segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

A grande mentira do futebol.

Este vai ser, provavelmente, um post bastante polémico.
Apesar de admitir que o fenómeno futebol em Inglaterra é excitante, e de certa forma, um grande espéctaculo ( com todos os seus ingredientes - adeptos incansáveis, boas molduras humanas nos estádios, etc.), acho que o futebol, enquanto jogo, é pobre. Mais, acho lamentável a maneira como os árbitos conduzem os respectivos jogos. E a provar o que digo, confirmem a quantidade de entradas violentas que existem todas as jornadas naquele campeonato. Quando me dizem que ali não embarcam em teatros, sou levado a concordar, ali bate-se a valer. É ridícula a justificação que se dá para permitir aquele tipo de atitude que é rainha na Premiership. O futebol é um desporto viríl! Calculo que os momentos de ouro da história do futebol, estejam repletos de virilidade. Pois são homens como Jorge Costa, Paulo Turra, Vidigal, Petit, etc, que nos fizeram apaixonar pelo jogo. Não essas meninas, como Zidane, Laudrup, Baggio, MARADONA, Van Basten, etc.

Outra coisa que não concordo é com o mito de que em Inglaterra o futebol é mais verdadeiro. É apenas um eufemismo para a realidade: é um futebol pobre em termos tácticos, sem ideias, baseado única e exclusivamente, nas pontecialidades fisicas/técnicas dos seus jogadores. Tomemos o exemplo do MU: no último jogo, contra o Fulham, não fosse a qualidade técnica de alguns jogadores, poderia-se dizer que estávamos perante um jogo dos distritais. Sem qualquer tipo de transições definidas, assistiu-se ao estilo very british, kick and run. Entregando a sua sorte ao acaso, Sir Alex, teve em Cristiano Ronaldo a solução para um jogo que parecia condenado. E dei comigo a desconfiar do futebol; como poderia ele recompensar alguém que o ignorava daquela forma, rebaixando-o a um nivel tão primitivo? Fazendo dele não mais do que um desporto baseado em apenas músculo, suor, e uma percentagem exígua de inspiração, sem qualquer qualidade? Porém, a explicação é simples. Num campeonato como aquele, em que todas as equipas, excepto, o Chelsea e o Arsenal, são pobres do ponto de vista táctico, quem tem os melhores jogadores, e a sorte de não ter um grande número de lesões, vence. Com um modelo de jogo básico, e primítivo, conseguem alcançar resultados. Contudo, na europa, as coisas já soam de maneira diferente. E por isso, à excepção do Arsenal e Chelsea, o seu contributo nas provas europeias ficam sempre aquém. O futebol em Inglaterra é jogado de maneira etérea. Sem esquemas, é o país do fair-play. Ok, voltemos então ao jogo do sabado passado. Depois de conseguir o 2-1 de forma casual, como é que o MU passou os últimos 5 minutos de jogo? Pois é, da maneira mais nobre, e leal: levando a bola para a bandeirola de canto, tentando queimar todos os segundos, tentando proteger a bola junto do quarto circulo. Porque, lá está, ter um modelo de jogo definido, que lhe permitisse manter a posse de bola trocando a mesma entre os seus jogadores isso era feio, e desleal. Ok.

2 comentários:

Anónimo disse...

Se há equipa que não é pobre do ponto de vista táctico, essa equipa é o Liverpool.

Gonçalo disse...

Sim, admito que me esqueci, dessa equipa. É, sem dúvida mais evoluida que a maioria das equipas, inglesas, à excepção das que ja referi, todavia, por ser uma equipa muito agarrada a conceitos defensivos, dificilment e poderá fazer sucesso numa prova onde ganha quem amealhar o maior número de pontos possível. Mas resgistei, e concordo, com esse facto.