domingo, 24 de fevereiro de 2008

Estupidificação

No dia em que um dos mais promissores jogadores do Arsenal viu a sua carreira em risco após uma entrada criminosa de um defesa adversário, é tempo de reflectir sobre esse pseudo-desporto que se pratica em terras de Sua Majestade e que os ingleses gostam de pensar que é futebol... Eduardo da Silva falhará, provavelmente, o europeu deste ano e, pelas poucas imagens que passaram, poderá mesmo não voltar a jogar futebol. Tudo por causa de um rinoceronte fugido do jardim zoológico. Logo no início do encontro, o defesa Martin Taylor tem uma entrada absurda. O animal foi, às leis do jogo, devidamente punido, ficando impedido de jogar o resto do encontro. Mas uma entrada destas, do meu ponto de vista, deveria ter punição exemplar. Este jogador deveria estar impedido de jogar, no mínimo, o mesmo tempo que o colega de profissão que aleijou. O que interessa aqui frisar é que o futebol inglês é pródigo neste tipo de lances. Mas, apesar disto, ainda há bestas que têm a desfaçatez de afirmar que o futebol inglês, embora viril, combativo, duro, não é violento nem é inspirado por maldade. Digam isso ao Eduardo da Silva e, se se lembrarem de um atrasado mental chamado Ben Thatcher, também ao Pedro Mendes...

O objectivo deste texto é, porém, outro. Entradas como estas têm tanto de maldade, de selvajaria, de barbaridade, como de estupidez. E é aqui que pretendo chegar: no futebol inglês, abunda a estupidez e a irracionalidade. Nesta mesma tarde, assisti a alguns momentos do Liverpool-Middlesborough e o primeiro golo nasce de um erro infantil de Júlio Arca. Ora, este mesmo jogador caiu nas minhas boas graças há 7 anos, no decorrer do mundial de sub-20. Na altura, Júlio Arca era o defesa-esquerdo da magnífica selecção argentina que venceu o torneio. Nessa equipa, despontavam jogadores talentosos como Javier Saviola (o melhor marcador de sempre de um mundial de sub-20), Andrés D'Alessandro, Leandro Romagnoli, Fabricio Coloccini, Maxi Rodriguez e Mauro Rosales. Houve, no entanto, dois outros jogadores que me agradaram e que não mais tive oportunidade de ver jogar: Nicolás Medina e Júlio Arca. Apesar de saber do seu percurso, desde a final de 2001 que não via jogar Arca. Foi, portanto, com alguma surpresa que o vi actuar no meio-campo e com perplexidade que o vi cometer um erro tão infantil. Em primeiro lugar, é importante tentar perceber a sua posição em campo. Júlio Arca era defesa-esquerdo, tecnicamente evoluído, como qualquer lateral sul-americano, muito inteligente e forte no jogo interior. Em Inglaterra, mais do que noutros países, um jogador que tenha um pouco de habilidade e esteja rotinado a defender é aproveitado para o meio-campo. É o que parece que aconteceu com Júlio Arca. Dotado de técnica e discernimento acima da média, Arca joga no meio-campo (não sei se é costume ou se foi apenas acidental). Isto, na minha opinião, é um erro, até porque creio que o argentino tinha tudo para ser um dos melhores na sua posição de origem.

Esquecendo isto, importa tentar perceber tamanho erro vindo de um jogador tão esclarecido. Do resto dos lances que vi dele, gostei da forma tranquila e racional como os abordava: era dos poucos, juntamente com Rochemback, que procurava jogar curto; saía a jogar sempre que podia, esforçando-se, mesmo dentro da sua grande área, por não desperdiçar a posse de bola à toa; procurava passes verticais, normalmente para Tuncay. Por tudo isto, aquele lance só pode ser visto como uma aberração. O que é verdade é que o futebol inglês é propício a este tipo de lances. A obrigação de jogar rápido, o hábito de executar primeiro e pensar depois está tão arreigado na mentalidade britânica que as equipas jogam pressionadas por isso. Júlio Arca, noutro campeonato, com outra cultura, ter-se-ia apercebido que estava sozinho, teria parado a bola, colocado a mesma junto à relva, levantado a cabeça e jogado calmamente. Como estava no campeonato inglês, no qual um simples pontapé sem nexo provoca acelerados batimentos cardíacos nos adeptos, Arca estava pressionado pela obrigação de fazer tudo em velocidade. Muitas vezes, em muitas ocasiões, o melhor é pausar o ritmo de jogo, jogar devagar, fazer as coisas lentamente, mas bem. Muitos dos erros que se vêem no campeonato inglês devem-se à velocidade estonteante e irracional a que se joga. Foi o caso deste falhanço. Não parando para pensar, querendo executar demasiado rápido, Arca isolou Fernando Torres, que fez o golo. Porque se sentiu na obrigação de não perder tempo a pensar, o argentino cometeu um erro grave, que não tem desculpa, é certo, mas que tende a acontecer em Inglaterra com mais frequência do que noutros sítios. Muitas vezes, sobretudo na zona de meio-campo, os jogadores devem preferir a segurança, a exactidão do passe, a posse de bola, ainda que inconsequente, à velocidade. No meio-campo, as transições devem ser, por isso, curtas, acauteladas e, se bem que um jogador não deve, por princípio, ficar na posse de bola demasiado tempo, tem de lhe ser incutida a necessidade de não executar excessivamente rápido e de, caso seja necessário, tentar reter a bola em seu poder até ter condições ideais de endereçá-la a um colega. É por isso que a qualidade técnica e a inteligência são importantes em qualquer jogador, mas ainda mais nos jogadores de meio-campo, incluindo médios-defensivos. Um jogador que privilegie a segurança à velocidade, a posse de bola à intensidade de jogo, dificilmente cometerá erros destes. Há um sueco em Portugal de quem ninguém gosta que é o exemplo paradigmático disto.

