terça-feira, 4 de março de 2014

Três Apontamentos

No fim-de-semana passado, sem ninguém saber porquê, nem mesmo o seu treinador, Miguel Rosa ficou na bancada e não defrontou o antigo clube. O Benfica ganhou sem jogar bem e beneficiou de um erro do árbitro, mas continuo a achar que ninguém deu importância àquilo que realmente importa. Maus jogos e vitórias à custa de foras-de-jogo mal tirados acontecem a toda a hora. Que um jogador que andou claramente a ser queimado nas últimas cinco épocas se tenha desvinculado do clube que andou a tentar acabar com a sua carreira e que, ainda assim, continue a ser queimado é que me parece motivo de uma investigação. Se houvesse jornalismo a sério em Portugal, e se por algum milagre parte desse jornalismo fosse dedicado ao jornalismo desportivo, andava meio país de volta de Miguel Rosa, dos dirigentes do Belenenses e dos Carraças que para aí andam. É inacreditável que um dos mais promissores jogadores da sua geração, mesmo tendo conseguido libertar-se do vínculo com o clube ao qual deu mais de metade da vida, continue a ser prejudicado por, de algum modo, ter pisado os calos a alguém com suficiente poder para lhe arruinar a carreira. Fora das quatros linhas, o futebol são hienas. Como tenho opiniões controversas acerca do que fazer a hienas, abstenho-me de dizer mais do que isto.

No mesmo fim-de-semana, uma paulobentice por um discípulo. O futebol das equipas de Abel é tão pobre que ficar do lado do treinador, por mais razão que possa ter, me parece idiota. Não sei o que se passou, e na verdade não preciso. A ser verdade o que foi noticiado, Iuri Medeiros entrou em campo na segunda parte, provavelmente já amuado, e não mostrou muita vontade, sobretudo em defender. Devo dizer que o simples facto de um dos mais talentosos jogadores da equipa ficar no banco me parece mais grave do que qualquer amuo de um miúdo de 20 anos. O problema de Abel é que nunca foi muito talentoso. Quando se tem talento, e se vê outros que não o têm a jogar no lugar de quem o tem, é difícil arranjar motivação. Alegam os mais conservadores que poder um dia jogar na equipa principal devia ser motivação suficiente para Iuri. Quem o alega não sabe o que é jogar futebol, não sabe o que é ter consciência de que se é muito melhor do que certos colegas e ser preterido porque esses colegas são mais "esforçados", não sabe o que é ter expectativas quanto à progressão numa carreira curta como a de jogador de futebol e sentir, semana após semana, que essa progressão depende de quem não percebe nada do jogo, etc.. Iuri Medeiros é um dos melhores jogadores da sua geração. Tem mau feitio? É irreverente? Acha que é vedeta? Estes jogadores motivam-se pondo-os a jogar, dando-lhe responsabilidades acrescidas. Ninguém com o perfil dele fica melhor jogador por ser castigado. Os castigos vão apenas fazer com que se sinta mais revoltado e com menos vontade de mostrar o que vale. Se querem ensinar-lhe alguma coisa, a ser solidário, por exemplo, façam com que se sinta responsável por alguma coisa: dêem-lhe a responsabilidade de bater os cantos, de usar a braçadeira de capitão, etc.. Enquanto não compreenderem que os jogadores de futebol, nos dias que correm, não cumprem deveres só porque é isso que devem fazer, não compreenderão nada e continuarão a desperdiçar talentos. Para que alguém como Iuri faça em campo o que Abel gostaria que ele fizesse, era preciso que Abel o convencesse de que ele, mais do que um dever a cumprir, tem uma responsabilidade para com ele mesmo. Mas isso, dado o perfil de treinador de Abel, é coisa que dificilmente será capaz de fazer. Esperemos, para o bem de Iuri e do futebol português, que Abel não dure muito tempo nestas funções.

