domingo, 26 de outubro de 2008

Sistema táctico: para além do mito das dinâmicas...

Este é, porventura, um dos maiores sofismas que o futebol contém: "Não interessa o sistema táctico, o que conta são as dinâmicas".

À partida, isto pode parecer verdadeiro, mas a realidade é bem diferente.

Podemos definir as dinâmicas de uma equipa como o padrão dos movimentos que a mesma concerta entre os seus sectores e, por consequência, entre os seus jogadores. Muita gente defende que são os jogadores que definem as características das dinâmicas (se um jogador tem tendência para procurar a bola em zonas mais interiores, se ele se sente mais à vontade em zonas laterais, entrelinhas, etc.)

Não é assim que eu vejo este assunto. Devemos respeitar a individualidade, e tudo o que de bom vem deste "pormenor" de cada jogador, mas apenas em função do plano de jogo da equipa. Tudo aquilo que cada jogador empresta è equipa deve ser sempre enquadrado pelo jogador e restantes companheiros nas necessidades da equipa, e não o contrário. Ou seja, é o individuo ao serviço da equipa, independentemente das características desse jogador.

As dinâmicas, como movimentos que o nosso modelo de jogo pretende que sejam efectuadas, estão directamente relacionadas com o posicionamento dos jogadores, portanto, na distribuição dos onze jogadores no relvado.

Assim, as características das dinâmicas são directamente influenciadas pelo posicionamento das peças na estrutura da equipa. O alinhamento de cada posição dentro do sistema táctico (cada parte do todo), enquadrado com o posicionamento das outras peças, é fundamental na legitimação e pertinência nas dinâmicas das partes em função do todo pretendido (ideia/filosofia de jogo). Porque é isto que se deseja: que cada movimento de cada jogador seja SEMPRE em função dos princípios de jogo que sustentam toda a actividade colectiva.

Desta forma, as dinâmicas desenvolvem-se e relacionam-se dentro de uma determinada estrutura. Dentro dessas estruturas existirão umas que permitirão um melhor desenvolvimento e optimização de um tipo específico de dinâmicas. Rinus Michels defende isto ao proferir as seguintes frases: "(...) the 4:3:3 is not as suitable to counter attack football(...) when choosing to play the 4:3:3 system you are assuming as a coach that you will carry the play as much as possible."(in Rinus Michels, Teambuilding: The Road to Success)

Como é óbvio, o sistema táctico por si só não garante que a nossa equipa jogue bem, de forma apoiada, com uma boa posse e circulação de bola, etc. Admito que para muitos não passe de um pormenor, mas são estes detalhes que fazem toda a diferença: o método de treino; a capacidade de liderar e interpretar os vários elementos (com as mais distintas personalidades) do grupo; a qualidade dos jogadores; a ideia colectiva de jogo que se pretende (e a taxa de sucesso da implementação da mesma), tudo isto são pormenores quando nos focamos no geral (o todo que é a equipa).

O posicionamento de cada posição relativa à estrutura do sistema táctico funciona como o ponto de partida e de chegada. As constantes do nosso jogar são formuladas a partir do desenho da estrutura da nossa equipa. É importante que o nosso sistema táctico nos ofereça a possibilidade de articular de forma harmoniosa os quatro momentos do jogo.

Assim, esperamos que cada sistema táctico favoreça a nossa filosofia de jogo. Mas sem que os jogadores tenham de o fazer em (demasiado) esforço, nem em prejuízo das suas faculdades. Van Gaal defendeu qualquer coisa como isto: "no seu modelo de jogo, o ideal seria que cada jogador corresse o menos possível". E isto não me parece possível com um qualquer sistema táctico.

29 comentários:

Anónimo disse...

Cá está. Há quem defenda isso como tu. Eu sinceramente nunca me debrucei muito sobre esse assunto. O que sei é que o Mourinho discorda totalmente disso (aliás desde que chegou a italia já frisou 500 vezes que a táctica não é importante o que é importante é o modelo e a filosofia de jogo).

Quanto à ideia do Michels não creio que seja universal. Apesar de a maior parte das equipas que actuam em 433 serem equipas de posso e domínio olho por exemplo para o chelsea de Mourinho que tantas vezes controlava o jogo sem posse de bola e fazia contra-ataques letais.

cumprimentos

Nuno disse...

