Muito se tem dito, nos últimos dias, sobre a arbitragem do passado fim-de-semana na Luz. É verdade que o senhor Paulo Baptista errou. É verdade que errou várias vezes. É verdade que errou em benefício do Benfica. É verdade que isso influenciou o resultado. Mas também é verdade que nada disto é novo. O exagero irracional de metade dos comentários sobre estes acontecimentos roça a estupidez. Paulo Baptista não esteve pior que maior parte dos árbitros que temos no nosso futebol.
Não vi o jogo na íntegra, mas arrisco-me a dizer que não esteve pior que Pedro Henriques no jogo frente ao Nacional. Porquê? Porque aquilo de que se queixam são de lances capitais. Dois ou três, no máximo. Há um problema grave no que toca a deliberar sobre a actuação de um árbitro num determinado jogo. Se o árbitro tiver feito um jogo exemplar, mas errar num lance considerado capital, é imediatamente creditado como mau. Ora, isto não faz sentido. Apesar de um penalty poder decidir um jogo ou de um golo mal anulado ter influência directa no resultado, não deixa de ser um lance cuja análise requer tanta atenção e perícia quanto uma jogada a meio-campo. E o problema começa aí. É verdade que a existência desse tipo de erros é aquilo que permite, de uma forma directa e clara, afirmar que uma equipa foi prejudicada ou beneficiada. Mas errar nesses lances não implica ser pior do que quem erra noutros lances. O senhor Pedro Henriques, por exemplo, com quem comparei o senhor Paulo Baptista, teve apenas um ou dois lances capitais em que errou, no dito jogo com o Nacional, mas a sua exibição, em termos globais, foi escandalosamente má. Aquele que é visto como o melhor árbitro português, para muitos, assenta a sua arbitragem num critério estúpido e inadequado. O que Pedro Henriques faz não é o que um árbitro deveria fazer, ou seja, fazer cumprir regras; o que ele faz é interpretar regras. Um árbitro que interpreta é uma contradição em termos. Arbitrar significa fiscalizar o cumprimento das regras; não significa interpretá-las. Pedro Henriques acha que o futebol é uma coisa que não é e deixa jogar para além do admissível. O problema deste tipo de interpretações é que não consegue suster a coerência. No jogo mencionado, por exemplo, foi perfeitamente visível uma discrepância de juízos no que toca a acções defensivas e ofensivas. Pelo critério largo de Pedro Henriques, aos defesas era permitido disputar as bolas usando o físico muito para além do permitido, mas aos avançados o mínimo toque no defesa era considerado falta. Não foram poucas as vezes que assinalou infracções ao mínimo toque de um avançado do Benfica num defesa do Nacional que tentava sair para o ataque. Ora, tendo em conta o critério que defende, isto não poderia ser considerado falta. Mas foi. Sistematicamente. O que este tipo de arbitragem faz é que haja um maior equilíbrio entre quem ataca e quem defende, pois quem defende é mais protegido. Num jogo apitado por Pedro Henriques, a diferença de qualidade futebolística entre duas formações é sempre atenuada pela sua arbitragem e uma equipa com menos argumentos técnicos pode sempre fazer uso de argumentos menos futebolísticos para se equiparar ao adversário. A arbitragem de Pedro Henriques foi, por isso, e não por ter invalidado aquele golo, francamente displicente. Já a de Paulo Baptista tem causado maior alvoroço porque ficou ligada a lances de maior importância. Dentro dos mesmos, apenas considero errado não ter assinalado penalty naquela entrada perfeitamente imbecil de Luisão e o fora-de-jogo não assinalado a David Luiz, que deu o golo ao Benfica. Quanto ao penalty sobre Di Maria, nem sequer percebo qual é a dúvida da falta. Quando muito, poderia colocar-se a questão de ser obstrução e, consequentemente, livre indirecto dentro da área. Mas que há falta, há: Mossoró desiste completamente da bola, colocando, de forma deliberada, o corpo à frente de Di Maria. Agora, não se pode falar apenas de uma má arbitragem de Paulo Baptista. É verdade que a arbitragem não foi boa e que o senhor em questão tem culpa disso, mas é também vítima de tudo o que se passou antes, da péssima arbitragem do senhor Pedro Henriques e do clima de suspeição em que vive o nosso futebol. Depois da arbitragem de Pedro Henriques, nenhum árbitro no mundo viria à Luz de cabeça fria, capaz de tomar decisões imparciais quando tivesse dúvidas. Depois do que aconteceu, em caso de dúvida, seria sempre a favor do Benfica. E seria assim porque se trata de um clube grande, com grande projecção mediática. Quando se diz que os grandes clubes são mais beneficiados que os pequenos, não é porque os árbitros prefiram os grandes aos pequenos. É porque os grandes são mais falados e a mediatização que os envolve provoca pressões que um árbitro dificilmente é capaz de ignorar. Apitar aquele fora-de-jogo ou aquele penalty e depois vir a verificar que afinal se tinha enganado a desfavor do Benfica acarretarria, para Paulo Baptista, uma ruína muito mais grave que a actual. Isso é óbvio.
