A equipa de Artur Jorge actuou num 451, mostrando desde logo respeito e receio dos germânicos. Mlynarczyk na baliza, João Pinto à direita e Inácio à esquerda, Celso e Eduardo Luís no centro da defesa. No meio-campo, Jaime Magalhães à direita e Quim à esquerda eram quase segundos laterais. André, Sousa e Madjer ajudavam a fechar o meio, ficando o ataque entregue única e exclusivamente a Paulo Futre. O Bayern tomou, por isso mesmo, conta do jogo logo de início e só em fugazes contra-ataques, normalmente lançamentos para a velocidade de Futre, o Porto conseguia sacudir a pressão germânica. Em largura, a equipa defendeu muito mal, sendo os alemães capazes de chegar à linha para cruzar com muita frequência. As figuras em maior evidência, nesta fase, foram o lateral direito Winklhofer e o extremo-esquerdo Ludwig Kögl, um jogador velocíssimo e dotado de uma requintada técnica. Os alemães iam causando cada vez mais perigo até que, num lance esquisito, após um lançamento lateral, a bola sobra para Kögl, que, na área, mergulha e faz, de cabeça, o primeiro golo. Não fica, contudo, isento de culpas o guardião portista, que saíra dos postes sem necessidade. A partir desta altura, sensivelmente a meio da primeira parte, o Porto não mais foi capaz de lançar os seus contra-ataques, apesar de Madjer ter avançado no terreno, para o lado de Futre. A equipa enervou-se e perdeu bastantes bolas, coisa que os alemães aproveitaram. Apareceu nesta fase Lothar Matthäus, com vários passes de morte, não aproveitados pelos seus companheiros. Entretanto, Kögl continuava a fazer o que queria de João Pinto, rubricando uma exibição fantástica. O resultado de 1-0 ao intervalo era lisonjeiro para aquilo que o Porto tinha feito.
No segundo tempo, Artur Jorge lançou Juary, tirando Quim. Puxou Sousa para a esquerda e o brasileiro passou a fazer companhia a Futre na frente. Isto teve o condão de soltar mais o 10 portista, que começou a pôr em água a cabeça aos alemães. Já na primeira parte fora travado em falta várias vezes, mas nesta segunda parte seria ainda mais castigado. O Bayern, apesar da maior audácia portista, nunca se enervou e continuou a controlar a partida. Os primeiros 25 minutos da segunda parte foram repartidos e nenhuma equipa se superiorizou à outra, acumulando-se jogadas de ataque nos dois meios-campos. De assinalar, nesta fase, um excelente remate de Madjer, após um ressalto, que levou a bola a sobrevoar a barra da baliza, bem como um lance na área portista, em que João Pinto derruba Kögl e o árbitro não vê. Logo após este lance, surge a melhor jogada de todo o encontro, iniciada numa tabela de Futre com Jaime Magalhães. O 10 do Porto, recebendo a bola de Jaime, entra então na área com ela dominada, ultrapassa dois adversárias, sentando-os, e remata a rasar ao poste direito da baliza de Pfaff: era o sinal do que viria a seguir. Antes ainda da reviravolta no marcador, nota para uma entrada assassina de Celso, que viu apenas amarelo; para um lance anedótico em que Celso trava Kögl e no qual o árbitro, em vez de dar o segundo amarelo ao central portista, assinala falta contra o Bayern por interpretar que o extremo alemão mergulhara; e para uma sucessão de faltas e de protestos de Jaime Magalhães que lhe poderiam ter valido o segundo amarelo. Artur Jorge faz então entrar Frasco e, minutos depois, numa altura em que o Bayern até já sacudira a maior pressão dos portugueses, um passe em profundidade encontra Juary, que toca pela segunda vez na bola durante os 30 minutos que já estava em campo; este dá para Frasco, que tira um adversário do caminho e cruza; a bola encontra novamente Juary, que remata; o remate vai encontrar Madjer que, de costas para a baliza, já sem Pfaff, utiliza o calcanhar para igualar a partida. Após este lance, Madjer saiu do terreno para ser assistido e, ao reentrar, cria um desequilíbrio na esquerda. Recebe um passe longo, dá um nó de todo o tamanho em Winklhofer e, já em esforço, cruza para Juary que, sem oposição, encosta para o 2-1: estava dada a volta no marcador. Até ao final, o Porto limitou-se a pontapear a bola para onde estava virado e a queimar tempo, sendo que os germânicos perderam todo o discernimento que tinham e não foram capazes de voltar a criar situações de real perigo.
