1. A Alemanha atacou, atacou, atacou e perdeu o jogo... Ah, espera... Foi à Turquia que aconteceu isso. É que tinha ficado com a sensação de que os turcos nem sequer tinham jogadores para jogar este jogo...
2. A pobreza do futebol dos alemães é assustadora. É que não defendem bem, não atacam bem, individualmente são uma selecção mediana, colectivamente são antiquados, não têm ideias, não são imprevisíveis... O futebol pode mesmo ser uma coisa tão inexplicável? É que se, como a Grécia de há 4 anos, se limitassem a defender, eu até conseguia entender que não sofressem golos e que, num ou noutro golpe de sorte, marcassem. Mas é que nem defendem bem. Estão na final pela única coisa em que são, de facto, bons: o aproveitamento dos erros dos adversários. Mas se alguém disser que há mérito em saber aproveitar os erros dos outros, eu pergunto: e como é que se trabalha isso? A sério, para haver mérito, teria de ser uma coisa para a qual se trabalhasse. Ora, nada daquilo que tem dado à Alemanha o êxito que tem tido é trabalhado. Portanto, estão onde estão porque o acaso assim o quis. Tudo bem, são mentalmente fortes e tal. Mas onde é que esteve essa força mental quando se apanharam a ganhar a 10 minutos do fim e permitiram o golo do empate da Turquia? Onde é que esteve a força mental no jogo contra a Croácia? Esta selecção alemã é uma selecção fraca, que não dá mais, e que chegou à final do Euro à custa de um bom aproveitamento de falhas dos outros. Isto é futebol? Ou são Slot Machines?
3. Na outra meia-final, a Rússia voltou a não ser capaz de travar a selecção espanhola. Mas o jogo voltou a ser tudo o contrário do que vão dizer dele. Até à saída de Villa, por lesão, a Espanha era uma equipa sem ideias, presa de movimentos, e só os russos é que jogavam. Se houve alguém que dominou os acontecimentos, nesse período de jogo, foi a Rússia. A Espanha vivia das acções individuais, que pouco ou nada conseguiram de relevante. Com a saída de Villa, o meio-campo da Espanha, já por si muito dinâmico, ganhou outro elemento de enormíssima qualidade. Torres ficou abandonado na frente e a equipa espanhola passou a ganhar a batalha de meio-campo. Mas não por uma questão táctica. Ganhou-a porque passou a ter mais um elemento e a sua qualidade técnica era suficiente para suprir as dificuldades que um modelo como o espanhol implica. A partir daqui só deu Espanha. Com Fabregas, Iniesta e Silva sem posição fixa, e tendo ainda Xavi ao lado de Senna, atrás destes, o meio-campo da Espanha estava suficientemente preenchido e com gente suficiente e de suficiente qualidade técnica e intelectual para que o habitual carrossel não provocasse desequilíbrios atrás. Com um esquema assim, acredito que a liberdade que Aragonés dá aos jogadores mais ofensivos possa ser produtiva. Mas só assim. Ou seja, foi preciso o melhor marcador da Espanha lesionar-se para que a equipa jogasse de forma mais adulta. Ou seja, foi por acaso que a Espanha jogou à bola, desta vez.
4. Aragonés é horrível. Por tudo. Que substituições suicidas foram aquelas? Ainda com 25 minutos para jogar, a ganhar apenas por 1-0, tira Xavi e Torres?? Já depois de ter ficado sem Villa? E esgota as substituições? Genial! Mas há mais. Ao lesionar-se, Villa deu lugar a Fabregas e a Espanha passou a jogar num 4231, com os 3 jogadores atrás de Torres sem posição predefinida. Isto implica que, se Aragonés não tivesse Villa, não jogaria em 442 clássico. Isto implica que Aragonés escolhe o modelo de jogo em função dos jogadores que tem ao seu dispor. Isto é primitivo... O modelo de jogo, isto é, aquilo que o treinador entende que é a melhor forma de ocupar os espaços no campo tem de ser anterior à escolha dos jogadores que vão interpretar esse modelo de jogo. Isto é evidente. Mas não para Aragonés.
5. Era tão fácil pôr a Espanha a jogar num esquema racional. Num 433, num 442 losango, num 343 losango. Com a inteligência e a qualidade daqueles jogadores nem era preciso mais nada. Sugestão de um 343 losango: Casillas na baliza, Ramos, Puyol e Marchena na defesa, Senna ou Alonso a trinco, Xavi e Iniesta como interiores, Fabregas a 10 (ou Guti, se Aragonés tivesse tomado os comprimidos), Silva na esquerda, Villa na direita e Torres na frente. Tão fácil...
6. Chegam, pois, à final duas equipas que começaram o torneio em 442 clássico, mas que, por uma ou outra razão, tiveram necessidade de modificar o seu sistema. Não sei como vão jogar na final, mas sei que, de um lado, vai estar a melhor equipa em termos individuais da prova, mas que colectivamente deixa bastante a desejar, e, do outro, vai estar uma equipa que, francamente, vale por uma coisa qualquer esquisita, misteriosa, cuja longa história de sucessos passados parece continuar a atemorizar os adversários, mas que joga tão pouco que chega a parecer ridículo (talvez até mais ridículo que a Grécia de há 4 anos) que uma equipa assim esteja a disputar a final de um europeu.
2. A pobreza do futebol dos alemães é assustadora. É que não defendem bem, não atacam bem, individualmente são uma selecção mediana, colectivamente são antiquados, não têm ideias, não são imprevisíveis... O futebol pode mesmo ser uma coisa tão inexplicável? É que se, como a Grécia de há 4 anos, se limitassem a defender, eu até conseguia entender que não sofressem golos e que, num ou noutro golpe de sorte, marcassem. Mas é que nem defendem bem. Estão na final pela única coisa em que são, de facto, bons: o aproveitamento dos erros dos adversários. Mas se alguém disser que há mérito em saber aproveitar os erros dos outros, eu pergunto: e como é que se trabalha isso? A sério, para haver mérito, teria de ser uma coisa para a qual se trabalhasse. Ora, nada daquilo que tem dado à Alemanha o êxito que tem tido é trabalhado. Portanto, estão onde estão porque o acaso assim o quis. Tudo bem, são mentalmente fortes e tal. Mas onde é que esteve essa força mental quando se apanharam a ganhar a 10 minutos do fim e permitiram o golo do empate da Turquia? Onde é que esteve a força mental no jogo contra a Croácia? Esta selecção alemã é uma selecção fraca, que não dá mais, e que chegou à final do Euro à custa de um bom aproveitamento de falhas dos outros. Isto é futebol? Ou são Slot Machines?
