tag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post6822083023915317638..comments2023-11-05T10:38:44.667+00:00Comments on Entre Dez: Quando as coisas correm bem...Unknownnoreply@blogger.comBlogger164125tag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-35094586313693302142016-05-02T12:10:05.959+01:002016-05-02T12:10:05.959+01:00À margem dessas competições, não estou certo de qu...À margem dessas competições, não estou certo de que o Atlético tenha tido um sucesso continuado. O ano passado, por exemplo, o Atlético ficou em terceiro, mas acabou a lutar por esse lugar, ficando a 1 ponto do Villareal, e a 2 do Sevilla. E ficou a 14 pontos do Real. Dado o plantel que tem, parece-me que fez o mínimo exigível. Esteve longe de ser uma época extraordinária. Este ano acaba a lutar pelo título, mas apenas porque o Barcelona facilitou. Há 2 meses, o campeonato estava entregue e o Atlético só ia ganhando porque tinha o Real à perna e os jogadores estavam motivados em manter o segundo lugar. Não fosse o mau campeonato do Real de Benitez, o Atlético estava agora mais perto do Villareal do que propriamente da liderança do campeonato. Mais uma vez, não me parece que seja uma época que permita falar de um super-Atlético a nível interno. Mesmo que eventualmente venha a ser campeão, acho que foi uma época banalíssima. As pessoas estão iludidas com este final de época, e com os recentes jogos com o Barça para a Champions. O final da temporada dá a ilusão de que o Atlético esteve a um nível altíssimo, mas isso está longe de corresponder à época toda. Dito isto, não posso concordar com a ideia de sucesso continuado. Pelo menos em competições de regularidade, acho que o Atlético de Simeone tem conseguido afirmar-se como a terceira equipa espanhola, trocando assim com o Valência, mas não tem feito mais do que isso. Intrometeu-se na luta pelo título apenas no ano em que, de facto, foram campeões, ano esse em que, mais uma vez, houve demérito do Barça e do Real, que não estiveram claramente ao nível do costume, e em que o Atlético fez das tripas coração para segurar a vantagem pontual que obteve desde cedo. Os jogadores transcenderam-se, e acabaram por conseguir triunfar. No ano seguinte, voltou tudo à normalidade. E este ano essa normalidade manteve-se. O Atlético é uma equipa sólida defensivamente, mas que tem dificuldades em vencer equipas mais pequenas, o que foi conseguindo apenas por margens mínimas e baseando-se na força de vontade, na concentração e na motivação.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-18618580393847853842016-05-02T12:09:44.394+01:002016-05-02T12:09:44.394+01:00B. Jardim diz: "Como tal, e com isto não sign...B. Jardim diz: "Como tal, e com isto não significa que estou em desacordo com a tua opinião, gostaria que me explicasses o fenómeno Atlético de Madrid.<br />Uma vez que, no geral, não dão uso às ideias apregoadas neste blog e, mesmo assim, mantêm o sucesso há várias temporadas."<br /><br />O modelo do Simeone no Atlético tem, a meu ver, uma grande virtude: a forma solidária como a equipa defende, seja em que zona do terreno for. Por solidariedade não estou a querer dizer apenas o que normalmente se entende. A equipa defende sistematicamente com os onze jogadores atrás da linha da bola e com os sectores muitos próximos. E controla bem a profundidade, mesmo quando o faz em zonas altas do campo. Mesmo não sendo tão organizada quanto poderia ser (é frequente ver muito espaço entre o lateral e os centrais, quando a bola vai a uma das linhas, e qualquer equipa que queira contornar os problemas que a defesa do Atlético causa deve saber explorar esse espaço), defende com muitos jogadores, e com os jogadores muito próximos entre si. Isso, por si só, tem sido suficiente para que a equipa consiga manter a bitola competitiva, ao longo destes anos, e que consiga aproximar-se não só da pontuação que os principais rivais fazem como ser dificílima de superar em provas a eliminar.<br /><br />Ainda assim, não sei se se pode falar em sucesso continuado. Deixo de fora as competições a eliminar, porque o que defendo não se aplica a elas. São competições em que o detalhe tem muito peso (o Atlético arrisca-se a a ganhar a Champions quando, nos oitavos de final, superou o PSV apenas nos penáltis, não tendo conseguido marcar qualquer golo em 180 minutos), em que o factor sorte não pode de maneira nenhuma ser desconsiderado, e em que o sucesso pode, de facto, ser obtido através de modelos menos competentes em certos momentos do jogo. Em competições a eliminar, o Atlético é uma equipa perigosa, e consegue dificultar muito a vida às melhores equipas. Consegue-o porque, além da solidariedade que referi, aposta todas as fichas na intensidade com que disputa cada lance e na possibilidade de equilibrar as diferenças de qualidade através das competências atléticas e jogando sistematicamente no limite das leis. Em competições cujo desfecho se define em 2 jogos, os riscos dessa ideia são minimizados. O Torres foi expulso contra o Barça como resultado dessa maneira de jogar, e a equipa só perdeu por 2-1. Num campeonato, eram 3 pontos perdidos. Numa eliminatória, foi o suficiente para recuperarem na segunda mão.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-71581360584169643502016-05-02T03:38:03.712+01:002016-05-02T03:38:03.712+01:00Nuno, estive a ler a discussão neste post.