Muito se tem falado do Atlético de Madrid de Diego Simeone esta época. A minha opinião mantém-se mais ou menos a mesma, independentemente de este ano estar envolvido na luta pelo título. Reconheço que, defensivamente, o Atlético é uma equipa que raramente se desorganiza, que defende com muitos homens junto da bola, e que sabe escolher os momentos de pressão. Reconheço também que essas são as únicas virtudes da equipa. O resto é fé, muita fé, níveis de confiança altíssimos, e a equipa mais parecida com o Boavista de Jaime Pacheco desde que deixaram de permitir dez entradas acima do joelho por jogo. O desafio deste fim-de-semana, frente ao rival de Madrid, tirou todas as dúvidas. Mourinho tinha construído uma equipa de caceteiros (até Ozil batia), uma equipa que só com muita boa vontade dos árbitros, sobretudo nos jogos contra o Barcelona, era capaz de terminar a partida com onze jogadores. Passado o período de Mourinho, essa equipa perdeu boa parte desses maus hábitos, salvo talvez os dois animais que jogam como defesas centrais. Devo dizer, porém, que essa equipa, ao pé do Atlético de Madrid de Diego Simeone, era uma equipa de escuteiros. Ao intervalo, este fim-de-semana, quantos jogadores do Atlético de Madrid teriam conseguido permanecer em campo, com um árbitro rigoroso? O Atlético entra em campo com onze arruaceiros, e a arruaça é, sem sombra de qualquer dúvida, a arma pela qual conseguem nivelar as suas partidas. Tudo espremido, o futebol do Atlético de Madrid de Simeone dava talvez para andar a lutar pela manutenção (em termos colectivos, claro). Valem os agarrões, os puxões, as entradas violentas, a agressividade bem à margem das leis, a pressão constante, intimidatória, mesmo, sobre os árbitros, etc.. O Atlético ganha os seus jogos, geralmente, porque empurra - literalmente - os adversários para o seu último reduto, acabando por marcar nalgum lance confuso, num ressalto, ou numa perda de bola qualquer. Raramente se vêm jogadas pensadas. Vencem pelo desgaste, pela garra, pela provocação, pela dureza física. O Boavista de Jaime Pacheco também não jogava futebol. Confesso, todavia, que julgava que equipas que confundem futebol com lutas de galos tivessem os dias contados. Infelizmente, não têm. De tempos a tempos, lá aparece um arruaceiro, secundado por outros arruaceiros, a comandar onze arruaceiros e a gozarem da complacência de quem tem medo de arruaceiros. Como se viu no passado, equipas assim duram enquanto durar aquilo que as anima: a crença de que podem superar-se e a complacência de quem os deixa jogar de acordo com leis diferentes. Quando se acabarem estas coisas - digamos assim - acaba-se tudo. A Diego Simeone auguro, por isso, pouco mais do que augurava a Jaime Pacheco há década e meia: um ou outro título no currículo, talvez um contrato num clube com maiores aspirações, um resto de carreira  repleto de fracassos sucessivos e a posteridade recordando-se eternamente do quão feio era o futebol das suas equipas.

19 comentários:

Mike Portugal disse...

1º Sobre Miguel Rosa é escandaloso. Infelizmente, legalmente, não é possivel fazer nada para castigar quem de direito.

O jornalismo de investigação desportivo existe, mas como isto poderia envolver o Benfica em algo complicado, não irão fazer nada.

2º Não falo apenas de Iuri. Abel, esta época já conseguiu "dar-se mal" com 4 jogadores. E olhando para o futebol que a equipa B pratica eu não me pergunto "porque é que não está a conseguir ter pulso nos jogadores?". Eu pergunto "porque é que não aconteceu já antes?".

3º Não tenho acompanhado o Atlético pelo que não posso comentar, mas o Real está completamente transfigurado e não é só por ter o Bale (que Mourinho não tinha). O próprio Di Maria tem uma atitude diferente em campo e o Modric está finalmente a ser usado como deve ser.

ArameFarpado disse...

Só queria comentar a parte do teu post que fala sobre o Iuri.
Demonstra 3 níveis de ignorância: 1-desconheces o tipo de pessoa e treinador que é o Abel.
2-desconheces o tipo de pessoa e jogador que é o Iuri.
3-desconheces o que é ser treinador de uma equipa de futebol do nível competitivo do Sporting B (por exemplo) e de jogadores com o perfil do Iuri.
Continua a escrever, pois apesar de teres jeito sobretudo para ser do contra, tens muito mais sucesso aqui nos blogs do que algum dia terás como treinador.

PS - Mike Portugal: vê lá com as tuas fontes se foi o Abel que se incompatibilizou com esses jogadores ou se foi a direcção do Sporting...

Joel disse...