3. Na outra meia-final, a Rússia voltou a não ser capaz de travar a selecção espanhola. Mas o jogo voltou a ser tudo o contrário do que vão dizer dele. Até à saída de Villa, por lesão, a Espanha era uma equipa sem ideias, presa de movimentos, e só os russos é que jogavam. Se houve alguém que dominou os acontecimentos, nesse período de jogo, foi a Rússia. A Espanha vivia das acções individuais, que pouco ou nada conseguiram de relevante. Com a saída de Villa, o meio-campo da Espanha, já por si muito dinâmico, ganhou outro elemento de enormíssima qualidade. Torres ficou abandonado na frente e a equipa espanhola passou a ganhar a batalha de meio-campo. Mas não por uma questão táctica. Ganhou-a porque passou a ter mais um elemento e a sua qualidade técnica era suficiente para suprir as dificuldades que um modelo como o espanhol implica. A partir daqui só deu Espanha. Com Fabregas, Iniesta e Silva sem posição fixa, e tendo ainda Xavi ao lado de Senna, atrás destes, o meio-campo da Espanha estava suficientemente preenchido e com gente suficiente e de suficiente qualidade técnica e intelectual para que o habitual carrossel não provocasse desequilíbrios atrás. Com um esquema assim, acredito que a liberdade que Aragonés dá aos jogadores mais ofensivos possa ser produtiva. Mas só assim. Ou seja, foi preciso o melhor marcador da Espanha lesionar-se para que a equipa jogasse de forma mais adulta. Ou seja, foi por acaso que a Espanha jogou à bola, desta vez.
4. Aragonés é horrível. Por tudo. Que substituições suicidas foram aquelas? Ainda com 25 minutos para jogar, a ganhar apenas por 1-0, tira Xavi e Torres?? Já depois de ter ficado sem Villa? E esgota as substituições? Genial! Mas há mais. Ao lesionar-se, Villa deu lugar a Fabregas e a Espanha passou a jogar num 4231, com os 3 jogadores atrás de Torres sem posição predefinida. Isto implica que, se Aragonés não tivesse Villa, não jogaria em 442 clássico. Isto implica que Aragonés escolhe o modelo de jogo em função dos jogadores que tem ao seu dispor. Isto é primitivo... O modelo de jogo, isto é, aquilo que o treinador entende que é a melhor forma de ocupar os espaços no campo tem de ser anterior à escolha dos jogadores que vão interpretar esse modelo de jogo. Isto é evidente. Mas não para Aragonés.
5. Era tão fácil pôr a Espanha a jogar num esquema racional. Num 433, num 442 losango, num 343 losango. Com a inteligência e a qualidade daqueles jogadores nem era preciso mais nada. Sugestão de um 343 losango: Casillas na baliza, Ramos, Puyol e Marchena na defesa, Senna ou Alonso a trinco, Xavi e Iniesta como interiores, Fabregas a 10 (ou Guti, se Aragonés tivesse tomado os comprimidos), Silva na esquerda, Villa na direita e Torres na frente. Tão fácil...
6. Chegam, pois, à final duas equipas que começaram o torneio em 442 clássico, mas que, por uma ou outra razão, tiveram necessidade de modificar o seu sistema. Não sei como vão jogar na final, mas sei que, de um lado, vai estar a melhor equipa em termos individuais da prova, mas que colectivamente deixa bastante a desejar, e, do outro, vai estar uma equipa que, francamente, vale por uma coisa qualquer esquisita, misteriosa, cuja longa história de sucessos passados parece continuar a atemorizar os adversários, mas que joga tão pouco que chega a parecer ridículo (talvez até mais ridículo que a Grécia de há 4 anos) que uma equipa assim esteja a disputar a final de um europeu.
30 comentários:
Chega, não chega? Pois, concordo. Mas eles é que lá estão, para ganharem a 4ª Taça Europeia a juntar às 3 Mundiais. Já nós, equipa cheia de virtudes e pensamentos e estratégias mil (aos olhos dos entendidos) andamos há uma semana e meia a ver o jogo pela televisão.
Puta que pariu! Se a Alemanha ganha o Euro, nunca mais vejo futebol.
essas histórias de "ah, mas vão ganhar apesar de jogarem mal" a mim não me dizem nada, não é nesse futebol que acredito. Se a Alemanha de facto ganhar o Euro, continuarei a dizer até ao final da vida que foi injusto, assim como digo e direi da Grécia. Claro, concordo que até certo ponto, há justiça no facto de eles marcarem mais golos que os outros. Mas os fins não justificam os meios, no futebol que eu entendo como bom. Portanto, boa sorte para as duas equipas, que ganhe a melhor, e que a melhor seja a Espanha, pois apesar de tudo fez mais por isso.
Concordo plenamente com a descrição da ESpanha, existem lá de facto jogadores com uma inteligência acima da média. Não posso deixar de referir o Iniesta, é soberbo parece descobrir sempre a melhor solução, a melhor linha de passe...grande jogador. Agora espero que no Domingo vençam isto.
1. e 2. Nuno, concordo contigo que tanto a Alemanha como a Grécia apresentam e apresentaram um futebol de qualidade péssima, mas estar a atribuir a todas as vitórias de ambas o factor sorte parece-me ofensivo para ambas as equipas.
O que é certo é que essas equipas ganham e não é a qualquer equipa de meia tigela. Por isso, há que lhes dar o devido mérito. E como até concordas que ambas tinham jogadores medianos o que esperavas que fizessem para prosseguir em prova? Que jogassem 2 jogos de futebol espectacular e caíssem às mãos duma Espanha por 3 golos sem resposta?
Tem que existir alguma humildade, nem todos os ovos dão boas omeletes, por isso há que fazer ovos mexidos de vez enquando :)
3. Concordo com a apreciação da Espanha mas não com a da Rússia. Ambas as equipas de equilibraram muito até à saída de Villa. Até foi a Espanha que criou mais perigo fruto das tais acções individuais.
Bem antes do torneio começar, já me parecia que a Espanha teria o melhor conjunto de individualidades deste Euro, restava observar de como e quão bem encaixariam. Felizmente para eles, apesar das más ideias do treinador, a qualidade individual dos jogadores é mesmo extraordinária. Resta saber como enfrentarão a Alemanha... É que apesar de jogar mal, a Alemanha pode criar muito perigo ao grupo de anões que é a Espanha em bolas paradas... Veremos.
5. Chamas 343 um esquema racional? Se esse esquema nem é utilizado em clubes quanto mais em selecções com muito menos tempo de treino disponível. Apesar de quando interiorizado ser bastante agradável, parece-me uma ideia muito utópica.
Cumprimentos.
AI!! eu comentei quando isto so tinha o titulo! LOL tenho que comentar de novo, mas já nem me lembro o que disse... também não interessa, isto pra mim já é nada, desde que o Avelange disse que os mundiais de 66 e 74 (se n me engano) foram "arranjados" já nem vale a pena ver futebol. Já tinha deixado de ver o camp. Português...
A Alemanha é de facto uma selecção com várias limitações técnicas e mesmo tácticas (sobretudo em termos defensivos). Mas não deixa de ser - aliás como quase sempre se comprova - uma formação de respeito. Primeiro tem, a par da Rússia, a transição ofensiva mais bem trabalhada deste Euro e, não descontextualizando com este último aspecto, os seus jogadores têm uma capacidade mortal para jogar em zonas de finalização. Para além de Klose, Podolski e Schweinsteiger são a dupla de extremos que melhor aparece em zona de finalização e há ainda Ballack. Estas são características também habitualmente comuns ao futebol italiano e que explicam uma boa parte da capacidade que estes têm historicamente para serem eficazes. Depois há o aspecto mental. Historicamente os alemães são eximios em superar adversidades e as suas próprias limitações (como se explicam tantas finais com apenas 2 gerações verdadeiramente fortes?). O pior erro que se pode fazer é subvaloriza-los e são vários os exemplos de equipas que na história pagaram caro a factura desse erro...