Resumindo, os erros de Paulo Baptista existem, são normais e só a conjuntura do nosso futebol e a existência constante de casos fazem com que se exagerem os mesmos ao ponto da insanidade. Além disso, continua a ser dada importância exagerada a lances capitais quando a qualidade de um árbitro deve ser medida de igual modo em todos os lances do jogo. Enquanto assim for, nem os árbitros têm condições para melhorar, nem a avaliação dos mesmos será condizente com o seu real valor.
Não vi o jogo na íntegra, mas arrisco-me a dizer que não esteve pior que Pedro Henriques no jogo frente ao Nacional. Porquê? Porque aquilo de que se queixam são de lances capitais. Dois ou três, no máximo. Há um problema grave no que toca a deliberar sobre a actuação de um árbitro num determinado jogo. Se o árbitro tiver feito um jogo exemplar, mas errar num lance considerado capital, é imediatamente creditado como mau. Ora, isto não faz sentido. Apesar de um penalty poder decidir um jogo ou de um golo mal anulado ter influência directa no resultado, não deixa de ser um lance cuja análise requer tanta atenção e perícia quanto uma jogada a meio-campo. E o problema começa aí. É verdade que a existência desse tipo de erros é aquilo que permite, de uma forma directa e clara, afirmar que uma equipa foi prejudicada ou beneficiada. Mas errar nesses lances não implica ser pior do que quem erra noutros lances. O senhor Pedro Henriques, por exemplo, com quem comparei o senhor Paulo Baptista, teve apenas um ou dois lances capitais em que errou, no dito jogo com o Nacional, mas a sua exibição, em termos globais, foi escandalosamente má. Aquele que é visto como o melhor árbitro português, para muitos, assenta a sua arbitragem num critério estúpido e inadequado. O que Pedro Henriques faz não é o que um árbitro deveria fazer, ou seja, fazer cumprir regras; o que ele faz é interpretar regras. Um árbitro que interpreta é uma contradição em termos. Arbitrar significa fiscalizar o cumprimento das regras; não significa interpretá-las. Pedro Henriques acha que o futebol é uma coisa que não é e deixa jogar para além do admissível. O problema deste tipo de interpretações é que não consegue suster a coerência. No jogo mencionado, por exemplo, foi perfeitamente visível uma discrepância de juízos no que toca a acções defensivas e ofensivas. Pelo critério largo de Pedro Henriques, aos defesas era permitido disputar as bolas usando o físico muito para além do permitido, mas aos avançados o mínimo toque no defesa era considerado falta. Não foram poucas as vezes que assinalou infracções ao mínimo toque de um avançado do Benfica num defesa do Nacional que tentava sair para o ataque. Ora, tendo em conta o critério que defende, isto não poderia ser considerado falta. Mas foi. Sistematicamente. O que este tipo de arbitragem faz é que haja um maior equilíbrio entre quem ataca e quem defende, pois quem defende é mais protegido. Num jogo apitado por Pedro Henriques, a diferença de qualidade futebolística entre duas formações é sempre atenuada pela sua arbitragem e uma equipa com menos argumentos técnicos pode sempre fazer uso de argumentos menos futebolísticos para se equiparar ao adversário. A arbitragem de Pedro Henriques foi, por isso, e não por ter invalidado aquele golo, francamente displicente. Já a de Paulo Baptista tem causado maior alvoroço porque ficou ligada a lances de maior importância. Dentro dos mesmos, apenas considero errado não ter assinalado penalty naquela entrada perfeitamente imbecil de Luisão e o fora-de-jogo não assinalado a David Luiz, que deu o golo ao Benfica. Quanto ao penalty sobre Di Maria, nem sequer percebo qual é a dúvida da falta. Quando muito, poderia colocar-se a questão de ser obstrução e, consequentemente, livre indirecto dentro da área. Mas que há falta, há: Mossoró desiste completamente da bola, colocando, de forma deliberada, o corpo à frente de Di Maria. Agora, não se pode falar apenas de uma má arbitragem