O jogo é o Portugal-França, na categoria de sub-21, a contar para o Torneio da Suécia. Em estudo, a exibição de Pelé, um dos novos ídolos, juntamente com o Gato das Botas e a Padeira de Aljubarrota, dos relvados portugueses. De referir, antes de começar, que Pelé esteve, na minha opinião, uns furos acima do que é normal, não abusando tanto do passe comprido, por exemplo. Isto deve-se, em parte, à forma como a equipa francesa defendeu, nunca pressionando em cima e fechando-se lá atrás, obrigando Pelé a passes mais laterais e recuados.
1 minuto: Má opção. (Recebe e dá em Manuel Fernandes, embora tivesse tido tempo para virar o flanco e pudesse, com isso, descongestionar o jogo.)
1 minuto: Boa opção. (Recebe um lançamento e entrega a Manuel da Costa.)
2 minutos: Falta. (Faz falta sem necessidade.)
5 minutos: Má opção. (Tenta driblar, perde, mas recupera graças ao porte atlético.)
6 minutos: Boa opção. (Dá atrás depois de receber.)
6 minutos: Má opção. (Drible arriscado no meio-campo que, por acaso, sai bem, havendo porém o perigo de, perdendo a bola, a França criar uma situação de superioridade numérica que era desnecessária.)
7 minutos: Mau passe. (Mau passe para a ala, a permitir a recuperação francesa.)
7 minutos: Recuperação de bola. (Recupera uma bola depois do jogador francês a adiantar em demasia.)
10 minutos: Mau passe. (Passe longo, na direcção de um francês.)
10 minutos: Má opção. (Tentativa de passe longo que acaba nas mãos do guarda-redes adversário)
15 minutos: Recuperação de bola. (Intercepta um passe e dá em Manuel Fernandes.)
15 minutos: Sofre falta. (Sofre falta à saída da grande-área, ao proteger a bola, após um ataque perigoso dos franceses.)
16 minutos: Mau posicionamento. (Demasiado subido no terreno, a permitir espaço entre linhas.)
18 minutos: Boa opção. (Devolve atrás.)
21 minutos: Mau passe. (Tenta pisar a bola, mas falha; o jogador francês escorrega e ele recupera, entregando depois mal a bola, obrigando Antunes a dividir a bola com um adversário.)
22 minutos: Mau posicionamento. (Novamente adiantado, concedendo muito espaço nas suas costas e entre os centrais.)
23 minutos: Boa opção. (Dá em Manuel da Costa.)
23 minutos: Boa opção. (Recebe e dá em Paulo Machado.)
25 minutos: Mau posicionamento. (Estando demasiado avançado, permite espaço entre si e os centrais, que Manuel da Costa tenta preencher, avançando ligeiramente; como Nuno André Coelho não acompanha, um lançamento longo apanha o avançado gaulês nas costas do defesa português, não sendo golo por manifesta falta de calma do francês.)
25 minutos: Boa opção. (Dá em Paulo Machado.)
25 minutos: Mau passe. (Executa um passe com demasiada força e para Bruno Gama, que não teria boas condições para receber a bola.)
26 minutos: Boa opção. (Devolve a Manuel da Costa.)
28 minutos: Mau remate. (Apesar de a opção não ser necessariamente má, o remate é francamente mau.)
30 minutos: Perda de bola. (Depois de a bola ter sobrado para uma zona de ninguém, tenta ganhar uma bola em habilidade, pisando-a, mas fá-lo de forma lenta e um francês rouba-lha.)
31 minutos: Boa opção. (Recebe, roda e dá em Manuel Fernandes.)
34 minutos: Boa opção. (Tabela com Manuel Fernandes, que no entanto estica demasiado o passe e o lance perde-se.)
39 minutos: Boa opção. (À entrada da área, tenta arranjar espaço para o remate; não consegue e dá para o remate de Paulo Machado.)
40 minutos: Boa opção. (Devolve a Nuno André Coelho.)
41 minutos: Ultrapassado. (É ultrapassado no um para um com relativa facilidade.)
42 minutos: Mau posicionamento. (Novamente muito subido, permite que apareça um adversário na sua zona, à entrada da área, a rematar completamente à vontade.)
44 minutos: Boa opção. (Recebe e dá em Manuel Fernandes.)
45 minutos: Má opção. (No meio-campo, com a selecção gaulesa a perder uma bola em transição e podendo jogar de forma mais cautelosa, efectua um passe longo para Edinho; este quase consegue chegar antes do guarda-redes, mas apenas porque a bola se afasta da baliza, obrigando o guarda-redes a percorrer um espaço maior.)
45 minutos: Má opção. (Com a equipa francesa descompensada, recebe uma bola de Antunes, podendo rodar o jogo para a direita, esticando-o, mas prefere fintar, voltar ao meio, perdendo a hipótese de uma transição rápida e permitindo à selecção francesa que se reorganizasse defensivamente.)
48 minutos: Boa opção. (Dá em Paulo Machado.)
51 minutos: Mau passe. (Passe sem nexo para o centro da defesa francesa.)
1 minuto: Má opção. (Recebe e dá em Manuel Fernandes, embora tivesse tido tempo para virar o flanco e pudesse, com isso, descongestionar o jogo.)
1 minuto: Boa opção. (Recebe um lançamento e entrega a Manuel da Costa.)
2 minutos: Falta. (Faz falta sem necessidade.)
5 minutos: Má opção. (Tenta driblar, perde, mas recupera graças ao porte atlético.)
6 minutos: Boa opção. (Dá atrás depois de receber.)
6 minutos: Má opção. (Drible arriscado no meio-campo que, por acaso, sai bem, havendo porém o perigo de, perdendo a bola, a França criar uma situação de superioridade numérica que era desnecessária.)
7 minutos: Mau passe. (Mau passe para a ala, a permitir a recuperação francesa.)
7 minutos: Recuperação de bola. (Recupera uma bola depois do jogador francês a adiantar em demasia.)
10 minutos: Mau passe. (Passe longo, na direcção de um francês.)
10 minutos: Má opção. (Tentativa de passe longo que acaba nas mãos do guarda-redes adversário)
15 minutos: Recuperação de bola. (Intercepta um passe e dá em Manuel Fernandes.)
15 minutos: Sofre falta. (Sofre falta à saída da grande-área, ao proteger a bola, após um ataque perigoso dos franceses.)
16 minutos: Mau posicionamento. (Demasiado subido no terreno, a permitir espaço entre linhas.)
18 minutos: Boa opção. (Devolve atrás.)
21 minutos: Mau passe. (Tenta pisar a bola, mas falha; o jogador francês escorrega e ele recupera, entregando depois mal a bola, obrigando Antunes a dividir a bola com um adversário.)
22 minutos: Mau posicionamento. (Novamente adiantado, concedendo muito espaço nas suas costas e entre os centrais.)
23 minutos: Boa opção. (Dá em Manuel da Costa.)
23 minutos: Boa opção. (Recebe e dá em Paulo Machado.)