Sobre a Espanha, estou de acordo com a falta de visão de Aragonês. O que não me parece muito aconselhável é a defesa 3 numa prova destas. Poderia funcionar (embora entenda que é mais difícil), mas seria necessitaria algum tempo para sistematizar processos em jogadores pouco habituados a esse sistema. Numa prova de curta duração como um Euro ou Mundial, seria no minimo arriscado...
Mas é engraçado ver que ha uns posts atras alguem gozou porque a Espanha tinha 4 votos na sodagem do blog, afinal...
Quanto à Alemanha, estamos de acordo em muita coisa. Já quanto à Espanha, não concordo com uma palavra:))
Há na tua análise um preconceito enorme com o 4-4-2 clássico e até uma sobrevalorização do aspecto "sistema", quando o que deverá ser realçado nesta equipa espanhola é precisamente o modelo, os princípios de jogo. Aliás, isso fica evidente no teu ponto 5. Tu acabas por admitir que jamais verás qualidade colectiva na equipa, quando dizes que num sistema mais do teu agrado, a inteligência e a qualidade dos jogadores por si só fazem tudo...
"O modelo de jogo, isto é, aquilo que o treinador entende que é a melhor forma de ocupar os espaços no campo tem de ser anterior à escolha dos jogadores que vão interpretar esse modelo de jogo. Isto é evidente. Mas não para Aragonés."
Quanto a esta ideia, é muito, mesmo muito discutível..
A Espanha com a entrada de Fabregas passou a jogar em 4-1-4-1 e a posição indefinida que falas para mim chama-se mobilidade e trocas posicionais. Quanto a Villa ser o critério para a definição do sistema, entendo-a perfeitamente. Villa é o mais móvel dos 3 avançados que têm jogado, recua e vem buscar a bola a zonas mais recuadas, pressiona, é, sobretudo o mais defensivo dos 3, daí que seja uma boa opção para o 4-4-2. A dupla Guiza/Torres, porventura desequilibraria mais no momento da transição defensiva. Mas não sei, confesso que não conheço muito bem o avançado do Maiorca.
Agora em termos gerais, as características de um jogador podem ditar muitas alterações à forma de jogar colectiva, isto é algo muito comum.
Sinceramente espanta-me (já o disse) como meio mundo se deslumbrou com uma Holanda de contra-ataque que venceu duas equipas muito débeis, e à Espanha não têm dado nenhum crédito...
Só pode ter a ver, tal como no caso da Alemanha, com os estigmas do passado...
Abraço
A tua "cruzada" contra o 442 clássico saiu-te um belo sapo... que vais ter de engolir.
"Aragonês é horrível". Se calhar até é, mas eu não me importava que a minha selecção tivesse o pior treinador, que fizesse as piores substituições, desde que ganhássemos.
A Rússia não tinha o jogo dominado coisa nenhuma. Arshavin? Estava lá? Não o vi...
"Teamgeist". Diz te alguma coisa? É nisso que a Alemanha é superior a qualquer selecção. Independentemente de esquemas tácticos, qualidade individual, é na força de conjunto que se ganham competições a nível de selcções. É por isso que a Grécia ganhou em 2004 e a Alemanha em 96 e a Dinamarca em 92. Foi por isso que nós perdemos este ano e em 2004.
Oh pa é assim, é inegável, que percebes muito de bola, e até se lê umas ideias interessantes vindas de ti, mas sinceramente acho descabido, explicar as vitórias de uma ou outra selecção, com sorte. Se é inegável, que a Alemanham, tem um sistema táctico rudimentar, e individualmente nem é das melhores do Euro, acho que se calhar não descobriste foi ainda a explicação para tal. Porque têm de haver alguma. Atirar-se as razões das vitórias ou derrotas, para sorte ou azar, faz-me lembrar a minha tia avó, que está no sofá a olhar para a televisão, e quando uma equipa ta a ganhar, vira-se para mim e diz: "Ena, que sorte que eles tão hoje"!!
Eu arrisco duas características, boas da Alemanha: Força Mental (não são tretas, é mesmo importante)e Capacidade de Finalização.
Se calhar, não é um finalista consensual, mas se está na final, algum mérito há de ter, nem que seja só um bocado.
Quanto, à Espanha, concordo contigo , o Aragonés é mesmo um treinador horrível, coitado do Fenerbahçe para o ano...
Com médios-centro daquele calibre, e quando podia construir um meio-campo em losango, super-adequado para as características dos jogadores que têm ao dispôr (Xavi,Senna,Iniesta,Xabi Alonso,Fabregas...Guti se Aragonés tivesse tomado os comprimidos dizes bem). Em relação ao sistema de três defesas discordo, pois prefiro sempre o de 4 em qualquer equipa, ainda para mais num campeonato da europa, seria complexo sistematizar um de 3.
Fabregas é mesmo um crime, não ser titular, viu-se bem ontem a diferença, no jogo da Espanha, após a sua entrada. Fez alterar e bem o sistema táctico, e ainda acrescentou uma qualidade incrível na circulação da bola, e depois faz ali duas assistências subtis, que para mim são excepcionais, e só mostram o jogador que é.
Cumprimentos,
"A tua "cruzada" contra o 442 clássico saiu-te um belo sapo... que vais ter de engolir.
"Aragonês é horrível". Se calhar até é, mas eu não me importava que a minha selecção tivesse o pior treinador, que fizesse as piores substituições, desde que ganhássemos.
A Rússia não tinha o jogo dominado coisa nenhuma. Arshavin? Estava lá? Não o vi...
"Teamgeist". Diz te alguma coisa? É nisso que a Alemanha é superior a qualquer selecção. Independentemente de esquemas tácticos, qualidade individual, é na força de conjunto que se ganham competições a nível de selcções. É por isso que a Grécia ganhou em 2004 e a Alemanha em 96 e a Dinamarca em 92. Foi por isso que nós perdemos este ano e em 2004."
Primeiro ponto: Se achas que o 442 clássico é bom, então defende isso com argumentos.
Segundo ponto: É por isso que não consegues distinguir competência, do acaso.
Terceiro ponto: A verdade é que Espanha, até a lesão do Villa, não se conseguiu superiorizar à Russia. Qt ao Arshavin, concordo. Até foi bom que assim acontecesse, para acalmar todas as euforias que surgiram...
Quarto Ponto - Foi esse "teamgeist" que impediu a Grécia de se qualificar para o último mundial? E que a fez ganhar todos os jogos este Europeu?
Incluires essas selecções no mesmo saco... É irresponsável, no mínimo.
Um abraço
"A dupla Guiza/Torres, porventura desequilibraria mais no momento da transição defensiva. Mas não sei, confesso que não conheço muito bem o avançado do Maiorca."
Paulo, podes dizer que a transição teria de ser necessariamente diferente, mas não teria de ser, por si só, desiquilibrada.
Um abraço
alguem sabe por que é que o Freitas Lobo deixou de escrever no site dele?
Continuem, força aí! :D
O Freitas Lobo?
Talvez agora se ache demasiado importante!