Resumindo, erros como o de Júlio Arca esta tarde, ou entradas violentas como a de Martin Taylor, ainda que não possam ser desculpados, são, em grande parte, explicados pela irracionalidade do futebol britânico. Vítimas da mentalidade de guerrilha do futebol britânico, os jogadores que actuam nestes campeonatos tendem a esquecer-se do intelecto em casa e a jogar emocionalmente, como se o caminho para o triunfo num jogo de futebol fosse o mesmo que para uma batalha. Ora, isto tanto pode dar para fazerem coisas sem nexo, como pode dar para disputarem bolas como se estivessem a lutar com javalis. O futebol inglês, em muitos casos, é assim um poço de estupidificação. Jogadores como Júlio Arca, que têm qualidades intelectuais acima da média, acabam por cometer erros incríveis exactamente por serem obrigados a ignorar a importância do intelecto no futebol. Assim de repente, lembro-me, não há muito tempo, de um dos melhores jogadores da liga inglesa, Steven Gerrard, cometer um erro semelhante, pelas mesmas razões. Recordo-me ainda de achar que Manuel Fernandes, ao voltar ao Benfica no início desta época, depois da experiência no Everton, estava pior jogador do que antes. A opinião pública era diferente: Manuel Fernandes voltava mais jogador, tinha mais garra, vinha mais forte, com uma mentalidade mais competitiva, etc. Isto tudo era verdade, mas naquilo que importava, no plano das decisões, Manuel Fernandes não tinha evoluído rigorosamente nada. Estava até, do meu ponto de vista, mais fraco, pois vinha com os vícios do campeonato inglês. Ao contrário do que se dizia, Manuel Fernandes não evoluíra; estava o mesmo, com mais alguns argumentos a nível físico, mas definitivamente pior em termos intelectuais. Lembro-me de discutir com muita gente sobre a forma como o futebol inglês o estupidificou. Não tenho dúvidas nenhumas que assim foi e que muitos jogadores não evoluem porque são vítimas dessa estupidificação. Este erro de Arca é mais um exemplo disso mesmo. O futebol inglês, apesar de todo o brilho que ostenta, de todo o "glamour" hollywoodesco, de todo o dinheiro que o envolve, não passa de uma luta de galos na qual se pede que os jogadores invistam uns contra os outros com toda a força que tiverem, sem estratégias e sem ideias...

29 comentários:

Pedro disse...

Não posso concordar nem um pouco com o teor da critica ao futebol inglês. Entradas destas acontecem em todos os campeonatos. Bem no italiano, q tu tanto aprecias, entradas desas são mato....basta ver o curriculo de Materazzi.

O jogo inglês é duro sim senhor mas não é violento, joga-se o jogo pelo jogo, os jogadores só ficam mesmo no chão qd é motivo para isso. É lógico q há muitas entradas faltosas q não se marcam, mas esse é o espirito da coisa naquelas bandas. Em Itália o jogo tb é duríssimo e roça muitas vezes a violência.

Essa critica exclusiva ao futebol inglês não faz sentido. E até posso concordar ctg na estupidez o q me faz considerar o futebol italiano ainda mais violento pq eles lá batem com inteligência!!

TAG disse...

Ja vi entradas muito piores que nem um ematoma provocaram, como ja vi jogadores (larsson) a partirem a perna praticamente sozinhos...

