, levanta a cabeca e tenta passes de ruptura ou lateralizacoes quando nao ha espacos... o tipico medio de Jesualdo so esta em campo para passar a bola para a frente o mais rapido possivel (nem que esteja ainda no seu meio-campo)
Para alguem que tece muitos comentarios positivos acerca do Aimar e Saviola nao percebo o problema com o facto de que o Ruben aparece em situacoes de finalizacao?? Entao porque e no Porto isto passa a ser um problema? Deveria pensar justamente ao contrario, ja que um dos problemas do Porto (do Jesualdo, realmente) e que constantemente so aparece um jogador dentro da area adversaria em vez de varios como se ve no Benfica.
Enviar um comentário