Talvez esteja envergonhado com as barbaridades que tem dito ultimamente.
Talvez esteja a repensar os ensinamentos que recebeu dos vários convidados do programa "noites do Euro" que lhe deram sucessivos bailes.
Enfim, se houve altura em que era um site raro, hoje em dia não sinto falta nenhuma do planeta do futebol. Hoje há por aí mais e melhor...
"Paulo, podes dizer que a transição teria de ser necessariamente diferente, mas não teria de ser, por si só, desiquilibrada."
Ou isso, o que queria dizer era que poderia potenciar mais eventuais desiquilíbrios, mas reafirmo, não conheço suficientemente Guiza para poder dizer algo a este respeito, com segurança...
Abraço
Ultimamente, as minhas análises aos posts, nunca são respondidas. Assim, não vale a pena, vir aqui.
Pah, se eu não tenho nada a apontar ao que disses-te, que queres que eu te diga??
Não me digas que vais fazer birra, "Simão"!?:)
Um abraço
Mister Fred, calma. Não tenho tido tempo nem para te responder aqui nem a ninguém. :) Quanto à questão da Alemanha, claro que não é só sorte. Foram claramente superiores à Áustria e à Polónia e mereceram inteiramente a passagem à fase seguinte. Mas contra Portugal acho que só foram superiores no aproveitamento dos nossos erros. Ou seja, passaram por demérito nosso. E depois, contra a Turquia, uma Turquia sem as principais estrelas, Nihat, Emre, Tuncay, etc, foram massacrados e acabaram por marcar sempre que foram lá acima. Dos dois pontos fortes dos alemães, discordo, pelo menos, do primeiro. É verdade que, mentalmente, são uma selecção forte. Mas isso não tem sido a causa do seu sucesso. Isso é evidente. Uma equipa mentalmente forte não sofreria o golo do empate turco da maneira que sofreu depois de se apanhar a ganhar a 10 minutos do fim. E quando falo de sorte também estou a falar da forma como chegaram à final e das equipas que tiveram pela frente. Tirando Portugal, apanharam talvez as duas equipas mais fracas do Euro e uma Turquia B. Isto não é sorte? Francamente. Quanto à capacidade de aproveitamento, concordo. Nada a dizer. Mas para marcar golos é preciso criá-los. E pouco ou nada têm feito nesse sentido.
Fernando diz: "Chamas 343 um esquema racional? Se esse esquema nem é utilizado em clubes quanto mais em selecções com muito menos tempo de treino disponível. Apesar de quando interiorizado ser bastante agradável, parece-me uma ideia muito utópica."
Vai dizer isso ao Van Gaal. Acho que não entendes o que significa racional. Achar que um sistema com 3 defesas é uma coisa utópica diz quase tudo do que se pensa sobre futebol hoje em dia. O Adrianse mostrou muita coisa quando esteve em Portugal, mas parece que ninguém quis reparar.
Bad-religion, não sei o que aconteceu. Provavelmente, enquanto ainda estava a escrever o texto, o mesmo foi publicado inadvertidamente. Talvez nessa altura tenhas comentado e depois desapareceu. :) Lamento...
Filipe, concordo com tudo o que dizes em relação à Alemanha. A questão da força mental é óbvia. Mas neste europeu, julgo, não tem sido isso que tem permitido o sucesso aos alemães. Quanto às diagonais dos extremos, plenamente de acordo. Aliás, acho que as transições rápidas dos alemães até são boas. Mas vivem disto. Vivem de um futebol rectilíneo, nada imprevísivel e fácil de anular, como a Croácia tão bem fez. Isso é pouquíssimo e não fosse a sorte do sorteio e teriam apanhado equipas mais complicadas.
"O que não me parece muito aconselhável é a defesa 3 numa prova destas. Poderia funcionar (embora entenda que é mais difícil), mas seria necessitaria algum tempo para sistematizar processos em jogadores pouco habituados a esse sistema. Numa prova de curta duração como um Euro ou Mundial, seria no minimo arriscado..."
Quanto a isto, nada de acordo. É totalmente falso que há pouco tempo para trabalhar nas selecções. Os treinadores não entram em actividade apenas nas semanas que antecedem o euro. Neste europeu, Hiddink demonstrou que é possível mecanizar processos nas selecções da mesma maneira que nos clubes. O Mourinho goza sempre com aqueles treinadores que dizem que não têm tempo para preparar as selecções, mas que depois, no pouco tempo que têm, se limitam a tentar recuperar índices físicos. Há tempo mais do que suficiente para mecanizar sistemas e um com 3 defesas bem mecanizado não é diferente do 433 do Hiddink bem mecanizado. Agora, concordo que se não se mecanizar, mais vale jogar com 4 defesas porque os jogadores estão mais habituados.
Paulo diz: "Tu acabas por admitir que jamais verás qualidade colectiva na equipa, quando dizes que num sistema mais do teu agrado, a inteligência e a qualidade dos jogadores por si só fazem tudo..."
O sistema mais do meu agrado estará disposto mais racionalmente em campo. Isto permite aos jogadores que, concentrando-se apenas na posição que têm de ocupar, estejam melhor dispostos em campo. Mesmo que não tenham rotinas definidas, o mero posicionamento correcto em campo poderia suprir deficiências. Achas que o 442 losango que a Itália apresentou contra a Espanha estava mecanizado? Não creio. Mas a equipa conseguiu, com essa disposição em campo e com a inteligência dos jogadores, criar muitas dificuldades ao meio-campo espanhol.
Quanto ao 442 clássico, não é preconceito. Tem a ver com a minha experiência pessoal e com tudo aquilo que defendo no futebol... Não gosto do sistema porque, para ser coerente com tudo aquilo que defendo, não me satisfaz. Talvez faça um post para breve estritamente sobre esta questão.
Quanto à questão de o modelo dever preceder os jogadores que se têm, sei que vou contra o que maior parte das pessoas acredita. O que digo é isto: um treinador competente terá, certamente, preferência pelo sistema em que julgue que os espaços serão melhor preenchidos. Cada um poderá ter a sua opinião e uns acharão que o 442 clássico é o que ocupa melhor os espaços, outros acharão que é o 433. Mas essa ideia tem de ser prévia a qualquer conjunto de jogadores que o possa interpretar. Pessoalmente, não tenho um único sistema que considere aceitável. Aceito uns e não aceito outros. Aceito o 442 losango, o 433 só com um pivot-defensivo, aceito o 343 losango do Van Gaal, o 334 do Adrianse, o 352. Não aceito o 442 clássico, o 4231, o 451, o 541, o 532. Tendo em conta isto, isto é, havendo a ideia prévia de que há sistemas mais racionais que outros, considero que se olhe para os jogadores que se tem e para as características deles de modo a escolher um de entre os vários que se considere razoáveis. O que me parece que Aragonés fez foi precisamente o contrário. Tinha que jogar com o Villa e com o Torres e abdicou de um médio.
anónimo diz: "A tua "cruzada" contra o 442 clássico saiu-te um belo sapo... que vais ter de engolir."
Então, porquê?