25 minutos: Mau posicionamento. (Estando demasiado avançado, permite espaço entre si e os centrais, que Manuel da Costa tenta preencher, avançando ligeiramente; como Nuno André Coelho não acompanha, um lançamento longo apanha o avançado gaulês nas costas do defesa português, não sendo golo por manifesta falta de calma do francês.)
25 minutos: Boa opção. (Dá em Paulo Machado.)
25 minutos: Mau passe. (Executa um passe com demasiada força e para Bruno Gama, que não teria boas condições para receber a bola.)
26 minutos: Boa opção. (Devolve a Manuel da Costa.)
28 minutos: Mau remate. (Apesar de a opção não ser necessariamente má, o remate é francamente mau.)
30 minutos: Perda de bola. (Depois de a bola ter sobrado para uma zona de ninguém, tenta ganhar uma bola em habilidade, pisando-a, mas fá-lo de forma lenta e um francês rouba-lha.)
31 minutos: Boa opção. (Recebe, roda e dá em Manuel Fernandes.)
34 minutos: Boa opção. (Tabela com Manuel Fernandes, que no entanto estica demasiado o passe e o lance perde-se.)
39 minutos: Boa opção. (À entrada da área, tenta arranjar espaço para o remate; não consegue e dá para o remate de Paulo Machado.)
40 minutos: Boa opção. (Devolve a Nuno André Coelho.)
41 minutos: Ultrapassado. (É ultrapassado no um para um com relativa facilidade.)
42 minutos: Mau posicionamento. (Novamente muito subido, permite que apareça um adversário na sua zona, à entrada da área, a rematar completamente à vontade.)
44 minutos: Boa opção. (Recebe e dá em Manuel Fernandes.)
45 minutos: Má opção. (No meio-campo, com a selecção gaulesa a perder uma bola em transição e podendo jogar de forma mais cautelosa, efectua um passe longo para Edinho; este quase consegue chegar antes do guarda-redes, mas apenas porque a bola se afasta da baliza, obrigando o guarda-redes a percorrer um espaço maior.)
45 minutos: Má opção. (Com a equipa francesa descompensada, recebe uma bola de Antunes, podendo rodar o jogo para a direita, esticando-o, mas prefere fintar, voltar ao meio, perdendo a hipótese de uma transição rápida e permitindo à selecção francesa que se reorganizasse defensivamente.)
48 minutos: Boa opção. (Dá em Paulo Machado.)
51 minutos: Mau passe. (Passe sem nexo para o centro da defesa francesa.)
51 minutos: Ultrapassado. (É ultrapassado em velocidade por um adversário, junto à linha.)
55 minutos: Mau posicionamento. (Com Antunes fora a ser assistido, um dos centrais franceses entra pela esquerda da defesa e, através de um passe recuado, encontra um companheiro que tem tempo para tudo, numa zona que Pelé tinha de, obrigatoriamente, ter ajudado a preencher, coisa que não fez; do lance resulta o primeiro golo da França.)
56 minutos: Boa opção. (Dá para trás.)
58 minutos: Boa opção. (Recebe, tira um adversário e dá em Paulo Machado.)
58 minutos: Bom passe. (Passe vertical para Edinho.)
58 minutos: Ultrapassado. (Vai à queima e é ultrapassado.)
59 minutos: Corte. (Corte para o ar.)
62 minutos: Má opção. (Depois de deixar pregados ao relvado dois adversários, passando no meio deles, decide mal e entrega a bola a um adversário.)
64 minutos: Boa opção. (Entrega a Paulo Machado.)
66 minutos: Boa opção. (Recebe, dá em Manuel da Costa; este devolve a bola e Pelé abre na direita, para João Pereira.)
67 minutos: Corte. (Ganha um lance de cabeça.)
68 minutos: Má opção. (Tenta fazer uso do seu poderio atlético e segurar a bola junto à linha, quando a poderia entregar a um colega, e acaba por perdê-la.)
72 minutos: Boa opção. (Dá para Nuno André Coelho.)
73 minutos: Recuperação de bola. (Recupera uma bola.)
73 minutos: Má opção. (Depois da recuperação de bola, progride no terreno e, de muito longe e sem preparação, tenta alvejar a baliza adversária, quando se impunha que jogasse com um colega.)
75 minutos: Corte. (Corte com a ponta do pé, com a bola a sobrar para Paulo Machado.)
76 minutos: Remate. (Remate contra a barreira, na sequência de um livre indirecto.)
78 minutos: Bom passe. (Passe vertical para Hélder Barbosa.)
78 minutos: Má opção. (Ganha um ressalto; tenta fintar e perde a bola; ganha novamente o ressalto, dribla um adversário mas torna a perder a bola.)
80 minutos: Mau passe. (Mau passe para Tiago Gomes.)
80 minutos: Boa opção. (Recebe no peito e dá para Nuno André Coelho.)
81 minutos: Boa opção. (Entrega a João Moreira.)
81 minutos: Boa opção. (Dá atrás.)
81 minutos: Boa opção. (Dá a Paulo Machado.)
82 minutos: Boa opção. (Abre para João Pereira.)
83 minutos: Boa opção. (Intercepta e dá em Paulo Machado.)
84 minutos: Boa opção. (Entrega a Paulo Machado, recebe novamente e dá a Celestino.)
85 minutos: Bom passe. (Passe a abrir na esquerda, para Tiago Gomes, embora o facto de o lateral esquerdo não ter apoios tenha inviabilizado a jogada.)
85 minutos: Boa opção. (Passa a Hélder Barbosa.)
86 minutos: Mau passe. (Passe vertical para um colega que tinha marcação apertada, resultando numa bola dividida e, depois, perdida.)
86 minutos: Boa opção. (Dá atrás.)
86 minutos: Boa opção. (Recebe, tira um adversário com uma simulação de corpo e entrega bem no meio.)
87 minutos: Boa opção. (Dá para Manuel da Costa.)
87 minutos: Boa opção. (Passe lateralizado para Tiago Gomes.)
92 minutos: Má opção. (Tentativa de passe longo que acaba nas mãos do guarda-redes francês.)
Para melhor se aferirem os resultados, coloquei em negrito as acções negativas de Pelé. Vamos aos resultados:
1) 70 acções durante os 90 minutos; 41 acções positivas durante o jogo; 59% de acções positivas.
2) Em 53 lances com a bola nos pés e com condições para fazer algo (exclui-se portanto os lances de bola parada ou as disputas de cabeça, ou os lances em que procura recuperar a bola, ou os lances em que não tem a bola totalmente dominada), teve 34 boas opções contra 19 más opções; 64% de boas opções.
3) Destas 19 más opções, resultaram 15 perdas de bola, sendo que 9 delas não trouxeram perigo de maior à sua equipa, por terem ido para fora ou parar a zonas recuadas do campo, mas 6 delas provocaram desequilíbrios perigosos, permitindo à selecção francesa iniciar o seu processo ofensivo de imediato e com a selecção das quinas desorganizada defensivamente.
4) Pelé fez 3 cortes, ganhou 1 bola de cabeça e recuperou 3 bolas.
5) Fez 1 falta e sofreu outra.