Pedro silva, estás enganado. Não se diz aqui que o resto não importa. É óbvio que uma equipa em 442 clássico a jogar um futebol apoiado e com princípios de jogo ofensivos é melhor que a equipa do José Mota a jogar em 433. Agora, a táctica que se usa é relevante e umas tácticas permitem mais facilmente certas coisas que outras. E o Mourinho, ao contrário do que tu pensas, pensa exactamente como nós. Se não fosse assim, não privilegiaria claramente o 433. Privilegia o 433 porque é aquele que melhor lhe possibilita jogar como pretende.

Gonçalo disse...

Pedro, o Mourinho disse que pretendia jogar em 433, não disse? Há-de ser por alguma razão. Bem sei que ele nem sempre tem jogado nessa tactica, mas ele tem justificado o porquê dessa situação. Não quer dizer que eu concorde com ela, mas a verdade é que ele justificou pq é que n optou sp pelo 433.

Qt ao Chelsea do Mourinho... olha que foram mt poucos os jogos do Mourinho em que ele não dominou, claramente, os adversários. Por ex: foram poucas as equipas que tiveram mais posse de bola do que ele.

Muitas vezes chama-se a um 433, o que na realidade é um 442(ou 4x2x1x1, se quiseres), mas com um dos avançados a baixar mais.

Um abraço

Anónimo disse...

Bem sei que o 433 é a táctica predilecta do Mourinho. Ainda assim tal como ele disse a filosofia de jogo é o essencial e não a táctica. Aliás deixo-vos 2 excertos de conferências suas a falar disso mesmo (espero que percebam italiano, creio que se percebe bem mas caso contrário posso esclarecer alguma dúvida)


"Le fa un po' ridere o la disturba quando si dice che il 4-3-3 non è il modulo adatto?
"Nè mi fa ridere nè mi disturba... Contro il Catania, ad esempio, non abbiamo giocato con il 4-3-3. Ma che differenza c'è tra il 4-3-3 e il 4-4-2? Se un centrocampista gioca vicino al centravanti o se è Mario Balotelli come contro il Catania, stiamo parlando di una differenza di cinque metri. Continuo a pensare che contino i principi di gioco, le caratteristiche del gioco che tu vuoi sono importanti. Quando hai un'idea sul gioco della tua squadra per una partita o per la stagione, si parla di principi di gioco. Puoi difendere a zona o a uomo, con il blocco alto o con il blocco basso, si può far scivolare la squadra o non farlo, ci si può posizionare più in profondità o più in ampiezza, si può costruire in modo lungo o corto... Questi sono i principi, dopo puoi giocare 4-4-2 o 4-3-3, con il rombo o con tre difensori, tre centrocampisti, con due giocatori di centrocampo e il terzo che può fare come Balotelli contro il Catania. Puoi modificare la posizione di un uomo, ma i principi di gioco sono gli stessi. Quello che dico io è che i miei principi non cambiano, puoi cambiare è quello che vedi dalla tribuna. Puoi pensare che a Mourinho piaccia giocare in un certo modo, ma in realtà non ha giocato in quel modo. Ok? Un'altra cosa sono i sistemi, la posizione e tutte quelle cose. Questo non so che cosa sia: forse è una questione di vocabolario che magari voi parlate in modo diverso dal mio, o una questione di pensiero che abbiamo differente. La differenza nelle nostre partite è stata nel modo che abbiamo fatto bene o non bene i nostri principi di gioco. Niente altro"."

E outra:

"Potendo scegliere, preferisce il 4-3-3 o il 4-4-2?
"Questa domanda potrete farmele in tutte le conferenze stampa pre-partita. Credo che sia meglio rispondere una volta per tutte: per me è più importante la mia filosofia di gioco che non cambia mai, rispetto ad uno o l'altro sistema tattico. Noi vogliamo costruire una filosofia e cerchiamo di giocare sempre con quella. Il mio pensiero che voglio passare alla squadra, e che desidero diventi automantico per i calciatori, è quello che in Portogallo chiamiamo modello di gioco. È molto più del sistema tattico che può essere 4-4-2 o 4-3-3 ma che può essere soggetto a cambiamenti perchè è solo una questione posizionale. L'essenziale è che abbiamo una filosofia di gioco definita, ovviamente non siamo arrivati ad averla, ma un giorno vogliamo arrivarci e sappiamo la strada che dobbiamo percorrere per farlo".

Cumprimentos

Pedro disse...

Então pq será que Mourinho, no terceiro ano de Chelsea, optou pelo losango para assim atacar a Europa (palavras dele)?

Miguel Nunes disse...

tanto o sistema como a dinâmica que incutes no mesmo são fundamentais. Ter o melhor sistema tactico (seja ele qual for), sem ter bons princípios, é obviamente pior que ter um sistema táctico, teoricamente menos eficaz, mas com boas dinâmicas.