Quanto à ideia de pôr a Espanha a jogar num 343 losango, foi só um exercício lúdico. O sistema é o que levou o Van Gaal a ganhar o que ganhou, no Ajax e no Barça, e acho-o dos melhores sistemas que pode haver. Considero que uma selecção pode perfeitamente trabalhar sistemas complexos (alguém se lembra em que sistema jogava a Coreia de Hiddink em 2002, quando chegou às meias-finais?) e, de entre os sistemas que considero racionais, este, creio, seria aquele que contemplava a melhor utilização das individualidades ao dispor de Aragonés. Foi só isso que fiz...
Nuno dia: "Vai dizer isso ao Van Gaal. Acho que não entendes o que significa racional. Achar que um sistema com 3 defesas é uma coisa utópica diz quase tudo do que se pensa sobre futebol hoje em dia. O Adrianse mostrou muita coisa quando esteve em Portugal, mas parece que ninguém quis reparar."
Ou muito me engano ou aquando da sua chegada ao Barcelona, Van Gaal optou quase sempre por um 433 em detrimento do 343 usado no Ajax. Chegou até a referir que devido ao nível mais elevado na qualidade de jogadores presentes no campeonato espanhol, o 343 era muito difícil de implementar com sucesso...
O grande problema do 343 é que não ocupa eficazmente a zona central da defesa que é a mais fucral de todas. E um modelo táctico deve, como dizes e bem, ocupar racionalmente as zonas do campo mas deve ser olhado de trás para a frente e não o contrário. A isso se chama ser racional!
Está mais que demonstrado que uma equipa com mais cautelas tem mais probabilidade de ganhar que uma que arrisque em demasia.
O Adrianse, pelo qual não percebo a admiração, não mostrou muita coisa em Portugal além de provar que sistemas com 3 defesas só funcionam contra equipas de calibre mais baixo, como já era de esperar.
Não encontro uma única equipa de topo no Mundo todo a jogar com um sistema de 3 defesas (atenção que três defesas é bem diferente de 3 centrais e dois laterais ofensivos!) e por alguma razão há-de ser. Suponho então que sejas único a entender a palavra "racional". O próprio Mourinho já admitiu que jogar com 3 defesas é muito complicado, na prática será utópico contra equipas do mesmo nível...
Por isso reafirmo: o 343 é utópico. Tanto em losango, como em linha ou até o antigo WM. Apesar de parecer muito bonito no papel, é necessário uma equipa com um calibre táctico extraordinário para interpretar o sistema convenientemente. Fica a minha opinião.
Cumprimentos.
Só pra relembrar algumas mentes que não na época que acabou, mas na outra anterior o Rijkaard recorreu inúmeras vezes ao 343 principalmente na segunda metade do campeonato quando as coisas estavam a dar para o torto. E quando digo inúmeras digo mesmo muitas porque houve uma altura da época (cerca de 2 meses e meio) que esse foi sempre o sistema do Barça.
Cumprimentos
e o adriaanse jogou só 2 ou 3 jogos em 343 e viu-se o resultado que deu. 2 empates. só para citar mais um que não pensa e usa este sistema.
este pedro silva aqui de cima, ou é alguém com o mesmo nome ou então é algume engraçadinho a assinar igual. Eu apenas escrevi o primeiro comentário com o meu nome.
cumprimentos
isso, digo eu!
Fernando, tenho quase a certeza que o Van Gaal, durante a primeira época, jogou em 343.
"O grande problema do 343 é que não ocupa eficazmente a zona central da defesa que é a mais fucral de todas."
Isto é falso. Os homens que jogam mais pelas linhas fecham ao meio, da mesma maneira que os laterais num 442 fecha ao meio. E, naturalmente, sendo a defesa à zona uma coisa em função da bola e dos colegas de equipa, estes homens até fecham mais.
"um modelo táctico deve, como dizes e bem, ocupar racionalmente as zonas do campo mas deve ser olhado de trás para a frente e não o contrário. A isso se chama ser racional!"
É por isto que digo que não sabes o que significa um modelo racional. Qual é a lei que diz que o sistema deve ser olhado de trás para a frente? Por que é que é importante preencher as zonas defensivas e não as ofensivas? Um modelo como este permite-te, por exemplo, fazer um pressing alto com muito mais eficácia. É um sistema para jogar no campo do adversário. Depende sempre do que se queira. Por isso é que o Adrianse teve sucesso com o seu 334. Ao colocar tantas unidades na frente, encurtava espaços aos adversários que, sem qualidade para contrariar isso, não conseguiam chegar a fases de construção mais adiantadas com êxito. Com 3 defesas, Adrianse bateu os recordes de melhor defesa do campeonato, mesmo os do Mourinho. Segundo tu, um sistema irracional com 3 defesas nunca poderia ter sofrido tão poucos golos. Quanto ao facto da racionalidade dos sistemas, estás a fazer confusão com sistemas equilibrados. São duas coisas diferentes. Admito que este é um sistema mais ofensivo, mais virado para o ataque, do que um sistema com 4 defesas. Mas não é nem mais nem menos racional pelo simples facto de ter menos defesas. O que institui a racionalidade do sistema é como este ocupa os espaços, quer seja mais à frente ou mais atrás no terreno, é o enquadramento dos jogadores entre si. Este é um sistema racional. E estou a falar do 343 em losango. Não de um com 4 homens em linha no meio-campo.
"Está mais que demonstrado que uma equipa com mais cautelas tem mais probabilidade de ganhar que uma que arrisque em demasia."
Ai está? Onde é que isso está demonstrado? Ouvi dizer que a Rússia do Hiddink, com dois laterais super-ofensivos e com uma equipa virada para o ataque, ganhou à mesma Holanda que tinha goleado Itália e França. Também ouvi dizer que a Holanda contrariou a ofensiva francesa usando o ataque e não a defesa para o conseguir, acabando por golear. Essa de equipas que não arriscam tanto terem mais sucesso é preconceito. É natural que tenham, porque quase ninguém arrisca. Mas se se arriscar de forma sustentada, isto é, com um sistema racional, não há razão para que não se tenha sucesso.
"O Adrianse, pelo qual não percebo a admiração, não mostrou muita coisa em Portugal além de provar que sistemas com 3 defesas só funcionam contra equipas de calibre mais baixo, como já era de esperar."
Não mostrou muita coisa em Portugal? Ganhou o campeonato e a taça. Chega? Não? Ok! Foi a melhor defesa dos últimos 20 anos, ultrapassando os números de Mourinho, jogando com 3 defesas? Já chega, agora? Sistemas de 3 defesas só funcionam com equipas de calibre mais baixo porquê? É por não ter passado na Champions? É que, se bem me lembro, quem eliminou o Porto da Champions foi precisamente uma equipa de calibre mais baixo chamada Artmedia. Aqui o teu argumento cai por terra. O sistema que não permite nada a não ser vencer competições em que os adversários são mais fracos foi o mesmo com que o Van Gaal, com o seu Ajax, venceu o campeonato, a taça, a liga dos campeões e a taça intercontinental. Tudo contra equipas mais fracas, claro. Aquele Ajax de putos era de certeza fortíssimo. Nesse ano, foi só a equipa com mais posse de bola por jogo, em média, da Champions, com uns impressionantes 4% a mais do que o Barcelona de Cruijff. E mais estranho ainda é que, com o mesmo sistema irracional, no ano seguinte chegou novamente à final da Champions. E antes já tinha ganho uma taça UEFA. Mas tenho a certeza que tens razão, e que só servia para ganhar o campeonato holandês.