Como ta...Nuno, estive a ler a discussão neste post.<br />Como tal, e com isto não significa que estou em desacordo com a tua opinião, gostaria que me explicasses o fenómeno Atlético de Madrid.<br />Uma vez que, no geral, não dão uso às ideias apregoadas neste blog e, mesmo assim, mantêm o sucesso há várias temporadas.<br /><br />Parece-me difícil que o fator motivacional de Simeone seja suficiente para alargar o sucesso do seu modelo a um espaço temporal tão longo.Bruno Jardim - Data Scientisthttps://www.blogger.com/profile/13243196375429081227noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-75824629858922214792016-03-18T13:16:55.438+00:002016-03-18T13:16:55.438+00:00Idem aspas em relação ao Rafa do braga, Nuno.Idem aspas em relação ao Rafa do braga, Nuno.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/04116954816246885078noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-76216709388458014832016-03-18T12:12:15.013+00:002016-03-18T12:12:15.013+00:00Gonçalo, comecei a escrever, mas, por falta de tem...Gonçalo, comecei a escrever, mas, por falta de tempo, interrompi. Vou tentar escrever ainda hoje sobre isso.<br /><br />Quando o Coutinho apareceu, não me deslumbrou particularmente. Acho que as dificuldades que, entretanto, foi enfrentando fizeram dele melhor jogador. Aos poucos, parece-me que aprendeu a calibrar melhor as suas acções e hoje está muito mais maduro. Acho que precisa de continuar a evoluir. Ainda que já tenha muita qualidade, ainda não entrava de caras, na minha opinião, numa equipa com outras ambições. No Liverpool, com o Klopp, pode continuar a evoluir, e daqui a 2 anos talvez seja um caso sério. Tecnicamente, é muito dotado e, com espaço para desequilibrar, é sempre perigoso. Mas precisa de aprender a utilizar isso em acções mais complexas e em espaços mais reduzidos.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-15357197639387184812016-03-18T04:17:52.261+00:002016-03-18T04:17:52.261+00:00Nuno,
E que tal uma análise aturada do Bayern-Juv...Nuno,<br /><br />E que tal uma análise aturada do Bayern-Juventus? Só para desenjoar desta caixa de comentários sempre tão douta!<br /><br /><br />E, já agora, uma dúvida: o que me tens a dizer do Coutinho? Notei que não lhe fazes referência em nenhuma das etiquetas laterais e, já agora, estava curioso para saber a tua opinião.<br /><br /><br />Abraço e continuação de um bom trabalho.<br /><br />PS: Lamento que não possas actualizar o blog tantas vezes quanto seria desejável. A inteligência é que se deveria multiplicar, não a mediocridade: não actualizando este espaço, infelizmente o oposto acontece! Força nisso!Gonçalo Matos Ramos.https://www.blogger.com/profile/05106375089760590722noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-1567254671944098452016-03-15T16:57:36.289+00:002016-03-15T16:57:36.289+00:00"Se calhar, mas só se calhar, é por eu não se..."Se calhar, mas só se calhar, é por eu não ser adepto..."<br /><br />Dass... a sério? n torces por ng? os árbitros é q costumam dizer isso! lol <br /><br />A resposta aqui deveria ser algo deste tipo: "como n posso ficar orgulhoso de uma equipa minha porque não sou treinador de nenhuma tenho que ficar orgulhoso dos resultados e performance dos outros que fazem aquilo que eu por telepatia quero que eles façam".<br /><br />"Como não acho que haja "especialistas" em futebol, a minha amostra não é má de toda. (...) De resto, garanto-te que há anónimos na blogosfera melhores que muitos dos mais reputados académicos e muitos dos mais prestigiados treinadores."<br /><br />Hummm... n sei se há especialistas ou n... mas há claramente gente que sabe mais de futebol e gente que sabe menos de futebol. Pessoalmente se eu tivesse que procurar o primeiro grupo n iria procurar na blogosfera! Ainda assim admito que nem toda a gente tenha acesso aos "especialistas" que dizes n existirem (através da via académica, da via de jogador, da vida de treinador, ou através de uma combinação das vias anteriores) e que para esses a blogosfera sirva para no meio do imenso lixo aprender qq coisa (embora para os que sabem menos a seleção seja claramente mais complicada!).<br /><br />Abraço e bons posts! Desculpa alguma "agressividade" na argumentação mas essa é uma das vantagens do anonimato e da qual tb usufruis. Podemos dizer o que queremos de forma absoluta sem que isso tenha consequências. Imagina o que era seres eleito selecionador de Portugal e teres os selecionados o à noite no hotel a lerem os teus posts sobre o Renato Sanches e os médios de transporte? Com a quantidade de material publicado eu se fosse a ti ou suspendia o blog ou simplesmente fazia de conta que n era eu. Porque quem já lá esteve sabe o burburinho e os risinhos que essas coisas dão!<br /><br />;-)<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/10918418118610694053noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-24485228576823468052016-03-15T15:29:41.775+00:002016-03-15T15:29:41.775+00:00"Mas já agora orgulho de q? qd o Bayern levou..."Mas já agora orgulho de q? qd o Bayern levou 4 do Real ficaste com vergonha? eu fico orgulhoso das vitórias das equipas que treino, não fico orgulhoso das vitórias das equipas de q sou adepto e vejo pela TV ou ao vivo."<br /><br />Se calhar, mas só se calhar, é por eu não ser adepto...<br /><br />"De resto nunca notei que o Guardiola fosse pouco apreciado. Aliás para alguém que era adversário direto de figuras nacionais como o CR e o Mourinho até acho que sempre teve muitos adeptos e boa imprensa por estes lados apesar do inevitável e ocasional chauvinismo."<br /><br />Estás a falar do Guardiola já depois de ter ganho o que ganhou na primeira época. E antes? Lembras-te do quão ofendida ficou a opinião pública com a segunda mão com o Chelsea nas meias-finais da Champions? E quando goleou o Sporting na Champions, depois de uma arranque de campeonato muito periclitante, lembras-te do que se dizia? De modo geral, as pessoas gostam daqueles que ganham. E, de modo geral, o Guardiola só passou a ser apreciado depois do sucesso da primeira época.<br /><br />"Mas se só discutes futebol com anónimos na blogosfera e com uns amigos no bar é normal que a tua amostra (desculpa o termo estatístico) de adeptos de futebol não seja propriamente famosa."<br /><br />A minha amostra contempla as pessoas com quem discuto, mas contempla também as pessoas que leio ou que ouço pelos mais diversos meios, e os intervenientes nas mais diversas equipas que vejo jogar. Como não acho que haja "especialistas" em futebol, a minha amostra não é má de toda. O que é uma amostra famosa para ti? De resto, garanto-te que há anónimos na blogosfera melhores que muitos dos mais reputados académicos e muitos dos mais prestigiados treinadores.