Eu vi o jogo do Sporting B no estádio e este plantel é muito fraquinho...é ha algumas posições chave em que se estraga tudo... Riquicho, Hugo Sousa, Drame é Enoh é quase meia equipa a tentar usar a velocidade é a força para serem bem sucedidos... Enquanto que o Iuri a entrar já desmoralizado por ver Ousmane Drame a entrar no lugar dele ainda vê o Abel a gritar com ele..mas o futebol é um negócio é dessa meia equipa citada apenas um seria aceitável que fizesse parte do plantel da equipa B visto ser das escolas..todos os outros são contratações cirúrgicas para reforçar alguém ou algo

Mike Portugal disse...

ArameFarpado,

Tanto neste caso como no do Tobias é publico que há incompatibilidade com o Abel. E a miséria da forma de jogar da equipa B diz muito sobre a qualidade do mesmo.

Até se poderia defender a teoria de que a equipa B não existe para ganhar jogos, mas no mínimo exigia-se que houvesse jogadores a evoluir. Houve algum jogador a evoluir com o Abel?

Que eu tenha visto, houve foi jogadores a regredir na sua evolução. Espero bem que Abel esteja com os dias contados no SCP, porque não se vê evolução individual nem coletiva.

ArameFarpado disse...

O que é público no caso do Iuri é que toda a gente quer que ele seja jogador menos ele próprio... Não há um treinador que não se incompatibilize com ele! Minto! O Sá Pinto punha-o sempre a jogar, mas isso era porque o empresário dele era o Dimas, amigo pessoal do Sá...
O caso do Tobias e do João Mário também são públicos... Renovaram com promessas de integrar a equipa A. Começaram a ver que nem na B jogavam por culpa dos Welders, Erics, Magrões, Piris e Cissés que o Jardim empurrava para a B... Os problemas começaram aí e o treinador não faz promessas nem renova contratos...
Fokobo foi proibido de jogar enquanto não renovasse contrato...
Mais incompatibilizações??? Há?

NSC disse...

«É inacreditável que um dos mais promissores jogadores da sua geração, mesmo tendo conseguido libertar-se do vínculo com o clube ao qual deu mais de metade da vida, continue a ser prejudicado por, de algum modo, ter pisado os calos a alguém com suficiente poder para lhe arruinar a carreira. Fora das quatros linhas, o futebol são hienas.»

Algumas premissas são um bocadinho enviesadas, não?
1)O Miguel Rosa conseguiu libertar-se de um vínculo que se subentende mau. Mas foi obrigado a vincular-se?
2) O Miguel Rosa deu mais de metade da sua vida ao clube. Mas o clube não lhe deu condições de evoluir como jogador durante mais de metade da sua vida? Não o formou durante mais de metade da sua vida?
3) Continue a ser prejudicado. Mas tem vindo a ser prejudicado desde quando? Desde que não lhe deram oportunidades num plantel que dispensou Nolito e Ola John, qualquer um deles com muito mais potencial do que 20 Miguéis Rosas?
4) O futebol são hienas. Mas falamos das hienas, aquele animal que tem uma estrutura social das mais complexas e solidárias das sociedades de predadores?

Guilherme disse...

Estimado Nuno,

Sobre o Miguel Rosa, sabes algo de concreto? A ser verdade que o Benfica proibiu a sua utilização não há nada a acrescentar aos teus comentários (de notar que o Rosa também não jogou contra o Sporting e Porto, não sei se por decisão técnica ou lesão).

Por agora os únicos factos disponíveis são: que quanto questionado o treinador do Belenenses remeteu-se para direcção do mesmo clube; que todos os jogadores emprestados pelo Benfica na 1ª Liga jogaram contra o Benfica.

Pedro disse...

Sobre o Miguel Rosa resta-me a "alegria" de quase todos os benfiquistas que conheço quererem explicações por parte dos seus dirigentes sobre o assunto. Significa que apesar do sucessivo fracasso desportivo certas jogadas nos causam incomodo. Sei que não ligas muito a estes aspectos mas é importante.

Sobre o Abel...é apenas mais uma prova que nem todos que andam no mundo da bola percebem do assunto e, pior, tiram lugar a quem percebe muito mais. Depois leva-se com a boca "se percebesses estavas lá".

Pedro disse...

Ainda sobre o Miguel Rosa, é de fato um caso muito estranho mas tenho muitas dúvidas que um gajo como o Carraça tenha assim tanta influência no mundo do futebol...