"Não encontro uma única equipa de topo no Mundo todo a jogar com um sistema de 3 defesas (atenção que três defesas é bem diferente de 3 centrais e dois laterais ofensivos!) e por alguma razão há-de ser."
Realmente, hoje em dia vê-se pouco. Mas não precisas de recuar muito para encontrar algumas. Acho que não é preciso falar mais do Ajax de Van Gaal. Podemos falar no Barcelona de Cruijff, se quiseres, na Coreia do Hiddink, o Marselha de Raymond Goethals, etc... Tudo equipas que jogaram contra outras mais fracas, pois com 3 defesas jamais se poderiam superiorizar.
"Por isso reafirmo: o 343 é utópico."
Por isso reafirmo: o 343 é utópico na tua cabeça. É perfeitamente exequível e, já que falas no Mourinho, por alguma razão o sistema alternativo dele é um com 3 defesas e não, por exemplo, um 442 clássico ou coisa do género. Quando tem de tirar alguém para meter mais um homem na frente, opta sempre por mexer na defesa e não na estrutura de meio-campo. Por que será?
Nuno, como referi antes, não tenho a certeza da formação adoptada por Van Gaal na primeira época ao serviço do Barça mas, se estás certo, então foi a última vez que a usou. Lembro-me de o ouvir afirmar que a Liga espanhola era demasiado equilibrada para conseguir implementar o 343 eficazmente. A partir trocou para um 433 com um só pivot defensivo.
Esta formação foi a única que encontrei referenciada na internet pois confesso que já não tinha memória da equipa principal do Barcelona dessa época:
Hesp; Reiziger, Abelardo, Frank de Boer e Sergi; Guardiola; Luis Enrique e Cocu; Figo, Kluivert e Rivaldo.
"Isto é falso. Os homens que jogam mais pelas linhas fecham ao meio, da mesma maneira que os laterais num 442 fecha ao meio. E, naturalmente, sendo a defesa à zona uma coisa em função da bola e dos colegas de equipa, estes homens até fecham mais."
Nuno, certamente concordarás que 4 homens fecham melhor uma zona que 3, por isso nem vejo discussão possível sobre que formação de entre essas duas é a mais segura defensivamente (à partida).
"Qual é a lei que diz que o sistema deve ser olhado de trás para a frente? Por que é que é importante preencher as zonas defensivas e não as ofensivas? Um modelo como este permite-te, por exemplo, fazer um pressing alto com muito mais eficácia."
Óbvio que não existe nenhuma lei mas basta que atentes à formações de hoje em dia e repares que formações mais defensivas (desde que não se caia no exagero claro) prevalecem sobre as mais ofensivas.
É mais fácil defender com 5 defesas contra 5 atacantes do que com 2 defesas contra 2 atacantes e por isto é que as zonas defensivas devem estar melhor preenchidas que as atacantes.
"Por isso é que o Adrianse teve sucesso com o seu 334. Ao colocar tantas unidades na frente, encurtava espaços aos adversários que, sem qualidade para contrariar isso, não conseguiam chegar a fases de construção mais adiantadas com êxito. Com 3 defesas, Adrianse bateu os recordes de melhor defesa do campeonato, mesmo os do Mourinho."
Adriaanse teve sucesso na Liga portuguesa atenção. Globalmente, ainda hoje oiço portistas a desdenhar do holandês, pois a prestação na Champions foi má. E escreves bem, os adversários quando não tinham qualidade para contrariar isso, perdiam-se na "teia" montada. O problema era quando tinham, e no futebol moderno as equipas são muito mais equivalentes... E é aqui que entra o meu entendimento de "racional", com equipas tão equilibradas em termos de qualidade, jogar com 3 defesas como modelo principal, continuo a insistir, é irracional pois não ocupa eficazmente os espaços na retaguarda. É neste sentido que o digo.
Outra coisa. Não sei porque continuam a chamar ao modelo do Adriaansen um 334 quando na realidade era um 352. Parece-me que é para distinguir dos modelos a que chamam 352 quando na realidade são 532, mas pronto.
"Ai está? Onde é que isso está demonstrado? Ouvi dizer que a Rússia do Hiddink, com dois laterais super-ofensivos e com uma equipa virada para o ataque, ganhou à mesma Holanda que tinha goleado Itália e França. Também ouvi dizer que a Holanda contrariou a ofensiva francesa usando o ataque e não a defesa para o conseguir, acabando por golear. Essa de equipas que não arriscam tanto terem mais sucesso é preconceito. É natural que tenham, porque quase ninguém arrisca. Mas se se arriscar de forma sustentada, isto é, com um sistema racional, não há razão para que não se tenha sucesso."
Nuno, sabes tão bem como eu que a Rússia de Hiddink jogou de uma forma mais cautelosa que o habitual contra a Holanda. E sabes ainda melhor, porque já li vários comentários teus sobre este assunto e com os quais concordei, que a Holanda era uma equipa defensiva e letal em transições ofensivas rápidas.
E quando eu falo em "mais cautelas" não significa que sejam exageradas, tipo "catennacio" em todos os jogos, mas sim, pegando nas tuas palavras, "arriscar de forma sustentada". Considero o ManUtd deste ano um perfeito exemplo disso. Em épocas passadas, onde também tiveram grandes equipas, atacavam muitas vezes de forma desequilibrada e com poucas cautelas... Este ano, tiveram muito mais preocupações defensivas contra as melhores equipas e isso entregou-lhes o título.
"Não mostrou muita coisa em Portugal? Ganhou o campeonato e a taça. Chega? Não? Ok! Foi a melhor defesa dos últimos 20 anos, ultrapassando os números de Mourinho, jogando com 3 defesas? Já chega, agora? Sistemas de 3 defesas só funcionam com equipas de calibre mais baixo porquê? É por não ter passado na Champions? É que, se bem me lembro, quem eliminou o Porto da Champions foi precisamente uma equipa de calibre mais baixo chamada Artmedia. Aqui o teu argumento cai por terra. O sistema que não permite nada a não ser vencer competições em que os adversários são mais fracos foi o mesmo com que o Van Gaal, com o seu Ajax, venceu o campeonato, a taça, a liga dos campeões e a taça intercontinental. Tudo contra equipas mais fracas, claro. Aquele Ajax de putos era de certeza fortíssimo. Nesse ano, foi só a equipa com mais posse de bola por jogo, em média, da Champions, com uns impressionantes 4% a mais do que o Barcelona de Cruijff. E mais estranho ainda é que, com o mesmo sistema irracional, no ano seguinte chegou novamente à final da Champions. E antes já tinha ganho uma taça UEFA. Mas tenho a certeza que tens razão, e que só servia para ganhar o campeonato holandês."
Antes de mais, deixa-me dizer-te que também gostava de ver um 343 a funcionar como o do Ajax. O facto deles terem uma equipa fantástica e com jogadores completamente entrosados e adaptados aqueles sistema desde que aprenderam a jogar futebol é bastante importante!