Nuno disse...

Bad-Religion, a entrada não é com muita força, mas é na zona certa e apanha o pé fixo no chão. Não sei se viste as fotografias da outra câmara. A perna dobra toda e há um momento em que parece que o pé fica preso ao resto da perna apenas por sorte. A entrada é violentíssima não pela força, mas pela forma como acertou. E é isso que critico. Um pontapé no peito poderia parecer mais violento mas teria certamente menos consequências.

Pedro, achas mesmo que isto acontece noutros campeonatos? À excepção de Materazzi, que é um gorila enraivecido, tens que outros exemplos? Em Inglaterra, isto é muito mais comum. E não é só pela dureza natural do futebol britânico. Eles são mesmo maldosos. Lembras-te do lance que falei do Pedro Mendes? Esse Ben Thatcher, antes de deixar o Pedro Mendes KO, já tinha perfurado um pulmão a outro gajo. O John Terry tem quantas entradas violentas por jogo? O Petr Cech ficou em risco de não jogar mais em que país? O Roy Keane, o Gascoigne, o Robbie Savage jogaram onde? Desculpa lá, mas isto acontece com muito mais frequência em Inglaterra do que em qualquer outro sítio. E acontece por duas razões: porque o futebol lá é mais duro e porque os britânicos são, por natureza, mais selvagens, mais violentos. Nem sequer compares com Itália, que, isso sim, é estupidez...

Nuno disse...

Ah, e o Materazzi acerta para fazer doer, não para partir pernas ou deixar os outros inconscientes. É maldoso, sim, mas não me lembro, assim de repente, de ter provocado lesões graves como os ingleses o fazem...

Anónimo disse...

Também não aprecio o futebol inglês e concordo com muito do que o nuno diz.

À parte disso sou grande fã do materazzi e é sem dúvida um central viril e muitas vezes até barbaro. Ainda assim ele só utiliza essa virilidade quando tem que compensar o seu défice posicional(que é muito diga-se) e a jogada pode dar perigo. aí ele não tem contemplações, dá para fazer a falta. Se der pra doer e intimidar melhor! Apenas me lembro de um caso muito grave que não consistia em intimidação ou travar do adversário: Sorín! essa foi simples e pura violencia!

Quanto ao manuel fernandes gostava muito mais dele quando era miudo. Quando pegava na bola e olhava de imediato para os companheiros e fazia fluir o jogo do slb numa transição rapidissima (um pouco como fazia o mikel no chelsea de mourinho). Agora, que já é "estrela" e já percebeu que tem uma técnica refinada e acima da média prefere agarrar-se à bola e incorre em demasiados confrontos físicos que apenas bloqueiam o jogo no meio campo.

cumprimentos

Anónimo disse...

apenas acrescentar acerca do materazzi que ele nunca entraria assim a uma bola daquelas (em relação à lesão do eduardo). Ninguém em lado algum disputa uma bola de meio campo sem perigo numa entrada daquelas!!! só mesmo em inglaterra onde pensam que cada jogada é a última!

cumprimentos

Peyroteo disse...

Também sou um crítico do futebol inglês, mesmo que tenha um número cada vez maior de jogadores estrangeiros. Não gosto do futebol que por lá se pratica e um bom jogador pode encontrar muitas dificuldades para se adaptar. Veja-se o caso do Shevchenko, por exemplo.
Quanto às entradas duras, penso que faz parte da cultura do futebol inglês e são muitas vezes os adeptos que incitam esse tipo de lances. Esta entrada do Martin Taylor é assassina e, pelo menos, devia ficar parado até o Eduardo voltar a jogar.

Anónimo disse...

Deixa cá ver - Nedved manda Figo para o estaleiro durante vários meses... foi em Inglaterra, certo? Olha, não foi...

Figo acabou com a carreira de um rapazito que jogava em... Inglaterra, certo? Não, não me parece...

Van Basten? Jogou em Inglaterra, certo? Olhe que não...

Ronaldo? I don´t think so...

Lembram-se do Rui Águas, que ficou com um pé para o lado e a perna para o outro? Kiev não fica em Inglaterra, pois não???

E se o Nuninho tirasse as palas???

Anónimo disse...

anonimo

aqui fala-se da violencia das entradas!

a entrada do nedved no figo não teve nada de violento. foi apenas um azar como acontecem muitos.

a entrada do figo não só foi pontual como foi casual! ambos jogadores entraram a uma bola disputada e o cesar acabou por sair magoado! nao houve violencia!

tanto o van basten como o ronaldo se lesionaram sozinhos! o ronaldo entao das 3 graves que teve no joelho foram todas sozinho. o van basten nao sei se teve alguma provocada mas a que o afastou foi sozinho e era um problema continuo!

a do rui aguas nao conheço.

convém perceberes do que se está a falar antes de mandares "bitaites".

cumprimentos

Anónimo disse...