Com isto quero dizer, que se o Mourinho lhe apetecer jogar em 2x5x3 (tão ai 10 jogadores não tão?), mt provavelmente continuará a ser mt melhor que as equipas do Jaime Pacheco em 4x3x3.

Mas, obviamente, mt pior do que ele proprio poderia ser, com um sistema de jogo mais eficaz (o tal que permite obter resultados, com menor dispêndio físico!)

O melhor será mm(este raciocinio é brilhante e de uma perspicácia espantosa!) descobrir o melhor sistema táctico, e nele aplicar as melhores dinâmicas!

Portanto, o Sistema Táctico pode ser fundamental, mas por si só não é garantia de triunfos, face a outros sistemas tácticos!

Nuno disse...

Obviamente, PB. Nunca se disse aqui o contrário. O intuito deste texto era um só e claro: deixar claro que as dinâmicas, apesar de serem o mais importante, não são tudo, e que a posição dos jogadores em campo permite coisas diferentes. Ou seja, hoje em dia fala-se muito de dinâmicas e de como são a única coisa que importa. Até se mandam bitaites a dizer que o Mourinho defende isso. Mas defender que só as dinâmicas é que importam é assumir que qualquer sistema táctico permite as mesmas coisas. Ora, este texto visa responder de forma categórica a isso. Isso não é verdade. Jogar em 442 clássico, por exemplo, não permite o mesmo tipo de dinâmicas que jogar em 433. Nem por sombras. Quando o Michels diz que o 433 é uma táctica para quem assume o jogo, para quem joga um futebol apoiado, tem toda a razão, porque o 433, em comparação com o 442 clássico, por exemplo, estipula, a cada momento, uma melhor rede de apoios do que no 442 clássico. Como é evidente, é possível criar dinâmicas em que o 442 clássico melhore essa rede de apoios e certas equipas até conseguirão jogar mais apoiado em 442 clássico do que outras em 433. Sem dúvida. Mas é muito mais fácil fazê-lo em 433 e à custa de muito menos desmobilizações posicionais. Quando o Mourinho diz que o que interessa é a sua filosofia, não está também a dizer que conseguiria implementar a sua filosofia em qualquer sistema táctico. Por exemplo, ele prefere uma pressão em profundidade. Para isso, precisa da criação de linhas. Em 442 clássico, terá apenas 3 linhas. Em 442 losango ou em 433 tem 5 linhas. Para pressionar em profundidade, não vai utilizar o 442 clássico, porque o 433 ou o 442 losango são claramente mais úteis e adequam-se melhor a essa necessidade. Portanto, quando o Mourinho diz que o que interessa são as rotinas, não significa que aceite que a sua equipa possa jogar da mesma maneira independentemente do sistema táctico que ele usar. Isso é falso.

Ricardo disse...

Há um exercício giro que podem fazer todos aí em casa:

- metam a janelinha da caixa de comentários só com o comentário do Nuno (29 de Outubro de 2008 15:52). Já está? Agora comecem a desfocar a imagem com os vossos próprios olhos, depois foquem outra vez, depois desfoquem, foquem, desfoquem, foquem, desfoquem. Não é um universo maravilhoso de pirilampos 433 e pirilampos 442? Que coisa bonita!

filipe disse...

Sobre este assunto já falamos bastante e eu mantenho a minha ideia de que o que distingue qualitativamente são os princípios e dinâmicas, não querendo dizer que o sistema seja irrelevante ou não importante, obviamente.

De resto penso que o que o Mourinho quer dizer é precisamente isso. Ou seja, que o que define a sua equipa não é o sistema em que joga e que, jogando num ou noutro, os princípios serão os mesmos, mantendo por isso a equipa a mesma identidade, independentemente do sistema. As oscilações de sistema que tem implementado no Inter são consequência de uma maior "ginástica táctica" dos adversários italianos, que se adaptam mais a cada jogo e a cada adversário. Mourinho pretende com isso adaptar-se também ele às estratégias dos adversários, sem perder a tal identidade. A sua luta, parece-me, reside muito mais na assimilação de alguns princípios e comportamentos do que na afirmação de um sistema, que provavelmente nunca acontecerá. (sei que o tema não é o Inter, mas como Mourinho veio à baila...)

Abraço

Gonçalo disse...

Filipe, mas se o sistema táctico não importasse, então para quê mudar de sistema táctico?