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-9528424939295551102016-03-15T15:25:35.234+00:002016-03-15T15:25:35.234+00:00Só agora vi o resto das tuas respostas. Se queres ...Só agora vi o resto das tuas respostas. Se queres comentar frase a frase é melhor responderes com alguma coisa melhor que isto:<br /><br />"Primeiro, o Lopetegui talvez fosse "obsessionado" pela posse de bola. Obcecado é que não era. Há por aí muita gente que diz que privilegia a posse e depois vai-se a ver e é um José Mota."<br /><br />En? O que querias dizer com isto? O modelo do Lopetegui pode ter tido muitos defeitos mas tinha claramente muita posse de bola. Ela n dizia apenas que queria ter bola, tinha-a de facto!<br /><br />De resto uma mão cheia de nada que mm quem concorda contigo devia ficar embaraçado com tão fraca argumentação.<br /><br />Eu n te acusei de n saber nada (embora honestamente tenha a perceção talvez errada que n sabes muito) eu apenas disse que deverias estar preparado para encontrar pessoas ao virar da esquina que sabem mais que tu... e aproveitar esse encontro para aprender! A tua atitude perante terceiros é a de quem parte do pressuposto que sabe mais do que os outros o que é meio caminho andado para n evoluir. Até porque mm qd discordamos as questões estúpidas dos outros são muitas vezes o impulso para a melhoria. Mas essa humildade cheira-me que só a vais ganhar qd meteres os pés num campo e perceberes que aqueles que tanto criticas não têm um trabalho assim tão fácil.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/10918418118610694053noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-68588544590009684922016-03-15T15:00:14.115+00:002016-03-15T15:00:14.115+00:00Acho normal ficares contente e feliz de o Barça de...Acho normal ficares contente e feliz de o Barça de Guardiola ter ganho aquilo que ganhou. Não tenho nenhum problema com isso e até partilho o sentimento. É sempre bom que pelo menos de vez em quando a equipa que ganha seja aquela que toma a iniciativa de jogo, que arrisca. E não apenas aquela equipa que se organiza defensivamente e espera que algo aconteça na transição ofensiva.<br /><br />O sentimento de orgulho já acho abusivo mas o problema admito que seja meu. Mas já agora orgulho de q? qd o Bayern levou 4 do Real ficaste com vergonha? eu fico orgulhoso das vitórias das equipas que treino, não fico orgulhoso das vitórias das equipas de q sou adepto e vejo pela TV ou ao vivo.<br /><br />De resto nunca notei que o Guardiola fosse pouco apreciado. Aliás para alguém que era adversário direto de figuras nacionais como o CR e o Mourinho até acho que sempre teve muitos adeptos e boa imprensa por estes lados apesar do inevitável e ocasional chauvinismo. <br /><br />Mas se só discutes futebol com anónimos na blogosfera e com uns amigos no bar é normal que a tua amostra (desculpa o termo estatístico) de adeptos de futebol não seja propriamente famosa.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/10918418118610694053noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-54428191809709170312016-03-15T14:37:20.657+00:002016-03-15T14:37:20.657+00:00"a opção por jogadores habilidosos (os do Rij..."a opção por jogadores habilidosos (os do Rijkaard n eram? os do Real n são?) pouco imponentes do ponto de vista físico (a sério? O Messi pode ser baixo, mas fisicamente é um bicho e já era titular antes dele!"<br /><br />Os de Rijkaard? Quais? É que uma coisa é ter 4 ou 5 jogadores habilidosos em 11. Outra coisa é ter 11. O Rijkaard não abdicava de um ou dois médios agressivos, que se caracterizavam essencialmente pelas qualidades físicas: Van Bommel, Edmilson, etc. O Guardiola chegou a juntar, no mesmo onze, o Busquets, o Xavi, o Thiago, o Fabregas e o Iniesta. São 5 médios que se caracterizam por aquilo que sabem fazer com a bola. Depois, ninguém, antes do Guardiola, deu tanto importância àquilo que os centrais devem fazer com bola. E, sim, agora há equipas com muitos jogadores habilidosos. Mas antes não havia. Não podes usar como objecção àquilo que o Guardiola fez justamente a herança do Guardiola... Quanto ao Messi ser imponente fisicamente, é rápido. Não é forte, não é alto, não é propriamente um jogador extraordinário do ponto de vista físico. Mas, mesmo que o fosse... O Xavi, o Busquets, o Iniesta, o Thiago, o Fabregas? Onde está o físico desses meninos? Está na cabeça, que é onde ele deve estar.<br /><br />"o Henry tb n era propriamente lento"<br /><br />O Henry, no Barcelona (sobretudo na era de Guardiola) já não tinha a velocidade que o caracterizou.<br /><br />"o Pique ou o Busquets tb n são particularmente baixos"<br /><br />Ena, dois jogadores com mais de 1,80m em 11. Que banalidade!! E, realmente, achas que era pela altura deles que estavam em campo?<br /><br />"Xavi entra no perfil que traçaste mas já era titular muito antes do próprio Guardiola!"<br /><br />Tens a certeza? Não era titular indiscutível. E, sobretudo, nunca jogava quando a opção era o Iniesta. Aliás, o Xavi já disse isso. Ele e o Iniesta conseguiram provar, na era Guardiola, que era possível jogarem os dois juntos. Antes disso, havia um preconceito enorme em relação a isso.<br /><br />"a proximidade de jogadores (en? quando? em que momentos?"<br /><br />Estava a referir-me sobretudo em ataque organizado. Sim, a ideia de que se deve fazer campo grande quando se tem a bola foi um dos preconceitos com que a equipa de Guardiola rebentou.<br /><br />"obsessão pela posse (o Lopetegui tb era obssessionado pela posse e n me pareceu que isso o tenha levado a algum lado!)..."<br /><br />Primeiro, o Lopetegui talvez fosse "obsessionado" pela posse de bola. Obcecado é que não era. Há por aí muita gente que diz que privilegia a posse e depois vai-se a ver e é um José Mota.<br /><br />" dá uma vista de olhos pelos repositórios da fadeup ou da fmh e vais ver que em 2000 e pouco já havia muita gente a pensar (bem!) futebol."<br /><br />Pois, isso depende da exigência de cada um. Se for a comparar os actuais treinadores da primeira liga com aqueles que estava à frente das equipas há 10 anos, tenho de reconhecer que são mais competentes, de um modo geral. Mas não tenho dúvidas de que a maioria das pessoas a que te referes são banalíssimas.