Notas Finais:
1) O Porto venceu num jogo em que foi claramente inferior, aproveitando um lance fortuito e uma desconcentração germânica para marcar. Além de Futre, que conseguiu sempre, através da sua técnica e da sua velocidade, ameaçar as hostes alemãs, e de alguns pormenores de Madjer e Sousa, pouco ou nada o Porto fez para merecer igualar o marcador. Em termos tácticos, os alemães foram superiores até à altura em que sofreram dois golos de rajada, nunca perdendo o domínio dos acontecimentos, gerindo ritmos e conseguindo levar o jogo para longe da sua área. Foi, pois, em pequenos detalhes que o jogo se definiu. Poder-se-ia dizer que as opções de Artur Jorge foram acertadíssimas, mas nem isso é bem verdade. Até à altura do primeiro golo, o Porto da segunda parte limitou-se a chutar bolas para as costas da defesa do Bayern, a solicitar a velocidade de Juary, sendo que os lances raramente assustavam os germânicos. O brasileiro, que acabou por ser decisivo e esteve nos dois golos, tocou três vezes na bola em 33 minutos, o que revela que não teve muito a ver com a vitória. Os lances dos golos nada tiveram a ver com uma mudança de atitude ou com uma melhoria do futebol do Porto: foram lances isolados e o êxito dos mesmos deveu-se a um ou outro detalhe, como o facto de Madjer, no lance do segundo golo, não estar marcado por ter acabado de reentrar na partida.
2) O homem da partida foi Ludwig Kögl, que não parou um minuto e levou tanta ou mais porrada que Futre. Do lado dos germânicos, há ainda a destacar a excelente exibição de Matthäus e alguns pormenores de Rummenigge (irmão de Karl-Heinze Rummenigge), enquanto que no Porto os melhores foram Futre, Madjer e Sousa.
3) Nota negativa, do meu ponto de vista, para Jaime Magalhães, que passou o jogo a refilar e só não foi expulso porque o árbitro não quis, que teve uma entrada maldosa sobre Kögl, já com um amarelo, não tendo ido para a rua uma vez mais por caridade, e que, depois do 2-1, sempre que o árbitro interrompia o jogo, ia a correr e dava uma biqueirada na bola para o mais longe possível, sem sofrer as devidas consequências desse comportamento.
4) A estratégia inicial de Artur Jorge revelou-se perfeitamente errada e o Porto só não foi para o intervalo com uma desvantagem maior por manifesta incompetência dos avançados alemães na hora da finalização. Além disso, o lance do penalty na área do Porto poderia ter sentenciado o jogo.
5) Fica, pois, para a História, um Porto desconhecido que vergou e humilhou o arrogante colosso alemão. Fica para a História um Golias caído aos pés de um David. E o que a História nos deixou, aquilo que fica, é que o Porto foi um justo campeão. Ainda que a outra história, com "h" pequeno, a história do jogo, tenha sido um pouco diferente daquilo que a História com "H" grande preservou.