6) Tentou desembaraçar-se individualmente dos seus adversários por 11 vezes, o que para um médio-defensivo é um exagero. Dessas 11 tentativas, apenas 6 foram bem sucedidas, sendo que, dessas 6, apenas 3 eram a melhor opção na altura.
7) Por sua vez, foi ultrapassado individualmente por 3 vezes.
8) Sendo um tipo que tem marcado golos que todos têm elogiado e que detém um pontapé invejável, fez 3 remates, sendo que 2 deles passaram muito por cima e outro saiu rasteiro e foi embater nos adversários que constituíam a barreira.
9) Passou o jogo todo mal posicionado, mas, em jogadas concretas de ataque francês, causou problemas à sua equipa por 5 vezes, o que, tendo em conta o pouco que os franceses atacaram, sobretudo na primeira parte, é muitíssimo. Desses lances, 1 deu golo da França, outro provocou o avanço de Manuel da Costa e o isolamento do avançado francês, outro permitiu a um francês um remate frontal, à entrada da área, sem oposição, e outros dois permitiram jogadas perigosas.
10) Efectuou 41 passes acertados contra 11 passes errados; 79% passes acertados. Este número revela que 1 em cada 5 passes de Pelé são errados. Não sendo um número muito problemático, tem de se ter em conta o risco dos mesmos. Destes 41 passes acertados, apenas 3 foram de risco elevado, sendo 2 deles passes verticais, pelo chão, que permitiram à equipa jogar entre linhas e 1 deles um passe a rasgar na esquerda. Se tivermos em conta o total dos 52 passes que efectuou, dos quais apenas 10 foram de risco elevado, vemos que apenas 19% dos passes que Pelé fez comportavam um risco elevado. Desses 10 passes de risco elevado, só 3 foram acertados, o que implica que os 79% de passes acertados diminuem drasticamente com o aumento do risco do passe. Assim, Pelé acertou 90% dos passes de risco baixo (38 passes acertados de um total de 42 passes de risco baixo) que efectuou, mas apenas 30% dos passes de risco elevado. Se é verdade que o seu acerto em passes de menor risco deve constituir prova de que conferiu alguma segurança com bola à equipa, não pode deixar de ser relevante que foi mal sucedido 2 em cada 3 vezes que tentava arriscar mais. Ora, tendo em conta o claro insucesso dos seus passes de maior risco, Pelé salvaguardar-se-á sempre que não abusar dos passes de risco elevado. Se é verdade que neste encontro obteve 79% de passes acertados, também é verdade que isso se deveu à percentagem relativamente baixa de passes de risco elevado, 19%. Uma vez que é conhecida a apetência de Pelé pelo risco, é de adivinhar que esta percentagem aumente noutros encontros, contra adversários que actuam de outra forma. Façamos um exercício: com estas contas e com uma percentagem de, por exemplo, 38% de passes de risco, o correspondente ao dobro do jogo de hoje e mais condizente com a apetência dele, Pelé teria, em 52 passes, 20 passes de risco, dos quais acertaria apenas 6; dos restantes 32 passes de risco menos elevado, à percentagem de 90%, Pelé acertaria 29; assim, com uma percentagem de passes de risco elevado nos 38%, Pelé acertaria, em 52 passes, apenas 35 e já não 41; o seu índice de passes acertados desceria de 79% para 67%. Se é evidente que 79% de passes acertados, não sendo uma marca óptima, é uma marca relativamente boa, não deixa de ser menos verdade que, num jogado mais normal de Pelé (como já o demonstrou noutras partidas, gosta de arriscar passes mais longos) esse índice relativamente bom tende a decrescer consideravelmente.
Notas finais: Tendo a equipa portuguesa a bola, Pelé raramente ofereceu linhas de passe aos colegas, andando nestas alturas a passo. Sem bola, quer em missão defensiva, quer ofensiva, foi um desastre, errando em termos posicionais como um principiante. Esta falta de aptidão para oferecer apoios ou para perceber que espaços deve ocupar nas diferentes situações de jogo são, talvez, o seu maior defeito. Sem bola, portanto, fica evidente que Pelé tem graves deficiências. Com bola, durante esta partida, não esteve tão mal como noutras alturas, sobretudo porque optou por não arriscar tanto quanto costuma. Ainda assim, para um jogador na sua posição, abusa de iniciativas individuais desnecessárias e não garante a segurança no passe que se desejaria. Como se não bastasse, não foi (nem é, normalmente), um jogador concentrado, andando a passo em muitas situações em que se exigia uma resposta rápida da sua parte. Esta lentidão de processos agravou-se ainda com a pouca disponibilidade de Pelé para as bolas divididas, coisa que, de acordo com o seu porte atlético, deveria ter facilidade em ganhar. Sabendo-se que Mourinho espera dos seus jogadores, além de inteligência e interesse pelo jogo, concentração máxima, estou em crer que Pelé precisa de modificar muito do seu futebol para entrar nas contas do técnico português.
Ainda sobre este encontro:
1) Um dos comentadores de serviço lembrou-se de comparar Nuno André Coelho a Ricardo Carvalho. O que eu gostava de saber era em que esquina esse indivíduo bateu com a cabeça.
2) A selecção nacional é das mais miseráveis de que me lembro neste escalão. Do onze inicial, aproveita-se um: Carlos Saleiro. O resto são tipos sem potencial, ou com menos potencial do que se diz, ou que pararam de evoluir, embora tivessem um potencial considerável.
3) Manuel da Costa foi repreendido por Rui Caçador e meio país ficou espantado. Foi preciso uma coisa dessas para se perceber que o jogador português é horrível na interpretação dos lances e na forma como abusa em subidas sem nexo, ou em lances individuais, ou em habilidades sem sentido?
4) Hélder Barbosa continua a não ser opção para Caçador. Agora, o melhor extremo português desta idade até já se vê ultrapassado por um ponta-de-lança adaptado... e que ainda por cima não tem idade para jogar nesta selecção. Brilhante!
5) E Fábio Coentrão, não?
6) Os comentadores disseram ainda que Pelé estava cansado, após uma época longa e desgastante. Segundo eles, o internacional português jogara mais de 20 jogos em Itália, tendo-se afirmado na equipa do Inter como poucos esperariam. Ya, ya. Pelé jogou 4 jogos a titular no campeonato, tendo entrado noutros 9. São 13. 496 minutos jogados. Isto é afirmar-se como?
56 minutos: Boa opção. (Dá para trás.)
58 minutos: Boa opção. (Recebe, tira um adversário e dá em Paulo Machado.)
58 minutos: Bom passe. (Passe vertical para Edinho.)
58 minutos: Ultrapassado. (Vai à queima e é ultrapassado.)
59 minutos: Corte. (Corte para o ar.)
62 minutos: Má opção. (Depois de deixar pregados ao relvado dois adversários, passando no meio deles, decide mal e entrega a bola a um adversário.)
64 minutos: Boa opção. (Entrega a Paulo Machado.)
66 minutos: Boa opção. (Recebe, dá em Manuel da Costa; este devolve a bola e Pelé abre na direita, para João Pereira.)
67 minutos: Corte. (Ganha um lance de cabeça.)