Pois, ó Silva, tu é que és o juiz que distingue as entradas "violentas" das "viris"...
olha, por acaso até estava a ver em directo o jogo em questão e não fiquei com a sensação que a entrada do rapaz Taylor tivesse provocado uma lesão daquela natureza... aliás, duvido muito que houvesse intenção (ao contrário da famosa intervenção daquele selvagem inglês, o Bynia, que claramente foi ao osso... o diacho, mas isso foi na Escócia...).

Essa do Van Basten e do Ronaldo se aleijarem sozinhos é para rir, não? Quantas traulitadas é que o Ronaldo levou, para ficar como está? E o Van Basten, fico incapacitado porque escorregou na banheira, foi?
"Lesionaram-se sozinhos" - give me a break!!!! "Azares" - o teu azar é pensares pouco, pá!!!

Nuno disse...

Anónimo, voltaste! Confesso que já sentia saudades dessa mania de teres piada e desses travessões...

Pá, o pedro silva já disse tudo. A lesão do Figo não tem nada de intencional. Ronaldo e Van Basten lesionaram-se realmente sozinhos. Se quiseres, vai procurar à net e vês como foi. Essa do ter levado porrada de modo a ir desgastando o joelho é mesmo de quem não percebe um chavo de futebol...

Pá, não digo que não aconteça noutros sítios, mas é evidente que lances violentos acontecem muito mais frequentemente em Inglaterra do que noutros sítios. Desafio quem quer que seja a mostrar uma entrada mais violenta do que a do Ben Thatcher ao Pedro Mendes...

Quanto à entrada do Martin Taylor, a câmara do jogo dá realmente a ideia de que o lance não é nada do outro mundo. Mas a outra câmara mostra o que aconteceu. A entrada é para matar, a meio da perna e nunca à bola. Sugiro que vejas de novo; tenta o link do post.

P.S. Se houver bom senso e se se perceber de futebol, não é preciso haver juízes para decidir se as entradas são viris ou violentas. Só um mentecapto é que pode dizer que esta entrada foi só viril. Ou então um coxo, que nunca jogou à bola na vida...

José Leal disse...

A entrada do Figo é tão pontual e casual que ele foi expulso.

http://www.youtube.com/watch?v=Rp3XrSDnJ3M

Que existem animais como Keane e Vieira que se escudam da boa fé do jogo inglês, é uma realidade.

Mas basta ler a biografia do Maradona, o que ele diz dos espanhóis e do que diz dos ingleses.

Aliás basta ver a lesão que o Maradona sofreu em Bilbau.

José Leal disse...

Peço desculpa, o Figo não foi expulso, levou o cartão amarelo.

Nuno disse...

A única lesão grave que o Maradona teve foi em Espanha e é natural que não tenha guardado boas recordações dos espanhóis. Essa entrada foi maldosa, sim, mas entradas como essas são muito mais comuns em Inglaterra do que noutros sítios. É natural que o Maradona tenha os ingleses em melhor conta que os espanhóis, pois não jogou lá. Agora, é inegável que em Inglaterra o futebol é muito mais violento. É o futebol, nesse sentido, mais primitivo, fazendo lembrar o futebol dos anos 60, quando havia agressões a torto e a direito e ninguém fazia nada. Pá, mas basta ver os videos com antologias de lances desses e mais de metade dos lances são do campeonato inglês. Querer ignorar isto é ser hipócrita.

Nuno disse...

Quanto ao lance do Figo, sejam honestos, vá lá. É possível comparar uma coisa com outra?

Anónimo disse...

jose leal. o facto de ter visto o amarelo nao significa que o lance tenha sido violento! teve sonsequencias muito graves sem duvida. mas nao havia a minima intençao de agredir o jogador. o figo tentou jogar a bola. e vdd que nao entra de forma muito ortodoxa mas nao tinha intençao de magoar o cesar. o cesar chegou primeiro e o figo chocou com ele.
acontece!
a violencia dos lances e definida pela forma como sao feitos nao pelas consequencias. posso ter uma entrada violentissima sem consequencias (como a do bynia) e uma banal com conseuencias devastadoras!

ps. quanto ao anonimo acho que o nuno disse tudo.

cumprimentos

Pedro disse...

"Desafio quem quer que seja a mostrar uma entrada mais violenta do que a do Ben Thatcher ao Pedro Mendes..."