Blessing disse...

Pedro,

Um gajo que chega a uma equipa, e muda toda a estrutura técnica e coordenativa, da parte futebol, tem alguma influência não achas?!

Pedro disse...

Baggio,

São coisas distintas. Uma coisa é ter influência dentro do SLB, aceito perfeitamente. Outra é ter influência no Belenenses quando já nem tem funções no SLB.

Mesmo dentro do SLB aquilo que o Nuno sabe, a ser verdade, Vieira, Rui Costa, DSO e JJ tb sabem de certeza e mesmo assim por "birra" do Carraça desprezam um jogador com o potencial de Rosa?

Não digo que seja impossível mas....

Bobe disse...

Pedro, isso no Belenenses virá de um contrato do Belenenses com o Benfica. é um nojo.

Pedro disse...

Mais uma situação que a ser verdade não só é nojento como não faz sentido.

Ou seja, o SLB se faz um acordo desses é pq reconhece qualidade ao jogador ao ponto criar sérias dificuldades á equipa. Se reconhece assim tanto valor pq raio acedeu às "birras" de Carraça?

Mais, sendo o SLB o detentor dos direitos económicos de Rosa faz todo o sentido que ele jogue e se mostre de forma a o SLB poder rentabilizar qqr coisa.

O Caso Miguel Rosa é um mistério.

Nuno disse...

Antes de mais, queria pedir desculpas pela demora nas respostas. A falta de tempo a isso o obrigou.

Mike Portugal, sim, o Real está muito diferente. O meio-campo parece hoje muito mais competente a gerir a posse, e a equipa, apesar da saída de Ozil, consegue ser mais criativa do que foi com Mourinho.

Mike Portugal diz: "Que eu tenha visto, houve foi jogadores a regredir na sua evolução. Espero bem que Abel esteja com os dias contados no SCP, porque não se vê evolução individual nem coletiva."

Pois, é essa a minha impressão. Não se vê ninguém, rigorosamente ninguém, a evoluir com o Abel.

ArameFarpado diz: "Demonstra 3 níveis de ignorância: 1-desconheces o tipo de pessoa e treinador que é o Abel."

Não desconheço, não. Sei o tipo de futebol de que gosta, o tipo de coisas que quer que os seus jogadores façam em campo, e o tipo de características que admira. Isto é suficiente para perceber o tipo de relação que desenvolve com os jogadores e, por arrasto, o tipo de liderança que favorece.

"desconheces o tipo de pessoa e jogador que é o Iuri."

Que tipo de jogador é? Eu acho que sei, mas já agora gostava de saber o que tu conheces que eu desconheço.

3-desconheces o que é ser treinador de uma equipa de futebol do nível competitivo do Sporting B (por exemplo) e de jogadores com o perfil do Iuri.

Desconheço como? Por nunca o ter sido? Mas não posso conhecer isso por comparação com o que é ser treinadores de outras equipas, de outros jogadores, de outros níveis competitivos e de outros escalões?

"Continua a escrever, pois apesar de teres jeito sobretudo para ser do contra, tens muito mais sucesso aqui nos blogs do que algum dia terás como treinador."

Obrigado pela tua confiança. Não desejo, nem nunca desejei ser treinador. Por isso, vaticinares o meu futuro insucesso como treinador é mais ou menos o mesmo que dizer ao Spielberg: "por mais que insista, você nunca será um grande cozinheiro!"

"O que é público no caso do Iuri é que toda a gente quer que ele seja jogador menos ele próprio..."

Sim, ele é que não quer evoluir. O estúpido que não o põe a jogar porque acha que o futebol é picar pedra está a fazer tudo para que ele evolua, mas ele, que tem de ficar no banco e engolir sapos e ver pedreiros a jogar no seu lugar para evoluir, é que não está disposto a evoluir.

Joel diz: "Enquanto que o Iuri a entrar já desmoralizado por ver Ousmane Drame a entrar no lugar dele ainda vê o Abel a gritar com ele.."

Pois, é muito isto. Mas explicar a alguém que é normal que um jogador ambicioso, que sabe que é melhor do que os que estão a jogar e que tem um determinado tipo de personalidade, entre em campo desmotivado é muito difícil.

Nuno disse...