No segundo tempo, Artur Jorge lançou Juary, tirando Quim. Puxou Sousa para a esquerda e o brasileiro passou a fazer companhia a Futre na frente. Isto teve o condão de soltar mais o 10 portista, que começou a pôr em água a cabeça aos alemães. Já na primeira parte fora travado em falta várias vezes, mas nesta segunda parte seria ainda mais castigado. O Bayern, apesar da maior audácia portista, nunca se enervou e continuou a controlar a partida. Os primeiros 25 minutos da segunda parte foram repartidos e nenhuma equipa se superiorizou à outra, acumulando-se jogadas de ataque nos dois meios-campos. De assinalar, nesta fase, um excelente remate de Madjer, após um ressalto, que levou a bola a sobrevoar a barra da baliza, bem como um lance na área portista, em que João Pinto derruba Kögl e o árbitro não vê. Logo após este lance, surge a melhor jogada de todo o encontro, iniciada numa tabela de Futre com Jaime Magalhães. O 10 do Porto, recebendo a bola de Jaime, entra então na área com ela dominada, ultrapassa dois adversárias, sentando-os, e remata a rasar ao poste direito da baliza de Pfaff: era o sinal do que viria a seguir. Antes ainda da reviravolta no marcador, nota para uma entrada assassina de Celso, que viu apenas amarelo; para um lance anedótico em que Celso trava Kögl e no qual o árbitro, em vez de dar o segundo amarelo ao central portista, assinala falta contra o Bayern por interpretar que o extremo alemão mergulhara; e para uma sucessão de faltas e de protestos de Jaime Magalhães que lhe poderiam ter valido o segundo amarelo. Artur Jorge faz então entrar Frasco e, minutos depois, numa altura em que o Bayern até já sacudira a maior pressão dos portugueses, um passe em profundidade encontra Juary, que toca pela segunda vez na bola durante os 30 minutos que já estava em campo; este dá para Frasco, que tira um adversário do caminho e cruza; a bola encontra novamente Juary, que remata; o remate vai encontrar Madjer que, de costas para a baliza, já sem Pfaff, utiliza o calcanhar para igualar a partida. Após este lance, Madjer saiu do terreno para ser assistido e, ao reentrar, cria um desequilíbrio na esquerda. Recebe um passe longo, dá um nó de todo o tamanho em Winklhofer e, já em esforço, cruza para Juary que, sem oposição, encosta para o 2-1: estava dada a volta no marcador. Até ao final, o Porto limitou-se a pontapear a bola para onde estava virado e a queimar tempo, sendo que os germânicos perderam todo o discernimento que tinham e não foram capazes de voltar a criar situações de real perigo.
Notas Finais:
1) O Porto venceu num jogo em que foi claramente inferior, aproveitando um lance fortuito e uma desconcentração germânica para marcar. Além de Futre, que conseguiu sempre, através da sua técnica e da sua velocidade, ameaçar as hostes alemãs, e de alguns pormenores de Madjer e Sousa, pouco ou nada o Porto fez para merecer igualar o marcador. Em termos tácticos, os alemães foram superiores até à altura em que sofreram dois golos de rajada, nunca perdendo o domínio dos acontecimentos, gerindo ritmos e conseguindo levar o jogo para longe da sua área. Foi, pois, em pequenos detalhes que o jogo se definiu. Poder-se-ia dizer que as opções de Artur Jorge foram acertadíssimas, mas nem isso é bem verdade. Até à altura do primeiro golo, o Porto da segunda parte limitou-se a chutar bolas para as costas da defesa do Bayern, a solicitar a velocidade de Juary, sendo que os lances raramente assustavam os germânicos. O brasileiro, que acabou por ser decisivo e esteve nos dois golos, tocou três vezes na bola em 33 minutos, o que revela que não teve muito a ver com a vitória. Os lances dos golos nada tiveram a ver com uma mudança de atitude ou com uma melhoria do futebol do Porto: foram lances isolados e o êxito dos mesmos deveu-se a um ou outro detalhe, como o facto de Madjer, no lance do segundo golo, não estar marcado por ter acabado de reentrar na partida.
2) O homem da partida foi Ludwig Kögl, que não parou um minuto e levou tanta ou mais porrada que Futre. Do lado dos germânicos, há ainda a destacar a excelente exibição de Matthäus e alguns pormenores de Rummenigge (irmão de Karl-Heinze Rummenigge), enquanto que no Porto os melhores foram Futre, Madjer e Sousa.
3) Nota negativa, do meu ponto de vista, para Jaime Magalhães, que passou o jogo a refilar e só não foi expulso porque o árbitro não quis, que teve uma entrada maldosa sobre Kögl, já com um amarelo, não tendo ido para a rua uma vez mais por caridade, e que, depois do 2-1, sempre que o árbitro interrompia o jogo, ia a correr e dava uma biqueirada na bola para o mais longe possível, sem sofrer as devidas consequências desse comportamento.