<br /><br />"E depois disso talvez te apercebas que por mais que achas que saibas, há sempre alguém que sabe mais do que tu ao virar da esquina."<br /><br />Adoro as pessoas que me dizem que não sei nada e que quase toda a gente sabe mais do que eu. Adoro!Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-12381805529168651162016-03-15T14:36:21.546+00:002016-03-15T14:36:21.546+00:00"Para começar a tua presunção neste caso é ob..."Para começar a tua presunção neste caso é obviamente ridicula... só falta dizer que já defendias a saída a 3 antes do Guardiola e do próprio La Volpe!"<br /><br />Como disse, aprendi muitas coisas que ou não me tinham passado pela cabeça ou não sabia bem como operacionalizar com o Barça de Guardiola. Posso dizer, por exemplo, que aprendi que se pode usar a bola como engodo. Nunca uma equipa o tinha feito de modo deliberado. O Barça de Guardiola usava a bola, muitas vezes, apenas com esse intuito. Metia-a num jogador sem grande margem de progressão, criava a ilusão da recuperação ao adversário, desorganizando-o momentaneamente, e rapidamente a bola voltava a sair dessa zona, para poder entrar nas zonas que tinham ficado provisoriamente destapadas. Isto nunca tinha sido feito. Posso dizer que a saída a três não me era estranha, mas percebi melhor qual a melhor maneira de ocupar os espaços para que ela seja eficaz (centrais abertos, médio a recuar e laterais abertos e muito subidos). E, sei lá, podia ainda referir a importância de não finalizar senão quando as condições de sucesso dessa finalização são óbvias (nunca rematar de longe, nunca promover finalizações em esforço, etc.) Mas muitas das coisas que o Guardiola fez já as tinha defendido concretamente. Posso-te dizer mais algumas, além daquelas de que falei: o 343 losango, como modelo táctico perfeitamente idealizável numa equipa de topo (não havia praticamente ninguém que aceitasse a possibilidade de, no século XXI, se defender com 3 defesas, a menos que fosse num 352 em que os laterais baixassem no momento defensivo), coisa que Guardiola só operacionalizou a partir do final da terceira época; uma estrutura de meio-campo assente em um único médio-defensivo responsável pela cobertura aos dois médios ofensivos (eram pouquíssimos, e continuam a não ser muitos, os que na altura defendiam que uma equipa poderia manter o equilíbrio ofensivo com apenas um médio-defensivo); a preocupação em invadir sem bola as zonas centrais, entre linhas, no último terço do terreno, quer pelo avançado que baixa, quer pelos extremos que abandonam a linha, quer pelos médios ofensivos; a predilecção pela progressão interior, a romper o bloco adversário em vez de contorná-lo; a paciência e a preservação da posse de bola; o privilégio constante do ataque organizado em detrimento da vertigem do ataque rápido e do contra-ataque; a preferência por defesas centrais tecnicamente dotados; o canto curto; a defesa à zona pura, em jogo corrido e nas bolas paradas; a recusa em jogar longo, fosse em que situação fosse, e a criação de apoios próximos do portador para possibilitar o jogo curto constante; a recusa de cruzar para área só porque se chegou à linha de fundo; etc.. Podia estar aqui o dia todo.<br /><br />"Já estou como o outro... que idade tens mm? se desse uma de mentalista apostava que aindas estás nos vintes e ainda vives em casa dos papás! Se fores mais velho acredita que ainda fico mais preocupado!"<br /><br />Enfim... A preocupação com a minha idade é um dos melhores indicadores de palermice que há nas caixas de comentários deste blogue.<br /><br />"A sério que são essas as características que consideras distintivas e diferenciadoras no futebol do Barça de Guardiola?"<br /><br />Entre outras, sim. Já invoquei mais umas acima e podes ver o que escrevi, por exemplo, aquando do adeus do Guardiola: http://www.entredez.blogspot.pt/2012/05/gracies-pep.html. <br /><br />"as tabelas? (a sério?!)"<br /><br />Sim, as tabelas. A sério. Vê este texto de 2012: http://www.entredez.blogspot.pt/2012/04/tabela.html. É indicado para ti. Começa assim: "Para muitos, uma tabela é uma coisa relativamente banal...". Parece que o escrevi a pensar nesta resposta.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-61965290585714344292016-03-15T14:34:15.168+00:002016-03-15T14:34:15.168+00:00"Mas tenho alguma dificuldade em lidar com a ..."Mas tenho alguma dificuldade em lidar com a tua presunção de que eras praticamente o único que defendias o que Guardiola veio a implementar, como se o que Guardiola implementou fosse uma espécie de pólvora da qual já só tu e mais meia dúzia tinha conhecimento."<br /><br />Sim, era mais ou menos isso. Não é presunção; é verdade. Não sei se segues o blogue há muito tempo ou não. Aqueles que o seguem desde o início sabem que fui dos primeiros na blogosfera a elogiar o Barcelona de Guardiola. E fui-o porque, assim que o vi com alguma atenção, reconheci imediatamente muitas das coisas que andava a defender há algum tempo e que a maior parte das pessoas achava utópicas justamente por não haver nenhuma equipa que as pusesse em prática. De tal modo que, quando se começou a debater as possibilidades de sucesso da equipa de Guardiola, me vi frequentemente no papel de defensor dessa equipa. A meio da primeira época de Guardiola, disse sem pejo que era o principal candidato à vitória na Champions, coisa que não era de modo algum aceite consensualmente. Antes do sucesso dessa equipa (antes da goleada ao Real Madrid e das eliminatórias da Champions), eu era dos poucos que punha as fichas todas na mesa e apostava nele. Aquilo que tu achas que é presunção é orgulho. Orgulho-me de poder dizer que fui um dos primeiros a reconhecer o brilhantismo de Guardiola e orgulho-me de poder dizer que Guardiola tornou visível muito do que eu defendia teoricamente. Vê o que escrevi no final dessa época:<br /><br />"O Entre Dez não nega o prazer que estas conquistas causaram. É possível até confessar que o regozijo subsequente terá suplantado qualquer outro sentimento até hoje motivado por este desporto. Afinal, trata-se de uma confirmação; trata-se de ter passado a existir uma coisa palpável e de eficácia irrefutável com a qual este projecto se pode identificar plenamente. Esta, mais do que uma vitória emocional, como são todas as vitórias dos adeptos, foi uma vitória ideológica. As ideias controversas deste espaço passam agora a ter um representante real, e um representante que não só deixou boquiaberto o mundo, como ganhou tudo o que poderia ganhar, sem espinhas, de modo a impossibilitar contra-argumentações falaciosas. As vitórias são do Barcelona, dos jogadores do Barcelona e do treinador do Barcelona. Mas essas vitórias, por estarem em absoluta sintonia com aquilo que se defendeu, desde sempre, neste espaço, e que tanta confusão fez a tanta gente, são também vitórias do Entre Dez."