Posto isto, fica a pergunta. Se achas que esse sistema é assim tão eficaz porque não é mais utilizado?! Não percebo! Então rende 1 taça UEFA, e final da Champions e outra Champions conquistada e ninguém o utiliza nos dias de hoje? Será que ninguém quer vencer? Sem qualquer tipo de ironia gostava de conhecer razões para tal. Dezenas de treinadores de topo e centenas de outros aos mais variados níveis e é raríssimo veres um 343 a ser utilizado. Se é tão racional e perfeitamente exequível porque não é utilizado com mais frequência?
"É perfeitamente exequível e, já que falas no Mourinho, por alguma razão o sistema alternativo dele é um com 3 defesas e não, por exemplo, um 442 clássico ou coisa do género. Quando tem de tirar alguém para meter mais um homem na frente, opta sempre por mexer na defesa e não na estrutura de meio-campo. Por que será?"
O sistema alternativo do Mourinho quando está a perder, note-se!
Óbvio que quando o tempo é pouco e se está em desvantagens tenta-se atingir o objectivo nem que seja à custa do desequilíbrio da equipa. Não vejo como isso ajuda na tua argumentação.
Cumprimentos.
Só para esclarecer uma coisa Fernando, para poder "discutir" contigo este assunto sem estar a ser injusto contigo, tu achas o Mourinho, ou o Carvalhal, treinadores defensivos?
Um abraço
Gonçalo, depende um bocado de qual é a base de comparação ou até qual a definição de defensivo.
Mas no geral, acho que são treinadores equilibrados.
Abraço.
Fernando diz: "certamente concordarás que 4 homens fecham melhor uma zona que 3, por isso nem vejo discussão possível sobre que formação de entre essas duas é a mais segura defensivamente (à partida)."
Para mim, defende-se com 11 homens e não com apenas aqueles que formam a defesa. Se me disseres que uma equipa com 3 defesas está mais sujeita a lançamentos longos, pois tem menos homens a cobrir a zona onde a bola vai cair, aceito. Mas ao mesmo tempo tem mais homens adiantados, capazes de dificultar os processos ofensivos do adversário em zonas mais adiantadas. Não concordo, por isso, que uma equipa que jogue com mais elementos atrás defende necessariamente melhor.
"Óbvio que não existe nenhuma lei mas basta que atentes à formações de hoje em dia e repares que formações mais defensivas (desde que não se caia no exagero claro) prevalecem sobre as mais ofensivas"
Isto é falso. Já aqui o discuti há alguns meses. É uma das coisas que as pessoas pensam e que é totalmente errado. Vai aos arquivos dos vencedores de mundiais e europeus. Tira a Itália e a Grécia de 2004 e tens que ninguém ganha nada a defender. Se quiseres aproximar as coisas dos tempos actuais, temos que o Liverpool de Benitez não ganha campeonatos. As equipas de maior sucesso são aquelas que atacam mais ou tanto quanto defendem. Poucos são os exemplos de equipas que privilegiem a defesa que ganham alguma coisa. Esta época tens o Zenit e o Manchester; o ano passado o Milan (e não me venham dizer que o Milan é uma equipa defensiva) e o Sevilla; há dois anos o Barcelona e o Sevilla. Onde é que estão as equipas que defendem?
"os adversários quando não tinham qualidade para contrariar isso, perdiam-se na "teia" montada. O problema era quando tinham, e no futebol moderno as equipas são muito mais equivalentes..."
Mas que adversários é que tiveram qualidade para contrariar o sistema do Adrianse? Ele perdeu com o Artmedia por falhas individuais, de concentração, e não por qualidade do adversário. Na Liga, limpou tudo. Tudo bem, perdeu com o Koeman nos dois jogos. Mas só no segundo é que jogou com 3 defesas. E lembras-te de como é que o Benfica ganhou? Um frango do Baía a remate do Robert. Portanto, nada a ver com o sistema táctico. Por isso, nem sequer percebo onde é que o Porto apanhou equipas com qualidade que lixaram o sistema de 3 defesas.
"Não sei porque continuam a chamar ao modelo do Adriaansen um 334 quando na realidade era um 352. Parece-me que é para distinguir dos modelos a que chamam 352 quando na realidade são 532, mas pronto."
Não, não era um 352. O 532 é uma coisa, o 352 é outra, e o 334 é outra. A equipa de Adrianse jogava com 3 defesas, dois médios-defensivos (normalmente Assunção e Meireles) um médio mais ofensivo (Lucho), dois extremos (Quaresma e Alan ou Ivanildo ou Jorginho ou Lisandro), e dois avançados (Mccarthy e Adriano ou Lisandro). A diferença de um 334 para um 352 é que no segundo caso, em vez de extremos, são médios com muitas preocupações defensivas, normalmente alinhados com os médios-defensivos.
"sabes tão bem como eu que a Rússia de Hiddink jogou de uma forma mais cautelosa que o habitual contra a Holanda."
Isto não é verdade. O Hiddink disse depois do jogo que gostou que os seus jogadores tivessem mantido o pressing alto e que tivessem continuado a tentar ser eles a mandar no jogo, expondo-se, do que se tivessem recuado, entregando a iniciativa de jogo à Holanda na tentativa de os apanhar em contrapé. Não estou a ver onde é que está a cautela.
"sabes ainda melhor, porque já li vários comentários teus sobre este assunto e com os quais concordei, que a Holanda era uma equipa defensiva e letal em transições ofensivas rápidas."
Sim, a Holanda era isso tudo. Mas quando utilizei aqui a Holanda foi no jogo contra a França, quando, massacrada, tirou um médio-defensivo e colocou um extremo. Ou seja, optou por uma estratégia ofensiva...
"E quando eu falo em "mais cautelas" não significa que sejam exageradas, tipo "catennacio" em todos os jogos, mas sim, pegando nas tuas palavras, "arriscar de forma sustentada". Considero o ManUtd deste ano um perfeito exemplo disso."
O Manchester não arrisca de forma sustentada. Arriscar de forma sustentada não é defender para depois atacar ou ter alguns jogadores para defender e outros para atacar, que foi o que o Manchester fez. Arriscar de forma sustentada é atacar a defender e defender a atacar. E isto só é possível com um sistema que privilegie apoios sucessivos, um sistema racional, como aqueles todos que referi.
"Antes de mais, deixa-me dizer-te que também gostava de ver um 343 a funcionar como o do Ajax. O facto deles terem uma equipa fantástica e com jogadores completamente entrosados e adaptados aqueles sistema desde que aprenderam a jogar futebol é bastante importante!"
Afinal, gostas de um 343, desde que os jogadores estejam entrosados e adaptados ao sistema? Então sempre pode ser um sistema racional? Nunca defendi que o 343 seja fácil de trabalhar. Não será, certamente. Mas nenhum sistema racional é fácil de trabalhar. Há é uns que, caso não estejam bem trabalhados, não põe a nu as fragilidades dessa falta de trabalho com tanta evidência. Quanto ao Ajax, o que é uma equipa fantástica? É que eles tinham o Seedorf, o Davids, o Kluivert ainda a nascer. Tinham o Reiziger e o Bogarde, que são francamente maus. Tinham o Finidi que desapareceu. Tinham os irmãos de Boer, o Litmanen e o Rijkaard. Achas que era um conjunto de jogadores de qualidade invejável? Eu não acho. Acho que eram uma equipa modesta. Mas tinham um treinador genial, com ideias arrojadas mas que sabia como implementá-las. Ganharam o que ganharam porque trabalharam bem para isso e não porque eram uma equipa fantástica.