4) A estratégia inicial de Artur Jorge revelou-se perfeitamente errada e o Porto só não foi para o intervalo com uma desvantagem maior por manifesta incompetência dos avançados alemães na hora da finalização. Além disso, o lance do penalty na área do Porto poderia ter sentenciado o jogo.
5) Fica, pois, para a História, um Porto desconhecido que vergou e humilhou o arrogante colosso alemão. Fica para a História um Golias caído aos pés de um David. E o que a História nos deixou, aquilo que fica, é que o Porto foi um justo campeão. Ainda que a outra história, com "h" pequeno, a história do jogo, tenha sido um pouco diferente daquilo que a História com "H" grande preservou.
21 comentários:
O Apito Final rebentou, mas foi um tiro de pólvora seca!
O Benfica e o Sporting foram constantemente prejudicados pelas arbitragens quer a favor do FC Porto, quer contra o SCP e o SLB.
Todos os comentários e punições exemplares que deviam ter sido aplicadas aqui:
http://amesaredonda.blogspot.com/
e aqui:
http://aguia-de-ouro.blogspot.com/
Os Ingleses não jogaram!
Durante 5 anos, o que originou Campeões Europeus Esquesitos.
O Porto ganhou, porque para além da sorte e da arbitragem, o Bayern encarou a partida como já estando ganha.
O Porto parece que é mt grande para este país repleto de pessoas de merda. Ai a azia, não é, otário Nuno e anónimo imbecil??
É isso, é... Da próxima aldrabo e digo que o Porto fez um jogo imaculado, subjugando, durante os 90 minutos, o Bayern ao seu meio-campo. Ao menos assim fica tudo feliz. É incrível como as pessoas gostam das ilusões...
Que aldrabão! O nazi Nuno deve ter visto o jogo com o olho do cu.
Falta falar com o Alex Fergunson, que conhece o Bimbo da Costa desde as meias finais quando treinava o Aberdeen e sentiu na pele os títulos comprados no supermercado.
Perguntem-lhe pelo árbitro Romeno e pelas prostitutas romenas para as campanhas Europeias.
E aquele árbitro que não quis uma menina, quis antes um menino?
Pois, eu inventei isto tudo. Sou mesmo aldrabão. O Porto, na verdade, massacrou os 90 minutos só uma exibição fantástica de Pfaff, o guardião do Bayern, impediu uma goleada.
O nazismo dá para isto, para inventar realidades. Já a estupidez e a cegueira dá para achar coisas que aconteceram, realmente, e para articular raciocínios correctíssimos.
O nuno vê só com o olho do cu! Dos outros é cego o camastrão!
Já te disse que tens razão. Agora volta lá para a casota, tá?
Não concordo, aquela equipa do Artur Jorge era brilhante tacticamente, não me venham dizer o contrário.
E ele disse o contrário ? ele só analisou a final... esta gente!
Acho que o olho do cú dele analisa e vê melhor que os teus 2...
Se for um Portista que diga algo de errado sobre o Porto não ha problema, se for alguem que n é Portista, UI!! isso então é que não!! nem que tenha razão! é só fascismo. É por estas e por outras que o futebol em portugal ja mete nojo e é uma palhaçada...
"aquela equipa do Artur Jorge era brilhante tacticamente,"
Até podes defender isto, mas tens de o defender. Porque é que essa equipa era brilhante tacticamente?
Que biltre horrivel que és... podes admitir que não gostavas do estilo do porto daquela altura, e naquela final em especial, de "combate". Mas daí a chamar-lhe mau jogo...
Eu já vi a repetição do jogo na rtp memória, também. Apreciei bastante o jogo do Porto, num estilo de jogo semelhante ao praticado pelo Porto do Carlos Alberto, muito combativo, sólido a defender, sempre na recuperação de bolas, futebol apoiado, meio campo de pitbulls baixotes, como foi o estilo do Porto durante anos.