<br /><br />Arrogo-me de defender ideias cuja excentricidade o Barcelona de Guardiola tornou praticáveis, sim. E arrogo-me de as defender antes de isso acontecer. Que tu aches presunção é problema teu.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-67627157878620825432016-03-14T23:13:17.501+00:002016-03-14T23:13:17.501+00:00Caro Nuno...
N vou reentrar na discussão do corre...Caro Nuno...<br /><br />N vou reentrar na discussão do correr bem do leicester ou do benfica...<br /><br />Mas tenho alguma dificuldade em lidar com a tua presunção de que eras praticamente o único que defendias o que Guardiola veio a implementar, como se o que Guardiola implementou fosse uma espécie de pólvora da qual já só tu e mais meia dúzia tinha conhecimento. E desta vez cito eu:<br /><br />"Muitas das ideias que tinha precisavam de ser refinadas, e o Barça de Guardiola mostrou-me na prática muitas das coisas que só tinha na cabeça" <br /><br />Para começar a tua presunção neste caso é obviamente ridicula... só falta dizer que já defendias a saída a 3 antes do Guardiola e do próprio La Volpe! Já estou como o outro... que idade tens mm? se desse uma de mentalista apostava que aindas estás nos vintes e ainda vives em casa dos papás! Se fores mais velho acredita que ainda fico mais preocupado!<br /><br />Depois o conjunto de características que apontas ao jogo do Guardiola é tão vago e difuso que nem o Tadeia numa noite má seria tão pouco específico:<br /><br />"(...) houve muitas coisas que a equipa de Guardiola aperfeiçoou que já defendia por escrito: a obsessão com a posse, o privilégio do toque curto, a proximidade dos jogadores, as tabelas, a predilecção por jogadores habilidosos, pouco imponentes do ponto de vista físico e inteligentes, etc."<br /><br />A sério que são essas as características que consideras distintivas e diferenciadoras no futebol do Barça de Guardiola? as tabelas? (a sério?!) a opção por jogadores habilidosos (os do Rijkaard n eram? os do Real n são?) pouco imponentes do ponto de vista físico (a sério? O Messi pode ser baixo, mas fisicamente é um bicho e já era titular antes dele! o Henry tb n era propriamente lento e o Pique ou o Busquets tb n são particularmente baixos! Xavi entra no perfil que traçaste mas já era titular muito antes do próprio Guardiola!) a proximidade de jogadores (en? quando? em que momentos? se eu tiver os jogadores próximos a defender já sou um bom treinador?) obsessão pela posse (o Lopetegui tb era obssessionado pela posse e n me pareceu que isso o tenha levado a algum lado!)...<br /><br />Agora mais a sério... dá uma vista de olhos pelos repositórios da fadeup ou da fmh e vais ver que em 2000 e pouco já havia muita gente a pensar (bem!) futebol. E depois disso talvez te apercebas que por mais que achas que saibas, há sempre alguém que sabe mais do que tu ao virar da esquina. E em vez de chorares com isso aproveita para aprender qq coisa!<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/10918418118610694053noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-49909232932597656272016-03-14T12:31:48.426+00:002016-03-14T12:31:48.426+00:00Unknown diz:
"Não achava que o Nuno tivesse ...Unknown diz:<br /><br />"Não achava que o Nuno tivesse a pretensão de achar que era dos poucos que defendia grande parte dos principios mais tarde implementados por Guardiola, com o sucesso reconhecido em Barcelona. Mas depois de o ler hoje aqui, fiquei com essa duvida(posso estar enganado e tê-lo interpretado mal)."<br /><br />Unknown, posso-te garantir que, nas discussões em que participava, com amigos ou na blogosfera (já nem vou para a Imprensa), não havia muita gente a defender sequer ideias parecidas. E entre os treinadores não havia muita diferença.<br /><br />"Em linhas gerais, existia uma corrente muito forte(e numerosa) que apoiava o futebol em posse, o futebol pensado, a supremacia do intelecto sobre o fisico, neste jogo tão complexo. Que não fosse essa corrente bem representada nos media é outra história (ainda não é!)."<br /><br />Pois, não estou a ver onde. Que corrente forte e numerosa era essa? Hoje em dia há ligas em que a maior parte das equipas dá importância à posse, por exemplo. Há 10 anos não havia, nem nada que se parecesse. É, aliás, incomparável, a qualidade geral do futebol praticado nas principais ligas. Contar-se-ão pelos dedos as equipas que, antes de 2005, faziam questão de elaborar minimamente o seu jogo. A simples ideia de não se precisar de um único jogador cujo principal atributo fosse físico era uma raridade, e não conheço ninguém que defendesse algumas das principais coisas que comecei por defender neste blogue, como sejam a ideia de que o futebol é um jogo de decisões, que uma equipa que privilegia o toque curto, as tabelas, as combinações rápidas, é uma equipa, do ponto de vista ofensiva, muito mais competente, que os jogadores de uma equipa não têm funções específicas (um avançado que marque com regularidade não é necessariamente um bom avançado), que a organização defensiva de uma equipa não requer o típico jogador agressivo a defender, etc..