de Paulo Baptista. É verdade que a arbitragem não foi boa e que o senhor em questão tem culpa disso, mas é também vítima de tudo o que se passou antes, da péssima arbitragem do senhor Pedro Henriques e do clima de suspeição em que vive o nosso futebol. Depois da arbitragem de Pedro Henriques, nenhum árbitro no mundo viria à Luz de cabeça fria, capaz de tomar decisões imparciais quando tivesse dúvidas. Depois do que aconteceu, em caso de dúvida, seria sempre a favor do Benfica. E seria assim porque se trata de um clube grande, com grande projecção mediática. Quando se diz que os grandes clubes são mais beneficiados que os pequenos, não é porque os árbitros prefiram os grandes aos pequenos. É porque os grandes são mais falados e a mediatização que os envolve provoca pressões que um árbitro dificilmente é capaz de ignorar. Apitar aquele fora-de-jogo ou aquele penalty e depois vir a verificar que afinal se tinha enganado a desfavor do Benfica acarretarria, para Paulo Baptista, uma ruína muito mais grave que a actual. Isso é óbvio.
Resumindo, os erros de Paulo Baptista existem, são normais e só a conjuntura do nosso futebol e a existência constante de casos fazem com que se exagerem os mesmos ao ponto da insanidade. Além disso, continua a ser dada importância exagerada a lances capitais quando a qualidade de um árbitro deve ser medida de igual modo em todos os lances do jogo. Enquanto assim for, nem os árbitros têm condições para melhorar, nem a avaliação dos mesmos será condizente com o seu real valor.
25 comentários:
Parece que serei o primeiro a comentar.
Infelizmente tenho que dizer que este é o pior post que vi no EntreDez até agora. Já vi alguns menos interessante, outros um pouco tendenciosos ou ressabiados (como já vi uns excelentes), mas nunca a este nível Nuno. Falar de arbitragem? Pft!
De qualquer forma, não deixa de ser bem escrito e sensato, em que concordo absolutamente.
Cumprimentos.
Apesar de não ser um adepto de discussões sobre esta temática, concordo plenamente com o que é dito. Mais que um jogo ou um lance que foi captado pelos milhares de flashes dos fotografos, a realidade da arbitragem nacional é triste e muito agravada pelo mediatismo a que está sujeita.
É verdade que Paulo Baptista errou, mas ao contrário do que os últimos dias têm feito parecer não se trata de um acontecimento isolado, apenas de maior atracção mediática.
Portanto, é bom que se pare de falar nisso, falemos de Futebol, que é o que mais importa...
Saudações e parabéns pelo blog,
Dário Pinto
Totalmente de acordo.
Não costumo aqui vir, nem concordar com as opiniões expressas no blog.
Mas não posso deixar de dizer que estou plenamente de acordo no que ao árbitro Pedro Henriques diz respeito.
Costumo dizer que ele é o árbitro do "descompromisso". O homem que foge das decisões dificeis. Sempre que o vejo, vejo esse critério diferenciado, os penaltis que ficam por marcar, os lances duvidosos que inevitavelmente ele não deixa que sejam decisivos.
Já na época passada, no Benfica vs Sporting, o homem "recusou-se" a marcar penaltis para ambos os lados.
Em relação ao post não bem sei o que dizer....apenas que a clubite é lixada...
O sr pedro henriques é obvio que esteve mal no jogo do nacional..."esqueceu-se" de expulsar dois jogadores do benfica, o yebda e o miguel vitor...e sim concordo é pk o senhor pedro henriques deixa jogar demais...mas isso ng fala e so se fala no lance da mao...enfim, pobres de espirito...
O que o snhor Nuno autor do post não percebe é que o Jesus estva furioso não apenas por causa dos lances capitais, daqueles que toda a gente fala, mas da falta de critério ao longo de toda a partida...o que dava falta po benfica ja nao dava po braga...e é isso que as pessoas TODAS nao percebem...foi isso que irritou permanentemente os jogadores e treinador do braga ao longo da partida...e quem rever o jogo COM ISENÇAO ve isso com muita facilidade...mas isenção é algo que falta a muita boa gente...