68 minutos: Má opção. (Tenta fazer uso do seu poderio atlético e segurar a bola junto à linha, quando a poderia entregar a um colega, e acaba por perdê-la.)
72 minutos: Boa opção. (Dá para Nuno André Coelho.)
73 minutos: Recuperação de bola. (Recupera uma bola.)
73 minutos: Má opção. (Depois da recuperação de bola, progride no terreno e, de muito longe e sem preparação, tenta alvejar a baliza adversária, quando se impunha que jogasse com um colega.)
75 minutos: Corte. (Corte com a ponta do pé, com a bola a sobrar para Paulo Machado.)
76 minutos: Remate. (Remate contra a barreira, na sequência de um livre indirecto.)
78 minutos: Bom passe. (Passe vertical para Hélder Barbosa.)
78 minutos: Má opção. (Ganha um ressalto; tenta fintar e perde a bola; ganha novamente o ressalto, dribla um adversário mas torna a perder a bola.)
80 minutos: Mau passe. (Mau passe para Tiago Gomes.)
80 minutos: Boa opção. (Recebe no peito e dá para Nuno André Coelho.)
81 minutos: Boa opção. (Entrega a João Moreira.)
81 minutos: Boa opção. (Dá atrás.)
81 minutos: Boa opção. (Dá a Paulo Machado.)
82 minutos: Boa opção. (Abre para João Pereira.)
83 minutos: Boa opção. (Intercepta e dá em Paulo Machado.)
84 minutos: Boa opção. (Entrega a Paulo Machado, recebe novamente e dá a Celestino.)
85 minutos: Bom passe. (Passe a abrir na esquerda, para Tiago Gomes, embora o facto de o lateral esquerdo não ter apoios tenha inviabilizado a jogada.)
85 minutos: Boa opção. (Passa a Hélder Barbosa.)
86 minutos: Mau passe. (Passe vertical para um colega que tinha marcação apertada, resultando numa bola dividida e, depois, perdida.)
86 minutos: Boa opção. (Dá atrás.)
86 minutos: Boa opção. (Recebe, tira um adversário com uma simulação de corpo e entrega bem no meio.)
87 minutos: Boa opção. (Dá para Manuel da Costa.)
87 minutos: Boa opção. (Passe lateralizado para Tiago Gomes.)
92 minutos: Má opção. (Tentativa de passe longo que acaba nas mãos do guarda-redes francês.)
Para melhor se aferirem os resultados, coloquei em negrito as acções negativas de Pelé. Vamos aos resultados:
1) 70 acções durante os 90 minutos; 41 acções positivas durante o jogo; 59% de acções positivas.
2) Em 53 lances com a bola nos pés e com condições para fazer algo (exclui-se portanto os lances de bola parada ou as disputas de cabeça, ou os lances em que procura recuperar a bola, ou os lances em que não tem a bola totalmente dominada), teve 34 boas opções contra 19 más opções; 64% de boas opções.
3) Destas 19 más opções, resultaram 15 perdas de bola, sendo que 9 delas não trouxeram perigo de maior à sua equipa, por terem ido para fora ou parar a zonas recuadas do campo, mas 6 delas provocaram desequilíbrios perigosos, permitindo à selecção francesa iniciar o seu processo ofensivo de imediato e com a selecção das quinas desorganizada defensivamente.
4) Pelé fez 3 cortes, ganhou 1 bola de cabeça e recuperou 3 bolas.
5) Fez 1 falta e sofreu outra.
6) Tentou desembaraçar-se individualmente dos seus adversários por 11 vezes, o que para um médio-defensivo é um exagero. Dessas 11 tentativas, apenas 6 foram bem sucedidas, sendo que, dessas 6, apenas 3 eram a melhor opção na altura.
7) Por sua vez, foi ultrapassado individualmente por 3 vezes.
8) Sendo um tipo que tem marcado golos que todos têm elogiado e que detém um pontapé invejável, fez 3 remates, sendo que 2 deles passaram muito por cima e outro saiu rasteiro e foi embater nos adversários que constituíam a barreira.
9) Passou o jogo todo mal posicionado, mas, em jogadas concretas de ataque francês, causou problemas à sua equipa por 5 vezes, o que, tendo em conta o pouco que os franceses atacaram, sobretudo na primeira parte, é muitíssimo. Desses lances, 1 deu golo da França, outro provocou o avanço de Manuel da Costa e o isolamento do avançado francês, outro permitiu a um francês um remate frontal, à entrada da área, sem oposição, e outros dois permitiram jogadas perigosas.
10) Efectuou 41 passes acertados contra 11 passes errados; 79% passes acertados. Este número revela que 1 em cada 5 passes de Pelé são errados. Não sendo um número muito problemático, tem de se ter em conta o risco dos mesmos. Destes 41 passes acertados, apenas 3 foram de risco elevado, sendo 2 deles passes verticais, pelo chão, que permitiram à equipa jogar entre linhas e 1 deles um passe a rasgar na esquerda. Se tivermos em conta o total dos 52 passes que efectuou, dos quais apenas 10 foram de risco elevado, vemos que apenas 19% dos passes que Pelé fez comportavam um risco elevado. Desses 10 passes de risco elevado, só 3 foram acertados, o que implica que os 79% de passes acertados diminuem drasticamente com o aumento do risco do passe. Assim, Pelé acertou 90% dos passes de risco baixo (38 passes acertados de um total de 42 passes de risco baixo) que efectuou, mas apenas 30% dos passes de risco elevado. Se é verdade que o seu acerto em passes de menor risco deve constituir prova de que conferiu alguma segurança com bola à equipa, não pode deixar de ser relevante que foi mal sucedido 2 em cada 3 vezes que tentava arriscar mais. Ora, tendo em conta o claro insucesso dos seus passes de maior risco, Pelé salvaguardar-se-á sempre que não abusar dos passes de risco elevado. Se é verdade que neste encontro obteve 79% de passes acertados, também é verdade que isso se deveu à percentagem relativamente baixa de passes de risco elevado, 19%. Uma vez que é conhecida a apetência de Pelé pelo risco, é de adivinhar que esta percentagem aumente noutros encontros, contra adversários que actuam de outra forma. Façamos um exercício: com estas contas e com uma percentagem de, por exemplo, 38% de passes de risco, o correspondente ao dobro do jogo de hoje e mais condizente com a apetência dele, Pelé teria, em 52 passes, 20 passes de risco, dos quais acertaria apenas 6; dos restantes 32 passes de risco menos elevado, à percentagem de 90%, Pelé acertaria 29; assim, com uma percentagem de passes de risco elevado nos 38%, Pelé acertaria, em 52 passes, apenas 35 e já não 41; o seu índice de passes acertados desceria de 79% para 67%. Se é evidente que 79% de passes acertados, não sendo uma marca óptima, é uma marca relativamente boa, não deixa de ser menos verdade que, num jogado mais normal de Pelé (como já o demonstrou noutras partidas, gosta de arriscar passes mais longos) esse índice relativamente bom tende a decrescer consideravelmente.