<br /><br />"Em detalhe, Nuno, em detalhe mesmo, tens alguns textos teus anteriores ao fenomeno Guardiola, que vão além dessa visão mais abrangente que já existia? Eles podem existir, mas não tenho disponibilidade para reler com atenção. Se os há, gostaria que disponibilizasses o link"<br /><br />Lê os textos de 2007 e 2008 (pelos títulos, consegues mais ou menos perceber o tema) e lê as primeiras coisas que escrevi sobre o Barça de Guardiola. Como é óbvio, aprendi bastante com essa equipa. Muitas das ideias que tinha precisavam de ser refinadas, e o Barça de Guardiola mostrou-me na prática muitas das coisas que só tinha na cabeça. Mas, além dos princípios gerais, houve muitas coisas que a equipa de Guardiola aperfeiçoou que já defendia por escrito: a obsessão com a posse, o privilégio do toque curto, a proximidade dos jogadores, as tabelas, a predilecção por jogadores habilidosos, pouco imponentes do ponto de vista físico e inteligentes, etc.. Além do que ia escrevendo aqui, mantive discussões em alguns blogues em que defendia essas coisas. Teria de perder algum tempo a procurar os melhores exemplos disso, mas posso dizer que algumas das minhas principais embirrações tiveram confirmação com essa equipa. O Liedson, por exemplo. Um dos meus primeiros cavalos de batalha foi a ideia de que o Liedson não era avançado para uma equipa grande como o Sporting. O Barça de Guardiola mostrou, a meu ver, que um avançado que tenha um índice de boas decisões tão baixo como o Liedson é prejudicial a qualquer equipa que ambicione uma boa organização ofensiva. Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-81204193216900921122016-03-14T12:31:17.048+00:002016-03-14T12:31:17.048+00:00Benfiquista Primário diz: "Nuno, não projecte...Benfiquista Primário diz: "Nuno, não projectes em mim os preconceitos que tens em relação às pessoas das Ciências exactas: nunca disse que a Estatística, a Matemática ou alguma Ciência exacta explicam tudo."<br /><br />Claro que disseste. Podes não ter dito explicitamente, mas fica implícito quando dizes que ou se continua "a fazer Ciência e interpretá-la com lucidez crítica, tendo em conta as suas limitações", ou se abandona a Ciência e se regressa à Idade Média. Para ti, claramente, a Ciência é aquilo que nos aproxima da Verdade. Logo, sim, pensas que tudo no mundo é susceptível de aferição científica. Podes não ter noção disso (o que é normal), mas é assim que pensas.<br /><br />"E para mim as Ciências Sociais e Humanas são tão válidas como as Ciências ditas exactas. "<br /><br />Cá está. Quem acha que as Ciências exactas são a pedra de toque de tudo só concebe que aquilo a que se convencionou chamar Ciências Sociais e Humanas sejam válidas aproximando-as das outras e convencendo-se da "cientificidade" que as caracteriza. O problema é justamente este. A validade dessas ditas ciências está justamente em não serem Ciências.<br /><br />"Chamares-me estúpido sem me conheceres de lado nenhum é que não te admito."<br /><br />Será mais ofensivo insinuar directamente a estupidez da outra pessoa ou insinuar uma série de coisas a respeito das ideias dessa pessoa, como sejam a arrogância, o dogmatismo, a auto-certificação, etc.?<br /><br />"há outras pessoas inteligentes além de ti, que sabem pensar e cujas conclusões, fruto desse pensamento, podem ser diferentes das tuas."<br /><br />Pois há. E também há outras muito estúpidas. O que costumo fazer (coisa que aborrece e melindra muita gente) é distinguir uns dos outros.<br /><br />"Tirei as dúvidas: és mesmo novo."<br /><br />Espectáculo!! Já me tinhas feito um exame psicológico. Agora adivinhas a minha idade. Vai certo... Quão novo, já agora?<br /><br />"Podes responder, mas ficas a masturbar-te como tanto gostas."<br /><br />Portanto, és o típico tuga, que gosta de mandar uns bitaites, mas que não tem paciência para grandes conversas. É isso?<br /><br />"Há muitos anos que sei o que é tautologia, mas precisei de ler o entredez para ter a demonstração prática desse conceito mais eloquente que já vi até hoje..."<br /><br />Não, não sabes. Ou, se sabes, não sabes empregar a palavra.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-89544921962197344732016-03-14T12:30:45.076+00:002016-03-14T12:30:45.076+00:00Este comentário foi removido pelo autor.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-63685663351764376462016-03-13T19:47:18.243+00:002016-03-13T19:47:18.243+00:00Partilho o gosto do Nuno pelo futebol que ele defe...Partilho o gosto do Nuno pelo futebol que ele defende (e defende-o de forma brilhante!). No entanto, os que aqui vieram contrariá-lo, têm alguma razão (com especial destaque para o Rinus...excelente meu caro!)<br /><br />Sou leitor(esporádico) do Entredez desde 2008, embora nunca tenha participado nas caixas de comentarios. Não achava que o Nuno tivesse a pretensão de achar que era dos poucos que defendia grande parte dos principios mais tarde implementados por Guardiola, com o sucesso reconhecido em Barcelona. Mas depois de o ler hoje aqui, fiquei com essa duvida(posso estar enganado e tê-lo interpretado mal). Em linhas gerais, existia uma corrente muito forte(e numerosa) que apoiava o futebol em posse, o futebol pensado, a supremacia do intelecto sobre o fisico, neste jogo tão complexo. Que não fosse essa corrente bem representada nos media é outra história (ainda não é!). Mas isto, numa visão muito geral. Em detalhe, Nuno, em detalhe mesmo, tens alguns textos teus anteriores ao fenomeno Guardiola, que vão além dessa visão mais abrangente que já existia? Eles podem existir, mas não tenho disponibilidade para reler com atenção. Se os há, gostaria que disponibilizasses o link, como forma de admitirmos que ias já para além do que era comum entre essa corrente(que curiosamente, como tudo muda(ele mudou), tinha em Mourinho dos tempos de Porto, alguem que tinha tido sucesso implementando alguns desses principios, embora de forma não tão "radical" como Guardiola).