Esta frase é um disparate total qd usada no cotexto em q está. É ridiculo dizeres isto para defenderes q o futebol inglês é o mais violento. Se o futebol italiano tiver centenas de entradas um bocadito menos violentas q esta não pode ser mais violento q o inglês? Não faz qqr sentido.

Seria o mesmo q alguem defender q o futebol inglês é o melhor e o mais bonito etc e tal pq teve o golo mais bonito de sempre (suposição). Não faz sentido.

Não me lembro de um jogador em actividade com um curriculo como o Materrazi. Qqr busca no Tube mostra lances q quase transformam esta entrada do Taylor numa brincadeira e muitas vezes o italiano passa sem sanção.

Pediste uma entrada pior q a q Pedro Mendes sofreu? Toma lá esta: http://www.youtube.com/watch?v=Tdd2-W4P49c

E há outra q não consegui isolar q é um jogador faz carrinho e outro salta-lhe com os dois pés em cima... E não é no futebol inglês. E muitas mais existem...

Pedro disse...

E já agora toma lá mais esta http://www.youtube.com/watch?v=1vmkoLe1vCI e diz-me se não se bate com a do Mendes...

:)

Anónimo disse...

bem pedro. comparares essa do nuno valente com a do pedro mendes é como comparares o Fornos de Algodres ao real madrid!

cumprimentos

Nuno disse...

Pá, a segunda nem comento. A primeira é muito violenta, mas não é tanto como a do Pedro Mendes. A grande diferença é que numa os jogadores estão quase parados, noutra o Ben Thatcher vem a correr e espeta o cotovelo na cara do Pedro Mendes.

Tens razão quando dizes que uma entrada muito grave não pode definir o futebol num país. Não o referi com essa intenção nem para servir de argumento. É apenas um exemplo do que se passa regularmente em Inglaterra. Também concordo que o Materazzi é o jogador com a ficha mais suja que conheço, embora as entradas dele raramente sejam para magoar a sério (leia-se lesionar gravemente). Agora, criticas-me por uma coisa e fazes precisamente o mesmo. Brilhante! E queres que o Materazzi, por ser o gajo mais porco que há a jogar, sirva de argumento e de sinédoque para que todo o futebol italiano seja o mais porco. Fixe...

Pedro disse...

"Agora, criticas-me por uma coisa e fazes precisamente o mesmo"

Não senhor...apenas estou a dizer q o Materazzi tem no seu curriculo entradas bem mais violentas q a do Taylor.

A entrada do Nuno Valente tem tanta maldade como a do Ben Tacther. A diferença é somente na rapidez do lance.

Nuno disse...

"A entrada do Nuno Valente tem tanta maldade como a do Ben Tacther. A diferença é somente na rapidez do lance."

Han? A rapidez? Sabes por acaso como é calculado o momento linear? A massa vezes a velocidade. O impacto do lance do Pedro Mendes é sempre mais violento porque a velocidade a que se dá é maior. E os jogadores têm consciência para perceberem isso. Achas igualmente maldoso? Eu acho que o Nuno Valente, apesar de tudo, foi muito mais consciente que o Ben Thatcher. Mas isso sou eu...

Nuno disse...

A diferença é mais ou menos a mesma que levar com um taco de basebol ou com um camião cisterna a 80 kms/h...

Anónimo disse...

de qualquer das formas o nuno valente está em casa agora: no campeonato dos caceteiros! sempre gostei do nuno valente. creio que a sua melhor arma é msm a virilidade. As suas entradas parecem subtis mas ele "sabe bater" e deixa um jogador queimado para o resto do jogo.
Vejam por exemplo o amarelo que ele viu contra a holanda no mundial. Parece um toque simples. vejam como o van persie sai de la a coxear. e não mais correu no jogo. nem cheirou bola!

cumprimentos

Pedro disse...

Não...se calhar ao Nuno Valente faltou foi a oportunidade de vir a correr. A maldade está lá, a forma é q foi diferente.

Nuno disse...

Ya, ya, foi isso, foi, pedro...

Anónimo disse...

"Ah, e o Materazzi acerta para fazer doer, não para partir pernas ou deixar os outros inconscientes."

"explicados pela irracionalidade do futebol britânico."


hahahahahahaha és uma anedota miúdo, atira-te a um poço.

Nuno disse...

Rui, sou uma anedota porquê? Que entradas do Materazzi provocaram lesões graves? E a irracionalidade do futebol inglês serviu-te, foi? O que vale é que eu sou uma anedota... Já os papagaios são gente com nível...

Anónimo disse...

os papagaios são gente looool