Notas finais: Tendo a equipa portuguesa a bola, Pelé raramente ofereceu linhas de passe aos colegas, andando nestas alturas a passo. Sem bola, quer em missão defensiva, quer ofensiva, foi um desastre, errando em termos posicionais como um principiante. Esta falta de aptidão para oferecer apoios ou para perceber que espaços deve ocupar nas diferentes situações de jogo são, talvez, o seu maior defeito. Sem bola, portanto, fica evidente que Pelé tem graves deficiências. Com bola, durante esta partida, não esteve tão mal como noutras alturas, sobretudo porque optou por não arriscar tanto quanto costuma. Ainda assim, para um jogador na sua posição, abusa de iniciativas individuais desnecessárias e não garante a segurança no passe que se desejaria. Como se não bastasse, não foi (nem é, normalmente), um jogador concentrado, andando a passo em muitas situações em que se exigia uma resposta rápida da sua parte. Esta lentidão de processos agravou-se ainda com a pouca disponibilidade de Pelé para as bolas divididas, coisa que, de acordo com o seu porte atlético, deveria ter facilidade em ganhar. Sabendo-se que Mourinho espera dos seus jogadores, além de inteligência e interesse pelo jogo, concentração máxima, estou em crer que Pelé precisa de modificar muito do seu futebol para entrar nas contas do técnico português.
Ainda sobre este encontro:
1) Um dos comentadores de serviço lembrou-se de comparar Nuno André Coelho a Ricardo Carvalho. O que eu gostava de saber era em que esquina esse indivíduo bateu com a cabeça.
2) A selecção nacional é das mais miseráveis de que me lembro neste escalão. Do onze inicial, aproveita-se um: Carlos Saleiro. O resto são tipos sem potencial, ou com menos potencial do que se diz, ou que pararam de evoluir, embora tivessem um potencial considerável.
3) Manuel da Costa foi repreendido por Rui Caçador e meio país ficou espantado. Foi preciso uma coisa dessas para se perceber que o jogador português é horrível na interpretação dos lances e na forma como abusa em subidas sem nexo, ou em lances individuais, ou em habilidades sem sentido?
4) Hélder Barbosa continua a não ser opção para Caçador. Agora, o melhor extremo português desta idade até já se vê ultrapassado por um ponta-de-lança adaptado... e que ainda por cima não tem idade para jogar nesta selecção. Brilhante!
5) E Fábio Coentrão, não?
6) Os comentadores disseram ainda que Pelé estava cansado, após uma época longa e desgastante. Segundo eles, o internacional português jogara mais de 20 jogos em Itália, tendo-se afirmado na equipa do Inter como poucos esperariam. Ya, ya. Pelé jogou 4 jogos a titular no campeonato, tendo entrado noutros 9. São 13. 496 minutos jogados. Isto é afirmar-se como?
29 comentários:
Estes estudos do nulinho são de partir o filho da puta do coco a rir!! E um estudo ao teu cérebro, se o tiveres, não?
É o próximo, anónimo, é o próximo... Prometo que é o próximo...
Ouve lá: 1-o Pelé não é jogador para jogar a trinco. Não é nº10, mas também não é um "6". 2-Se ele finta é porque sabe e a maior parte das vezes sai-lhe bem, pelo menos neste escalão. Também o CR7 abusava dos lances individuais, fartava-se de perder a bola e hoje é o que é. Além disso, se ele finta em vez de passar é porque a maior parte da equipa fica a ver jogar como de costume em vez de mover-se. E é impressão minha ou ele passou a jogar melhor quando o Fernandes saiu?
3- A qualidade e sucesso dos passes depende não só de quem passa, mas também do receptor do passe.
4- Jogou contra Juventus, Lazio e Roma e foi considerado sempre pela crítica como dos melhores em campo pela sua equipa nesses jogos. Estamos a falar de um estrangeiro, em Itália, a jogar nos tricampeões italianos, com 20 anos, a tirar um lugar a italianos e que veio da 2a divisão portuguesa. Achas que os elogios são apenas por acaso?
5- Agora tens problemas com o M. da Costa? Já alguma vez viste um central com a habilidade dele na frente? O que tens de perceber é que putos desta idade com aquela qualidade abusam sempre, mas com o tempo APRENDEM a moderar-se se forem bem conduzidos.
6- É isto que quero que percebas: Pode-se sempre aprender e o que irrita em ti não é o facto de gostares ou não deste ou aquele jogador, é o facto de insultares os jogadores e os enterrares sem a mínima hipótese. Jogadores como Ronaldo, Quaresma, Ronaldinho, por exemplo, nunca atingiriam o nível que atingiram com gente com a tua mentalidade a treiná-los.
7- Pelé não sabe ocupar posições? Mas alguém, alguma vez, numa selecção sub-21 portuguesa soube ocupar posições? Onde é tens estado nos últimos anos? E não falo apenas do tempo do Couceiro. A forma como as selecções de esperanças jogam, de há vários anos a esta parte apenas prova uma coisa: é que os jogadores, aqui, jogam sempre sozinhos e nunca em equipa. Compare-se as exibições de alguns deles nos seus clubes e nesta selecção. É como da noite para o dia. E isso é um problema dos treinadores nacionais e da forma como os jogadores jogam nas selecções, inclusivé nos AA.
Por isso, deixa o rapaz em paz.
Nuno, exageras e ainda vais passar mal com o pelé.
Uma coisa que não percebo: "Má opção. (Tentativa de passe longo que acaba nas mãos do guarda-redes francês.)"
Má opção? Porque? Quanto muito má execução. Se o passe longo sair bem já não será uma má opção. Aliás, acho que se fosse o farnerud a fazê-lo já não seria má opção mas sim culpa do Liedson que não leu bem o lançe!
Depois os dados que forneces do pelé estão TOTALMENTE errados. O Pelé fez 15 jogos na Liga contabilizando 564 minutos! Mais 6 na taça (524 minutos) e ainda mais 15 minutos na liga dos campeões. Dá um total de 1103 minutos bem mais que o dobro dos teus 496!
Eu vejo todos os jogos do Inter e por conseguinte vi todos os minutos que o pelé esteve em campo, coisa que tu muito raramente fizeste de certeza. Ele afirmou-se sim! Não estamos a falar de um Messi evidentemente. Mas estamos a falar de um miudo de 20 anos que chegou para jogar na equipa primavera e foi imediatamente promovido à equipa principal e que num meio campo com Figo, Stankovic, Viera, Cambiasso, Dacourt, Zanetti, Jimenez, Solari, Cesár e mais tarde Maniche fez todos aqueles minutos. É certo que não fossem muitas das lesões ele não teria provavelmente feito um único minuto mas quando o fez mostrou que estava à altura e por isso jogou mais (estando por exemplo sempre à frente de Maniche que foi contratado precisamente para colmatar as ausências por lesão).
Fez jogos maus, fez jogos bons e fez jogos muito bons. Eu vi, os adeptos viram, o Mancini viu e continuou a apostar nele.
O que devias ter feito era um estudo dele no Inter e não na selecção onde não só não está rotinado como tudo à volta dele é basicamente um cemitério de futebol. Mas claro que este estudo te convém mais. Além do já natural tendenciosismo tem esse factor de bónus para desfazer o gajo.