<br /><br />Por ultimo dar tambem os meus parabens ao Gaspar, no que toca à discussão sobre a "realidade". Embora não esteja tão certo de que a formula que o Nuno defende seja definitivamente a melhor formula, acredito que ela existe. Mas essa formula, no futebol, vai mudando ao longo do tempo. Acredito tambem, que se chegou a um ponto, onde não há muito mais a evoluir nas carateristicas tecnicas dos executantes e em outros pontos chave que determinaram a brevidade das anteriores "melhores formulas". Sendo assim, tendencialmente, a melhor formula, poderá no futuro ser muito mais estável, com maior longevidade. <br /><br />Mas a realidade, ainda continua a dar chapadas em muito boa gente. Nas pessoas que a interpretam de forma incorreta. Por isso, não é descabido invocar a realidade em muitas discussões! Por cada génio que desafia a interpretação anteriormente errada da realidade(e nao a verdadeira realidade!)com sucesso, caem milhares e milhares de ideias tidas erradamente como progressistas e visionárias. Por isso...na realidade...não é assim tão simples!<br /><br />Abraço a todos<br /><br />vitorhttps://www.blogger.com/profile/12766328998576909949noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-91441675379141049982016-03-13T13:47:54.800+00:002016-03-13T13:47:54.800+00:00Nuno, não projectes em mim os preconceitos que ten...Nuno, não projectes em mim os preconceitos que tens em relação às pessoas das Ciências exactas: nunca disse que a Estatística, a Matemática ou alguma Ciência exacta explicam tudo. Tenho demasiada formação e experiência científicas para acreditar nessa ilusão, que normalmente é de quem não conhece a Ciência, os seus pressupostos e limitações...<br /><br />E para mim as Ciências Sociais e Humanas são tão válidas como as Ciências ditas exactas. <br /><br />Chamares-me estúpido sem me conheceres de lado nenhum é que não te admito. Embora perceba que é a tua insegurança narcísica a falar, o que francamente é mais confrangedor que insultuoso...<br /><br />Quanto à tua revelação da outra alternativa - pensar - há uma revelação sobre isso que um dia vais perceber, quando a vida te ensinar a abandonar a arrogância e o absolutismo: há outras pessoas inteligentes além de ti, que sabem pensar e cujas conclusões, fruto desse pensamento, podem ser diferentes das tuas.<br /><br />Tirei as dúvidas: és mesmo novo. Aconselho a guardares o meu comentário sobre isso e sobre as porradinhas da vida, para memória futura.<br /><br />Podes responder, mas ficas a masturbar-te como tanto gostas.<br /><br />PS. Há muitos anos que sei o que é tautologia, mas precisei de ler o entredez para ter a demonstração prática desse conceito mais eloquente que já vi até hoje...Benfiquista Primáriohttps://www.blogger.com/profile/16693490302201015608noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-33795164163879364102016-03-13T12:37:47.759+00:002016-03-13T12:37:47.759+00:00"A elasticidade deste conceito de longo prazo..."A elasticidade deste conceito de longo prazo é um dos motores da tautologia do Nuno..."<br /><br />Não sei se saberás o que significa "tautologia".<br /><br />"Quanto às limitações da Estatística que o Nuno aponta: sim, obviamente elas existem. E são as mesmas, grosso modo, que as limitações da Ciência...só há duas hipóteses: ou continuar a fazer Ciência e interpretá-la com lucidez crítica, tendo em conta as suas limitações, ou abandonar a Ciência e regressar à Idade Média...ou seja, tomar a Autoridade das opiniões dos Nunos como absoluta e inquestionável, seguindo-as cegamente, com devoção mágica..."<br /><br />Cá está, para ti, ou se é fiel à Matemática e a Ciência (entendam-se as Ciências exactas), ou se regressa à Idade Média. Vou-te revelar um segredo: há uma terceira alternativa. Chama-se "pensar"...<br /><br />"Se as limitações da Estatística tivessem sido suficientes para invalidar a Estatística como ferramenta de conhecimento, nunca teria sido descoberto nem disponibilizado aos doentes nenhum novo medicamento, por exemplo...estávamos ainda nas orações e sanguessugas!"<br /><br />As estatísticas são úteis para muitas coisas. E, inclusivamente, são úteis em muitos desportos. Isso não implica que sejam úteis em todas as coisas e que, portanto, sejam úteis em todos os desportos. Aplicar a estatística a um poema, por exemplo, ajuda a compreender o poema em que medida? Não ajuda. Em nada. É o mesmo com o futebol.<br /><br />"Por isso, sim Rinus Michel, é mesmo um acto de fé."<br /><br />Um acto de fé é pensar que a Estatística serve de ferramenta de análise para tudo. Por exemplo, de que modo é que a estatística me ajuda a perceber a estupidez que vai na tua cabecinha? E, no entanto, basta ler os teus comentários para constatá-la. Como vês, há muita coisa para a qual não preciso da estatística.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-77031811032863429062016-03-13T12:37:29.308+00:002016-03-13T12:37:29.308+00:00Benfiquista primário: "o espírito idealista e...Benfiquista primário: "o espírito idealista e totalitário, normalmente muito inteligente, faz todos os malabarismos conceptuais possíveis e imaginários para manter a auto-certificada supremacia das suas ideias. E usa todos os mecanismos de defesa descritos nesse processo - no caso do Nuno, os seus favoritos são a racionalização, a negação, a intelectualização e a sublimação."<br /><br />Viva a Psicologia!<br /><br />"Depois, não deixa de ser curioso, e voluptuosamente irónico, que o Nuno despreze tanto a Estatístico mas se abrigue do confronto das suas ideias com os resultados com...um conceito estatístico: o de probabilidades!"<br /><br />Ao falar de probabilidades de êxito, nunca me comprometi com uma quantificação estatística dessas probabilidades. Aquilo em que me abrigo é capaz de não ser um conceito estatístico...<br /><br />"não deixo de notar que o conceito de longo prazo é convenientemente elástico..."<br /><br />Nem sequer consigo compreender a hipótese de uma coisa chamada "longo prazo" não ser elástica. Por alguma razão os termos "curto prazo", "médio prazo" e "longo prazo" não se chamam "prazo de uma semana", "prazo de três meses" e "prazo de um ano".<br /><br />"se um campeonato correr bem com o modelo defendido pelo Nuno, então longo prazo significa um campeonato; se um campeonato não correr bem com o modelo defendido, o longo prazo será mais longo..."