Realmente o Porto entrou num 4-5-1 num claro sinal de respeito-medo pelo Bayern, que tinha esmagado o Real do Butragueno nas meias, e jogava em Viena, no Prater, cheio de adeptos seus. Uma táctica parecida com a apresentada pelo Manchester no jogo em Roma, com o Crisnaldo a ponta de lança. Não correu tão bem para o lado do Porto, no início. O Bayern aproveitou a menor experiencia europeia dos portistas, chegou à vantagem, e perpetuou um jogo feio, mas eficaz, que não deixou o Porto jogar, fora num livre do Celso a fechar a primeira parte.
Na segunda-parte, como disseste, entrou o Juary. E aquilo a que chamas uma segunda-parte dividida, eu chamo, não um banho-de-bola, mas um controlo assumido do jogo por parte do Porto. É, para mim, estranho que repares na "espantosa" exibição desse Kogl, um extremo banalíssimo, e não aprecies a sede de vencer de cada um daqueles pitbulls do meio campo do Porto. O André fez um jogo espantoso ao nível da recuperação de bolas, sendo ainda mais importante na altura de defender o resultado. Sousa foi um metrónomo autentico, uma surpresa, visto que não foi titularissimo nessa época (algo que te deve ter escapado). Jaime Magalhães não foi brilhante, mas não fizeste justiça à entrega em campo, patente também nos protestos que tanto criticas. E falas como se o João Pinto tivesse sido comido o jogo todo, o que me leva a pensar que jogo viste... E quanto ao jogo, fico-me por aqui, porque toda a gente sabe que o Futre fez um grande jogo, que o madjer está nos dois, que o Juary isto, que o Frasco aquilo, etc...
Foi um grande jogo À Porto, com muita entrega, futebol apoiado, poucos remates e poucos golos, mas muito jogo de meio campo com classe (Sousa e Madjer) e entrega (André*2). Sei que geralmente usas essa capa de científico da bola para justificares a forma "imparcial" como analisas as "decisões certas" dos "incompreendidos" que fetichizas. Geralmente, faz-me rir. Mas o facto de escolheres cascar no ponto de viragem na história do melhor clube português da actualidade (não confundir com o Máior) encapuzadamente, não te diferencia dos outros blogues orgulhosamente clubistas (ou anti, já que não te descoses). Apesar de discordar da tua opinião quanto ao jogo em questão, mesmo que assim não fosse, recordo-te, pois presumo que já ouviste isto em algum lado:
- As finais não são para se jogar, as finais são para se ganhar.
- Outras "grandes" equipas deveram à sorte e à providência grandes vitórias. O Manchester United do treble, esteve "quase" a ser eliminado nas meias-finais da FA Cup pelo Arsenal, começou a perder a final da mesma, esteve quase a ser eliminado pela Juventus nas meias da CL, ganhou a final do modo que se sabe, e ganhou o campeonato por um ponto. O "grande" Barcelona do Cruyff, que ganhou 4 campeonatos e uma CL, ganhou dois desses campeonatos na última jornada, graças a resultados não satisfatórios dos líderes nos mesmo, alguns em circunstancias incríveis, como no ano do Corunha, e ganhou a sua, até há pouco, única CL, com um golo de livre marcado em descontos. O grande Inter, que tem tantas taças dos campeões europeus como o Porto, ganhou uma delas em circunstâncias bizarras, graças a um frango de Costa Pereira numa das finais mais lamacentas de sempre. Que de certo modo, pagou a forma como o Benfica safou uma das suas taças contra o Barcelona, sendo claramente dominado, mas beneficiando da sorte que bafeja quem lá anda, com direito a duplas carambolas, sem Eusébio.
- O Manchester United vai ser campeão europeu este ano, e não jogou bonito uma vez que fosse desde que saiu dos grupos. O Milan foi campeão no ano passado nas mesmas circunstancias, sendo o melhor jogo deles o jogo "lá" com o Manchester, com direito a golões do Kaká. Antes, o Barça também não jogou bonito depois dos grupos, tendo valido, no entanto, momentos-chave das estrelas e benefícios claros de arbitragem. Antes do Barça, foi o Liverpool, que só garantiu a saída dos grupos no minuto 85 do último jogo e eliminou o Chelsea da forma que se sabe. E no ano antes foi o Porto, que, apesar do mérito todo que se possa atribuir ao facto de um outsider como o Porto ter chegado lá, não apaga o facto de as eliminações dos tubarões nos quartos-de-final ter sido claramente favorável a que um outsider fosse lá (foi o Porto, parabéns ao campeão).