Os princípios serão os mesmos, mas a maneira como se manifestam são diferentes. Porque as movimentações(colectivas) são diferentes, de sistema para sistema, mesmo que os principios sejam os mesmos. Ou não?

Um abraço

filipe disse...

Não disse que o sistema não importa, disse é que não é diferenciador em termos de qualidade.

Certo, os princípios são os mesmos, e as movimentações variam com o sistema (senão nem se falava em sistema). O que não implica é que a qualidade com interpretas uma ideia de jogo esteja dependente do sistema que utilizas. Pode ser mais difícil fazê-lo num ou noutro sistema, mas a qualidade dependerá sempre do que se conseguir em termos de dinâmicas.

Gonçalo disse...

Ok, mas o que eu defendo é que as caracteristicas variam. E se assim é, essa variação vai proporcionar mais condições para o sucesso de determinado estilo do que outros sistemas.

Um abraço

PSousa disse...
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Gonçalo disse...

"O que distingue qualitativamente são os princípios e dinâmicas, juntamente com o sistema a utilizar, mas mais importante, depende muito das características dos jogadores que actuam"

Os principios e sistemas alteram as características do jogar, os jogadores emprestam, ou não, qualidade ao jogar que se pretende.

Um abraço

PSousa disse...
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Nuno disse...

"isso é a pratica que nos faz falar"

Essa da prática é brilhante. Tenho a certeza que sei muito mais de futebol do que maior parte dos treinadores da distrital e eles têm mais prática que eu a treinar equipas. Como é que a prática serve para aferir razão a alguém?

""...os mesmos princípios, dinâmica e sistema, com jogadores diferentes tem sempre diferenças na forma de jogar de uma equipa, pois jogadores diferentes, alteram sempre o jogar, nunca os princípios.""

Lógico. Mas exactamente por causa daquilo que o Gonçalo disse, porque os jogadores emprestam qualidades diferentes, porque os jogadores intrepretam os princípios de forma diferente. Isso altera o jogar, que no fundo é a interpretação dos princípios de jogo.

PSousa disse...
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Nuno disse...

"Será que sem pratica, e só com teoria, se pode também auferir a razão?!"

Muito sinceramente, prefiro "auferir" vencimentos. Quanto à razão, prefiro mesmo é "aferi-la".

"Com pratica estás sempre mais perto da razão que só com a teoria, isso não duvides."

LOL. Isso seria o discurso dum cientista maluco. Um gajo que não sabe nada de química e se põe a fazer experiências em casa deve ter uns resultados bonitos, deve. A prática é a materialização da teoria. É verdade que quem é teoricamente muito dotado pode não ser bom na prática. Um filósofo pode ser mau a dar aulas, por exemplo. Mas isso é apenas uma questão de pôr em prática a teoria. Se a teoria for boa, 90% do trabalho está feito. Portanto, a prática é muito menos importante que a teoria.

"Aliás, só da pratica vem a razão, sem ela nunca saberíamos a mesma."

Pois, claro. Os sacanas dos filósofos, como não praticam, não têm razão. Os grandes pensadores universais são todos uns palermas. E aquele treta do método científico, que diz que antes da experimentação vem a observação e a hipótese deve ser só para enganar a malta. Não admira que escrevas tão mal português, então: como não te interessa a teoria, só sabes falar a língua que aprendeste, ou seja, a prática. Ainda bem que achas que podes ter opiniões...

"E podes ter razão quando dizes "...tenho a certeza que sei muito mais de futebol do que maior parte dos treinadores da distrital..." e eu digo-te, que para isso não é preciso muito"

Mau, então mas não era a prática que era necessária para se ter razão. Como é que eu, sem prática de treino, posso saber mais que um gajo que tem prática, então? Queres ver que a prática é tão irrelevante quanto as tuas sinapses??

PSousa disse...
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Nuno disse...

A diferença entre nós é que eu prezo a inteligência e tu prezas a boa educação e moralidade. Tenho impressão que o meu cão vai ser mais inteligente que os teus filhos, embora não tão bem educado.

PSousa disse...
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Nuno disse...

Tá, vou comer verduras para ver se cresço um bocadinho.

P.S. Dar umas chapadas nos outros não é um bom exemplo da educação que quererás, certamente, dar aos teus filhos.

P.S.2. O que é um Garato?

PSousa disse...
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PSousa disse...
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Nuno disse...

"E quando quiseres falar comigo de forma civilizada, tens o meu e-mail para o fazer."