<br /><br />Se me interessasse que o conceito fosse fixo, diria "prazo de um campeonato" ou "prazo de uma época". Digo "longo prazo" precisamente porque me interessa que o conceito seja elástico. Para a tua cabecinha, isto é um crime de lesa-majestade. Mas isso é para a tua cabecinha, que pensa matematicamente. Há uma estupidez inerente a uma quantidade enorme de pessoas que advém justamente de considerar a matemática como a ciência que explica tudo. E é esse, no fundo, o problema maior daqueles que não percebem que há muita coisa que não pode ser explicada quantitativamente. Para ti, como para muita gente, é difícil de explicar que a matemática, quando se trata de assuntos complexos, só atrapalha. É difícil porque acham que só podem ter convicções se as virem suportadas nas certezas matemáticas. E é esse o problema. Interessa-me que o conceito de longo prazo não seja uma coisa fixa justamente porque sei da importância dos imponderáveis. E os imponderáveis podem fazer valer-se durante muito tempo. Uma época pode ser um prazo suficientemente longo, mas também pode não ser. O Mourinho foi campeão no Real, numa época em que conseguiu esmifrar tudo dos jogadores e conseguiu manter os índices motivacionais sempre altos, não obstante a qualidade da equipa ser bem inferior à do seu rival. O "longo prazo", nesse caso, teve de ser alargado. E comprovou-se o que sempre fui dizendo ao longo da época, que o futebol da sua equipa, sem a motivação extra, tendia para o insucesso. Na época seguinte, o Real foi incapaz de manter o sucesso da época anterior, e percebeu-se que esse sucesso não condizia com o real valor do futebol praticado. O longo prazo pode ser uma época, mas pode ser menos e pode ser mais. O ano passado escrevi um texto em que defendia que boa parte do actual sucesso do Barça do Luis Enrique tem a ver com a herança do Guardiola. A meu ver, o sucesso a "longo prazo" do modelo do Guardiola ainda se verifica. Já lá vão 4 épocas sem Guardiola. Nesse mesmo texto, dizia que o sucesso que o Luis Enrique teve o ano passado era o prenúncio do fim do sucesso de "longo prazo" que o Guardiola deixou. E dizia - e mantenho - que o legado do Luis Enrique se verificará daqui a uns anos, sobretudo quando o Barça já não tiver a espinha dorsal daquela equipa, quando já não tiver aqueles jogadores que aprenderam a fazer uma série de coisas naquela altura e que continuam a reproduzi-las. No caso desse texto, o "longo prazo" são quatro ou cinco épocas. Sim, o conceito é elástico. Mas, ao contrário do que pensas, é por isso que ele tem utilidade.Nunohttps://www.blogger.com/profile/10675676361845900355noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-67472366477545927192016-03-13T12:21:40.156+00:002016-03-13T12:21:40.156+00:00* o Nuno* o NunoBenfiquista Primáriohttps://www.blogger.com/profile/16693490302201015608noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-36762103622110286022016-03-13T12:19:50.954+00:002016-03-13T12:19:50.954+00:00Reparem por favor que eu concordo claramente com a...Reparem por favor que eu concordo claramente com as opiniões do Nuno sobre futebol e, em particular, infelizmente, sobre o actual treinador do meu Benfica.<br /><br />Não concordo é com o absolutismo e dogmatismo que projecta nas suas opiniões, por mais pertinentes e fundamentadas que sejam. E muito menos com a arrogância tautológica com que as defende, tanto de resultados como de outras opiniões.<br /><br />Talvez o. Uno seja ainda relativmente novo e precise de levar umas porradinhas da vida...e como a vida é competente a dar porradinhas na arrogância...veja-se o que aconteceu ao Sporting depois de JJ ter dito que RV não era treinador. Perdeu nove pontos para o Benfica em dois meses...Benfiquista Primáriohttps://www.blogger.com/profile/16693490302201015608noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-25183068774556044752016-03-13T11:57:26.591+00:002016-03-13T11:57:26.591+00:00Quanto às limitações da Estatística que o Nuno apo...Quanto às limitações da Estatística que o Nuno aponta: sim, obviamente elas existem. E são as mesmas, grosso modo, que as limitações da Ciência...só há duas hipóteses: ou continuar a fazer Ciência e interpretá-la com lucidez crítica, tendo em conta as suas limitações, ou abandonar a Ciência e regressar à Idade Média...ou seja, tomar a Autoridade das opiniões dos Nunos como absoluta e inquestionável, seguindo-as cegamente, com devoção mágica...<br /><br />Se as limitações da Estatística tivessem sido suficientes para invalidar a Estatística como ferramenta de conhecimento, nunca teria sido descoberto nem disponibilizado aos doentes nenhum novo medicamento, por exemplo...estávamos ainda nas orações e sanguessugas!<br /><br />Isto porque a eficácia e segurança de todos os novos medicamentos baseia-se, exclusivamente, em análise estatística de comparação do candidato a novo medicamento a um placebo, ou a outro medicamento já existente, para a mesma doença...<br /><br />Por isso, sim Rinus Michel, é mesmo um acto de fé.Benfiquista Primáriohttps://www.blogger.com/profile/16693490302201015608noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3061874516406858974.post-37011913267697297642016-03-13T11:30:36.849+00:002016-03-13T11:30:36.849+00:00Além do conceito estatístico de probabilidade, o N...Além do conceito estatístico de probabilidade, o Nuno também se abriga do confronto das suas ideias com os resultados com o conceito de longo prazo. À partida concordo com a necessidade de foco em longo prazo em qualquer projecto (e como faz falta a Portugal visão de longo prazo...), mas não deixo de notar que o conceito de longo prazo é convenientemente elástico...se um campeonato correr bem com o modelo defendido pelo Nuno, então longo prazo significa um campeonato; se um campeonato não correr bem com o modelo defendido, o longo prazo será mais longo...<br /><br />A elasticidade deste conceito de longo prazo é um dos motores da tautologia do Nuno...Benfiquista Primáriohttps://www.blogger.com/profile/16693490302201015608noreply@blogger.com