Toda a gente percebe que, quando se embirra com um gajo, se pode dar a volta e ler um lance de várias formas. Se o pelé finta e perde a bola, mã opção. se fosse um artista k o nulinho gosta a fintar e perder a bola, era o colega q não lhe deu o apoio.
Ó anormal mete-me esses estudos pelo cu acima!!
Pedrovsky diz: "Ouve lá: 1-o Pelé não é jogador para jogar a trinco. Não é nº10, mas também não é um "6"."
Han? Além de nunca o ter visto actuar noutra posição que não a "6", as características dele são essas. Onde é que ele deveria jogar então, e porquê?
"2-Se ele finta é porque sabe e a maior parte das vezes sai-lhe bem, pelo menos neste escalão."
Sim, sai-lhe bastantes vezes. 6 em 11, para ser preciso, neste jogo. Não é mau. O problema não é o sair bem ou mal. O problema é que ele o faz sem necessidade e, muitas vezes, arrisca em zonas que não o deve fazer. Um extremo já tem mais liberdade para isso, por exemplo, portanto não mistures aqui o Ronaldo ou o Quaresma. Até porque esses resolvem jogos com as habilidades. O Pelé fá-las para se divertir.
"se ele finta em vez de passar é porque a maior parte da equipa fica a ver jogar como de costume em vez de mover-se."
Isto é absolutamente estúpido. O Pelé é um herói; os outros são todos uma merda, queres ver? Pá, ele finta porque não sabe resolver as coisas de outra forma. E como é relativamente forte nisso, consegue desembaraçar-se muitas vezes sem precisar de ler melhor o jogo.
"A qualidade e sucesso dos passes depende não só de quem passa, mas também do receptor do passe."
Evidentemente. Mas nesse caso a opção não seria má. Quando muito,a jogada não teria sucesso por causa do receptor. Não foi o que aconteceu, em nenhum dos passes que não conseguiu efectuar.
"Jogou contra Juventus, Lazio e Roma e foi considerado sempre pela crítica como dos melhores em campo pela sua equipa nesses jogos."
Ah, a crítica! A afamada crítica. Se a crítica diz que é branco, é porque é branco. O Pelé é um jogador vistoso; não me admira que a crítica tenha gostado. No mundial de sub-20 só fez merda e mesmo assim foi falado. Não me surpreende; é daqueles jogadores que, nestas idades, dão nas vistas. Mas é também daqueles jogadores que nunca será um jogador de topo. 99% dos treinadores e dos adeptos só olham para as características físicas e técnicas dos jogadores. Depois, não se consegue explicar como há uns que evoluem e outros que não. Os aspectos intelectuais são, sem dúvida, muito mais importantes e, se olhassem para eles, veriam como não houve um único jogador que não tenha vingado e que não fosse, deste ponto de vista, pelo menos, razoável. Ora, o Pelé deixa muito a desejar, neste capítulo. E sendo um jogador de meio-campo, ainda pior.
"Agora tens problemas com o M. da Costa? Já alguma vez viste um central com a habilidade dele na frente?"
Qual habilidade, meu? Tá tudo parvo ou quê? Mas que habilidade é que o Manuel da Costa tem? Desculpa lá, mas por tentar fazer cuecas ou cabritos já se é habilidoso? Tecnicamente o Manuel da Costa é limitadíssimo. O principal problema dele é pensar que não é. No dia em que admitir isso, talvez possa melhorar, porque até tem bons argumentos do ponto de vista físico.
"Jogadores como Ronaldo, Quaresma, Ronaldinho, por exemplo, nunca atingiriam o nível que atingiram com gente com a tua mentalidade a treiná-los."
Oi? Continuas sem perceber. Estes têm legitimidade para abusar. Têm porque embora percam muitos lances, podem ser decisivos noutros. E depois, jogam numa posição em que é mais necessário desequilibrar do que equilibrar. Não é o caso do Pelé. Portanto, não mistures as coisas.
"Pelé não sabe ocupar posições? Mas alguém, alguma vez, numa selecção sub-21 portuguesa soube ocupar posições?"
Nesta selecção? Dos que jogaram hoje? O Saleiro, o Paulo Machado e os laterais estiveram, pelo menos, preocupados com isso. Mas queres mais quantos, de outras selecções de sub-21? Pereirinha, Moutinho, Veloso, Zé Castro, etc. São tantos, pá.
"A forma como as selecções de esperanças jogam, de há vários anos a esta parte apenas prova uma coisa: é que os jogadores, aqui, jogam sempre sozinhos e nunca em equipa. Compare-se as exibições de alguns deles nos seus clubes e nesta selecção."
É evidente que, não treinando todos os dias nas selecções, os jogadores não tenham rotinas bem trabalhadas como têm nos clubes. Mas não saber ocupar uma posição é outra coisa. É um problema individual. Se disseres ao Veloso para jogar a trinco, ele não vai colar-se ao Manuel Fernandes, deixando um buraco aberto entre eles os dois e os centrais, como o Pelé fez hoje sistematicamente.
Pá, eu deixo o rapaz em paz quando pararem de dizer asneiras sobre ele. Quer dizer, eu tenho que o deixar em paz; mas a malta que acha que ele é o maior já pode dizer que o rapaz é o melhor do mundo? Tá justa, esta democracia.
Pedro Silva, exagero tanto como quem acha que ele é muito bom. São é opiniões contrárias. E daqui a uns anitos dará para tirar a prova dos nove.
"Má opção? Porque? Quanto muito má execução. Se o passe longo sair bem já não será uma má opção."
Não, má opção. Porque podia jogar curto e fez um passe longo que teria poucas hipóteses de sucesso. Também foi má execução, mas foi sobretudo má opção.
"acho que se fosse o farnerud a fazê-lo já não seria má opção mas sim culpa do Liedson que não leu bem o lançe!"
Não me viste fazer isso quando fiz o estudo sobre o Farnerud. E lembro-me de um lance em que ele faz um passe para o Tiuí bem feito, no pé, mas que o Tiuí não percebe e pensa que ele vai fazer o passe nas costas, que concedi que fosse um passe mal feito por ele. Por isso, não me tentes fazer passar por desonesto.
"Depois os dados que forneces do pelé estão TOTALMENTE errados. O Pelé fez 15 jogos na Liga contabilizando 564 minutos! Mais 6 na taça (524 minutos) e ainda mais 15 minutos na liga dos campeões. Dá um total de 1103 minutos bem mais que o dobro dos teus 496!"
São dados do zerozero, pedro. Lamento se estão errados. E só pus os da Liga, sim. Até porque na taça ele jogava porque o Mancini rodava a equipa.
"Ele afirmou-se sim"
Pá, isto depende do que se considera afirmar. Eu não considero que um jogador em quem se aposta apenas em 4 jogos como titular nas duas competições mais importantes se tenha afirmado. Se achas que sim, tudo bem. E o Di Maria, afirmou-se no Benfica este ano? É que eu acho que não, apesar de ter sido muito mais que 4 vezes titular. Não digo que o Pelé não tenha sido opção. Foi-o, sim. Mas nunca uma primeira opção. Era um jogador do plantel, útil, com o qual o Mancini contava, mas que nunca apostou nele para primeira opção da equipa. Logo, não se afirmou.