Como tal dou dois exemplos:
1)após o penalti a favor do benfica, num lance dentro da area do benfica, acontece o mesmo que tinha acontecido com o Di maria aum jogador do braga (_nao sei kem era mas axo ke foi o luis aguiar). Resultado: amarelo por simulação. (é dakeles que ng fala mas pontos....)
2) Periodo de descontos. Miguel vitor faz a falta mais clara de todo o jogo sob as barbas do bandeirinha e do arbitro...como é obvio nao foi marcada falta...Ô gajo da sportv fez o seguinte comentario "O bandeirinha nao deve ter visto por estava a desviar-se para nao levar com o jogador do braga"...isto é de bradar aos ceus...a roubalheira é tanta que os comentadores chegam ao ponto de gozar com aquilo que se passa no campo...Ms o que é isto?
E quem tem olhinhos na cara (mais uma vez a chata da isenção) ve que houve mais discrepancia do jogo do braga do ke no nacional...pk no do braga foi sp para um dos lados
RuiBonga
Isso é tudo muito bonito, mas o futebol faz-se é com golos. Quando um árbitro erra em lances de golos, a sua arbitragem tem de ser, obviamente, muito má.
O problema da arbitragem de Paulo Baptista não são os erros. Esses há-os muitos no nosso futebol. O problema é que não é razoável ou normal que se marque um penalti como o do Di Maria e a seguir não se marquem lances muito mais escandalosos na área contrária. Isso é que faz desta arbitragem uma coisa muito estranha e profundamente anormal.
Porque é que tal aconteceu, não sei. Mas depois do que se disse após o jogo, o caso tem de ser investigado.
Por último, referir que acho de muito mau tom um blogue que se propoe falar do jogo, vir com um texto destes que, não só não defende o jogo, como o tenta ver em função das cores clubisticas (caso contrário tinha acontecido um texto igual sobre Pedro Henriques na altura própria, numa arbitragem que teve apenas 1 lance polémico e que ainda por cima teve a ver com o critério, porque não foi o árbitro que inventou a mão do MVitor).
Cada um sabe de si, mas que fica mal, isso fica...
sim Nuno, acho que já sabiamos que eras do benfica e dps disto então... é q nunca te tinha visto a dedicar um post a tal coisa.
tb acho que os árbitros não devem ser julgados pelos erros capitais, mas sim pelo seu todo.
mas, para mim, o que é muito estranho e me causa tremenda aflição é uma coisa acima de todas: a desigualdade de critérios e comportamentos de um árbitro.
e nesse jogo, para além do fora de jogo de david luiz (completamente plantado na área diga-se), houve extrema desigualdade ao avaliar os lances nas respectivas áreas.
e quando é assim, mesmo que doa às nossas cores, temos que baixar as orelhas e ouvir o barafustar e choradinho dos adversários. calha a todos, uns a mais que outros.
Rui diz: "quem rever o jogo COM ISENÇAO ve isso com muita facilidade...mas isenção é algo que falta a muita boa gente..."
mas antes tinha dito: "O sr pedro henriques é obvio que esteve mal no jogo do nacional..."esqueceu-se" de expulsar dois jogadores do benfica, o yebda e o miguel vitor..."
Então? Não era com isenção?
"após o penalti a favor do benfica, num lance dentro da area do benfica, acontece o mesmo que tinha acontecido com o Di maria aum jogador do braga (_nao sei kem era mas axo ke foi o luis aguiar). Resultado: amarelo por simulação. (é dakeles que ng fala mas pontos....)"
Foi com o Luis Aguiar. Eu falo. Foi simulação. Foi bem mostrado o amarelo. Comparar um lance com o outro não só é estúpido como revela muito de quem o faz. Além do lance do Luisão, que é escandaloso e só um árbitro amedrontado é que não marcaria aquilo, há o lance do Katsouranis com o Alan em que há, de facto, um puxão. Admitia que se marcasse penalty, mas admito facilmente que não se marque, pois é no meio da área, com muita gente à volta, e fica sempre a dúvida da intensidade com que é feito. Agora, reclamar desse lance do Luis Aguiar é anedótico. Ah, e para falar de lances duvidosos, também poderia mencionar o do Suazo que não é assinalado. É que também há ali uma acção duvidosa do Frechaut. Enfim...
