Jesualdo já tinha dito que nunca viu Bruno Alves a agredir ninguém. Se no caso do professor a idade pode justificar a existência de cataratas, no pai de Bruno Alves parece-me que o caso deve ser clínico. Segundo este artigo, Washington Alves, pai de Bruno Alves, veio defender o filho, dizendo, entre outras coisas, o seguinte:
"Bruno é um jogador leal e limpo a jogar".
Leal tipo como quem tem lealdade? E as cotoveladas, os pontapés nas costas, os pisões, o que são? Demonstrações de carinho? E limpo tipo como quem arranca a cabeça a outro de forma limpinha?
"O Bruno está preparado para tudo, mas é natural que acabe por se retrair se as punições se repetirem..."
De facto, também me parecem exagerados os dois cartões amarelos da época passada. Afinal, não há nenhuma lei que diga que costelas partidas, ombros deslocados e olhos arrancados seja passível de punição. Agora, ia era jurar que a intenção das punições é retrair ímpetos violentos. Mas se calhar estou errado...
"é natural que acabe por se retrair se as punições se repetirem e procure jogar de acordo com os critérios dos árbitros."
Pois, isso agora era lixado, se ele tivesse que começar a jogar de acordo com as regras. Eu quando jogo xadrez também me sinto um bocado prejudicado por os meus peões não poderem andar mais do que uma casa ou por a minha rainha não poder jogar três vezes seguidas.
"O que não é bom para o jogador, nem para o FC Porto."
Obviamente que não é bom para o jogador. Tem toda a razão. Sem o taco de baseball, o Bruno Alves fica claramente mais fraco. E o Porto, impossibilitado de alinhar com 11 tanques de guerra, também fica mais débil. Onde é que já se viu ter de jogar com onze seres humanos?
"Um defesa-central tem de ser viril."
Eu diria que um defesa-central tem de ser defesa-central, mas eu também tenho a mania que sei tudo.
"ninguém contrata uma bailarina para jogar na área, onde é preciso agir e decidir em fracção de segundos."
Bailarinas para jogar na área, segundo o senhor Washington, é mau. Já gorilas, como o filho, faz todo o sentido. Mas o argumento do senhor Washington é claro: Bruno Alves tem de ser viril porque é preciso agir e decidir em fracção de segundos. Para este senhor, a velocidade de raciocínio depende exclusivamente da virilidade. O homem mais rápido é aquele que bate mais nos outros. Parece-me um raciocínio um bocado arriscado, mas talvez faça sentido. E na escola, quando tinha que fazer contas de cabeça, o Bruno Alves espancava os colegas para pensar mais rápido? Ouvi dizer que se pensa com o cérebro e não com os cotovelos ou com a sola da bota. Mas deve ser mentira. Por isso, faz sentido que ele seja viril. Se espernear de maneira a acertar em tudo o que mexe, é provável que consiga chegar primeiro à bola que os adversários, logo, pensa e executa mais rápido.
Nota final: Estas declarações explicam muita coisa. A educação de Bruno Alves e de Geraldo, seu irmão e também um defesa central amigo das pernas adversárias, deve ter sido complicada. Quais terão sido as suas primeiras palavras? "Estropiar"? "Sarrafada"? "Uga Uga"? No Natal, enquanto os amigos deles recebiam bonecos, bolas de futebol e consolas de vídeo, Bruno Alves e Geraldo recebiam o quê? Ringues de boxe? Paredes de tijolos para praticarem a joelhada rotativa? E qual seria a actividade que fariam em conjunto com o pai? Caça do javali à cabeçada? Quando chegavam da escola com uma negativa, será que o castigo eram duzentas placagens à mãe? E nas férias, será que iam para a praia como as outras famílias, ou iriam antes partir pedra com os cotovelos? Não deve ter sido fácil, não...
De facto, também me parecem exagerados os dois cartões amarelos da época passada. Afinal, não há nenhuma lei que diga que costelas partidas, ombros deslocados e olhos arrancados seja passível de punição. Agora, ia era jurar que a intenção das punições é retrair ímpetos violentos. Mas se calhar estou errado...
"é natural que acabe por se retrair se as punições se repetirem e procure jogar de acordo com os critérios dos árbitros."
Pois, isso agora era lixado, se ele tivesse que começar a jogar de acordo com as regras. Eu quando jogo xadrez também me sinto um bocado prejudicado por os meus peões não poderem andar mais do que uma casa ou por a minha rainha não poder jogar três vezes seguidas.
"O que não é bom para o jogador, nem para o FC Porto."
Obviamente que não é bom para o jogador. Tem toda a razão. Sem o taco de baseball, o Bruno Alves fica claramente mais fraco. E o Porto, impossibilitado de alinhar com 11 tanques de guerra, também fica mais débil. Onde é que já se viu ter de jogar com onze seres humanos?
"Um defesa-central tem de ser viril."
Eu diria que um defesa-central tem de ser defesa-central, mas eu também tenho a mania que sei tudo.
"ninguém contrata uma bailarina para jogar na área, onde é preciso agir e decidir em fracção de segundos."
Bailarinas para jogar na área, segundo o senhor Washington, é mau. Já gorilas, como o filho, faz todo o sentido. Mas o argumento do senhor Washington é claro: Bruno Alves tem de ser viril porque é preciso agir e decidir em fracção de segundos. Para este senhor, a velocidade de raciocínio depende exclusivamente da virilidade. O homem mais rápido é aquele que bate mais nos outros. Parece-me um raciocínio um bocado arriscado, mas talvez faça sentido. E na escola, quando tinha que fazer contas de cabeça, o Bruno Alves espancava os colegas para pensar mais rápido? Ouvi dizer que se pensa com o cérebro e não com os cotovelos ou com a sola da bota. Mas deve ser mentira. Por isso, faz sentido que ele seja viril. Se espernear de maneira a acertar em tudo o que mexe, é provável que consiga chegar primeiro à bola que os adversários, logo, pensa e executa mais rápido.
Nota final: Estas declarações explicam muita coisa. A educação de Bruno Alves e de Geraldo, seu irmão e também um defesa central amigo das pernas adversárias, deve ter sido complicada. Quais terão sido as suas primeiras palavras? "Estropiar"? "Sarrafada"? "Uga Uga"? No Natal, enquanto os amigos deles recebiam bonecos, bolas de futebol e consolas de vídeo, Bruno Alves e Geraldo recebiam o quê? Ringues de boxe? Paredes de tijolos para praticarem a joelhada rotativa? E qual seria a actividade que fariam em conjunto com o pai? Caça do javali à cabeçada? Quando chegavam da escola com uma negativa, será que o castigo eram duzentas placagens à mãe? E nas férias, será que iam para a praia como as outras famílias, ou iriam antes partir pedra com os cotovelos? Não deve ter sido fácil, não...