Não fui eu quem começou a dizer que o outro tinha demasiadas certezas e que era mal educado por não aceitar opiniões contrárias. O meu civismo acaba quando percebo que não vale a pena continuar um debate com alguém que aceita toda e qualquer opinião. Não há produtividade nenhuma em discutir o que quer que seja se todas as opiniões forem válidas. E o que me apetece, ao ter uma caixa de comentários, é ter discussões produtivas. Se te insurges precisamente contra isso e ainda o fazes pensando que tens razão em fazê-lo, não tenho que falar de forma civilizada, isto é, respeitando as tuas opiniões. Até porque, segundo a tua ideia, vale tanto uma opinião respeitada como uma não respeitada. Mas pronto, fizeste bem em apagar os comentários todos. Uma criança não faria melhor. E é de facto uma forma brilhante de mostrar civismo...

PSousa disse...

Tu civismo?! Basta olhar para comentários anteriores neste blogue para perceber que nesse aspecto estás longe de se poder chamar isso.

Até fizeste um post a insultar e gozar os que te visitam e que tem opiniões diferentes de ti.
Para perceber o teu grau de respeito e inteligência, basta recorrer a esse teu post sobre comentário e respostas, e estas frases demonstram a tua inteligência e tal civismo:


"embora não tenha conseguido materializar o seu futebol em golos, o jogo do Barça foi perfeito."

ou

"...aqueles que acham que o objectivo do futebol é o golo estão equivocados."

ou este é digno de um génio

"perceber que fazer um jogo perfeito não implica ganhá-lo e, muito menos, marcar golos."

e este do teu colega

"Repara, o futebol é um jogo cujo objectivo é marcar golos, no entanto o autor deste blog prepara-se para defender a tese de que é possível uma equipa fazer um jogo perfeito sem marcar golos... "

Pode-se não esgotar no golo, mas esse no primeiro nível do curso, aprende-se que é o principal objectivo do futebol:o GOLO [podes perguntar a qualquer treinador neste planeta.

E para crianças, tenho os meus filhos para cuidar.

PS* tenho vergonha de ter comentários num blog, que não respeita os outros, nem suas opiniões, longe da palavra que tu dizes ter, CIVISMO.

Nuno disse...

Psousa, eu digo que o meu civismo acaba, logo, assumo que nem sempre o tenho. Mas também te digo quando é que ele acaba. E ele acaba quando pessoas como tu, que não sabem o que é e para que serve uma discussão, nem sequer compreendem frases como aquelas que citas acima. Ou seja, a minha falta de civismo é directamente proporcional à falta de inteligência dos meus interlocutores. Hás-de reparar que o meu civismo cresce quando dialogo com gente que expõe ideias e as argumenta, ainda que contrárias à minha. Mas se não quiseres reparar, não repares. Se quiseres, lê a caixa de comentários do texto em que digo que o objectivo máximo do futebol não é o golo, que tanto prazer te deu a citar. Nela, gera-se a melhor discussão que já se gerou neste blogue. Nela, o meu civismo existe. Talvez te ajude a perceber onde é que falhaste, talvez não. Há já algum tempo que desisti de ser civilizado contigo, porque simplesmente não compreendes o que é um argumento.

Quanto ao facto de teres aprendido tanta coisa num curso de treinador, parabéns. Isso diz muito de ti. É mais ou menos o mesmo que um gajo com 18 anos estar feliz por finalmente ter aprendido a tabuada.

Em relação ao post em que gozo com comentários de gente que veio ao blog, era humor. Para dar um exemplo semelhante, o Gato Fedorento gozou e goza com imagens e gravações que a RTP e a SIC lhes disponibilizou. Gozam com o que outras pessoas disseram. Tal como esse post. E no último programa da primeira série na RTP convidaram algumas das pessoas que foram alvo de chacota e essas pessoas compareceram sem problemas. Chama-se a isso sentido de humor. Tu ou quem tiver ficado ofendido com aquilo não têm sentido de humor. Acham que é um insulto gratuito e não uma piada. É por causa de coisas como essas que não vale a pena ter discussões contigo e por causa de coisas como essas que não me apetece ser minimamente civilizado para com pessoas com tão pouca capacidade intelectual...

PSousa disse...

Claro que ninguém compreende o que dizes, são todos ignorantes e tu avançado intelectualmente...

Cresce rapaz e dou-te a partir de agora desprezo, que é o que muitos já te fizeram neste blog..

Fica lá com a tua intelectualidade suprema e omnipotente.

Muito sinceramente, desejo-te muita sorte na vida.

PSousa disse...

Já agora as tuas frases tem muito sentido de humor...e intelectualidade!!