"quem tem olhinhos na cara (mais uma vez a chata da isenção) ve que houve mais discrepancia do jogo do braga do ke no nacional..."
Rui, não percebeste um chavo do texto. No jogo com o Nacional não houve lances polémicos, à excepção do tal com o Miguel Vitor. Mas houve uma arbitragem péssima que permite que uma equipa que precisa de defender bem para poder fazer alguma coisa seja constantemente beneficiada pela incoerência do critério.
Agora, o que eu não percebi mesmo é por que razão apregoas isenção quando eu afirmo que o Benfica foi claramente beneficiado. Parece-me que é estúpido. Como também acho, embora não tenha referido, que o Porto foi prejudicado e aquele penalty sobre o Lisandro é evidente, provavelmente vais-me chamar faccioso. E se eu disser que gosto de mulheres, chamas-me homossexual, não? Não percebo muito bem como é que funciona esse cérebro... Deve ser problema meu...
leaoconselheiro diz: "Isso é tudo muito bonito, mas o futebol faz-se é com golos. Quando um árbitro erra em lances de golos, a sua arbitragem tem de ser, obviamente, muito má."
leaoconselheiro, isso não faz sentido nenhum. Aliás, se eu fosse árbitro e quisesse beneficiar uma equipa, iria beneficiá-la no resto e não em grandes penalidades ou em lances de golo. Primeiro, porque um lance de golo é só um. Segundo, porque dá menos nas vistas. Mas pronto. Aquilo que tu defendes é que os árbitros devem ser mais punidos se falharem mais nos lances de golo? Significa isso que eles devem estar com mais atenção nesses lances do que no resto do jogo? Como é que se faz isso? Um árbitro deve fazer o seu melhor em todas as alturas. Se errar 5% das decisões que toma e tiver o azar de errar apenas num lance de golo que houve, deve ser mais punido do que um gajo que erra em 50% dos lances, mas que, por sorte, não falhou em nenhum lance capital? Isso não faz sentido. É o mesmo que punir mais, num ditado, um puto que se esquece duma cedilha do que outro que se esquece do acento.
"O problema é que não é razoável ou normal que se marque um penalti como o do Di Maria e a seguir não se marquem lances muito mais escandalosos na área contrária."
Mais escandaloso que o do Di Maria só houve o do Luisão. E o que eu disse foi que ele não marcou por medo de errar em desfavor do Benfica. Depois do que se passou com Pedro Henriques, era preferível, para qualquer árbitro, errar a favor do Benfica do que contra. Logo, em caso de dúvida, seria sempre a favor do Benfica. Por medo.
"Por último, referir que acho de muito mau tom um blogue que se propoe falar do jogo, vir com um texto destes que, não só não defende o jogo, como o tenta ver em função das cores clubisticas"
Han??? Quer-me parecer que a arbitragem faz parte do jogo. Além disso, o texto é todo a falar de critérios de arbitragem e não de uma arbitragem em específico, embora as de Paulo Baptista e a de Pedro Henriques tenham servido de exemplo. O texto, caso tenhas lido, é sobretudo uma reacção contra a forma como se avalia a prestação de um árbitro. Onde é que estão as cores clubísticas? Há pouco mais de uma semana, critiquei a arbitragem do Olegário Benquerença no jogo do Sporting. Onde é que estão as cores
clubísticas? É só gente parva.
"(caso contrário tinha acontecido um texto igual sobre Pedro Henriques na altura própria, numa arbitragem que teve apenas 1 lance polémico e que ainda por cima teve a ver com o critério, porque não foi o árbitro que inventou a mão do MVitor)."
Isto é tão estúpido. Foda-se! Sou criticado por analisar as coisas de acordo com uma cor clubística, supostamente o vermelho, quando digo que o senhor Paulo Baptista beneficiou o Benfica e, como argumento a esse favor, diz-se que, em caso contrário, teria criticado o senhor Pedro Henriques duas jornadas antes. Quer-me parecer que se eu tivesse criticado o Pedro Henriques nessa altura é que estaria a ser parcial, mas pronto. Que idiotice!
Nuno diz: "Nuno, acho que já sabiamos que eras do benfica e dps disto então..."
Nuno, não sei o que tu e mais dois ou três invisuais viram no texto, mas não há lá nada a defender o Benfica. Defendo o que considero verdade. E o que digo é que um árbitro não deve ser mais responsabilizado por uns lances do que por outros. Seguindo esta ideia, digo que a arbitragem de Paulo Baptista, sendo má, não foi pior que a de Pedro Henriques, pois embora tenha tido mais erros em lances capitais, não teve tantos, em termos gerais. Só isto. É uma demonstração de benfiquismo um bocado estranha.