NSC diz: "O Miguel Rosa conseguiu libertar-se de um vínculo que se subentende mau. Mas foi obrigado a vincular-se?"

Obrigado a vincular-se como? Ele assinou um contrato, como jovem promessa, que se subentende bom. Era bom, mas tornou-se mau não só porque nunca o deixaram mostrar o que valia entre os principais, apesar de ter justificado isso amplamente, e porque também nunca o deixaram evoluir, emprestando-o por exemplo a clubes da primeira liga.

"O Miguel Rosa deu mais de metade da sua vida ao clube. Mas o clube não lhe deu condições de evoluir como jogador durante mais de metade da sua vida? Não o formou durante mais de metade da sua vida?"

Sim. Mas sobre quem é que dá mais de quem estou geralmente do lado dos jogadores. O caso do Miguel Rosa, aliás, é um bom exemplo para justificar a minha opinião. O que é que interessa o que o clube lhe deu se, depois, fez tudo para aquilo que lhe tinha dado não tivesse impacto no seu futuro? O Miguel Rosa podia ter-se feito jogador no Sporting, por exemplo. Tenho a certeza de que teria feito parte das equipas jovens por que teria passado. Mas o Miguel Rosa escolheu o Benfica. E o Benfica escolheu lixar-lhe a vida. Nem sequer consigo perceber como é que se pode dizer que o clube, neste caso, deu tanto ao jogador como o jogador ao clube.

"Mas tem vindo a ser prejudicado desde quando? Desde que não lhe deram oportunidades num plantel que dispensou Nolito e Ola John, qualquer um deles com muito mais potencial do que 20 Miguéis Rosas?"

Desde que foi eleito, repetidamente, o melhor jogador da segunda liga e o Benfica nunca quis nem deixou que ele fosse emprestado a equipas da primeira liga. Sobre o potencial do Nolito, o Ola John e o Miguel Rosa, posso dizer que discordo, mas vou esperar que ele vá ser jogador para o Porto.

"O futebol são hienas. Mas falamos das hienas, aquele animal que tem uma estrutura social das mais complexas e solidárias das sociedades de predadores?"

Não. Falamos do animal que se alimenta dos restos dos verdadeiros predadores. Falamos do animal que actua no escuro, quando ninguém está bem a ver o que se está a passar.

Guilherme diz: "Sobre o Miguel Rosa, sabes algo de concreto? A ser verdade que o Benfica proibiu a sua utilização não há nada a acrescentar aos teus comentários (de notar que o Rosa também não jogou contra o Sporting e Porto, não sei se por decisão técnica ou lesão)."

Não, não sei senão o que é público. Mas sei que o Benfica anda há anos a impedir o Miguel Rosa de jogar em determinados sítios. Este é apenas mais uma demonstração de que a carreira dele está a ser prejudicada deliberadamente por alguém. Quanto ao Porto e ao Sporting, o Rosa esteve lesionado durante algum tempo. Não jogou também com o Benfica, na primeira volta, por isso.

Pedro diz: "Ainda sobre o Miguel Rosa, é de fato um caso muito estranho mas tenho muitas dúvidas que um gajo como o Carraça tenha assim tanta influência no mundo do futebol..."

Pedro, não sei se o Carraça tem ou não tem poder. Algum deve ter, porque chegou ao Benfica e passou por cima de decisões do Rui Costa. Mas também não sei se será apenas por vontade de uma pessoa que isto continua a acontecer.

Anónimo disse...

Caro Nuno,

O futebol é assim em todo o lado, infelizmente. E vai continuar a ser... Veja o Barça B, e veja se não seguirá, talvez, um modelo diferente do que aqueloutro que consagrou a equipa do Pep.
Há muitos interesses à volta da formação...

Cumprimentos
António Teixeira

Joel disse...

A maioria das pessoas no futebol esta lá para enriquecer a custa da qualidade de outros ( hienas) e nao porque gostam do desporto. Pior ainda castram as oportunidades dos poucos que gostam de futebol

Unknown disse...

Gostava que falasses um pouco do Hélder e da miséria que neste momento é a equipa b do Benfica e de como um jogador como o Bernardo Silva se está a perder aos poucos naquela equipa, bem como a generalidade dos jogadores parece ter regredido ao longo da época em vez de evoluído

Nuno disse...

Não tenho visto nada do Benfica B. Mas acredito...