"O que devias ter feito era um estudo dele no Inter e não na selecção onde não só não está rotinado como tudo à volta dele é basicamente um cemitério de futebol."
Pá, isto é muita giro. De facto, gostava de ter feito um estudo no Inter. Mas acho que isso não é relevante, sinceramente. É um estudo sobre as opções dele e não sobre aquilo que ele produz. É evidente que pode produzir mais no Inter porque um passe bom dele pode ter repercussões maiores, uma vez que os colegas são mais dotados e podem fazer outras coisas com a bola depois. Mas aquilo que é objecto de estudo aqui é ele, as suas opções. Se os colegas não lhe oferecessem opções de passe, a culpa não seria dele. Não foi o caso. O que está aqui em jogo é ele e as suas acções, não as consequências dessas acções. Aconteceu umas dez vezes, hoje, ele jogar curto (e bem) para o Manuel da Costa e depois este dar um pontapé para a frente sem nexo. A jogada não surtiu efeito nenhum, mas a acção do Pelé foi boa e isso, para o estudo, é tudo o que importa. Portanto, tanto faria ser no Inter, na Selecção, ou na Cova da Moura, porque o que estava em jogo era a forma como ele interpretava os lances.
"Mas claro que este estudo te convém mais. Além do já natural tendenciosismo tem esse factor de bónus para desfazer o gajo."
Pelo que disse acima, isto não me convém nem deixa de me convir. E, mais uma vez, estás a pretender que sou desonesto. Se eu quisesse aproveitar um jogo que me fosse favorável, achas que punha um em que ele, por acaso, até esteve relativamente bem com bola? É que eu referi isso. Se eu quisesse aproveitar um jogo que me fosse mais favorável, não teria posto este estudo, no qual, com bola, Pelé até decidiu melhor do que é normal. Portanto, tudo o que dizes a esse respeito deixa de fazer sentido.
anónimo diz: "Toda a gente percebe que, quando se embirra com um gajo, se pode dar a volta e ler um lance de várias formas."
Se fosses o pedro silva, perderia tempo a tentar convencer-te que não sou desonesto e que fui o mais imparcial que pude em cada lance. Como és um coxo frustrado que nunca jogou à bola e que gosta de vir insultar sem tentar debater uma única ideia, prefiro dizer isto: "Também toda a gente percebe que, quando se embirra com um gajo, se pode ser otário de várias formas". Tu escolheste ser otário apenas por ser otário. É uma opção. Má, como as do Pelé...
"Se o pelé finta e perde a bola, mã opção."
Não, tens razão. Isto é preconceito meu. Um gajo que finta para se exibir, sem qualquer necessidade de recorrer à finta, quando tem linhas de passe livres, e o faz numa zona recuada, é uma boa opção. É, é, sem dúvida. Óptima opção, até...
Acho que o problema de ambas as opiniões é que são muito extremadas! Confesso que o Pelé jogou mais e quiça melhor do que eu pensei que fosse jogar no Inter, mas continua sem me impressionar, mas também não o acho o pior jogador do Mundo. O problema aqui é que não podemos "matar" um jogador nesta idade, como também não devemos ter em conta as análises dos críticos, que por vezes dão o título de melhor jogador apenas porque marcou um golo. O Pelé parece-me que pode ter uma carreira interessante, mas nunca será um craque, porque lhe falta realmente uma maior inteligência de jogo, que não sei se conseguirá adquirir com o ganho de experiência.
Quanto ao Manuel da Costa concordo em absoluto com o Nuno, a crítica fez e muito o jogador, que me parece principalmente fraco no tempo de entrada na bola, na concentração e mesmo até tecnicamente (fazer um finta não significa que saiba sair a jogar ou que controle bem a bola). Espero sinceramente que evolua com a ida para Itália.
Para terminar e aproveitando a questão do Pelé, falo do Manuel Fernandes. Para muitos é um grande jogador, para mim será sempre um jogador banal. E principalmente, pela sua mentalidade, ou falta dela. É forte fisicamente, não é nenhum tosco, remata forte com os dois pés, mas têm uma imensa mania que o torna inconsequente em várias acções e uma dureza por vezes inconcebível. Custa-me dizê-lo, por ser benfiquista, mas colocar Manuel Fernandes acima ou mesmo em igualdade com Moutinho só pode ser um acto de má fé ou de clubite aguda! O Manuel Fernandes tem de perceber de uma vez por todas como potenciar as suas qualidades fisícas e técnicas, ou pode acabar tristemente um carreira que prometia, quando lhe reconheciamos humildade, que transparecia na sua bravura, entrega e pouca preocupação com penteados e com "bonitos". Forte abraço a todos
Máximo, totalmente de acordo. Se vou ao extremo com o Pelé é para causar algum impacto. Evidentemente, não é o pior do mundo. Para a sua posição, nesta idade, não haverá mesmo nenhum melhor que ele. Agora, é importante que fique claro que não é, nem de perto, nem de longe, o jogador que dizem que ele é. E, embora seja possível ele melhorar, está longe ainda de se poder vir a tornar num jogador de referência como foi, por exemplo, Paulo Sousa, ou Paulo Bento, ou Oceano, ou Costinha.
Quanto à questão de vir a melhorar ou não, não se trata de "matá-lo" à nascença, mas de uma convicção pessoal de que não tem assim tanto potencial quanto isso.
eu vi logo q este anormalzeco fala fala mas é pa chamar a atenção e "criar impacto". Puta de mentalidade!
"Eu vejo todos os jogos do Inter e por conseguinte vi todos os minutos que o pelé esteve em campo, coisa que tu muito raramente fizeste de certeza. Ele afirmou-se sim"
"Fez jogos maus, fez jogos bons e fez jogos muito bons. Eu vi, os adeptos viram, o Mancini viu e continuou a apostar nele."
Pois pedro mas tu tb afirmaste que o inter era a equipa que melhor futebol praticava, para dp, dizeres que era uma equipa que separava de forma clara os dois momentos( o defensivo e ofensivo).
"eu vi logo q este anormalzeco fala fala mas é pa chamar a atenção e "criar impacto". Puta de mentalidade"
Claro, já tu, para além de cobarde, primas pela coerência susbstracto das tuas argumentações.
Gd abraço
Costumo acompanhar este blog e embora ñ concorde com algumas coisas que aqui se escrevem( caso do farnerud),falando do péle concordo, no geral com o que aqui á escrito.Vi o jogo contra a suécia e tb achei que o péle exagera nos lances individuais e complica muito o jogo( manuel fernandes é outro), demoram muito tempo a passar a bola, conduzem muitas x a bola sem necessidade e que precisam mesmo de melhorar muito a parte táctica do jogo pk no resto tem muito talento!
Sobre o manuel da costa ja foi tudo dito, por x pensa k é o messi e sobe com a bola por tudo e por nada.Complica muito nos lances com os avançados(mais vale um corte seguro para fora do que inventar para sair a jogar e arriscar a perder a bola) e amua.....embora tb ache k tem muito futuro se a cabeçinha dele o acompanhar.ps: devia aprender português saudações futebolisticas!