"é q nunca te tinha visto a dedicar um post a tal coisa."
Olha, a etiqueta "Árbitros" tem nove entradas. Algumas delas são posts de curtas, em que dedico um ou dois pontos a árbitros. Ainda há menos de uma semana falei da arbitragem de Olegário Benquerença. Mas também há textos integrais sobre arbitragem. Há um texto em que falo da autoridade excessiva dos árbitros; há 2 textos (dois, leste bem) sobre a polémica arbitragem de Pedro Proença no jogo do Dragão da época passada, quando marcou atraso de Polga para Stojkovic; há um texto sobre árbitros que não sabem gerir o espectáculo. Como vês, a arbitragem não é uma coisa assim tão nova neste blogue. E é-o porque é algo que me preocupa. Não os supostos roubos, a suposta falta de qualidade, o suposto clima de suspeição, mas a cada vez mais notória ausência de protecção dos artistas e do espectáculo. É nesse sentido que critico arbitragens. Este texto, ao contrário do que pareces pensar, não é uma crítica a uma arbitragem e uma apologia a outra. É uma crítica aos críticos de arbitragem. E a crítica que faço é esta: estão a criticar as coisas erradas.
"nesse jogo, para além do fora de jogo de david luiz (completamente plantado na área diga-se), houve extrema desigualdade ao avaliar os lances nas respectivas áreas."
Pois houve. Mas, embora parte da culpa seja do árbitro, outra parte é do clima de suspeição. Houve desigualdade porque o juízo do árbitro é condicionado pelos episódios anteriores. E quem se lixou foi o Braga.
"quando é assim, mesmo que doa às nossas cores, temos que baixar as orelhas e ouvir o barafustar e choradinho dos adversários."
Isso nunca esteve em causa. Ao falar disto, não tenho adversários, nem tenho cores. Estou a falar de um problema de futebol, transversal a todos. Não estou a falar nem do Benfica, nem do Porto, nem do Sporting. Estou a falar de futebol, no sentido geral. E estou a criticar as pessoas que acharam esta arbitragem escandalosa com base, no máximo, em três erros.
Considerar falta sobre o Di Maria diz tudo sobre a "cegueira" de quem aqui escreve.
Até hoje era leitor, daqui para a frente dispenso.
Cumprimentos.
concordo quase na globalidade com o texto,e se nao quizermos entrar pela gravidade dos lançes mal ajuizados, penso que para aferir a qualidade mto baixa da arbitragem basta ver um lance a 1 min do fim em que o renteria é abalroado a 1 metro do fiscal de linha sendo inclusivé jogado para fora do campo e nem falta foi.num está em causa a legalidade do golo, a intensidade de mossoró sobre di maria, o que está aqui em causa é o constante favoreciemtno em todas as situaçoes de duvida para o lado dos grandes.
quando o erro for só erro teremos um braga campeão...até lá...
"No jogo com o Nacional não houve lances polémicos, à excepção do tal com o Miguel Vitor."
Houve sim senhor...as expulsões perdoadas do yebda e miguel vitor...ou isso não sao lances polémicos só pk o benfica não fala deles??? E admitir isso (que tb sao lances polemicos) não é ser isento?!?!?É assim tao dificil de perceber?
RuiBonga
Rui, além de ti, mais alguém se apercebeu desses lances?
Mr. Blue diz: "Considerar falta sobre o Di Maria diz tudo sobre a cegueira" de quem aqui escreve."
Mr. Blue, há duas hipóteses para eu considerar aquilo falta: ou é porque estou a ser tendencioso, ou é porque considero mesmo falta. Tu preferiste achar que é pela primeira. É uma opção tua. Não posso fazer nada quanto a isso. Mas acredita que é mais tendencioso quem vê tendências em tudo...
Nuno, sim...mas para perceberes porque ninguem fala é facil...os media têm de vender jornais...e é muito mais facil vende-los apelando à "marca" Benfica...revê o jogo e depois conversamos...
RuiBonga
"o que está aqui em causa é o constante favoreciemtno em todas as situaçoes de duvida para o lado dos grandes."
O penalty que não foi assinalado sobre o Suazo no inicio do jogo beneficiou quem?