"Se achas que esse sistema é assim tão eficaz porque não é mais utilizado?! Não percebo! Então rende 1 taça UEFA, e final da Champions e outra Champions conquistada e ninguém o utiliza nos dias de hoje? Será que ninguém quer vencer?"
Atenção, não foi só o Ajax que ganhou alguma coisa com 3 defesas. Eu percebo que ninguém o faça porque entre um treinador incompetente a utilizar um sistema de 4 defesas e um treinador incompetente a utilizar o 343, é de certeza menos grave o primeiro. E a resposta está aqui, na incompetência dos treinadores. E nesse preconceito dos dias de hoje que uma táctica com 3 defesas é irracional.
"Óbvio que quando o tempo é pouco e se está em desvantagens tenta-se atingir o objectivo nem que seja à custa do desequilíbrio da equipa"
Mas qual desequilíbrio, pá? Não há desequilíbrio nenhum. Há é apenas uma equipa a ocupar espaços diferentes, mais nada. Desde que se mantenha a forma com um jogador apoia o seguinte e por aí fora, mantém-se os equilíbrios. Todas as posições permanecem apoiadas, logo permanece o equilíbrio.
"Para mim, defende-se com 11 homens e não com apenas aqueles que formam a defesa. Se me disseres que uma equipa com 3 defesas está mais sujeita a lançamentos longos, pois tem menos homens a cobrir a zona onde a bola vai cair, aceito. "
Não só a lançamentos longos como também a transições rápidas. Não me pareceu que fosse necessário referi-lo para perceberes onde queria chegar. Ainda para mais com aquele "à partida" entre parêntesis. Se é necessário, peço desculpa porque nesse caso admito que não me expliquei bem!
Quanto à questão de "ninguém ganha nada a defender" isso é válido para campeonatos mas não para competições a eliminar. E como todas as principais competições são a eliminar das duas uma, ou se tem uma equipa bastante superior às restantes em termos de individualidades (e não só por vezes) ou a equipa vencedora é no mínimo pouco atacante.
Não foi só a Itália e a Grécia. A Alemanha também não é uma equipa atacante. A França que ganhou o Europeu e o Mundial também não era uma equipa atacante... Isto para referir só selecções.
Quanto ao Milan discordo. O Milan é uma equipa defensiva sim. Uma equipa com somente três jogadores de características atacantes (Inzaghi, Kaká e Seedorf) não pode ser considerada uma equipa ofensiva.
O Liverpool de Benítez é provavelmente a equipa com maior sucesso na Champions dos últimos 5 anos e não se pode dizer que tenha os melhores jogadores, nem lá perto.
O ManUtd assumiu muitas cautelas defensivas nas 3 últimas eliminatórias da Champions também. Não os chamaria de equipa defensiva, mas era sem dúvida bastante cautelosa.
O 352 de Adriaansen era na minha perspectiva um 352 mesmo. Os dois jogadores das laterais não eram extremos típicos mas sim médios alas.
O que tu chamas de 352 é para mim um 532 pois os tais dois alas defensivos que referes, em processo defensivo ficam quase na linha dos centrais, o que deixa o meio-campo entregue aos três médios centro.
Mas aceito perfeitamente outra interpretação pois há várias formas de ver esse aspecto.
Passando mais à frente porque não concordando ou concordando com as apreciações feitas não vale a pena continuar com todos os debates...
Nuno diz: "Afinal, gostas de um 343, desde que os jogadores estejam entrosados e adaptados ao sistema? Então sempre pode ser um sistema racional? Nunca defendi que o 343 seja fácil de trabalhar. Não será, certamente. Mas nenhum sistema racional é fácil de trabalhar. Há é uns que, caso não estejam bem trabalhados, não põe a nu as fragilidades dessa falta de trabalho com tanta evidência. Quanto ao Ajax, o que é uma equipa fantástica? É que eles tinham o Seedorf, o Davids, o Kluivert ainda a nascer. Tinham o Reiziger e o Bogarde, que são francamente maus. Tinham o Finidi que desapareceu. Tinham os irmãos de Boer, o Litmanen e o Rijkaard. Achas que era um conjunto de jogadores de qualidade invejável? Eu não acho. Acho que eram uma equipa modesta. Mas tinham um treinador genial, com ideias arrojadas mas que sabia como implementá-las. Ganharam o que ganharam porque trabalharam bem para isso e não porque eram uma equipa fantástica."
Eu gosto do 343 tanto como tu e concordo com muitos dos aspectos que referes, não tires conclusões precipitadas. Só acho que não é um sistema realista para os dias de hoje a menos que profundamente trabalhado, provavelmente até com jogadores desde tenra idade como no caso do Ajax.
E claro que acho que o Ajax tinha uma equipa fantástica! Não é por acaso que praticamente todos os jogadores saíram para equipas europeias de topo. E mais que tudo tinham uma equipa fantástica completamente entrosada naquele sistema.
Não concordo nas apreciações que fazes do Bogarde e do Reiziger. Certo que tecnicamente eram muito maus mas tacticamente eram bons. Tanto que até o "treinador genial, com ideias arrojadas" fez questão de os comprar ao Ajax aquando a sua passagem pelo Barcelona.
"Atenção, não foi só o Ajax que ganhou alguma coisa com 3 defesas. Eu percebo que ninguém o faça porque entre um treinador incompetente a utilizar um sistema de 4 defesas e um treinador incompetente a utilizar o 343, é de certeza menos grave o primeiro. E a resposta está aqui, na incompetência dos treinadores. E nesse preconceito dos dias de hoje que uma táctica com 3 defesas é irracional."
Nuno, certamente não acreditas que de entre todos os treinadores não haja um único com competência suficiente para implementar esse sistema se ele for assim tão bom. E será que entre um treinador competente a utilizar um sistema de 4 defesas e um treinador competente a utilizar um 343, também não é menos grave o primeiro? Mourinho não o utiliza, Van Gaal praticamente o abandonou desde o primeiro ou segundo ano no Barcelona, Rijkaard até o chegou a usar esporadicamente no Barcelona mas também raramente... Volto a perguntar, porque será? Na minha opinião é porque é difícil de assimilar tantas compensações defensivas que são necessárias. E no futebol normalmente o mais simples é melhor.
"Mas qual desequilíbrio, pá? Não há desequilíbrio nenhum. Há é apenas uma equipa a ocupar espaços diferentes, mais nada. Desde que se mantenha a forma com um jogador apoia o seguinte e por aí fora, mantém-se os equilíbrios. Todas as posições permanecem apoiadas, logo permanece o equilíbrio."
Sempre que existem alterações desse nível numa equipa existe um desequilíbrio que pode ser bom ou mau. Estás a supor que os jogadores são robots que assimilam qualquer alteração e compensam imediatamente, o que me parece errado, mesmo sendo treinado.
Cumprimentos.
PS - Já estou sem paciência para esta discussão porque não a estou a ver a levar a lado algum. Por isso força na análise à final de ontem :) Abraço
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