"Isto deve-se, em parte, à forma como a equipa francesa defendeu, nunca pressionando em cima e fechando-se lá atrás, obrigando Pelé a passes mais laterais e recuados."
Dizes que ele é burro, no entanto a primeira merda que dizes no texto é que ele teve inteligência suficiente para, vendo que a França defendia baixo, desenvolver mais o jogo curto.
Nem vale a pena ler mais, só vês o que queres. E essas histórias das más opções é um bocado puxar a brasa à tua sardinha, visto que uma "má" opção subjectiva.
Fica bem pá, de resto o blog está muito bom, é de louvar o que fazem aqui, falar de futebol é sempre de louvar. Agora lá porque embirras com um gajo não podes ser sempre tão "tapado" quando ele joga. Abraço
chelas, uma má opção só é subjectiva para ti. Eu referi que ele neste jogo até esteve acima do que faz normalmente e fez bem em não abusar tanto como costuma dos passes longos. Logo, concedi-lhe isso. Não percebo como é que só vejo o que quero.
É óvbio q o nulinho vê o jogo com os olhos de quem embirra com uns e defende outros. Subjectividade em cada lance, leitura à maneira dele. Estudos recentes dizem que este tipo de indivíduos vivem no mundo das ilusões são os cromitos cá da praça. Rui santos? Talvez.
YA O NUNO TA MALUCO!
ANIMAL NÂO GOSTAS DO PELÉ, PORQUE ELE FOITE AO CU
Sá, não, quem foi ao cu ao Nulinho não foi o Pelé, senão o nulinho gostava dele!!! O gajo q encavou este otário foi o Farnerud, com o Pereirinha a assistir!
Ena, tantos comentários produtivos! E tantos argumentos bem fundamentados para defender o Pelé! Contra ideias tão bem gizadas, fico sem argumentos para rebater...
Tu gostas é que te rebatam essse cu mal cheiroso
Já agora Nuno que tal o jogo do Manuel Fernandes, n tive a oportunidade de ver este último, contra a Suécia n desgostei...
sim Gonçalo disse isso e então? O facto do Inter ter essa deficiência (se é que se pode chamar isso porque creio que o Mancini o fazia propositadamente) impede que pratique bom futebol?
Os visitantes deste blog só fazem ofensas baratas...
É triste e lamentável. Porque não deixam de aparecer se não gostam do que se lê aqui?
Fica a sugestão de alguém mais bem educado
Cmprimentos
Ya é mesmo isso, o que não falta é ai blogs... é mesmo de quem não tem vida própria.
Se fosse comigo ja tinha perdido a paciencia ha mt tempo e apagava estes comentários.
Continuam aqui a vir porque lhe dão trela... no dia que lhe apagrem os comentários nunca mais cá aparece.
Este jogo do Manuel Fernandes? Acho que ficou implícito quando disse que dos 11 que jogaram de início se aproveita o Saleiro. O Manuel Fernandes faz parte dos que "pararam de evoluir, embora tivessem um potencial considerável".
Pedro, tu tens consciencia do que significa isso para uma equipa de futebol? de cverteza que não, pq senão, nem sequer punhas a hipotese de isso ser feito de forma prepositada.
O certo Gonçalo, é que aquilo que disse é verdade e se não acreditas, já vais tarde para confirmar porque o tempo do Mancini já foi. Mas eu vi todos os jogos e relatei o que vi.
O que significa para uma equipa? Significa mau futebol? Não me parece que um mau futebol possa ganhar o Calcio mas isso sou eu.
Bad, tens rqazão no que defendes. Todavia, a intenção era proporcionar um espaço que cada um pudesse expôr sem "censura2 as suas ideias, por mais absurdas que fossem.
Qt a ti Pedro, vou-te responder agra com mais tempo:
Qd defendes que uma equipa pratica o melhor futebol na europa, baseias-te em quê? Nos golos que faz? Nos golos que não sofre? Não. Baseias-te em em factores qualitativos, e não quantitativos.
Como tal, terás de considerar a capacidade de circulação de bola, jogo posiocional, capacidade de explorar os erros do adversário( e porque não, a maneira como consegue camuflar as suas lacunas individuais, se utiliza a "zona" da forma mais correcta, etc. Em suma resume-se a qualidade dos 4 momentos de jogo e a articulção dos mesmo, sendo que a qualidade desses momentos está intimamente ligada à boa, ou má, articulção dos mesmos. O inter, ao separar esses momentos, denota fragilidades nas suas transições, ficando, cm esteve à vista dependente da capacidade das suas estrelas.
Queres que te lembre o último jogo do campeonato??? Antes daquele sueco, alto e tosco, entrar as possibilidades de o inter alcançar a vitória eram diminutas, mesmo contra um conjunto horrível, como o era o Parma.
Se uma equipa for organizada a defender, não se vê "obrigada" a separa esse momento do ofensivo( e vice-versa), pelo menos por completo, que era o que mts vezes sucedia com o inter.
Só pude acompanhar os jogos do inter na parte finla do campeonato, e mais por curiosidade, dp de teres sido tão elogioso com eles, mas o que vi deles, para além de um aglomerado de (bons) jogadores no sector defensivo, foi mt inspiração individual. Por isso cm equipa, prefiro a Roma, de quem nem sou um apreciador por aí além, que foi superior cm colectivo, não teve, porém, tanta qualidade individual cm o inter.
Gd abraço
Ps- mas para o ano somos os dois gds adeptos dos gajos:D
Gonçalo, que eu me lembre tu é que elogias-te o inter e eu explanei a forma como o inter jogava para mostrar que não era uma equipa tão equilibrada quanto isso.
Se bem te lembras eu elogiei os dois momentos mas disse que o inter não os conseguia conciliar. Até te disse que a defender punham 2 linhas bem cerradas (tal como viste) e denotavam depois muita dificuldade nas transições (e por isso é que o Mancini foi buscar o Suazo, para o homem correr quando a equipa não saía cá de trás).
Agora isso não implica que não pratiquem bom futebol. Pode ser feio mas os resultados estão à vista. E devo dizer-te que os jogos que acompanhas-te foram mesmo muito maus porque a equipa depois da derrota com o Liverpool jogou mesmo muito mal pelo acho que não devias julga-los por esses jogos. Como deves calcular nunca o Inter teria feito 97 pontos a jogar assim na temporada passada por exemplo. E o Inter este ano tinha melhor equipa até que o ano passado.
O último jogo da Roma espelha bem o que se passou durante o campeonato. Na primeira parte a Roma até jogou relativamente bem mas na segunda parte podia ter levado 5 ou 6. A Roma em muitos jogos praticou um futebol de excelência mas em muitos outros também se limitou a ver jogar. O inter é a melhor equipa de longe apesar dos deslizes na fase final do campeonato.
abraço e sim para o ano são muitos a torcer pelo Inter (enquanto o José lá estiver) depois continuo sozinho lol
Oh gonçalo aquilo para mim não são opiniões, são insultos.
Não está aqui a falar do caso de alguem estár a dizer bem de um jogador e apagarem-lhe o comentário...
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