O golo anulado ao Cardozo no final do jogo contra o Nacional beneficiou quem?
O penalty por assinalar por derrube a Aimar em Vila do Conde beneficiou quem?
O corte com o braço do jogador do Leixões dentro da área no jogo em que receberam o Benfica para o campeonato mesmo na cara do Olarápio q ficou por assinalar beneficiou quem?
O terceiro golo anulado ao SLB contra o Setubal beneficiou quem?
O penalty sobre o Yebda na Luz contra o Sporting que Duarte Gomes disse não ter visto beneficiou quem?
Não me parece que os pequenos tenham tantas razões de queixa assim...
"O penalty sobre o Yebda na Luz contra o Sporting que Duarte Gomes disse não ter visto beneficiou quem?
Não me parece que os pequenos tenham tantas razões de queixa assim..."
a reter lol
meu caro pedro...
não vou entrar por favorecimentos ou não porque eu estou atento ao meu clube principalmente e sei k o meu braga está a 6 pontos dos primeiros e ainda esta semana saiu no record uma tabela dos prejudicados e tudo mais...s.c.braga prejudicado em 8 pontos depois de feitas as contas, em primeiro lugar destacado nesse campo. isso sim para mim é grave..campeoes nao vamos ser provavelmente..mas desde ja lhe digo..60% de posse de bola,15 remates contra 8,11 cantos contra 3..em pleno estadio da luz kontra o lider "quase" invicto...isso sim é bom de apreciar para quem gosta de verdadeiro futebol..o resto são arranjinhos do tal sistema de que tanto se fala..
p.s- faço aqui votos para e que ja que nao podemos se-lo nós, na penultima jornada do campeonato possamos roubar-vos o titulo seja para quem for aqui na pedreira..
quando o erro for só erro,teremos um braga campeão...até lá..
lembrei-me de uma coisa, q agora tb ja n faz sentido.
Na votaçao para o jogador c mais tecnica, esqueceram-se daquele q provavelmente seria o q mais tecnica tem. Leo.
Karlinhos quem fala assim não é gago!! Bem dito! Porque isso é que ninguem fala...se alguma vez isso aconteceria no Dragão...
RuiBonga
Não vi tamanha indignação qd o Sporting ganhou aí em Braga com um golo esquesito e um penalty muito mais evidente de Postiga sobre um jogador bracarense....
Mas isso tb é habitual..
PB diz: "Na votaçao para o jogador c mais tecnica, esqueceram-se daquele q provavelmente seria o q mais tecnica tem. Leo."
Pois, PB. Eventualmente, faltaram nomes importantes. A lista não dava para mais. Lembro-me também do Hugo Leal, por exemplo. E como o Léo raramente foi opção de Quique e há muito que se adivinhava que ia embora, foi sacrificado. De qualquer maneira, a última opção, "Outro(s)", contempla essa possibilidade. Pessoalmente, não acha que Léo seja o jogador tecnicamente mais evoluído entre estes, embora obviamente devesse estar incluído na lista. Mas esta votação serviu também para perceber uma coisa que, a seu tempo, revelarei.
Cumprimentos
Não é muito meu hábito comentar arbitragens e era bom que esse hábito se estendesse a todas as pessoas relacionadas com o Futebol.
Abstraindo-me da parte técnica da arbitragem, a minha opinião é que é uma questão cultural e que se dá muita importância e mediatismo aos árbitros. Depois existe grande pressão sobre os árbitros e que, quer queiramos quer não, em caso de dúvida, optam maioritariamente por apitar a favor do "grande".
Quanto à questão cultural, queria referir o exemplo de outros países futebolisticamente mais evoluídos que o nosso e que as "nossas" arbitragens são tão boas (boas não é o termo, mas ao mesmo nível) ou melhores que desses países. Por exemplo, que não se lembra de um remate de meio-campo do Pedro Mendes contra o Manchester United em que bola entrou "meio-metro"? Só que, em Inglaterra, prefere-se o lado do espectáculo em detrimento das polémicas.
Ricardo Faria,
www.olheiroaoservico.blogspot.com
Nuno, é isto tudo, sem dúvida.
A arbitragem da Luz foi má, mas não mereceu a alagazarra que se fez, apenas compreensível por outros motivos...
Abraço
só sei k mais 1a vez fomos roubados. toda a gente sabe k o braga ia á luz para ganhar. temos melhor futebol..
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