E da próxima vez que falares das "decisões certas" do Farnerud ou do Nuno Assis, pede pra cagar e sai!
Chucke, comentei o que vi. No cômputo das duas partes, o Bayern foi melhor. Tirando o lance individual do Futre e os golos, o Porto não teve mais oportunidades de golo. O Bayern teve várias. Ninguém quer aviltar nada. O Porto foi campeão europeu e isso é o que interessa. Agora, não me venham dizer que fez um grande jogo e que mereceu amplamente essa vitória porque não mereceu. Ganhou nos detalhes e foi só isso. Achar que no primeiro lance a bola ter ido parar ao calcanhar do Madjer foi resultado de uma boa jogada e não sorte é não saber ver as coisas. Achar que o lance do segundo golo não resulta da entrada em campo do Madjer quando o lateral tinha subido também é não saber ver as coisas. O Porto teve mais sorte que o Bayern e isso é evidente. Trabalhou para ela? Na primeira parte, não, tendo a sorte de não estar a perder por mais. Na segunda, melhorou, sobretudo na atitude, mas nunca foi uma equipa esclarecida. O jogo era sempre comprido para o Juary correr. Sabes em quantas bolas ele tocou nessa forma de jogar? Em nenhuma. O Bayern, nessa fase, não teve tanta posse de bola como na primeira parte, mas também não se encolheu e jogo de igual para igual, criando perigo em jogadas de contra-ataque. Só depois dos golos do Porto, ou seja, nos últimos 12 minutos, é que o Bayern não foi capaz de chegar à baliza do Porto. E nessa altura o Porto também não estava interessado em chegar a lado nenhum. Por isso, se houve alguma equipa melhor, essa foi o Bayern.
Eu sou clubista porquê? Sabes qual é o meu clube, por acaso? Se calhar até é aquele do qual sempre disse pior. O Porto do Mourinho foi das melhores equipas que vi em Portugal. Se sou clubista, por que é teria esta opinião? Aquilo contra o que me insurjo pode estar representado tanto no Benfica, como no Sporting, como no Porto. se sou anti alguma coisa, sou anti mau futebol. E é nessa perspectiva que me enquadro. Jamais me verás atacar um clube só por não ser o meu ou porque não gosto desse clube. Sempre que atacar alguma coisa será um ataque a ideias, a filosofias, a formas de estar no futebol, a pontos de vistas, etc. Nunca serão ataques a emblemas. Vi esta final porque pensava que o Porto tinha esmagado a equipa alemã (foi isto que a História preservou) e pensava tecer elogios à equipa portuguesa. Fiquei, por isso, decepcionado com o que vi e não posso deixar escapar o quão ridículo é as pessoas tentarem convencer-se de que aquela final espelhou a supremacia azul e branca. Enquanto equipa, o Porto foi uma nulidade. Valeu pelo empenho e isso é muito pouco. Depois teve jogadores em bom plano, como referi: Futre, Madjer e Sousa. O André, é verdade, lutou, mas foi só isso. Essa de um jogador que luta muito e que ganha muitas bolas ter de ser louvado não é para mim. Talvez seja por ser um biltre. Mas também pode ser por ter a consciência de que o futebol não é uma luta de galos. Quanto ao João Pinto, não foi sempre comido. Mas foi quase sempre. E praticamente não atacou. O Inácio idem. Os centrais pareceram-me muito duros de rins. O Jaime Magalhães foi absolutamente horrível, valendo, lá está, pelo empenho. O melhor que se consegue dizer da exibição do Porto é que foi "empenhada". E do empenho à competência vai uma distância enorme...
Meter no mesmo "saco" o Porto do Artur jorge e o porto do Mourinho,( assim cm o Milan do Ancelotti, o Barça do Cruyff, ou o Barça doRijkaard ) é, no minímo, irresponsável.
Estamos a falar de treinadores com concepções de jogo totalmente diferentes.
Para o Artur Jorge o conceito de organização defensiva consistia em aglomerar um gd numero de jogadores em zonas defensivas, isto tudo num bloco baixo. Nesse ano não sei se foi assim, mas os anos em que o vi treinar sempre assim foi.
É giro aproveitares apenas as frases de alguém que realmente percebe de futebol, e não te debruçares sobre o trabalho do mesmo. Assim, perceberias que essa mesma pessoa utilizou essa expressão cm incentivo, cm um apelo aos jogadores. Não pretendendo, de forma alguma, abdicar do seu "jogar bem".
Vou só deixar mais um comentário, que não interessa para muito, mas do qual me esqueci:
- A dupla de centrais não foi a dupla de centrais titular. Como disseste jogaram o Eduardo Luís e o Celso, que estavam lá a substituir os lesionados Lima Pereira e Eurico Gomes, que foram os titulares da selecção na qualificação para o Euro-84, na competição também, salvo erro, e durante grande parte dos jogos de qualificação para o Mundial-86. Sousa, apesar do bom jogo que fez, não era titular na altura, sendo a surpresa resultante do lesão-castigo-não me lembro do bibota gomes. Sendo que o Porto jogava geralmente com 3 atacantes na altura, podes tirar as tuas conclusões quanto ao quão plano-B foi a final.
Fico à espera de saber da tua parte quantos elementos fulcrais não jogaram pelo Bayern.
Qual foi a parte de "isto é um comentário sobre a final" que não percebeste? Quero lá saber se faltaram jogadores ao Porto. Eu comentei a final. Mas, por acaso, o Bayern também não tinha o Augenthaler e o Wohlfarth, que tinha marcado nos quartos-de-final e nas meias-finais.
de calcanhar obla, vai buscar! xD
gonçalo, deixa-me que te diga que és um bocado para o obtuso.. se nesse ano não sabes se foi assim, porque é que dizes que é irresponsável colocar no mesmo 'saco' o porto de artur jorge, o de mourinho e por aí fora.. ganha juízo e fala só do que sabes.. ou então documenta-te, para saber o que dizes.. quanto à final tendo a concordar com o nuno, embora não em tudo. de qualquer forma, esse porto e o do ano seguinte, era uma equipa espantosa (como ressalta o chucke).
"se nesse ano não sabes se foi assim, porque é que dizes que é irresponsável colocar no mesmo 'saco' o porto de artur jorge, o de mourinho e por aí fora"
Porque as equipas do Artur Jorge valem única e exclusivamente pelas individualidades. Se ele trabalhasse de forma diferente, nos outros clubes por onde passou teria realizado bons trabalhos, e aqui não me refiro só a resultados, mas também ao nivel exibicional das equipas que ele constrói. Benfica e selecção nacional são um exemplo perfeito disso. è um treinador que, claramente, confunde organização defensiva com aglomeração de unidades defensivas
Por isso, posso apenas falar do que sei, e ao mesmo tempo, dizer que é irresponsável colocar no mesmo saco do ARTUR jORGE, qlq equipa treinada por qlq um dos treinadores que referi. Devia ter explicado, mas pelos vistos sobrestimei-te, que o que se punha em causa nãp era o sucesso que um treinador poderá, ou não, alcançar, mas a sim de que forma o alcançou, com que objectivos, e conceitos. Por isso é que tu não compreendes pq é que treinadores cm o Jaime Pacheco, José Mota, Machado, etc., tão depressa "alcançam" boas épocas, cm outras miseráveis logo a seguir.
Trata-se de factores de circunstâncias que lhe permitem esses mesmo êxito, e não os seus predicatos. O trabalho que desenvolvem têm pouco peso nos sucessos que alcançam.
Mas agradeço o elogio. Grande Abraço , eu disse.
Madjer anotou golo ao estilo "Di Stéfano"(taconazo da Seta Loira)
Enviar um comentário